Fanfics de The Walking Dead com Jessie Anderson com o gênero Suspense - Tag Dixon

- Mais uma. – Ouço a rouca e determinada voz ecoar ao meu lado. Movo minha cabeça na direção da voz, deixando que meus olhos se encontrassem com o próprio diabo.
Ele me examinava de forma descarada, deixando seus olhos percorrerem meu decote, minhas pernas que estavam cruzadas, pouco antes de erguê-lo a mim novamente. O homem que havia trocado olhares no momento em que cheguei, parado a minha frente, me encarando como um animal faminto, e tudo bem, porque estava pronta para ser sua presa.
Mordo levemente meu lábio e desvio meu olhar para a garrafa de cerveja que Doc o entregava, me fazendo balançar a cabeça negativamente, abrir um sorriso ladino e encarar a parede de bebidas atrás de Doc enquanto despejava o restante do líquido da minha garrafa sobre o copo já sem gelo.
- Sempre achei que homens como você bebessem algo mais pesado do que cerveja. – Digo baixo, mas alto o suficiente para que ele pudesse ouvir.
Pela minha visão periférica posso observá-lo se encostar na bancada e mover seu corpo na minha direção. Que os jogos comecem. Foi o primeiro pensamento que percorreu minha cabeça antes que ele pudesse abrir a boca para dizer algo.
- Homens como eu? – Minha atenção se voltou a ele novamente, o mesmo sorriso presunçoso em meus lábios enquanto o via se fingir de ofendido. Eu não precisava daquilo, ele sabia ao que me referia. – Que tipo de homem exatamente acha que eu sou? – Dessa vez eu ri pelo nariz e voltei minhas pernas, ainda cruzadas, em sua direção.

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Amelia, ou melhor, Mia sente saudades de casa. Sente mais ainda saudade da normalidade e dos pequenos detalhes de uma rotina.
Ela não vê saida além de agarrar-se a tudo que pareça comum; ter um cachorro, obedecer sua tia -pelo menos na maior parte do tempo- fazer chás com ervas encontradas em meio a floresta e, mais do que tudo, buscar incansavelmente um lar.
Em meio a isso, ela almeja tudo aquilo que não possuí; banhos quentes, escola, pais e um mundo sem mortos-vivos
O apocalipse lhe tomou todas as oportunidades quando Mia ainda era uma garotinha. Agora, após uma fuga apressada de sua terrível Comunidades, ela é jogada novamente aos terrores dos mortos, lutando pela sua sobrevivência a cada dia enquanto sente-se desmoronar aos poucos, cedendo ao vazio de sua existência patética, e tentando não dar razão a idea de que desistir de tudo é mesmo a melhor opção.
Quando uma pequena faísca de esperança acende em seu caminho - a chance de fazer parte da Comunidade de Alexandria onde, aparentemente, a vida é tão normal quanto possível - Mia entra em conflito ao passar por uma longa jornada sangrenta para alcançar esse objetivo.