Fanfics de Mauro Nakada com o gênero Famí­lia - Tag Kéfera

" ELE NÃO É NADA, JAMAIS FOI, JAMAIS SERÁ. ELE NÃO É ESPECIAL NUNCA FOI! "

Uma vez me disseram que o amor doi, mas eu não acreditei, ao menos não até ouvir aquelas palavras.

— Oi, por favor – chamei a atençao do homem que segurava a bandeja em uma das mãos – Quero que leve este bilhete até ele, aquele moço de olhos claros...E leve um capuccino de chocolate acompanhado por marshmallows à ele, ponha na minha conta. – Pedi observando tal indivíduo que me chamara atençao.

E assim o faz, ele entregou meu bilhete junto a pequena xícara. Observei atentamente a cena e vi o mesmo agradecer ainda meio confuso e sorri com teu ato. O belo moço abriu o bilhete lendo ali o que eu havia escrito naquele pedaço de guardanapo amassado – que por sorte tenho uma estranha mania de guardar canetas. Ele entregou a xícara ao garçom e agradeceu novamente procurando inutilmente por uma pessoa 'suspeita' a ter enviado o bilhetinho.

— Senhor, o mesmo recusou seu pedido à ele mas permaneceu com seu recado.


(...)


—Tudo bem, muito obrigado.– o garçom se retira da mesa com um simples sorriso voltando ao balçao onde atendia uma cliente frustrada.

"Calma Lucas, você vem frequentemente por aqui, pode esbarrar-se com ele a qualquer momento"

"Por que ele recusou o capuccino? Será que ele nao gosta de choclate...Oh droga, eu nao posso ter estragado tudo"

"E se eu o convidasse para um café da manhã...Oras, nao seria tao ruim assim a ponto dele recusar, ou seria?"

Porra.

Sinto um enorme nervosismo tomando conta de mim.

Moço dos Olhos Cor de Esmeralda, o que está fazendo comigo?

Se é pra contar vamos começar do começo e se localizar. Olá. Oi. Eu já disse isso...Ah.
Sabe como é escutar a sirene da escola que você estuda tocar dentro da sua casa? Pois então, a minha escola do fundamental ficava na esquina da minha casa. No último trimestre da oitava série eu e meus amigos sonhávamos em ir pra mesma escola, já que todos compartilhavam do mesmo sonho, e nem nos importávamos de ser uns dos únicos da sala a querer isso pras nossas vidas: Estudar na Udigin- Universidade de Digital Influencers do Brasil, seria no pequeno prédio da Edigin na verdade pois ainda passaríamos pelo Ensino Médio, mas falamos Udigin pois esse nome é conhecido de todos; e ser um youtuber de sucesso, é claro. Estudar em Porto Alegre na única Udigin do país, mesmo ficando localizada do lado da nossa cidade, pra nós era uma aventura tão radical haha.
Cara, me lembro de eu chorando quando minha mãe me disse que não me matricularia naquela escola. Ela nem ao menos queria deixar eu participar do teste, meu pai já tinha me dito que se minha mãe deixasse, pagaria o valor da prova. Depois de chorar, implorar, trazer meus amigos na minha casa, as mães dos meus amigos na minha casa para conversar com a minha mãe, e limpar a casa por uma semana, incluindo o banheiro, que entupi de papelão por causa dos respingos de xixi do ser alienígena invisível que visitava a minha casa todas as manhãs, mais conhecido como meu pai (eu acho), porque não era meu (eu acho), tudo isso para depois eu ouvir da minha mãe um:
-TÁ! - Caramba, nunca duas palavras me deixaram tão alegres na vida, beijei tanto aquela linda senhora, que ela chegou a se cansar e me empurrar pra trás.
- Malvaaada. -Eu disse rindo.
Agora era minha chance. Fiz um círculo bem grande na data do meu teste no calendário e passava muito tempo reassistindo os vídeos do meu canal para escolher um que apresentaria para os diretores da escola. Eles que decidiriam minha aprovação ou reprovação.