Fanfics de Saint Seiya sem listar Crossovers com Dégel de Aquário e June de Camaleão - Mais de 40 mil palavras sem o personagem Krishna de Chrysaor

-Retomada- Um novo deus surge para reconstruir o Submundo após a queda de Hades, ao tempo que uma antiga ameaça ronda novamente o mundo dos vivos. Velhos inimigos deverão unir suas forças contra ela, caso contrário serão testemunhas da destruição de tudo aquilo que conhecem, mas será que Cavaleiros, Marinas e Espectros serão capazes de esquecer suas diferenças em prol de uma causa maior?

Deixei a porta aberta com minhas bagagens.
Minha morada, depois de um ano, eu regressava.
As mobílias empoeiradas pareciam estar do mesmo jeito que recordo ter visto a última vez. Meu quarto, o nosso quarto. Suspirei pesado com as lágrimas.
Seu retrato. Ah! Como é lindo, sempre foi.
Recordo aquele dia de nossa viagem a Paris. “ Você queria tanto conhecer Páris, meu amado Milo”. Seguro sua fotografia ao peito. “ Porque eu tinha que sobreviver?”
No closet, algumas roupas minhas e suas. Sorri ao notar o pijama de ovelhinhas, você era tão emotivo e infantil. Tudo que restava de ti eu precisava deixar ir. Dizer adeus e seguir.
“ Já que voltei, hora de recomeçar”. Cada vestimenta que saia do closet era uma lágrima. O telefone e o interfone tocam, sua voz gravada na secretária aciona a mensagem:
“O casal mais lindo não se encontra no momento ou estão muito ocupados para atender, deixe seu recado após o pimmmm”.
Milo, meu amor. Sua voz é tão nítida e real, mesmo nesta gravação.

PINN: “ Camus, seu teimoso. Porque vieste sozinho? O porteiro me liberou, estou subindo.

Não notei que alguém adentrava o quarto, tamanha era minha dor que não senti mais nada.

Um melancólico Cavaleiro.
Uma Amazona sem esperanças.
Uma missão humanitária que uniria os dois.

A Deusa e seu amado.
Uma criança para proteger.

E dois grandes mistérios a serem resolvidos.

Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer...”
Camões.
Vidas entrelaçadas pelo destino que têm seus sentimentos revirados, pelas perdas passadas, pelo presente rotineiro... Camus acreditava bastar apenas a si, Milo acreditava já ter amado incondicionalmente. E então a vida lhes mostra que o amor é mutável, é imenso e maravilhoso a ponto de unir ambos os corações desacreditados de amar que de repente descobrem que há sim como amar novamente.