Fanfics de No.6 - Classificação Dezesseis - Mais de mil palavras sem o personagem Cravat sem o gênero Sobrenatural

Depois de cinco longos anos separados, mentes e corações divididos, toda noite, somente uma pergunta era feita.

Você a vê? Você vê a mesma lua que eu?

"No começo eu me odiei tanto por isso, Shion. Mas então era você, e só você, e não havia mais saída. E percebi tempos depois que havia saídas por todos os lugares, mas eu as evitava, fechava os olhos, se alguma delas significasse perder você."

Nezumi x Shion // Oneshot.

No dia em que Shion e Nezumi se mudaram para o novo apartamento no extremo da antiga No.6 - e repito, somente nessa hora - perceberam que havia apenas uma cozinha, a sala de estar e... um quarto. Rato se ofereceu para dormir no sofá, é claro, mas Shion lhe disse que como haviam duas camas de solteiro, então não teria problema. Até aí, tudo certo, cada um dormiria em uma parede.
Ótimo.
A questão foi que, para surpresa de Nezumi, Shion juntou as duas camas no terceiro dia em que estavam ali. Ficou sem reação no começo, quase "engessado", mas dormir ao lado do garoto se tornou algo natural mais rápido do que o próprio imaginara. Continuavam no limite da divisória dos colchões e cada um possuía um cobertor individual, mas a presença quente, viva, de alguém (não qualquer um - Shion) a seu lado sempre que precisasse pegar no sono era, no mínimo, absolutamente reconfortante. E bom. E quando eles eventualmente davam as mãos era.... muitas mais outras coisas que Nezumi nunca teria coragem de dizer na frente do platinado.

Sendo assim, era de se esperar que Nezumi se encontrasse perplexo quando, em um não-tão-belo-dia, Shion separasse os móveis novamente.

Deixo claro que os personagens e o universo dessa história NÃO me pertencem, portanto os direitos são todos do(a) autor(a), no caso, Atsuko Asano. A imagem de capa também não é de minha autoria.

As estrelas que começaram a aparecer no céu não eram marcantes como Antares, delicadas como Spica, muito menos exuberantes como o Sol. De tão apagadas e distantes pareciam mais com grãos de poeira perdidos no universo.
Não havia nada de especial nelas.

"... Eu, que nada possuía de meu; um demônio arredio e feroz, vagando por terras estranhas em busca de um justo afago, a procura de mera palavra de carinho.
Caçando alimento e refúgio em uma sarjeta qualquer.
E as pequeninas mãos se estenderam e me puxaram para dentro daquele quarto envolto na penumbra do entardecer.
Seu sorriso natural me dizendo que se eu ficasse ali, só um pouco, restaria protegido do sal que fazia minhas feridas abertas sangrarem ainda mais.
Abraçou-me.
Alimentou-me.
Acalentou-me..."

[Nezumi/Shion]

"Aquela bala fez um buraco no seu peito e fez também no meu."

"... O que mais tinha para descobrir?
Se todos os segredos perduravam escancarados bem ali...
Diante da fragilidade de suas vidas.
O que mais restou para amar?
Se cada parte do corpo e da alma eram desesperadamente adorados.
Venerados!
Se cada coração perseverava em bater só de saber que também era amado.
Ah...
O que mais?
O que mais poderia se querer?..."

Muitas coisas mudaram, percebo agora o quão alienado, quantas mentiras me foram contadas ao longo de toda minha vida, apenas vivi em um cárcere que logo matar-me-ia, e não deixaria sequer a memória de que um dia existi.

A verdade é que nunca aguentaríamos ser tratados com tamanha frieza por nossos amores, muito menos fingir indiferença a razão de nosso existir.


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Dois garotos. Uma festa. Uma confissão.

!alternative universe!