Ligações De Alma
escrita por Ayunnara
Capítulos 6
Palavras 3.222
Atualizada
Idioma Português
Categorias Witches of East End
Gêneros Conto, Fábula, Fantasia, Ficção
Desde pequena, Luna sentia que faltava algo. Era como se ela tivesse deixado uma parte de si em algum lugar, ou em alguém. Vivia sua vida normalmente — estudava, tinha amigos, sorria em festas — mas dentro do peito, uma ausência gritava silenciosa.
Do outro lado da cidade, Theo sentia o mesmo. Não sabia explicar, mas era como se alguém o esperasse em algum lugar, como se uma promessa antiga pulsasse sob a pele. Ele tentava encontrar isso em beijos aleatórios, em abraços passageiros, mas nenhum deles tocava sua alma como ele sabia que deveria ser.
Foi numa tarde qualquer, no metrô lotado, que os olhos deles se cruzaram. Um segundo. Talvez nem isso. Mas foi o suficiente.
Luna sentiu o ar faltar. Theo sentiu o tempo parar. Eles não disseram nada — não precisaram. Uma conexão invisível, antiga, os envolveu como fios de ouro. Tinham certeza de uma coisa: já se conheciam. De outras vidas, talvez. De outros sonhos.
Nos dias que seguiram, o universo conspirou com uma teimosia apaixonada: encontravam-se nos lugares mais improváveis. Uma livraria. Um show. Um café. Até que, por fim, Theo perguntou:
— Você sente também?
Luna apenas assentiu, com os olhos marejados.
Eles passaram a se ver sempre, a compartilhar segredos como se já os soubessem. Não era uma paixão comum — era algo mais fundo, mais cru. Um amor que não precisava de explicações, só de presença.
Mas amores ligados por almas nem sempre têm caminhos fáceis. O passado de ambos começou a interferir. Medos. Traumas. Pessoas que não queriam deixá-los ir. A dor de perder-se antes de se encontrar de verdade.
Foi então que Luna, com a voz embargada, disse:
— Se isso for real, se a gente for feito um pro outro... a vida vai dar um jeito de juntar a gente de novo. Nem que seja em outra vida.
Theo segurou o rosto dela, com lágrimas nos olhos:
— Mas e se essa for a nossa última chance?
O silêncio respondeu por eles.
Anos se passaram.
Eles se afastaram. Viveram outras histórias. Mas nunca deixaram de sentir. Um dia, por acaso — ou por destino — Luna voltou à mesma estação de metrô onde tudo começou. E lá estava ele. Theo. Mais velho. Com os mesmos olhos.
Dessa vez, eles não deixaram o tempo escapar.
Porque almas ligadas nunca se perdem. Só se reencontram.
Do outro lado da cidade, Theo sentia o mesmo. Não sabia explicar, mas era como se alguém o esperasse em algum lugar, como se uma promessa antiga pulsasse sob a pele. Ele tentava encontrar isso em beijos aleatórios, em abraços passageiros, mas nenhum deles tocava sua alma como ele sabia que deveria ser.
Foi numa tarde qualquer, no metrô lotado, que os olhos deles se cruzaram. Um segundo. Talvez nem isso. Mas foi o suficiente.
Luna sentiu o ar faltar. Theo sentiu o tempo parar. Eles não disseram nada — não precisaram. Uma conexão invisível, antiga, os envolveu como fios de ouro. Tinham certeza de uma coisa: já se conheciam. De outras vidas, talvez. De outros sonhos.
Nos dias que seguiram, o universo conspirou com uma teimosia apaixonada: encontravam-se nos lugares mais improváveis. Uma livraria. Um show. Um café. Até que, por fim, Theo perguntou:
— Você sente também?
Luna apenas assentiu, com os olhos marejados.
Eles passaram a se ver sempre, a compartilhar segredos como se já os soubessem. Não era uma paixão comum — era algo mais fundo, mais cru. Um amor que não precisava de explicações, só de presença.
Mas amores ligados por almas nem sempre têm caminhos fáceis. O passado de ambos começou a interferir. Medos. Traumas. Pessoas que não queriam deixá-los ir. A dor de perder-se antes de se encontrar de verdade.
Foi então que Luna, com a voz embargada, disse:
— Se isso for real, se a gente for feito um pro outro... a vida vai dar um jeito de juntar a gente de novo. Nem que seja em outra vida.
Theo segurou o rosto dela, com lágrimas nos olhos:
— Mas e se essa for a nossa última chance?
O silêncio respondeu por eles.
Anos se passaram.
Eles se afastaram. Viveram outras histórias. Mas nunca deixaram de sentir. Um dia, por acaso — ou por destino — Luna voltou à mesma estação de metrô onde tudo começou. E lá estava ele. Theo. Mais velho. Com os mesmos olhos.
Dessa vez, eles não deixaram o tempo escapar.
Porque almas ligadas nunca se perdem. Só se reencontram.
- 0
- 0