Fanfics de Saint Seiya com o gênero Lírica / Poesia - Tag Saori

( Novelização da história de Seiya com alterações para o formato de prosa e alterações para um contexto mais claro para alguns elementos. Arte da Capa: Tiago Fernandes @tfernandes)

No curso da humanidade, muitas histórias, mitos e lendas foram contadas. E delas, muitas versões foram contadas e recontadas. Pintadas. Cantadas. Há sempre elementos que mudam e que não se encaixam de uma versão para a outra. Assim se dá com os mitos gregos, por exemplo. Mas a essência nunca muda. Aquiles nunca luta por Troia, Troia nunca vence a Guerra, Édipo jamais deixará de matar o pai ou se casar com a mãe. Alguns detalhes podem mudar, mas o cerne sempre estará lá.

E assim pode se dar também com a Lenda de SEIYA.

Há muitas versões contadas e muitas ainda serão contadas.

Pois essa é a minha.

Pois foi assim que ouvi a Lenda de Seiya.

Quando Athena faz uma reunião com os cavaleiros de ouro do Santuário, o resultado é unânime. Todos eles querem a morte da serva de Hades, como uma forma de retribuição. Durante a votação sobre o cavaleiro que deverá completar o serviço, o escolhido é Seiya, herdeiro da armadura de ouro de Sagitário. Agora já mais velho e maduro do que quando era o cavaleiro de bronze de Pégaso, Seiya então parte para aquele mundo sem vida, onde Hades permanece selado em sua urna, não representando ameaça. Seiya então se mostra imparável como cavaleiro de ouro, por sempre estar protegido pelo cosmo de Athena, e se prepara para tirar a vida de Pandora. O cavaleiro de ouro será capaz de concluir a sua missão, ou cederá à bondade e a salvará de si mesmo, despertando algo já além do sétimo e oitavo sentido entre os dois: o amor proibido.

"... Não podia ser pior.
Não eram mais crianças e tampouco amigos.
Nada seria mais constrangedor do que admitir e eles queriam isso.
Só admitir.
Confessar.
Como disfarçar o resquício da felicidade que vivenciavam todas as noites?
Como esconder que se amavam?
Como?..."

"...O menino desapercebido que se tornou um cavaleiro, cansou-se de esperar.
As guerras o fizeram desvanecer.
Enfraquecer.
Ele morreu e descansou nos Elíseos.
E por isso renasceu o homem desesperado.
Aquele pelejador que não sabe desistir.
Que não quer renunciar aos próprios caprichos ensandecidos.
Aquele que daria a própria vida pela deusa da Terra, sem pestanejar.
Um louco..."

"... Eu me aproximo só para sentir seu cheiro gostoso.
Cheiro de primavera ensolarada.
Aroma das flores que crescem delicadas no solo fértil da Grécia.
Seu cheiro embriagante.
Meu martírio sem fim.
E há este espaço injusto entre nossos mundos..."

Muitos anos após todas as suas aventuras juntos, os antigos cavaleiros de bronze finalmente haviam sido promovidos oficialmente a cavaleiros de ouro. Seiya se tornou o novo cavaleiro de Sagitário, Kiki tornou-se o novo cavaleiro de Áries, Hyoga tornou-se o novo cavaleiro de Aquário, Ikki tornou-se o novo cavaleiro de Leão, Shiryu é o novo cavaleiro de Libra e Shun é quem veste a armadura de ouro de Virgem. Mas, da mesma forma que seus antecessores, estes novos cavaleiros de ouro protegerão o santuário com todas as suas forças, e quando os cavaleiros de bronze se vêem em uma missão para atravessarem as doze casas do zodíaco, eles não sabem que deverão enfrentar a ira dos doze cavaleiros de ouro que as protegem com unhas e dentes, punhos e cosmos.

Chegou o dia em que a amazona Yuna de Águia finalmente completou seus dezoito anos, sendo promovida por Atena em pessoa à amazona de ouro, parecia um sonho, ela estava feliz com o namoro ao lado de Kouga, vivendo com os amigos na Palaestra, até que ela escolhe quem é que irá ser seu professor. Seiya, o lendário e respeitado cavaleiro de ouro de Sagitário se sente contente ao ensinar sua aluna os princípios avançados do cosmo, enquanto os dois lutam intensamente contra seus sentimentos um pelo outro, mas Yuna não desiste dele, pois aprendeu a despertar algo mais forte que o sétimo sentido: era o amor insuperável que ela sentia por Seiya.

"...E mais uma lágrima rolou pelo seu rosto magoado e sofrido.
Uma pontada aguda implodiu de seu peito o fazendo se encolher. Pousou ambas as mãos sobre o próprio coração e desesperado rezou para que aquela onda lancinante de horror o deixasse.
Que o alívio fosse, enfim, seu especial consolo.
Não lembrar.
Não reviver.
Apenas esquecer.
Mas não podia.
Jamais poderia!..."

"...Estavam entrelaçados por um fio muito tênue e assombrosamente forte.
Se amavam e não seriam mais capazes de se separarem.
Predestinados e unidos um ao outro por muitas eras passadas e assim permaneceriam, por outras muitas a frente.
Ainda não sabiam que Saori era a deusa Atena e que Seiya era o seu escolhido e valoroso Cavaleiro de Pegasus.
Não sabiam que a lenda era verdadeira..."