DesnecessauraMM

"Nunca se deixe levar pela situação, sempre há uma solução."

Sempre utilizei essa frase para lidar com os problemas que eu tive que enfrentar. A fuga da guerra no meu país, as dificuldades para recomeçar, um emprego para viver e um longo passado para esconder.

Eu havia feito tudo perfeitamente, só que não contava com uma proposta que eu não tive como recusar, ou melhor, eu não tive a opção recusar.

Não era algo tão simples. Eu era uma jornalista que não temia nada. O preconceito, o perigo e as ameaças que sofremos. Porém, aquele homem entrou na minha vida sem pedir permissão. E o pior: éramos totalmente opostos.


" - Se você realmente entende o que quero dizer... - Me empurrou contra a parede. - É mehor começar a tirar essa merda de roupa."

"Primeiro dia, 5 de Dezembro de dois mil e três, quarta-feira.

Esse é um diário, onde vou escrever sobre um caso que recebi recentemente. Espero que todos os seus dados possam ajudar a medicina e ajudar a minha paciente, futuramente.

Tudo o que irei anotar aqui é verídico; prometo dar o meu melhor para salvar essa vida; nunca vou desistir dessa paciente.

Sou o Doutor Gajeel Redfox e a minha paciente é Levy McGarden.

Porém, relembro que esse é apenas um simples diário. Um diário de um médico."

Não foi essa vida que eu sonhei para mim, para nós.

Mas estávamos ali, morando juntos, com alianças em nossos dedos e com sexo para evitar brigas e discussões. Não era tão diferente da época da academia onde eu era uma soldado e ele um comandante.

Só que a nossa vida de "casados" foi desmoronando aos poucos, então vieram revelações sobre o passado dele e nós estávamos mais ligados do que nunca, não mais acorrentados.


" - Esse é o homem culpado por seu sofrimento, Ackerman. - O homem tocou meu rosto e depositou um beijo molhado na minha boca. - Ele é o único culpado."

[…]

Eu simplesmente a perdi.

Eu não tinha mais a minha linda mulher de cabelos negros na minha cama. Eu a perdi pois eu estava tão preocupado comigo que não percebi que eu estava a corroendo por dentro. Eu a perdi.

Mas quando eu não achei ela nem fisicamente eu percebi o que eu tinha feito. Até aquele momento eu não tinha acreditado, só que as minhas mentiras a mataram. Perdi a minha pirralha.


" - Esse é o jogo, Rivaille. Você tem cinco dias para salvar a sua amada, apesar de que não tenho certeza se ela ainda está viva. - Riu ao telefone. - Vamos ver o que você está disposto a sacrificar."


Estar acorrentados não será o suficiente.

Nem sempre planejar dá certo.

Levy nunca tinha pensando assim, para ela estava tudo ótimo na sua vida. Porém, tudo mudou quando foi abandonada num bar por seus amigos. Curtir? Ela poderia fazer isso em sua casa, na sua cama e seu cobertor.

Talvez a noite da sua formatura tivesse que acabar daquela forma, conforma-se parecia ser o melhor coisa a se fazer. Mas aquele homem surgiu como uma última esperança. Ou seria seu passaporte direto para o fundo do poço?

Duas pessoas, a cidade paraíso e uma última tentativa de ser feliz. Talvez pudesse dar certo.


"- Uma vez na sua vida, pare de fazer planos, pare de pensar no que pode ou não acontecer. Permita-se se sentir mulher, deixe eu te fazer mulher. - Aproximou o rosto do meu. - O que acha?"

Ser louca têm seus benefícios, certo?

Claro, a minha loucura era fora do normal e isso apenas piorou na faculdade. Não se enganem, meus caros amigos, essa não é a melhor época da sua vida. Não se deixem levar pelas falsas propragandas.

Essa é a época que você para para pensar se não é possível viver vendendo churrasquinho na praia. E se você, assim como eu, ganha uma montanha no seu sapato como Natsu Dragneell, você chega a fazer até o plano anual de lágrimas de arrependimento por ter sido o primeiro espermatozóide a chegar.

É assim que você perde totalmente o juízo: com um ser gostoso pevertido rosa determinado a te enlouquecer (em todos os sentidos).


"- Sabe, pensando bem. - O nariz dele passou sobre meu pescoço e eu suspirei fundo. Sabe quando sua cabeça fala para acabar com aquilo, mas seu corpo mostra quem é que manda? Então... - Acho que tirei a sorte grande."

[…]

Problemas, que não tem?

Só que os meus problemas não são do tipo problemas, são do tipo: uma merda, atrás de outra merda, que atrai mais merda e resulta num monte de merda. Deu para entender? Sei que não.

Entre tantos problemas - merdas, falando da maneira correta - eu ganhei um que eu não sabia como lidar, pois nem dando uma descarga ele parecia sumir. Pelo contrário, voltava novamente com aquele sorrisinho cínico no rosto e com um apelido pior que o outro para a minha pessoa.

Um grande problema chamado Gajeel Redfox para uma pequena pessoa como eu, literalmente.


" - Eu não sou alguém que você queira provocar. - Ele falou, analisando cada detalhe do meu rosto. Seus olhos pararam sobre minha boca. - É melhor você ficar longe."

"- Pode, por favor, parar de me perfilar?

- Infelizmente, fiz três faculdades para trabalhar com pessoas, é algo automático. - Sua frase soou um tanto convencida.

- Perda de tempo. - Dei os ombros. - Gosta disso?

- A conversa é sobre você.

- Então, ela acaba aqui. - Voltei a dar voltas com a cadeira. - Vai assinar o papel, não é?

- Vou fazer um teste com você, a resposta irá depender dele. - Levantou, indo para a parede de vidro atrás dele. - O que você vê?"


Era apenas para ser mais uma sessão na sala daquele homem. Só que Erza tinha um longo histórico de azar.

- Preste muita atenção, pirralha. - Apertou ainda mais meus pulsos. - Eu sou a pior pessoa para você querer entrar em pé de guerra.

Suas mãos tinham uma força incrível. Tentei livrar minha boca, mas ele não permitia. Soltou um pouco mais do seu peso sobre em mim.

- Trate de me obedecer, respeitar e ficar quieta. Eu dito as regras por aqui.

Aproximou seus lábios do meu ouvido. O cheiro amadeirado empreginou no meu nariz. O hálito fresco bateu contra minha pele, causando arrepios involuntários.

- Seja uma boa menina, Ackerman. - Meu estômago revirou e uma queimação insuportável.

Aquilo não estava acontecendo. Saiu de cima de mim, arrumando o lenço. Eu não tinha reação e nem força para fazer um movimento qualquer.

Essa era a definição de estar completamente fodida. Meu coração estava disparado, meu corpo esperava por mais e então analisei o corpo do homem que eu não tinha notado antes. Merda, eu estava excitada só por isso? Eu estava com tesão apenas por ele falar daquela forma? Logo com ele? Esse baixinho de merda?

"Se você não tivesse tirado a roupa, talvez isso pudesse ser evitado. Mas, agora não tem jeito. Estamos acorrentados, Ackerman."

"- Quero uma revanche. - Falei, indo para o menu.

- Revanche? - Assenti. - Por quê?

- Porque eu quero.

- Vai valer alguma coisa?

- Quem ganhar, faz o que quiser com o outro. - Encarei sua cara de confuso. - Topa?

- Fechado.


Três dicas para a vida: não jogue online, não faça amizades jogando online, não conheça Natsu Dragneel jogando online."