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“E você vai me explicar por que exatamente veio até aqui estando machucado desse jeito? Você nunca fez isso.”

Houve um momento de hesitação da parte alheia. Quando Atsushi procurou pelos olhos dele, Akutagawa encarava a bebida em sua xícara como se ela fosse lhe dar todas as respostas que procurava.

“Eu também não sei. Acho que foi por costume, seu apartamento era o mais perto.”

Edgar Allan Poe sempre esperava Ranpo Edogawa. E o detetive sempre voltava para ele. Ou quase sempre.

Um professor de literatura cansado de sua rotina acaba esbarrando em um jovem pintor em frente ao seu ateliê, com diversos quadros fascinantes. Mas não podia simplesmente ir embora, queria algo diferente em sua vida e aquela parecia a oportunidade perfeita para isso.

Akutagawa sabia que havia errado, não queria levar outra bronca de seu Dazai-san. Queria o orgulho e a felicidade do homem, por isso estava ali, de frente ao rapaz de cabelos claros que fungava baixinho, os dedos gordinhos passando pelos olhos claros em meio a tristeza por não ter mais o melhor amigo em seus braços.
— Ei, tigromem. Me desculpa. — A voz baixa do moreno se fez presente, deixando Atsushi confuso por um momento, erguendo o rosto para poder ver a cena que jamais iria esquecer: um Akutagawa com o rosto avermelhado enquanto lhe entregava as florzinhas que tinha na entrada da escolinha.

No meio de uma épica batalha, em uma cidade destroçada, mas com um belo pôr do sol, Akutagawa revela a Atsushi o seu maior segredo. Um segredo que pode ser o início de algo entre os dois ou que pode ser o fim de algo que nem começou. Será que os dois poderão voltar a ver o mesmo belo pôr do sol daquele dia?

Onde um amor proibido jamais vai impedir Jouno e Tecchou de se tocarem como amantes desafortunados...

Yosano sabia o final daquela história antes mesmo de Ranpo deduzir alguma coisa.

Edgar Allan Poe era um jovem extremamente tímido, tendo seu único convívio e sociabilidade com seus pais de consideração e com sua prima, Ligeia. Aos poucos, Poe se encantara desde cedo pela mesma, porém, não tendo seu amor correspondido. Contudo, Ligeia, um dia, padeceu devido uma grave doença e deixou o pequeno Poe sozinho no mundo.

O autor prestígiado, o jovem prodígio de toda nação agora se encontrava sem forças para seguir em frente. A família da mesma o odiava; seus pais cansaram-se de vida que Poe tinha; e no fim, se via herdando toda a riqueza que Lady possuía. Não era como se fosse algo da sua vontade... riqueza alguma traría ela devolta. Porém, se assim ela desejou, assim ele respeitaria.

Estava fadado a se afundar cada vez mais e nunca concluir seu conto de homenagem para ela se não fosse por um rapaz misterioso que apareceu apenas para "bater um papo" com o detetive. Logo, esses encontros tornaram-se diários já que o destino quis que ambos resolvessem um caso detalhado juntos; e Poe sentia-se cada vez mais vivo estando ao lado do então "Edogawa Ranpo".

Para ele essa era uma situação totalmente estranha, pois conforme os dias iam passando, Edgar aprendia o que era amar alguém verdadeiramente e mais ainda a ter convívio social, vendo a vida de outra maneira. Além de... por alguma razão... Ranpo lembrasse e se parecesse muito com Lady Ligeia.

Tudo isso graças a uma simples carta.

História inspirada na música "Kimi No Namae" e no conto de Edgar Allan Poe, "Ligeia".

Akutagawa nunca acreditou que o Natal tivesse qualquer importância, mas sua visão sobre essa data estava prestes a mudar, graças a um Tigre, cheio de presentes para lhe entregar.