1. Spirit Fanfics >
  2. Aquele Beijo e A Usurpadora

Fanfics de Aquele Beijo e A Usurpadora sem o gênero Drabs, Drabble, Droubble (Minicontos)

O terror da Paixão

escrita por Aaliyahforever
Fanfic / Fanfiction O terror da Paixão
Em andamento
Capítulos 3
Palavras 383
Atualizada
Idioma Português
Categorias A Madrasta, A Usurpadora, Além do Tempo, Amor à Vida, Aquele Beijo, Criminal Minds, O Rebu, The 100, The Tomorrow People, The Vampire Diaries, The Walking Dead, Vampire Rain
Gêneros Ação, Aventura, Drama / Tragédia, Ficção, Ficção Adolescente, Policial, Sobrenatural, Suspense, Terror e Horror
Será que tevemos confiar em alguém?
Mesmo conhecendo desde a infância?.
A paixão é o terror da enganação, existem inimigos por toda a parte, alguns você vai perguntar de onde vieram e outros vão estar bem na sua frente, no qual isto não seja diferente Para a "Katherine " uma menina encantadora que confia em tudo e todos, no qual não sabe o que levou o rumo da sua misteriosa morte. "Katherine " talvez seja o terror das paixões, será? Você descobrira por meio das trajetórias das enganações e paixões mundanas desda fanfic.
  • 9
  • 2

YES, Nós Somos Brazucas

escrita por Psychotica
Fanfic / Fanfiction YES, Nós Somos Brazucas
Em andamento
Capítulos 1
Palavras 7.304
Atualizada
Idioma Português
Categorias A Próxima Vítima, A Usurpadora, A Vida da Gente, Amor Eterno Amor, Aquele Beijo
Gêneros Romance / Novela
Yes, Nós Somos Brazucas
Tema de abertura: Yes, Nós Temos Bananas
Ideia para Abertura: Takes de um aeroporto em miniatura.
– Bíblia de Novela
Premissa
Marcelo Flores é um homem de aproximadamente 40 anos que decide migrar para os Estados Unidos movido por uma profunda carência afetiva e pelo desejo de uma vida melhor. Ele é branco, trabalhador e sempre batalhou para sustentar sua família, mas se sente entediado com sua rotina como taxista em Guarulhos, São Paulo. No Brasil, deixa para trás sua esposa, Glauciane Flores, e seus três filhos: Roberto (18 anos), Giovani (11 anos) e Renato (9 anos).
Apesar de ser um homem esforçado, como motorista de aplicativo ele ganha muito pouco para sustentar tantas bocas. Glauciane se casou muito jovem com Marcelo– aos 15 anos –, sempre foi dedicada ao lar e aos filhos. Ela é uma mulher batalhadora e até tentou trabalhar fora, mas a realidade brasileira não favorece mulheres como ela. Mesmo assim, acredita no amor que tem por Marcelo e nunca cogitou que ele poderia querer partir. Ela tem intimidade com a máquina de costura e faz bicos nessa área para toda a sua vizinhança.
Marcelo, por outro lado, já está decidido: para ele, sua vida no Brasil chegou ao limite. Além da frustração financeira, o casamento também não o satisfaz mais. Embora Glauciane não compreenda o que está acontecendo, ele sente que precisa ir para os EUA para ganhar mais dinheiro e, em teoria, ajudar a família. No entanto, não pretende levar a esposa e os filhos. E a imigração se torna a desculpa perfeita. Quando comunica sua decisão, o mundo de Glauciane desaba. Sem alternativas, ela é obrigada a aceitar a partida do marido.
Antes de partir do Brasil, a situação do casamento dos dois já beirava o insustentável. No início da história, até pareciam felizes. Mas tudo começa a desmoronar quando ele tem o vidro de seu carro de aplicativo quebrado durante um assalto no trabalho — e, pouco tempo depois, Glauciane o flagra em uma traição. Apesar de ainda serem muito apegados um ao outro, o relacionamento já estava afundado em mágoas, desgaste e desconfiança. Em nome da família, Glauciane decide perdoá-lo. No entanto, mesmo com ela sendo contra a viagem aos Estados Unidos, ele insiste em seguir com o plano. A verdade é que, mais do que melhorar de vida, ele quer mesmo é um tempo — um respiro da rotina de privações, das brigas constantes dentro de casa e do peso de estar preso a um único relacionamento. Embora ainda ame Glauciane, ele deseja viver outras experiências, outros corpos, outras histórias. Para ela, no entanto, ele justifica sua partida com um único argumento: o dinheiro. Afinal, o dólar, naquela época, já valia uma fortuna.
CENA DE ABERTURA – MARCELO, O MOTORISTA EXAUSTO
A primeira cena é o cotidiano sufocante de Marcelo ao volante de seu carro, dirigindo por São Paulo como motorista de aplicativo. No trânsito pesado ele recebe uma corrida comum. Uma jovem entra no carro. Durante o trajeto, um assalto rápido e brutal: dois homens em uma moto quebram o vidro traseiro e arrancam o celular da passageira. Gritos. Confusão. Marcelo para o carro, apavorado e frustrado.
É a gota d’água.
Marcelo está no limite. Cansado da insegurança, da instabilidade do trabalho, do aperto financeiro, da rotina com os filhos. Ele não fala, mas algo dentro dele já decidiu: quer ir embora. Precisa escapar.
Glauciane, por outro lado, tenta manter a esperança viva. Acredita que as coisas ainda podem melhorar. Mas ao mesmo tempo sente, lá no fundo, que Marcelo não está mais por inteiro. Desconfiada, instala o WhatsApp Web escondido no computador da casa. Passa a ler as mensagens do marido.
Até que encontra o que mais temia.
Entre corridas e reclamações sobre a vida, Marcelo troca mensagens com uma garota de programa. Marca encontros. E ela descobre tudo. Segue as pistas e o flagra num motel barato, num dia em que ele alegou estar com o carro quebrado.
O mundo de Glauciane desaba.
Ela o confronta. Ele tenta negar, depois confessa. Diz que está cansado, que a vida o sufoca, que não aguenta mais. Ela chora. Pede explicações. E, por fim, decide perdoá-lo — não por ele, mas pelos filhos. Pela casa. Pela sobrevivência.
Mas o que Glauciane ainda não sabe é que Marcelo não quer apenas escapar da pobreza. Ele quer escapar da própria vida. Ele é, no fundo, mais um migrante emocional do que financeiro. Alguém que busca nos Estados Unidos não um trabalho, mas uma fuga. Um novo começo, longe da família, longe das cobranças, longe de si mesmo.
________________________________________
Núcleo do Brazilian Barbecue – A cidade De Framingham
Nos Estados Unidos, em Framingham, Marcelo encontra Jorge Soriano, um brasileiro que imigrou há muitos anos e se tornou um empresário bem-sucedido. Jorge, hoje com 70 anos, é dono de duas padarias e um restaurante que atendem a comunidade brasileira. Ele é casado com Rita Soriano (70 anos) e juntos são pais de Gerusa Soriano (50 anos), mãe de Sofia (15 anos). Gerusa é impetuosa, má e fica muito afoita por homens. Assim que conhece Marcelo, sente uma forte atração por ele.
Rita e Marcelo Soriano são donos do Brazilian Barbecue, um ponto de encontro emblemático da comunidade brasileira em Framingham. Mais do que um restaurante, o lugar é um verdadeiro centro cultural disfarçado de steakhouse. Inspirado em locais como o famoso “135 Restaurant Lounge Brazilian Cuisine Steak House”, o Brazilian Barbecue é multifuncional, como o próprio nome já sugere: restaurante, casa de eventos, buffet de festa, bar e pista de dança — tudo sob o mesmo teto.
As paredes ostentam placas anunciando casamentos, aniversários e encontros que aquecem a saudade de casa. Um telão exibe em português as próximas atrações. O ambiente é dominado pelo som do idioma familiar, falado por todos os funcionários, o português. No teto, bandeirolas de diversos países sugerem uma atmosfera cosmopolita, mas o Brasil é quem dá o tom. A garçonete explica que, mesmo sendo um espaço brasileiro, o estabelecimento respeita as normas do estado de Massachusetts: fecha pontualmente à 1h da manhã. “Quando a festa tá ficando boa, já tem que fechar”, comenta ela com um sorriso resignado. Ainda assim, o Brazilian Barbecue cumpre seu papel com excelência: acolhe, celebra e faz da memória uma festa. “Brasileiro que quer vir pra cá nem precisa ter medo”, diz a atendente, “na rua, só se ouve o português”. Esse restaurante é o ponto de encontros dos personagens todos, pois é restaurante de dia e balada/casa de grandes shows a noite. Além de empregar a maioria dos nossos personagens.
Rita é uma mulher impiedosa, convencida de sua superioridade sobre os outros. No passado, foi imigrante nos Estados Unidos, partindo de São Paulo no início dos anos 90, e, ao longo dos anos, alcançou sucesso tanto por meio do casamento quanto de seu trabalho. No entanto, sua ascensão não a tornou mais generosa ou nostálgica—pelo contrário, Rita nutre profundo desprezo por tudo que remete ao Brasil. Sempre que pode, relembra com amargura sua antiga vida em São Paulo, destacando apenas memórias negativas. Para ela, o país é sinônimo de decadência e sujeira, e não hesita em repetir, quase como um mantra, que o Rio Tietê e a Marginal Pinheiros sempre tiveram cheiro de esgoto. Mora há muitos anos nos Estados Unidos e se orgulha disso, sentindo-se aliviada por ter se livrado do Brasil, que considera um fardo do passado. Ela se sente uma verdadeira americana e não gosta dos imigrantes do país. Apesar de ser uma e toda sua vida social e financeira depender dos brazucas com os quais convive.
Os primeiros meses de Marcelo na Terra do Tio Sam
Marcelo, recém-chegado aos EUA, mergulha em uma vida de excessos e começa a se envolver com diversas mulheres nos EUA, entre brasileiras e americanas. Vai para a esbórnia e pega várias brasileiras. Enquanto isso, no Brasil, Glauciane tenta seguir sua vida e é cortejada por um amigo de Marcelo, Ronaldo (50 anos) um taxista muito boa praça e gente boa. No entanto, sua fidelidade ao marido a impede de se envolver com qualquer outra pessoa.
No início, Marcelo manda dinheiro para Glauciane, mas com o tempo, as remessas diminuem. Diante das dificuldades financeiras, Glauciane é obrigada a começar a trabalhar como empregada doméstica para sustentar os filhos.
Marcelo, sempre em busca de afeto, conhece pela internet Fernanda, uma jovem brasileira de 20 e poucos anos. Encantado por ela, decide bancar sua ida aos EUA e, quando ela chega, casa-se com ela, pois é muito carente e não consegue ficar sozinho. Além disso, a esbórnia estava fazendo ele falir. No entanto, Gerusa, obcecada por Marcelo e disposta a conquistá-lo a qualquer custo, faz de tudo para destruir o relacionamento dele com Fernanda. Ela ama um jogo de egos e começa a manipular situações para separar o casal.
Gerusa, no fundo, nutre um certo recalque por Fernanda — e não é difícil entender por quê. Fernanda é linda, deslumbrante, e acima de tudo, tem uma energia que ilumina qualquer ambiente. Sua vibe leve e carismática deixa todo mundo encantado por onde passa, como se carregasse uma aura que atrai bons olhares e boas conversas.
Assim que chega aos Estados Unidos, Fernanda não perde tempo. Vai direto pro batente, encarando a dureza da vida imigrante com coragem e determinação. Começa fazendo diárias no Brazilian Barbecue, servindo mesas entre um sorriso e outro, e também entra na rotina puxada do cleaning, limpando casas com o mesmo brilho no olhar com que cruza as esquinas de Framingham.
O Condomínio de Marcelo e Glauciane – Le Mangione
Marcelo e Glauciane moram em um desses mega condomínios distantes do centro de São Paulo. Um mar de prédios altos e apertados, onde os blocos parecem se multiplicar ao infinito, colados uns aos outros, como se alguém tivesse empilhado caixas de sapato no horizonte. De tão densamente povoado, lembra até os conjuntos habitacionais da China.
É o máximo que Marcelo consegue prover com seu salário flutuante como motorista de aplicativo — e o que Glauciane consegue complementar com seus pequenos consertos de costura. O dinheiro não sobra, mas também nunca falta o suficiente para faltar comida. Vivem no limite — e sobrevivem como podem.
O apartamento é pequeno: três quartos, um para o casal e os outros dois divididos entre os três filhos. Tudo é apertado, tudo tem que se encaixar. A máquina de costura de Glauciane, por exemplo, ocupa um canto do quarto do casal, junto com seus tecidos dobrados, linhas coloridas e sonhos engavetados.
É dali que ela remenda calças, ajusta uniformes escolares e sonha — ainda que em silêncio — com uma vida onde a costura não seja só sobrevivência, mas também expressão.
O Negócio de Glauciane e a Chegada Da Rede De Mercadinhos
Depois que Marcelo foi para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor, Glauciane ficou no Brasil, segurando as pontas sozinha com os filhos no pequeno apartamento do mega condomínio onde moram. Com os consertos de costura já não dando conta de todas as despesas, ela decidiu apostar em algo novo — e, com criatividade, criou seu próprio negócio: um mercadinho doméstico, desses que funcionam na base do zap zap. Como num instalo, depois de uma vizinha pedir emprestado várias vezes itens básicos de cozinha como açúcar, sal e farinha.
Todo dia, Glauciane fazia um flyer improvisado com os produtos disponíveis: arroz, feijão, açúcar, refrigerante, absorvente, bolacha, papel higiênico. Divulgava nos grupos de moradores do condomínio e recebia os pedidos pelo celular. Se alguém mandava uma mensagem pedindo uma garrafinha de óleo ou um pacote de sal, ela mesma separava e levava até a porta do apartamento da pessoa, com simpatia, praticidade e preço justo.
Era mais do que um serviço: era uma rede de confiança, uma microeconomia pulsando dentro de um condomínio gigante, desses distantes do centro de São Paulo, com prédios altos e gente demais.
Mas então veio o golpe.
Uma das condôminas (Valéria Ricarte, 70 anos) — influente, metida a moderna e amiga da administração — autorizou a entrada de uma rede automatizada de mercadinhos dentro do condomínio. Um desses sistemas que instalam uma salinha climatizada com prateleiras, câmera, autoatendimento e pagamento por QR Code. Frio. Eficiente. Matador.
A chegada da empresa derrubou o negócio de Glauciane. Os vizinhos passaram a preferir a “comodidade tecnológica” da nova rede e, pouco a pouco, ela foi esquecida nos grupos de WhatsApp. Tentou resistir. Confrontou a condômina. Lembrou que tinha três filhos, que o negócio era sua única renda além dos consertos de roupa, que aquela decisão não considerava os moradores empreendedores do próprio condomínio.
Mas não houve recuo.
Sem clientela, sem escolha, Glauciane desmontou o mercadinho caseiro e começou a trabalhar como faxineira — inclusive limpando os apartamentos de quem um dia já foi seu cliente fiel. É assim que ela segue, esperando que Marcelo se estabilize de vez nos Estados Unidos e, enfim, comece a mandar os dólares prometidos.
Por enquanto, sua luta é diária — no balde, no pano e na esperança.
Primeiros capítulos
________________________________________
Enquanto Marcelo tenta equilibrar sua nova vida nos EUA, ele continua enrolando Glauciane com promessas vazias, fingindo que ainda pretende levá-la para lá.
A situação se complica ainda mais quando Roberto, seu filho mais velho, ganha uma bolsa para estudar engenharia em uma faculdade nos EUA durante um semestre, e decide visitar o pai. Durante essa visita, descobre toda a verdade sobre a vida dupla de Marcelo. Em um misto de choque e pragmatismo, pai e filho fazem um acordo: Roberto não contará nada para a mãe.
No Brasil, Glauciane cansada de esperar e determinada a mudar de vida, toma uma decisão drástica. Vende o único bem que a família possui, um apartamento financiado, e investe o dinheiro na obtenção de um visto para os EUA com a ajuda de uma consultoria especializada. Sem avisar ninguém, parte de surpresa para os Estados Unidos, disposta a enfrentar de frente a realidade que Marcelo tanto esconde.
A chegada de Glauciane promete abalar todas as estruturas e desencadear uma série de reviravoltas que colocarão à prova o destino de todos os personagens.
________________________________________
Temas e Proposta Narrativa
A novela aborda temas como imigração, sacrifícios familiares, relações de poder, machismo e a busca incessante por uma vida melhor. Entre a ilusão do sonho americano e a dura realidade enfrentada pelos imigrantes, Yes, Nós Somos Brazucas promete uma narrativa envolvente e cheia de reviravoltas emocionantes.

Glauciane e a Costura
Glauciane é uma costureira de mão cheia. Sua agulha é precisa, seu ponto é firme, sua paciência, infinita. No condomínio onde mora, é conhecida por salvar calças descosturadas, ajustar vestidos apertados e dar nova vida a peças esquecidas no fundo do armário. Faz bicos para todos ali, sempre com um sorriso contido, mas com o capricho de quem entende o valor de um bom acabamento.
Mas se alguém lhe pede um croqui, ela abaixa os olhos. Glauciane não desenha, tampouco passou por uma escola de moda. Ela não é uma estilista — é costureira. E, diga-se de passagem, uma excelente costureira.
Desde nova, sonhava em criar suas próprias peças, costurar para fora, quem sabe até cursar uma faculdade. Tinha talento, tinha força de vontade. Mas a vida, como quem traça outro molde, cortou seus planos: engravidou cedo e precisou dar prioridade a outras urgências.
Hoje, entre um zíper trocado e uma barra feita no capricho, Glauciane sonha em silêncio. Porque costurar, para ela, nunca foi apenas trabalho. É o que sobrou do seu sonho — e também o que o mantém vivo.
Decisão de Glauciane a Viagem aos EUA

Após um desentendimento com Marcelo, pois Glauciane insiste que quer ir para os EUA, Glauciane decide surpreendê-lo e se muda para os Estados Unidos. Ela já havia conversado com Marcelo sobre a ideia de ir para os EUA, mas ele desconversou. Decidida, ela vende o único bem da família, o apartamento, e leva seus dois filhos que estavam no Brasil com ela, para recomeçar a vida nos Estados Unidos.
Claro que ela chega de surpresa nos EUA.
Gerusa e Fernanda – Embate Secundário
Fernanda está feliz com Marcelo. Só que Gerusa quer por que quer Marcelo. Então, faz muitas maracutaias e consegue ficar com Marcelo. Também por ser rica e isso passa a ser importante para Marcelo.
Gerusa, que tem um ego muito alto, entra em competição com Fernanda e, manipulando situações, consegue fazer com que Marcelo termine com Fernanda. Ela, então, passa a se interessar por Marcelo, fazendo de tudo para conquistá-lo.

Vida de Glauciane nos EUA

Quando Glauciane chega de surpresa nos EUA. Ela é surpreendida pelo que encontra. Marcelo com Gerusa. E ainda toda a vida pregressa de Marcelo nos EUA. Que já tivera um relacionamento sério com Fernanda.
Chegando lá, Glauciane começa a trabalhar de faxineira no Brazilian Barbecue.
Frank Greenbold, o ex marido de Gerusa. Um príncipe encantado. E o Interesse por Glauciane

Frank Greenbold, ex-marido de Gerusa, é um médico americano que, após oito anos de casamento, fala português com fluência — ainda que com um sotaque carregado que o torna ainda mais simpático aos ouvidos da comunidade brasileira. Por atender muitos brasileiros em sua clínica e frequentar eventos da comunidade, Frank se tornou uma figura conhecida e querida.
Até hoje, ninguém entende ao certo por que Gerusa se separou dele. Frank é um homem bonito, alto, atlético, bem-sucedido e, acima de tudo, um verdadeiro cavalheiro: atencioso, romântico, daqueles que ainda mandam flores e puxam a cadeira.
Frank fica muito interessado em Glauciane, que está solteira. Afinal logo quando chega aos EUA, Marcelo está em relacionamento sério com Gerusa.
Glauciane, por sua vez, sente-se devastada ao perceber que Marcelo — o pai de seus filhos — está envolvido com Gerusa. Ferida e desapontada, acaba se permitindo viver a história que Frank lhe oferece. E ela se surpreende: ele a faz muito feliz. Os dois formam um casal doce, romântico, quase cinematográfico. Ele puxa cadeira pra ela. Oferece uma linda casa de ricos. E até propõe que ela pare de trabalhar.
Mas nem tudo são flores. Os filhos de Glauciane nunca aceitam Frank de verdade. Sempre o tratam com frieza e certa hostilidade. Por trás disso, está a influência velada de Marcelo, que, mesmo afastado de Glauciane, continua manipulando os filhos. Ferido em seu orgulho, Marcelo prefere ver os filhos contra Frank a aceitar que Gerusa seguiu em frente — e que pode, sim, ser feliz com outro homem.
Valentinha, a filha de 15 anos
Valentina é filha de Frank e Gerusa, uma adolescente esperta, mas profundamente manipulada pela mãe. Envenenada pelas mágoas de Gerusa, ela se torna uma peça-chave nas tentativas de sabotagem do novo casamento do pai. Valentina, mesmo sem perceber, repete a história dos próprios pais: o ciclo do ciúme, da insegurança e do jogo emocional.
Frank e Glauciane: um amor posto à prova
Após um discreto relacionamento, Frank e Glauciane finalmente oficializam sua união em uma cerimônia na igreja. Glauciane, agora esposa de um médico respeitado, retorna à posição de dona de casa — um papel que já havia ocupado no passado. Mas o que parecia ser o começo de uma nova fase de estabilidade, logo se transforma em um campo minado.
A pressão dos filhos & as armações de Gerusa
Com o tempo, o relacionamento de Frank e Glauciane deixa de ser segredo. Afinal, a união entre o ex-marido de Gerusa e a ex-mulher de Marcelo não poderia passar despercebida na comunidade brasileira. Embora o casal seja discreto, os filhos — especialmente os meninos — nunca aceitam bem essa nova configuração. Gerusa, ressentida e manipuladora, volta a agir. Ela já não sente amor por Marcelo, mas tem prazer em manter o controle sobre os homens à sua volta.
Sem nenhum escrúpulo, Gerusa começa a alimentar a insegurança de Glauciane, que já fragilizada por estar novamente apenas em casa, começa a duvidar de si. Frank passa a chegar tarde. Glauciane desconfia. Gerusa sabota: esvazia um pneu do carro, planta insinuações, atiça ciúmes. Até que o clima se torna insustentável. O casamento desmorona.
Gerusa e Marcelo: fim de caso
Gerusa também perde o encanto por Marcelo. Apesar de bonito, ele é um homem simples, sem posses — e para Gerusa, depois da conquista, resta o tédio. O que ela realmente gosta é de testar seu poder, de usar os homens como peças em seu tabuleiro emocional.
Marcelo e Glauciane: o retorno à origem
Após o fim de suas aventuras e decepções, Marcelo e Glauciane se veem novamente lado a lado. Os filhos, a história compartilhada e o cansaço do jogo os aproximam. Mas nem tudo são flores: o retorno à vida em comum vem marcado por dificuldades financeiras e muito arrocho. Ainda assim, formam novamente um núcleo familiar, tentando reconstruir os cacos de uma história que nunca foi fácil — mas sempre foi deles.
A Mãe de Gerusa, Rita Soriano

Rita Soriano, mãe de Gerusa e uma mulher implacável, sempre envia “encomendinhas” para o Brasil, para atender pedidos dos brasileiros. Em uma dessas “encomendinhas”, ela coloca diamantes dentro de um gloss caro e deixa o produto no seu banheiro.
Rita tem um esquema bem peculiar quando vai ao Brasil — ou quando algum amigo próximo está de malas prontas. Ela sempre dá um jeitinho de mandar suas famosas “encomendinhas”. Entre roupas, perfumes e eletrônicos que no Brasil custam uma fortuna, há também algo ainda mais valioso — e mais perigoso: diamantes.
Sim, diamantes. Literalmente dentro de um gloss. Ela embute as pedras não lavadas — ou seja, ainda brutas, sem certificação — na embalagem do cosmético. Segundo ela, “não tem por que manter isso aqui nos Estados Unidos, se não está certificado”. Melhor “lavar” essas pedras no Brasil. Com essa desculpa, ela envia os diamantes para o Brasil como quem manda um batom na bolsa de maquiagem.
É tudo feito com tanta naturalidade que ninguém desconfia.
Mistura de Gloss

Glauciane, enquanto faz uma diária no Brazilian Barbecue de Rita, começa a se olhar no espelho e, ao se arrumar, acaba misturando seu gloss com o da patroa. Ela não se dá conta disso imediatamente e, quando lembra, pega o primeiro gloss que encontra, sem perceber que é o de Rita, um gloss cheio de diamantes.
Desaparecimento do Gloss e Investigações

Glauciane e o Mistério do Gloss
Quando Rita retorna ao seu escritório, percebe que o gloss desapareceu. Imediatamente, ela solicita as imagens das câmeras de segurança. Pelo menos sete trabalhadores do Brazilian Barbecue — incluindo sua filha Gerusa — haviam entrado na sala. Sem poder acionar a polícia, devido à origem ilícita de seus diamantes, Rita decide resolver a situação por conta própria. Com isso, ela e Gerusa iniciam uma investigação particular.
Gerusa, determinada a ajudar a mãe, começa a invadir a privacidade dos suspeitos — chega a entrar sem permissão na casa de alguns deles. Um desses alvos é Glauciane, que, nesse momento da trama, havia retomado seu conturbado casamento com Marcelo.
Marcelo, pintor e construtor nos Estados Unidos, também faz bicos no Brazilian Barbecue. Quando descobre que Rita está em busca de um gloss desaparecido e que esse objeto pode conter diamantes, começa a ligar os pontos. Suspeita que sua esposa, Glauciane, esteja em posse do item.
Ela decide, então, investigar o conteúdo do gloss. Com a ajuda do filho, descobre que ele foi cuidadosamente fechado e colado. Ao abri-lo, encontram alguns diamantes escondidos.
Marcelo pressiona Glauciane para que venda os diamantes. Glauciane, mulher de princípios e honestidade inquestionável, esconde o gloss de Marcelo. O casamento, que já estava desgastado, entra em colapso. Glauciane o manda embora, afirmando que não usaria nada que tivesse origem criminosa.
Entretanto, Renato, filho do casal, com apenas 9 anos e já cansado da vida de privações e dificuldades financeiras, implora para que a mãe fique com o gloss.
Glauciane hesita. Ela, que já passou por dois divórcios — com Marcelo e com Frank —, está fragilizada e em sérias dificuldades financeiras.
Diante da insistência do filho, Glauciane acaba cedendo. A mulher ética, que por tantos anos lutou para viver com dignidade, agora se vê diante de uma escolha que pode mudar sua vida — ou destruí-la.
As pedrinhas de Rita, aparentemente modestas, somavam pouco mais de 1 quilate ao todo. E não são de laboratório, são pedras reais. Mas com sua cor quase perfeita e lapidação refinada, valiam o suficiente para mudar a vida de qualquer uma das sete suspeitas — algo entre 10 e 15 mil dólares no mercado clandestino, segundo uma avaliação feita por um joalheiro brasileiro radicado em Boston. No mercado legal, com certificação e nota fiscal, aquelas mesmas pedras poderiam facilmente alcançar entre 20 e 30 mil dólares.
Ascensão de Glauciane

Glauciane, enfim, se apossa dos diamantes. Vende tudo no mercado ilegal, com o coração apertado, mas a cabeça firme: não queria luxo, queria recomeço. Com o dinheiro, não compra joias, nem roupas de grife — compra dignidade.
Glauciane retoma o sonho antigo, sufocado por anos de faxina, de bicos e de homens que a faziam esquecer de si: quer viver da costura.
Ela sempre fora uma costureira de mão cheia, modelista talentosa, mas nunca dominara o desenho. Então começa a buscar designers que desenhassem suas criações na internet. Compra uma máquina nova, tecidos, linhas, moldes — todo o material que nunca teve condição de adquirir.
Seu filho mostra que há moldes prontos na internet e que ela pode copiá-los.
Logo começa a atender toda a comunidade brasileira da região. Depois, vem americanos. Em pouco tempo, passa a confeccionar vestidos de noiva, sob medida, exclusivos. Os diamantes, que não valiam tanto assim, serviram de alicerce. O que construiu com eles era inestimável.
Separada de Marcelo e de Frank — o tal “príncipe”—, Glauciane se reergue. Agora, melhor do que nunca. Abandona de vez as faxinas e os bicos no Brazilian Barbecue. Pela primeira vez na vida, coloca-se em primeiro lugar.
E decide: nunca mais quer saber de homem. Na visão dela, só atrasam. Carrega no peito um trauma, sim. Mas também uma força. Glauciane, a costureira de Framingham, agora é dona do próprio nome — e do próprio destino.

Rita Soriano e o Imposto de Renda
Nos Estados Unidos, a pessoa física paga cerca de 20% de imposto de renda. Para Rita Soriano, isso é um verdadeiro assalto à mão armada. Revoltada, nos últimos dois anos ela simplesmente decide não pagar. Afinal, como ela mesma gosta de dizer, cada moedinha de dólar vale milhares de "dinheiros de banana", e ela prefere manter suas economias longe das garras do governo americano.
O problema é que o Tio Sam não brinca com sonegação. O que começou como um protesto silencioso contra a cobrança abusiva se torna uma bomba-relógio prestes a explodir.
Rita Soriano e o Câncer
No meio da novela, a vida de Rita sofre um baque: ela recebe um diagnóstico de câncer. O choque inicial vem seguido de uma constatação ainda mais amarga — o custo do tratamento nos EUA é muito alto, mesmo para quem já teve bons anos de sucesso com seu restaurante, o Brazilian Barbecue. E mesmo para quem tem seguro de saúde, já que cerca de 20% dos custos totais são bancados pela pessoa.
Sem alternativas e precisando lutar pela própria vida, Rita toma uma decisão pragmática: volta ao Brasil para se tratar. Aqui, além de contar com o apoio emocional de velhos conhecidos, ela pode aproveitar o câmbio favorável. O que antes era motivo de piada — "dinheiros de banana" — agora se torna um alívio, pois cada dólar guardado pode custear exames, cirurgias e medicamentos de forma muito mais acessível.
Mas enquanto Rita batalha contra a doença, a Justiça americana não esquece de suas pendências fiscais.
Rita Soriano é condenada pela Justiça Americana
A conta finalmente chega. O governo dos EUA, implacável, a condena a pagar uma multa astronômica pelo imposto de renda sonegado nos últimos anos. Sem condições de arcar com a dívida, Rita vê sua fortuna desmoronar rapidamente.
O pior acontece: ela perde o Brazilian Barbecue, seu maior legado. O restaurante, que foi sua fonte de renda e orgulho por tanto tempo, precisa ser arrendado. O dinheiro arrecadado cobre apenas parte da dívida, e Rita, antes uma mulher próspera e influente, agora se vê sem nada.
Glauciane Assume o Brazilian Barbecue
Enquanto Rita enfrenta sua ruína financeira e a batalha contra o câncer, Glauciane, que já vinha crescendo nos negócios, assume o Brazilian Barbecue. Sua trajetória até aqui já foi repleta de desafios, mas agora, com o restaurante em suas mãos, ela sente que finalmente está consolidando sua posição.
No entanto, nem tudo são flores. Glauciane prospera, mas carrega um peso consigo: sua ascensão está diretamente ligada aos misteriosos diamantes, um segredo que nunca foi totalmente enterrado. Ela sabe que sua fortuna está manchada, e isso a mantém sempre com um pé atrás.
Ou seja, as vitorias econômicas de Glauciane são sempre autossabotadas emocionalmente por ela mesmo.
Além disso, Glauciane não quer mais saber de homens. Após tantas decepções, ela é categórica: "Nenhum homem presta. Nem os meus três filhos" Agora, seu foco está apenas no sucesso e na preservação do que conquistou.
Os Diamantes
Enquanto isso, Rita Soriano e Gerusa não conseguem esquecer dos diamantes. Elas sabem, com absoluta certeza, que Glauciane os teve. A questão não é se os diamantes estão com ela, mas sim quando e como elas poderão reaver aquilo que, segundo elas, também lhes pertence.
O jogo de poder entre essas mulheres está longe de acabar. A disputa pelo Brazilian Barbecue pode ter tido um desfecho, mas o mistério dos diamantes ainda paira sobre todas elas como uma tempestade prestes a desabar.
Leandrinho do QG – Da amizade à queda moral
Leandrinho do QG começa a novela como um cara comum no bairro, amigo próximo de Marcelo, nessa época ele era conhecido apenas como Leandrinho. Os dois trabalham como motoristas de aplicativo, se ajudavam com gorjetas, troca de horários e até divisão de aluguel de carro alugado para app.
Mas o Leandrinho do QG sempre teve um jeitão mais "esperto", mais ousado. Ele era aquele tipo de cara que topava levar uma caixa “sem saber o que tinha dentro” por um extra, sabe? Enquanto Marcelo ia na linha, Leandrinho do QG foi se enveredando pelas facilidades do crime.
Ao longo dos capítulos iniciais da novela, ele se distancia do amigo, começa a faltar nos trampos, aparece com tênis caro, celular novo, e logo vem a transição definitiva: Leandrinho do QG entra no mundo do tráfico leve, depois vira mula internacional, e mais tarde passa a atuar como intermediário de jovens para o tráfico internacional — é ele quem aborda Ricardinho no baile funk, oferecendo a chance de “fazer grana de verdade indo pra Europa” com algumas “coisinhas”.

Núcleo Joseíldo – No prédio da Glauciane
Joseíldo é um homem cadeirante que vive com a mãe superprotetora, Dona Iolanda, num dos apartamentos do gigantesco condomínio onde também moram Glauciane, Marcelo, Ricardinho e outras figuras da novela. O prédio, apesar de sua grandiosidade, é um símbolo da desigualdade: é vertical, populoso, mas cheio de gente batalhando pra sobreviver.
Joseíldo é conhecido por ali como “O Mago Dos Celulares”, aliás, esse é o nome de sua loja. Seu negócio numa popular rua de comercio em SP — uma loja de capinhas, manutenção e desbloqueios — sustenta a casa. Ele é inteligente, sensível, trabalhador… mas, aos olhos da maioria, “coitadinho”.
É nesse cenário que ele conhece Viviane, uma mulher encantadora, 35 anos, mãe de dois filhos adolescentes. Karina de 15 anos e Luca de 14 anos. Ela se muda para outro apartamento no mesmo prédio, fugindo de um passado conturbado com o ex-marido, Leandrinho do QG, um traficante local que ainda tenta controlar a vida dela e dos filhos. Leandrinho do QG tem presença forte na região — é envolvido em pequenas redes de tráfico, e também aparece com celulares de procedência duvidosa que Viviane não quer saber de onde vêm.
Joseíldo e Viviane se aproximam aos poucos. Ela o admira por ser um homem íntegro, amoroso e presente — tudo o que Leandrinho do QG nunca foi. E os filhos dela, no começo reticentes, acabam se apegando a Joseíldo, que os trata com respeito e afeto. O romance floresce.
Juntos, eles decidem ter um filho — e, por conta da condição de Joseíldo, optam por fertilização in vitro. O processo é difícil, mas corajoso. E dá certo: Viviane engravida. Tudo parece caminhar para uma vida nova… O bebê nasce com muita saúde, é também nessa passagem de tempo de um ano que Rita Soriano se trata do câncer e fica curada e que Glauciane consegue ficar muito bem financeiramente com seu negocio que só expande em costura.
________________________________________
Mas então, a virada:
Após o parto, Viviane começa a demonstrar sinais de cansaço, confusão, e Leandrinho do QG reaparece, dizendo que mudou. Ele se reaproxima dos filhos, começa a rondar a ex-esposa e a ameaçar Joseíldo de forma velada, zombando de sua deficiência e insinuando que "ela só ficou contigo por pena".
Viviane, emocionalmente abalada, tem uma recaída com Leandrinho do QG — algo que ela mesma não entende direito. A traição parte Joseíldo ao meio.
E aí entram os grandes temas dramáticos:
________________________________________
Conflitos do núcleo:
• Capacitismo afetivo: O dilema de Joseíldo não é só a traição, é o eco social de ser um homem PCD “traído por um homem forte, bandido, másculo”. A novela joga luz sobre esse tipo de violência simbólica.
• Superproteção materna: Dona Iolanda culpa Viviane desde o início, e agora se sente "vingada". Mas também ela terá que aprender a deixar o filho viver seus próprios erros e amores.
• Ação policial: Os agentes Cristiane Pereira da Silva e Rubens Caetano Mandiorane investigam Leandrinho do QG por contrabando e tráfico, e começam a circular pelo prédio. O núcleo de ação se conecta aqui.
• Viviane dividida: A personagem se vê entre dois homens que representam mundos opostos — o bandido carismático do passado e o companheiro leal e íntegro do presente. A pergunta: o que é o amor?
• Viviane é vista saindo do motel com o ex por uma vizinha fofoqueira — que grava e espalha o vídeo.
• O ex de Viviane começa a tentar reatar o casamento, alegando que Joseíldo “não é homem suficiente pra ela”.


________________________________________
Subtrama: Cristian, Thanieli e Laudeir – o golpe (Amigos do núcleo: Rogério e Valesca).

Cristian, Rogério, Valesca e Thanieli são amigos de infância do Prédio Manggione. Têm 21 anos e uma cumplicidade que atravessou adolescência, confissões e festas de rua. Sempre se apoiaram muito, mas nunca houve envolvimento romântico entre eles.
Às vezes, rolam uns pegas entre eles — os meninos com as meninas, claro. Nada de beijo entre os garotos. Já entre Valesca e Thanieli, a coisa nunca é totalmente esclarecida… talvez já tenha rolado, talvez não. Mas elas são livres, modernas, e ninguém ali cobra explicação.
Eles, por sua vez, são jovens héteros no estereótipo mais comum: trejeitos de homem “macho”, fala carregada de gírias, zero afeto entre si. Já elas são “pra frentex”, boas de papo, inteligentes, tatuadas, de cabelo colorido e gente fina. Mas pra eles, não são o tipo “pra casar” — não que algum deles esteja pensando em casamento. Estão muito jovens pra isso, muito ocupados vivendo sem pensar demais. Além do mais, Cristian tem parentes nos EUA e vai para Framigham trabalhar e aprender inglês. A ida de Marcelo para os EUA faz com que Cristian fique mais excitado ainda para ir.
Thanieli sempre se apresentou como uma mulher moderna, "desconstruída", independente, trabalhadora. Dizia com todas as letras: “Não quero marido, só quero ser mãe. Um filho pra chamar de meu. Você toparia ser meu sperm donor Cristian? Tipo nos EUA mesmo, bem civilizado. É só isso.” Ela diz que quer ser mãe solteira e nunca contaria a criança que ela tem um pai.
Cristian, inocente e generoso, acredita. Eles transam de forma consentida, respeitosa e sem drama — um pacto entre amigos. Nada de namoro, nada de cobrança. Um acordo informal entre duas pessoas adultas.
Só que ele não sabia com quem estava lidando.
Thanieli engravida, e Cristian a parabeniza, desejando que tudo corra bem. Vai para os Estados Unidos, com o sonho de se estabelecer por lá.
Mas Thanieli começa a apertar o cerco, não com ele, mas com Laudeir, a mãe dele. Manda mensagem dizendo que está sozinha, que não tem apoio, que seria importante pra criança ver o pai presente desde o nascimento. Laudeir se assusta mas depois de saber toda a história se comove, pressiona o filho, que decide voltar e estar no parto.
Ele assina a certidão de nascimento, acolhe Thanieli e o bebê no quarto da mãe – o maior quarto do apê –, oferece tudo de graça, e ainda começa a pagar pensão.
Só que, aos poucos, a narrativa muda: Thanieli começa a cobrar presença, romantizar a relação, forçar uma imagem de “família” nas redes. Quando Cristian recusa, ela o acusa de abandono e começa a expor tudo online. Aumenta, distorce, muda datas, cria prints falsos. Cristian sofre calado.
Até que, em desespero, faz dois testes de DNA. E aí vem o choque: ele não é o pai.
Quando revela isso, ela o acusa de fraude. Cristian é silenciado por ordem judicial. Mas ele vai até o fim e exige um teste oficial, ordenado por juiz — que confirma a verdade: ele nunca foi o pai.
Com o apoio de Laudeir, que vira sua aliada e defensora, Cristian passa a expor tudo: os golpes, as mentiras, o verdadeiro pai que estava escondido, e como foi manipulado do início ao fim.
________________________________________
Conexão com Glauciane
Laudeir, Dona Iolanda, Glauciane e Vanessa são vizinhas no mesmo condomínio — e mais que isso, são amigas de verdade. Vivem entrando na casa uma da outra, compartilham café, bolo, desabafos e até contas quando aperta. São todas gente boa demais, dessas que seguram a barra da outra sem pedir nada em troca.
Quando Glauciane decide tentar a vida nos Estados Unidos, a dinâmica muda. A ausência dela deixa um vazio no grupo, principalmente em Laudeir e Dona Iolanda. Cada uma, à sua maneira, vai sentindo o peso de ser mãe solo, de carregar dores que nem sempre têm nome.
Laudeir e Glauciane, em especial, criam uma conexão mais profunda. Viram confidentes. Glauciane enxerga em Laudeir um espelho — uma premonição silenciosa do que sua própria vida pode se tornar se nada mudar. Entre as conversas sussurradas e os olhares compreensivos, nasce ali uma rede de apoio invisível, mas fortíssima, feita de afeto, empatia e resistência.

Carmelinda – a temida e odiada síndica
É a verdadeira algoz da vizinhança. Ela é a sindica do Predio Mangione. A maior fofoqueira do pedaço, rainha do recalque, personificação da uó. Sempre de braços cruzados, olhos semicerrados e língua afiada, ela não perde um detalhe da vida alheia — e comenta tudo em voz alta.
Detesta o mercadinho que Glauciane abriu, diz que “desvaloriza o prédio”. Vive barrando qualquer tentativa de adaptação do prédio para o filho cadeirante de Dona Iolanda, alegando “desvalorização estética do imóvel”. É contra tudo que envolva progresso, inclusão ou dignidade.
Sobre Cristian? Nem se fala. Vive dizendo que “o filho da Laudeir é um desgosto”, “vive no mundo da lua”, “não tem futuro, só aquele cabelo ridículo”. E o pior: fala isso na frente dos outros, com um sorriso falso que já destruiu mais autoestima do que recessão econômica.
Mas Dona Carmelinda tem um segredo. Um daqueles grandes. Daqueles que, se vier à tona, desmonta toda a pose de moral e bons costumes.
E esse segredo… alguém vai descobrir.

Giseli, Viviane e Thaís — As Brazilian Barbecue Girls
Elas são garçonetes no Brazilian Barbecue, ponto de encontro de brazucas saudosos, novatos imigrantes e gringos fissurados em feijoada. Entre uma mesa e outra, vivem intensamente a vida afetiva, os dilemas da migração e o eterno vai-e-volta do amor e da esperança. E o melhor? Elas são over actors, falam alto, gesticulam demais, choram, riem e viram a cara em menos de cinco segundos.
Mesmo com todos os problemas, elas formam o núcleo da resiliência com glitter da novela. Entre os dramalhões dos protagonistas, elas trazem alívio cômico e falas cortantes que viralizariam fácil no TikTok.
________________________________________
Caracterização das três brazucas:
Giseli – A romântica com alma de blogueira evangélica desconstruída
Veio de Guarulhos achando que ia casar com um gringo e viver em Manhattan. O máximo que conseguiu foi um visto vencido e um emprego como garçonete. Mas não perdeu o charme, nem a fé no amor. Ainda posta versículos no feed e frases tipo “deus tá preparando”, mas já fez mapa astral com três tarólogas diferentes.
Catchphrase:
"Se a imigração bater na minha porta, vou fingir que é o boy da entrega do amor."
________________________________________
Viviane – A divorciada empoderada que paga as contas com sarcasmo
Foi casada com um americano, aprendeu inglês na marra, e depois do divórcio jurou que nunca mais ia se apaixonar. Mora num porão alugado, dirige um Civic 2006, mas desfila como se fosse dona da Broadway. Ela é tipo a Miranda com um toque de Regina Rouca — direta, debochada, mas cuida das amigas como se fosse mãezona.
Catchphrase:
"Homem bom é que nem green card: difícil de achar e demora pra sair."
________________________________________
Thaís – A bissexual impulsiva do rolê e da faxina emocional
Saiu do Brasil dizendo que ia “só passar uns meses”, mas ficou. Se apaixona por pessoas, cidades e playlists. Vive dizendo “dessa vez é diferente”, mas sempre termina ouvindo Marília Mendonça no ponto de ônibus. Já ficou com chef de cozinha, DJ de festa latina, e uma gringa do RH que só sabia falar “Oi, gata”.
Catchphrase:
"Se for pra sofrer, que seja com Wi-Fi grátis e airfryer."
________________________________________
Arcos dentro da novela "YES, NÓS SOMOS BRAZUCAS"
Episódio: “AMOR NO RODÍZIO”
Giseli acha que vai engatar algo sério com um cliente fofo que fala português com sotaque. Ele diz que quer conhecer o Brasil. No fim, ele só queria desconto no rodízio.
Episódio: “EX COM BOI, BÊBADA COM FAROFA”
Viviane encontra o ex com a nova namorada na churrascaria. Finge que está plena, mas no intervalo do turno chora no freezer, enquanto come um brigadeiro escondido.
Episódio: “THAÍS NA LOUCA”
Thaís começa a namorar uma gerente do bar vizinho, que parece perfeita. Mas a relação vira controle emocional disfarçado de romantismo. Ela termina com um discurso icônico no meio do salão.
As três são inspiradas em Sex and the City. Ou seja, cada episodio se envolvem com um homem diferente, mas nenhum dá certo.

________________________________________
Frases que viram bordão da novela:
• "Se a carne tá passada, imagina meu coração." — Thaís
• "O gringo me deu match, mas não deu o green card." — Giseli
• "Ser mulher imigrante é tipo ser garçonete do amor: a gente serve todo mundo e come o resto." — Viviane
• "Essa cidade não tem praia, mas tem muito mar de ilusão." — Giseli
• "Amiga, se ele sumiu, é porque o ICE levou." — Thaís
________________________________________
Relação com os protagonistas da novela
As três não são só núcleo cômico: elas cruzam com Glauciane, Marcelo, Cristian e no Brazilian Barbecue. Ajudam Glauciane quando ela chega limpando casas; Viviane já teve um caso rápido com Marcelo; Thaís conhece Cristian de uma festa latina no porão de um brasileiro. E todas têm opiniões fortíssimas sobre tudo e todos — como boas brasileiras que são.
Luciana & Sérgio Mendes
• Idade: 41 anos
• Natural de: Belo Horizonte (MG)
• Vive em: Framingham, Massachusetts (EUA)
• Profissão: Cuidadora de idosos durante o dia, faxineira à noite, guerreira sempre
• Estado civil: Casada com Sérgio Mendes, 44 anos, trabalha com construção
• Filhos:
o Patrícia (17 anos): Inteligente, questionadora, sonha em ser médica, vive o dilema entre os valores da família brasileira e a vida americana.
o Léo (11 anos): Sensível, criativo, desenha muito, sofre de ansiedade e precisa de mais atenção do que recebe.
________________________________________
Drama secundário: Gaslighting doméstico
Luciana é o pilar da casa. Trabalha, paga contas, cuida dos filhos, resolve tudo. Mas Sérgio vive mentindo descaradamente, e o pior: fazendo ela acreditar que é louca por desconfiar.
• Ele diz que pagou a conta de luz, mas a luz é cortada.
• Jura que levou o carro na oficina, mas o carro quebra no meio da rua.
• Diz que só foi tomar uma cerveja com os colegas, mas ela encontra perfume no carro, mensagem apagada, cheiro de motel.
• Quando ela confronta, ele inverte tudo:
“Você tá obcecada, Luciana. Tá vendo coisa! Tá doente da cabeça.”
“Você que tá esquecendo, você não falou nada da conta!”
Aos poucos, ela vai perdendo a confiança em si mesma. Começa a anotar as coisas num caderninho escondido, pra lembrar do que é real. Mas mesmo assim, quando discute com ele, começa a duvidar da própria memória.
________________________________________
Relação com Sérgio
Luciana não vê mais o homem com quem casou. Sérgio virou um cara distante, frio, mentiroso.
Mas ele sabe manipular, aparece com flores, finge arrependimento, chora... depois mente de novo.
Ela ainda não consegue largar tudo. Tem medo do que vai acontecer com os filhos, com ela, com o status imigratório da família.
Mas ela começa a ter pequenos momentos de clareza, principalmente quando vê que a filha Patrícia tá percebendo tudo e já não respeita mais o pai.
________________________________________
Arco de transformação
Luciana vai crescendo no decorrer da novela. Aos poucos, ela:
• Aprende a confiar em si mesma de novo
• Ganha apoio emocional da filha
• Confronta Sérgio de forma firme e clara
• Se reconstrói como mulher, como mãe e como ser humano — sem precisar de ninguém mentindo no seu ouvido
Núcleo Aeroporto
Ricardinho da Silva, 21 anos, mora com a mãe Vanessa e o irmão mais novo Enzo, em um dos muitos blocos populares do mega condomínio de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Apesar da estrutura vertical, o prédio onde moram é precário e sem assistência — um reflexo da desigualdade social que espreita cada canto da cidade.
Ricardinho é pobre, mas tem sonhos grandes. Vive nos bailes funks da cidade, tatuado até o rosto, ostentando o que pode, com a alma acesa pela batida do 150 bpm e pela vontade de vencer. O problema é que, apesar de "barbarizar" na procura de um emprego formal, a porta do mercado de trabalho nunca se abre pra ele. A grana nunca dá. E o desespero é um vizinho constante.
Ricardinho mora no mesmo prédio que Glauciane e Marcelo, e observa de longe as idas e vindas desse casal com um misto de curiosidade e inveja. Um dia, num baile, um sujeito misterioso se aproxima e faz uma proposta tentadora: uma viagem pra Europa, com tudo pago — mas com uma condição. Ricardinho teria que levar "umas coisinhas". Umas cápsulas. Umas pedras recheadas de cocaína.
Na primeira vez, ele topa. Engole tudo, se maquia pra esconder as tatuagens do rosto, e parte. A operação é tensa, mas ele consegue passar. Recebe R$ 20 mil e sente pela primeira vez o gosto amargo do dinheiro fácil. Volta ao Brasil, encantado e ainda mais ambicioso.
Na segunda vez, o destino não é tão generoso. Ele é pego no Aeroporto de Guarulhos por um dos núcleos mais ágeis e estratégicos da novela: o núcleo da Polícia Federal.
________________________________________
Núcleo Polícia Federal – Aeroporto de Guarulhos
Cristiane Pereira da Silva e Rubens Caetano Manggiorane são os agentes da PF que lideram a repressão ao tráfico internacional de drogas e também a vigilância sobre as chamadas "encomendinhas" — produtos ilegais trazidos dos EUA por brasileiros, como os eletrônicos e os diamantes escondidos nos glosses por Rita Soriano.
Esse núcleo é marcado pela adrenalina. Eles operam nos bastidores do embarque internacional, fazem blitzes inesperadas, rastreiam bagagens, monitoram perfis suspeitos e agem em cenas de pura tensão — um verdadeiro reality policial à la Aeroporto, misturado com o ritmo quente da novela.
Quando Ricardinho tenta pela segunda vez sair do país com cápsulas, Cristiane e Rubens já estão um passo à frente. O radar deles apita assim que o sistema cruza informações sobre um jovem tatuado demais, com um histórico recente de viagem à mesma cidade europeia. Eles interceptam, seguem, observam... e prendem.
________________________________________
Conflitos
• Ricardinho vs. o sistema: O drama da juventude periférica que busca ascensão por meios não convencionais.
• Cristiane e Rubens vs. o crime organizado: Uma dupla incansável, que precisa lidar com corrupção, limitações burocráticas e a velocidade do tráfico.
• Rita Soriano e suas “encomendinhas”: O núcleo policial também começa a se aproximar do esquema luxuoso e discreto de Rita, que pode se complicar se continuar atravessando fronteiras com diamantes e eletrônicos sem fiscalização

  • 0
  • 0