Fanfics de Boku no Hero Academia (My Hero Academia) com os gêneros Drama / Tragédia e Suspense em Português - Tag Kacchako sem o personagem Fuyumi Todoroki sem o gênero Literatura Erótica

- Merda! Merda! É tudo culpa daquele puto do Deku! – O sangue quente dela já escorria por seus dedos e mesmo assim o sorriso gentil não deixava seus lábios rachados e inchados.

“Não, a culpa foi minha.” Todas as vezes que piscava milhares de lembranças e oportunidades em que poderia ter feito diferente passavam por seus olhos. Se ele ao menos não tivesse xingado daquele jeito. Se ele não tivesse o expulsado. Se não tivesse queimado aquele maldito caderno. Se tivesse o ajudado a se controlar. Tantas possibilidades, mas eram em vão. Não adianta chorar como uma criança, o tempo não voltaria.

- E se...eu te dessa outra chance? – Agora estava ouvindo vozes. Que bela merda. – Um pequeno gesto pode mudar a destruição. Você tem uma chance, faça direito.

A última coisa que se lembrava daquele sonho ou melhor, pesadelo, era do bater de asas de uma borboleta e logo depois, o chão frio de seu quarto na casa de seus pais. Foi realmente só um sonho?

O Efeito Borboleta é uma expressão utilizada na Teoria do Caos para fazer referência a uma das características mais marcantes dos sistemas caóticos: a sensibilidade nas condições iniciais. O que significa que o bater de asas de uma borboleta no Brasil pode desencadear uma sequência de fenômenos meteorológicos que provocarão um tornado no Texas. Em outras palavras, uma pequena ação pode mudar drasticamente os acontecimentos do mundo.

Um pequeno gesto poderia mudar aquela paisagem de completa destruição para algo mais alegre, mais vivo e muito menos doloroso.

A falência de uma família. Um casamento arranjado. A alegria sufocada pelas responsabilidades.

Ochako estava noiva de alguém que mal conhecia, tudo para que seus pais e sua família não caíssem em miséria. Ela sabia que não seria fácil, mas não imaginava que um ensaio para a cerimônia pudesse a deixar tão humilhada.

Mas, em meio a tudo isso, o que mais a abalou foi o momento em que ela se tornou noiva sem seu consentimento mais uma vez, e de alguém com quem jamais sonharia...

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"Caros defuntos, a sua atenção
Ou quem de vocês tiver audição
Vou contar a história melancólica demais

Do cadáver de um noivo sedento de paz!"


Ah... Era isso o que eles pareciam cantar na hora em que eu entendi o que estava acontecendo. No momento em que eu finalmente acreditei que, sim, aquilo estava acontecendo...

Eu havia me tornado a noiva de um cadáver.

(Uraraka parece diferente esses dias... percebo que ela não está falando muito com as suas amigas...)

(Notei que Bakugou fica me olhando, me sinto mais pertubada do que já estou...)

(Acho que vou falar com ela...)

(Sera que faço isso mesmo..?)

E se as coisas tivessem sido diferentes? E se Katsuki tivesse aceitado após o seu sequestro entrar para A Liga dos Vilões? Como as coisas teriam sido?

Ou logo a mais direta das perguntas: Como teriam começado os sonhos cruéis de Ochako?

A queda de um símbolo sempre causa diversas ações e reações diferentes nas pessoas. Ainda mais quando trata-se de um símbolo da paz. No caso de Ochako, a impotência alastrou-se por teu ser, a dando a sensação de insignificância perante a situação dada.

-"A lenda da Uravity, você nunca ouviu?"

Midoriya pergunta a seu amigo enquanto morde um pedaço do sanduíche

-"Eu não tenho tempo pra essas histórias de criança"

O loiro ri debochando do mais novo que se encolhe um pouco

-"Voce não deveria desrespeitar o espírito de uma morta assim, Kacchan"

O irritadiço cessou bruscamente as gargalhadas e encarou o esverdeado

-"Eu disse pra você me deixar terminar" Deku cruzou os braços e forçou uma expressão raivosa "Pelo o que li, Uraraka era uma garota bem amável aqui da U.A, todos gostavam muito de sua companhia, ela sempre dava um jeito de arrancar risadas de todos, até que, a liga dos vilões atacou em um exame padrão e ela deu sua vida para salvar a de sensei Aizawa... Dizem que a escola resolveu esconder o ocorrido para não estragar a imagem perfeita"

Midoriya se vira para Katsuki que esta paralisado, sentindo leves arrepios atrás da nuca

-"Eu disse que era história de criança, mas bem, precisamos ir para a aula"

Ele ri nervoso e se levanta indo em direção ao banheiro para lavar o rosto e absorver mais a "lenda" que seu amigo acaba de lhe falar

-"É apenas uma história idiota para calouros, porque mexeu tanto com você? Só respire fundo e.."

Bakugou é interrompido por uma voz feminina atrás de si, ele se vira e vê uma garota, o que o assusta um pouco mas logo ri de sua atitude

-"Ei sua idiota, não sabe ler placas não? Esse banheiro é masculino"

A menina infla as bochechas e desvia seu olhar para o lado

-"Eu não sou burra, ok? Apenas estou confusa, preciso de ajuda, me parece que alguém precisa se sacrificar do mesmo jeito que eu me sacrifiquei.. Mas eu não me lembro, você pode me ajudar?"

-"Sacrificar? Ajudar? Você tem mesmo alguns miolos a menos"

Kacchan revira os olhos se apoiando na parede ao lado de um bebedouro

-"Você realmente é mais louca do que eu pensava"

Diz ele se preparando para dar as costas a garota julgada como doida

-"Eu não me lembro de nada apenas meu nome, Ochako Uraraka"

Katsuki não podia acreditar, sentiu seu sangue descer e sua visão escurecer

-" Uravity?"

Foram suas últimas palavras antes de cair desacordado no chão

Bakugou Katsuki pensou que aquele seria apenas o início de um ano letivo comum. Isto é, se ele não tivesse Uraraka Ochako como sua nova vizinha. E um mistério para resolver a contragosto.

Você pode ouvir o silêncio? Você pode ver a escuridão? Você pode concertar o que foi quebrado?

As luzes brilhavam naquela noite escura na cidade de Tokyo. O som dos carros, das buzinas, dos gritos de pessoas nas ruas, essa mistura de sons que definia a vida noturna da cidade. O vento estava forte aquela noite, um indício de que uma chuva forte chegava.

Porém, em algum lugar por entre os prédios, passos rápidos ecoavam. Alguém corria desesperadamente. O ar faltava nos pulmões, suas pernas já não aguentavam mais correr, mas eram forçadas a isso.

Uma porta fora aberta com brutalidade, os pés batendo pela escada, subindo cada degrau de forma apressada, como se a vida de alguém dependesse da velocidade em que subia. E de fato dependia.

Pois no alto daquele prédio, bem na beirada, uma pessoa estava sendo mantida refém pelo chefe da máfia japonesa e seus capangas.



AVISO: Essa história contém assuntos que podem ser sensíveis a alguns leitores, como Violência, Sequestro, Insinuação à Suícidio, Insinuação à Assassinato e Filiação com Máfia. A autora NÃO COMPACTUA E NEM DEFENDE nenhuma dessas ações e pede que não tentem reproduzir nenhuma das cenas. Está história é apenas uma obra de ficção, sem compromisso com a realidade.PESSOAS QUE POSSUEM GATILHO COM ALGUNS DOS ASSUNTOS CITADOS, SUGIRO QUE NÃO LEIAM ESTA ONE SHOT.

Palavras são armas poderosas, principalmente quando vem da pessoa que você menos espera.
Ochako não imaginava, nem em seus mais fictícios cenários, escutar aquelas palavras.

Até que elas foram ditas.

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Arte retirada do Pinterest, créditos ao devido autor.
Também postada no Wattpad.

Até que eu me lembrei de algo muito NADA A VER com o momento. Havia me recordado de que a primavera estava chegando‚ e com isso‚ o festival da cerejeira estava próximo também. O tal evento da flor Sakura‚ que logo iria desabrochar pelas cerejeiras e que seria um dos eventos mais bonitos do Japão iria acontecer nos próximos dias.

Por algum motivo desconhecido‚ aquela flor me lembrava de você. Apesar de delicada e da sua beleza indiscutível‚ sabia que dentro de você não havia nada de delicado. Você não era frágil‚ você não era uma menina indefesa‚ você era a garota que havia me enfrentado sem hesitar. Essa era você. Até aquele dia.