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História -right where you need to be - - capítulo único


Escrita por: cherrybombshell

Notas do Autor


É quase 2020 e eu estou escrevendo fanfics de Crepúsculo as duas da manhã. Uau. Na minha defesa, eu vi esse post no Tumblr com essa ideia e eu sabia que tinha que escrever algo, então, sinceramente, isso foi mais impulso do que qualquer coisa. Eu vou por o link do post original nas notas finais.

Capítulo 1 - - capítulo único


Se Edward Masen tivesse que se descrever em uma palavra, popular seria a última a passar pela sua cabeça.

Seus colegas nunca falavam diretamente para ele, mas eles pensavam um monte de coisas sobre Edward – que ele era muito calado, que ele era meio estranho, meio desinteressante. Eles nunca sabiam como puxar conversa com ele, que tipo de assunto poderiam ter em comum. Nenhum deles realmente o conhecia, porque nenhum deles nunca o via fora da escola.

Edward não era o tipo amigável. Ele era o tipo tímido e ansioso e antissocial. Tinha uma expressão, mesmo quando não estava irritado, que simplesmente fazia as pessoas pensarem, ok, ele não quer ter essa conversa, melhor eu deixar ele em paz. Ele gostava, de muitas formas, de se encolher em meio às sombras.

Era mais fácil, ele pensava, ser ignorado. Mais fácil só esperar alguém ir atrás dele e, até nesse caso, só concordar com a cabeça e manter sua boca calada. Ele nunca fazia demandas, quase não pedia por nada.

Edward Masen gostava de desaparecer no fundo e não incomodar ninguém.

Esse, ele imaginava, era o único jeito de não se ser incomodado também.

Ele não ficava sozinho. Edward tinha “amigos”, e ele usava essas aspas com muita força mesmo. Edward sabia que eles só o deixavam se sentar na mesa no lanche com eles porque todos eram amigos quando eram crianças, sempre brincando juntos no parquinho, então havia uma questão de nostalgia ali. Eles pensavam em Edward com mais indiferença do que qualquer coisa, nunca se importavam em o ouvir ou o manter junto a conversa, mas para Edward isso era ok. Ele não se importava com eles também. Ficar sentado numa mesa sem ninguém só seria ainda mais vergonhoso.

Então, enquanto Edward não fazia parte do grupo popular, ele estava no fundinho de um grupo. Ele conseguia ouvir a fofoca.

Por isso, ele sabia sobre os Cullen muito antes de os ver. Forks não estava nem um pouco acostumado com alunos novos, então não era uma surpresa que era só sobre isso que todo mundo estava falando.

“Eu tive aula de Literatura com uma deles,” Eric disse. “Isabella. Ela é tão sexy.”

“Eca,” soltou Angela, fazendo uma careta.

Eric sorriu para ela.

“Mas é verdade,” ele disse.

“Bem, eu tive aula com um dos meninos,” Jessica se intrometeu baixinho. “Jasper, eu acho que era o nome dele. Ele não falou muito.”

“Ele era bonito?” pressionou Angela, que tinha muito menos problemas objetificando pessoas a quem ela própria se atraia. Ela pôs seu corpo todo para frente para se aproximar de Jessica.

Edward revirou os olhos.

Ele tinha tido aula com uma das meninas também, uma baixinha que parecia uma fada e que tinha passado a aula inteira de História fazendo as unhas. Tirando isso, parecia legal. Ela tinha sorrido para Edward quando ele falou a resposta certa para pergunta do professor. Talvez esse fosse o tipo de coisa que Edward deveria ter compartilhado com os outros meninos, a hora de se gabar e tentar fazer parte da conversa. Talvez.

Ele não queria.

Até podia ouvir a fofoca, mas ele não estava se importando muito com ela. Edward achava mais interessante até ficar cutucando seu lanche com o garfinho de plástico padrão da cantina, e olha que isso era tediante para caramba. Só menos do que prestar atenção no resto de sua mesa.

Edward nem percebeu quando eles pararam de falar, não por uns bons segundos. O que o acordou mesmo foi o vento saindo da porta aberta do refeitório e o atingindo.

“Olha ela!” Eric sussurrou rapidamente. “É a de cabelo castanho, mais alta.”

Edward não queria olhar, na verdade, mas era praticamente instinto humano ouvir uma coisa dessas e se virar. Realmente não pôde evitar.

Eles estavam todos sentados numa mesa do outro lado do refeitório, suas bandejas muito cheias e intocadas. A fadinha estava lá, mais dois meninos e duas meninas. Uma delas era uma loirona bonita o suficiente para estar na capa de uma revista, então não foi difícil achar a outra de cabelo castanho de quem Eric estava falando.

Isabella, se Edward sequer se lembrava do nome dela direito, estava usando jeans velhos e largos, dobrados no calcanhar, e uma flanela vermelha. O cabelo dela tinha uma cor amendoada escura e era uma completa bagunça, solto de modo selvagem e natural. Ela estava sorrindo. Entre os seis, só dois deles estavam sorrindo – um menino muito grande e musculoso que era exatamente o tipo de pessoa que Edward evitava e ela, trocando piadas juntos.

Os olhos dela brilhavam embaixo da luz fosforescente da cafeteria como um bilhão de estrelas. Eles eram quase dourados.

Edward não conseguia respirar.

“Uau,” ele sussurrou idiotamente.

Ele achou que as pessoas na sua mesa iriam zombar de sua reação. Se encolheu, já preparado para isso. Mas não. Eles todos também pareciam muito fascinados por esses novatos maravilhosos.

Nessa hora, o menino grandão soltou uma risada super alta que você esperava de alguém do tamanho dele. Os lábios dos outro cinco se retorceram em sorrisinhos de canto. Edward se perguntou sobre o que eles estavam falando, antes de perceber que eles provavelmente só estavam zombando de todos os olhares encantados que estavam recebendo. Edward se voltou para seu lanche.

Tyler Crowley se esticou por cima da mesa.

“Saca só os peitões da loira,” ele sussurrou empolgado.

Edward corou só de ouvir as palavras dele, então não sabia como o menino tinha conseguido as falar sem ficar com vergonha de si mesmo ou perceber o quão babaca estava sendo. Eric e Mike deixaram suas cabeças pender para o lado, realmente olhando, e Jessica e Angela fizeram caretas insatisfeitas. Ele tinha quase certeza que viu a menina loira se retorcendo e o resto dos irmãos dela se aproximando dela.

“A loira,” Edward repetiu, “tem a cara de alguém que poderia fisicamente acabar com você numa luta.” Ele lançou outro olhar para eles pelo canto do olho, soltando uma respiração pela boca. “Deus, eu iria amar ver isso.”

“Seria incrível,” concordou Angela, sorrindo para ele.

A loira sorriu de lado, também. Não tinha jeito nenhum dela ter o ouvido, tão longe, então alguém na mesa dela provavelmente tinha falado alguma coisa.

Edward voltou a olhar para sua comida.

Ele não achava que Tyler gostava dele, mas isso era ok. Ninguém ali gostava.

 

&

 

Edward estava distraído desenhando umas estrelas bem feias na margem do seu caderno de biologia quando alguém se sentou do lado dele.

“Oi,” a garota disse.

Era Isabella.

De perto, ela parecia ainda mais descolada e bonita do que de longe, mesmo que a voz dela fosse um pouco mais baixa e tímida do que Edward tivesse esperado, seu sorriso um pouco mais hesitante. Ela tirou um pouco de cabelo do seu rosto. Estava tensa, com o nariz enrugado um pouco. Ainda estava encantadora.

Edward engoliu em seco. Ele não conseguia nem fazer as palavras saírem de sua boca direito, então só a deu um aceno rápido, os olhos colados em seu caderno.

Houve uma pausa.

“Eu sou Bella,” ela disse. Edward fez uma anotação mental de contar isso para Eric, já que era ele que estava a chamando de Isabella para todo mundo. “Bella McCarty.”

Ela não estendeu a mão dela, o que era bom. Edward sempre achou apertos de mão tão estranhos e rígidos. Só eram melhor do que abraços.

“Edward Masen,” ele resmungou, acenando com a cabeça mais uma vez. Aquilo era estranho. Bella provavelmente achava que ele era estranho.

Graças a Deus, o professor entrou naquela hora, o salvando de ter que desajeitadamente tentar começar uma conversa.

Eles não falaram nada pelo resto da aula, de qualquer maneira.

 

&

 

Edward Sr. e Elizabeth Masen eram donos da única livraria em Forks.

Foi lá que Edward Jr. cresceu, cercado pela companhia de livros e clientes. Talvez essa fosse a razão para ele ser tão tímido, com uma vida social tão ruim. Muito tempo em sua infância foi passado lendo, muito pouco tempo foi tendo experiências do lado de fora que não envolvessem sua mãe fisicamente o arrastando para ele ir andar com crianças da sua idade.

Eles moravam num loft em cima da livraria, mas Edward sempre preferiu ficar lá embaixo. Desde que tinha treze anos, ele ajudava com os negócios, só porque isso era uma desculpa para passar seus dias tirando livros das prateleiras e então os pondo de volta e tirando mais livros e guardando mais ainda e repetindo o processo para sempre, como uma dança cuja coreografia ele já nasceu sabendo.

Ali, passando seus dedos pelas lombadas novinhas em folha ou caindo as pedaços, era o único lugar onde Edward se sentia realmente 100% ele mesmo. Ele nunca poderia ser assim na escola, ou ao redor de outras pessoas em geral. Nunca conseguiria abaixar sua guarda tanto.

Ele estava completamente em paz, ali.

No primeiro dia de aula de Bella e do resto dos Cullen, eles receberam uma encomenda de mais de cem novos exemplares vinda de Port Angeles. Edward só precisou falar com os entregadores e então, pelo resto do dia, ele pôde só ficar arrumando as coisas, sem ser obrigado a interagir com mais ninguém por horas.

Sua mãe passou por ele enquanto Edward estava ajoelhado pondo livros numa estante mais embaixo, e ela fez um cafuné muito rápido em seu cabelo, sem parar de andar ou conversar com um cliente.

 Aquilo foi bom. Edward não gostava de ser tocado pela maioria das pessoas, mas quando era alguém como sua mãe ou seu pai, alguém que ele amava, era bom. Ele quase ronronou como um gato, antes de se segurar.

Edward realmente amava a livraria de sua família. Era quente da melhor maneira e iluminada do modo mais poético e haviam todas aquelas obras espalhadas pelas paredes, mais livros do que ele poderia contar, mas que ele tinha prometido para si mesmo, ainda criança, que ele ia acabar de ler, e–

Aquela era a casa dele.

Edward estava feliz ali.

 

&

 

Segunda feira era dia de massa na casa dos Masen. Quando Edward Sr. era mais novo, isso envolvia passar horas fazendo seu próprio macarrão e molho caseiros, com uma receita de família antiga e secreta.

Agora que Edward Júnior tinha dezessete, dia de massa significava que eles pediam pizza na única pizzaria de Forks e comiam todos juntos usando a louça chique da mãe dele, a que era de porcelana e ela ganhou de casamento. Eles bebiam refrigerante em taças de cristal e falavam de seus dias, apesar de normalmente nunca terem muito o que falar.

Hoje, eles conversaram sobre os Cullen.

Aparentemente, Carlisle Cullen era um novo médico no hospital local. A irmã de Elizabeth era enfermeira, o que significava que ela tinha um monte de informações sobre a misteriosa família, o que significava que Elizabeth também as tinha.

Dr. Cullen era (infelizmente, foram as palavras da tia dele de acordo com Elizabeth) casado com uma mulher chamada Esme e os dois eram super novos, mas tinham adotado um monte de crianças. Alice, que Edward sabia ser a fadinha por causa da aula que os dois tinham juntos, era a única com o sobrenome Cullen. Jasper e Rosalie Hale eram irmãos de sangue, e Emmett e Bella McCarty eram gêmeos, aparentemente. Rosalie ele sabia que era a loira, então Edward chutava que o menino loiro fosse Jasper e o menino grandão Emmett.

“Eles parecem legais,” disse para seus pais, mordendo seu pedaço de pizza de calabresa. “Quer dizer, Bella tentou puxar conversa comigo.”

“E você respondeu?”

A mãe dele estava o lançando aquele olhar. Ela se preocupava, Edward sabia, que ele não tinha muitos amigos. Ela achava que ele tinha que sair mais de casa, viver mais a vida.

Edward encolheu os ombros.

“Eu tentei,” ele mentiu, “mas o professor chegou bem na hora.”

Elizabeth suspirou, desapontada.

Edward só pegou outra pizza.

 

&

 

Parecia ter havido um consenso geral de que os Cullen eram estranhos.

Eles não andavam com ninguém a não ser si mesmos, como se eles fizessem parte de um grupo particular que só quem morasse com eles pudesse fazer parte. Eles também estavam saindo um com os outros. Edward estava pondo seus livros no seu armário um dia e viu Alice beijando Jasper.

Jessica insistia que era “praticamente incesto”, mas Edward tinha quase certeza de que ela só estava irritada por Alice ter acabado com as suas esperanças de algum romance com Jasper, que ela ia tinha dito achar “gato” antes.

Os Cullen sempre se sentavam na mesma mesa, com as bandejas cheias de comida, mas eles nunca tocavam em nada. Em dias de sol, eles faltavam. Para fazer trilha, um professor explicou para Jessica, quando ela perguntou onde eles estavam. Jessica amava se intrometer em assuntos de outras pessoas.

Havia algo de errado ali e todo mundo sabia, mas Edward tinha decidido que simplesmente não era problema dele.

Bella ainda se sentava do lado dele na aula de biologia, e isso sim era um problema de Edward. Não que ela tivesse feito algo de ruim. É só que Bella era uma menina muito atraente e legal, e Edward era só um menino adolescente meio estranho e, como todo menino adolescente como ele, era difícil se concentrar no professor com alguém como ela tão perto.

Ela sempre o dizia oi. Ele não esperava por isso, depois da segunda vez em que se viu com a boca muito seca para poder a responder e ao invés só a deu um aceno estranho de cabeça. Talvez ela estivesse acostumada com aquela reação.

Bella era...

Bella tinha mais flanelas e jaquetas de denim do que Edward achava possível, usava jeans com rasgos e Vans velhas e botas de caminhada e, de vez em quando, ela ia para escola com blusas de bandas tão grandes que pareciam a engolir toda, e provavelmente eram de Emmet.

Ela era meio estabanada e de vez em quando ela tropeçava de um jeito que quase parecia atuado, e ela não era o mesmo tipo de beleza mortal que a irmã dela Rosalie, mas era indiscutivelmente linda. Sempre que estava com seus irmãos, ela estava sorrindo, aquele seu sorriso que fazia as entranhas de Edward se revirarem todas. A voz dela era calma. Um pouco mais silenciosa, delicada em toda sua confiança.

Bella era o tipo de pessoa que simplesmente fazia todo mundo ao seu redor ter ao menos algum nível de crush por ela. Edward sabia que ele não deveria perder seu tempo com isso, mas era tão difícil, quando Bella era tão maravilhosamente esquisita daquele jeito.

Não ajudava que ela fosse tão inteligente.

Eles fizeram um monte de trabalhos em dupla. Bella sempre tinha as respostas na ponta de sua língua, de vez em quando antes mesmo de Edward poder entender a pergunta, e, sem supresa nenhuma, ela sempre estava certa.

Era tão fofo, ver o quão feliz ela ficava sempre que acertava algo.

Edward nem conseguia se importar com o fato de que ela provavelmente tinha algum grande segredo sombrio e um monte de esqueletos em seu armário ou Deus sabe se lá o que. Olhando para o modo como os olhos dela brilhavam, Edward não conseguia dar a mínima para nada.

 

&

 

Na maioria das vezes, as coisas estranhas que Edward via quando ficava até tarde na biblioteca da escola e tinha que se aventurar pelos corredores vazios envolviam gente se pegando as escondidas ou tentando vender drogas. Aquele dia, a coisa estranha foi os Cullen.

Edward sabia que eles estavam lá porque ele ouviu Bella e Emmett rindo alto, então ele diminuiu seu passo. Precisava guardar alguns cadernos, mas não queria se encontrar com ninguém. Planejava deixar eles passarem antes de ir para lá.

Então Bella empurrou Emmett.

Edward congelou na hora, porque aquele não foi um empurrão normal. Ele nunca tinha visto um empurrão tão forte, na verdade, a não ser em filmes sobre super-heróis com super força. Emmett voou para frente. Bateu contra um armário.

Edward esperava um monte de reações a isso. Que Emmett quebrasse um braço, por exemplo. Com certeza não que a parede desse uma tremida. Ele franziu os olhos.

Aí ele viu.

Havia um amassado nos armários com o formato e tamanho do lado do corpo inteiro de Emmett. Um amassado bem grande e fundo. A boca de Edward se abriu um pouco.

Emmett e Bella só riram.

“Eu te disse que eu sou mais forte,” brincou Bella.

“Vocês dois,” disse Rosalie, “são crianças, isso sim.”

Ela pôs uma mão no armário. E então ela puxou ele para frente. Dobrou o metal como se estivesse mudando uma seda especialmente leve de lugar, sem o mínimo de esforço. Deu um passo para trás.

“O que vocês acham?”

“Parece normal o suficiente,” comentou Jasper.

Eles continuaram a andar como se nada tivesse acontecido, na direção oposta a de Edward. Nunca o viram, ou sequer suspeitaram que ele estava ali.

Edward, porém, viu tudo.

 

&

 

Ao invés de trabalhar, Edward deu uma checada nos livros que tinha sobre o sobrenatural.

Uma vez, a mão de Edward e Bella tinham se tocado enquanto eles faziam um dos trabalhos de biologia. Ela tinha estado tão gelada que ele se encolheu, mas Edward não tinha falado nada, pois isso seria mal educado. Ela e os irmãos nunca comiam. Eles eram tão bonitos que nem parecia possível. Sabiam as respostas para todas as perguntas nas aulas, como se já tivessem feito aquilo uma centena de vezes. Faltavam toda vez que tinha sol. Os olhos deles eram dourados. De vez em quando, eles pareciam mudar de cor.

Edward achava que, talvez, tão surreal quanto soasse, ele pudesse saber a resposta para o enigma Cullen.

Ele não iria fazer nada com isso.

Não era, e ele repetia para dar ênfase, seu problema.

 

&

 

Jasper Hale tinha aula de Espanhol com Edward. Eles sentavam um do lado do outro sempre, principalmente porque Jasper era a única pessoa que nunca tentava puxar conversa com Edward e Edward era a única pessoa que não ficava o encarando ou tentando se aproximar.

Talvez Edward não conseguisse fingir não saber de nada, porém, porque lá pro meio da aula Jasper já estava com uma careta ainda maior do que o normal.

“Você não precisa ficar tão ansioso,” ele sussurrou. Era a primeira vez que Edward ouvia a voz de Jasper depois de três semanas o ‘conhecendo’. “Eu não sou nada demais.”

“Eu sei.” Edward segurou um sorriso. “Você não morde, né?”

O jeito como Jasper congelou, tão rapidamente, era uma confirmação de suas suspeitas mais do que qualquer palavra jamais conseguiria ser.

 

&

 

Edward não se importava em subir na escada. O pai dele tinha medo de altura, então ir lá por os livros nas estantes mais altas sempre era o trabalho ou de Elizabeth ou de Edward. Era sexta-feira, dia em que os pais dele saiam em seu encontro obrigatório, então hoje era só ele arrumando os livros e atendendo.

Não era um trabalho muito difícil. Eles estavam em Forks, onde os estabelecimentos eram tão parados que dava sono, e a tarde inteira a única pessoa que tinha entrado era Wallace Truman, que queria “qualquer livro sobre estudos femininos” para poder se aproximar mais da filha adolescente dele. Eles tinham uma sessão inteira sobre isso e Edward tinha ficado bem divertido observando a cara meio perdida de Truman, então não tinha sido problema nenhum. Ele estava mais preocupado reorganizando tudo. Era o que fazia todo final de semana.

Subindo a escada de rodinhas que eles tinham grudada a uma das estantes, Edward foi enfiando livros nos espaços vazios. Tinha que pôr tudo por ordem alfabética de acordo com o sobrenome dos autores. Bem, não tinha, mas era o que ele tinha decidido fazer e agora iria ir até o final.

Na frente da loja, um sino tocou, avisando que alguém tinha aberto a porta.

“Aqui!” exclamou Edward. “Entre Asimov e Clarke!”

Ele ouviu passos hesitantes se aproximando e, quando se virou para ver quem era, quase perdeu seu equilíbrio e caiu. Enquanto a escada tremia um pouco, Edward engoliu em seco.

Ok. Talvez ele tivesse alguns problemas subindo ali.

“Cuidado,” chiou Bella, acelerando para ir segurar o pé da escada “Precisa de uma mãozinha?”

“Não?” Edward engoliu em seco. “Espera um segundo.”

Ele desceu com mais cuidado do que necessário, só porque as mãos dele estavam começando a soar e ele realmente não queria escorregar e dar de bunda no chão bem em frente a Bella. Ela só ficou o olhando.

“Então,” Edward secou as mãos dele em seus jeans, “o que você está procurando?”

“O novo do King.”

Edward sorriu para ela, apesar de tudo, um sorriso realmente animado que fazia o rosto todo dele se iluminar. Bella parecia surpresa com isso. Edward provavelmente não tinha parecido com a pessoa mais animada do mundo nas aulas deles, mas aqui era diferente. Aqui não era a escola.

“Chegou ontem. Eu peguei uma das cópias para mim,” ele admitiu para Bella. “Eu ainda tô na metade, mas é bom até agora. Vale a pena.”

Bella riu.

“Você só tá falando isso porque você quer fazer uma venda.”

“Agora você me pegou.” Edward sorriu para ela. “Fica aqui enquanto eu pego.”

Uns três minutos depois, os dois estavam em frente ao caixa, Edward passando o livro de Bella. Quando ele lhe falou o preço, ela pôs as notas em cima do caixa, não na mão dele. Era estranho, porque ele já tinha sentido o qual gelada ela era antes, mas Edward achou melhor nem questionar.

“Então,” começou Bella, apoiando um cotovelo no caixa, “você trabalha aqui?”

“Meus pais são os donos,” ele disse, encolhendo os ombros enquanto guardava o dinheiro dela.

“Pode ficar com o troco,” ela avisou quando ele começou a pegar uma nota de dois. “Uma gorjeta pelo ótimo atendimento.” Bella piscou um olho para ele, pegando o livro. “Te vejo em biologia, cara.”

Edward sinceramente não entendeu. Ele nem tinha feito nada além de seu trabalho, então não havia muita razão para aquela gorjeta.

Não havia razão nenhuma para ele estar tão corado assim, aliás.

 

&

 

“Bella McCarty tá olhando para cá,” Jessica sussurrou. “Será por que ela está sentada sozinha hoje?”

A cabeça de Edward se virou tão rápido que o pescoço dele deu uma estralada. Lá estava Bella, sorrindo enquanto o observava, em uma mesa vazia no lado contrário de onde os irmãos dela estavam. Quando os olhos deles se encontraram, ela levantou um dedo e fez um gesto, pedindo para ele se aproximar.

Edward não tinha certeza se as pernas dele sequer funcionariam se ele tentasse se levantar.

“Ela tá chamando você?” A voz de Jessica aumentou e algumas pessoas se viraram para olhar.

Edward só esperou até estar um pouco mais firme antes de escapulir para fora dali o mais rápido possível. O sorriso de Bella cresceu ainda mais quando ele se sentou na sua frente. Era um lindo sorriso.

“Seus amigos estão irritados que eu estou te roubando,” ela comentou.

“Meus amigos estão irritados que eu estou aqui e eles não,” corrigiu Edward. “Eles não se importam realmente se eu estou lá ou não.” Isso era verdade. Edward tinha certeza disso, do jeito menos auto depreciativo. Ninguém naquela mesa dava a mínima quando ele faltava. Eles não sentiam a falta de Edward.

Bella franziu as sobrancelhas.

“Eles vão sobreviver,” comentou Edward, encolhendo os ombros. Eles iriam. Provavelmente se esqueceriam de Edward em questão de alguns minutos. Não era como se ele estivesse muito envolvido na conversa. “Por que exatamente eu estou aqui?”

Bella deu de ombros.

Edward tentou de novo.

“Ok, então por que você está aqui sozinha?”

“Porque eu não poderia falar com você com os meus irmãos colados na gente.”

“Por que você iria querer isso?”

O sorriso arrebatador dela reapareceu.

“Edward,” ela disse gravemente, “você já acabou o livro?”

Ele não tinha, ocupado com o trabalho, e mesmo tendo começado a ler um dia depois dele, Bella estava algumas páginas na sua frente. Isso era bom, no final, porque foi sobre o livro que eles ficaram falando pelo resto do almoço. Falando tanto que, quando faltavam uns cinco minutos, a garganta de Edward estava tão seca que ele teve que parar e beber seu suco.

“Você deveria comer,” disse Bella. “Não é saudável pular uma refeição. Acredite, eu sei disso, meu pai é médico.”

Edward riu tanto que ficou com lágrimas nos olhos. Bella o lançou um olhar meio confuso, meio encantado.

“O que?” ela perguntou, rindo um pouco também.

“Nada, sra. eu e os meus irmãos vamos pegar seis bandejas cheias de comida e então jogar tudo fora intocado.” Edward balançou a cabeça. “É o sujo falando do mal lavado, você não acha?”

“É diferente.”

“Eu sei.” Edward sorriu para ela. “A gente não precisa das mesmas coisas, não é?”

Ela fez uma careta.

“O que você quer dizer com isso?”

“Nada.” Ele balançou a cabeça, dando uma mordida em sua maçã. Os dois se encaram por um segundo, sem sorrir. Edward olhou por cima do ombro, em direção a mesa dos Cullen. “Seus irmãos parecem um pouco preocupados demais. Talvez eles achem que a gente tá brigando. Você acha que a gente tá passando alguma energia? É quase como se eles pudessem ouvir a gente.”

Bella estreitou os olhos em sua direção.

“Jasper acha que você sabe,” ela disse seriamente. Era a primeira vez que Edward a via realmente séria.

Ele acabou sua maçã, a pondo de volta em sua bandeja, e se levantou para a jogar fora.

“Eu não sei, Bella.” Deu de ombros. “Eu sei um monte de coisas. Sobre sua família em especifico? Tenho minhas suspeitas. Nada diz que elas estão certas.”

Bella ia se aproximar dele, quando o sino tocou.

“Merda,” ela bufou.

Edward sorriu.

“Vem vindo para aula?”

Bella balançou a cabeça.

“Não hoje.”

“Por que?”

“Uma pausa de vez em quando faz bem.” Ela passou uma mão por seu cabelo, olhando pro lado. Tinha um monte de gente os observando. “Vem comigo,” disse.

Ele deveria ter dito não.

Edward tinha um histórico perfeito e uma reputação de certinho que o fazia ser queridinho dos professores, o que, por si só, o dava permissão para mexer no celular ou dormir aula e nunca ser descoberto, porque eles nunca esperava isso dele e não viam razão para o policiar. Edward deveria ter ido para aula de biologia e mantido seu histórico.

Ao invés disso, ele jogou sua bandeja no lixo e seguiu Bella.

 

&

 

Bella entrou no Jeep de Emmett.

“Ele não vai se importar,” contou para Edward, sem nenhuma explicação.

Ela o levou até uma sorveteria. Edward tinha quase certeza de que o cara atrás do caixa iria chorar de alívio quando os viu entrando. Forks, fria como era, não era o melhor lugar para aquele tipo de comércio.

Ele pediu de menta com chocolate e Bella de morango, mas quando eles se sentaram do lado de fora, ela só ficou espetando o dela com sua colherzinha e deixando ele derreter.

“É desperdício,” comentou Edward baixinho, só para cortar o silêncio. Estava tão gelado que ele nem conseguia mexer a sua boca direito.

“Quer?” ofereceu Bella.

E foi assim que, no final, Edward não pagou por nada, mas acabou com dois sorvetes. Eles voltaram pro Jeep, porque aí Bella podia ligar o aquecedor e ter certeza de que Edward não ia morrer congelado.

“Eu tô tremendo,” ele comentou enquanto o carro ainda ia se aquecendo. Mal conseguia segurar os dois sorvetes direito. Bella o lançou um sorriso mínimo.

“Eu não,” ela disse.

“Coisa de vampiro?”

O rosto de Bella caiu. Ela suspirou.

“Você foi direto ao ponto.”

Edward deu de ombros.

“Desculpa?”

“Não, é melhor eu ter certeza de uma vez.”

“Você vai, sei lá, me matar?” Edward não pôde deixar de se encolher um pouco. “Agora que eu sei seu segredo?”

“O que?” Bella riu. “Não! É claro que não. O que você acha que eu tô fazendo? Te dando uma última refeição antes de me alimentar de você? Não!”

“Bem, agora que você falou...”

“Sério, Edward.” A voz dela ficou mais baixa, sua expressão um pouco mais sombria conforme a diversão sumia de seu olhar. “Isso só fica entre a gente, ok?”

“Eu não contei para ninguém ainda, não é? E eu já sei faz uma semana.”

Bella franziu as sobrancelhas.

“Sério?”

Ele concordou com a cabeça

“Eu vi você empurrando Emmett contra os armários,” ele a contou. “E Rosalie literalmente dobrando metal como se não fosse nada.”

“Claro.” Bella balançou a cabeça, soltando ar pelo nariz com força. Ela se virou para Edward. “Você tem que ter alguma pergunta.”

“Eu tô ok, na verdade.” Edward deu de ombros.

Bella sorriu para ele.

“Sabe,” ela disse, “eu posso ser a vampira, mas você que é o esquisito.”

“Ei!” exclamou Edward.

Os dois riram.

Enquanto Bella o levava para sua casa, Edward comeu os sorvetes em silêncio. Não era desconfortável. Edward sempre gostou de silêncio e Bella não parecia ansiosa ou desesperada para ele puxar um assunto. Ela parecia ok com o clima leve entre os dois também.

Ela parou bem na frente da livraria de seus pais. Antes que Edward pudesse sequer tirar seu cinto, ela tinha desaparecido do banco do motorista do carro e reaparecido do lado de fora, abrindo a porta dele para ele. Edward gritou um pouquinho de surpresa.

“Super velocidade?” perguntou com uma voz fina.

Ela riu.

“Ahã.”

Ele pulou para fora.

“Bem,” disse incerto, coçando as costas de seu pescoço, “tchau então?”

Bella deu um passo para frente. Eles estavam tão perto agora que Edward podia sentir a respiração dela fazendo cosquinhas em seu rosto.

Ele não tinha certeza do que estava acontecendo ali. Na verdade, Edward não tinha a mínima ideia. Ele só sabia que Bella estava ali, o encarando com olhos muito grandes e muito dourados.

“Obrigado por guardar meu segredo,” disse. “Minha família é imensamente grata.”

Edward engoliu em seco.

“Eu nem achou que as pessoas acreditariam em mim se eu tentasse dizer algo.”

Bella concordou com a cabeça, mas ela não se moveu.

Ela não se distanciou.

“Eu nunca tinha percebido,” comentou baixinho. “Você tem sardas.”

“Tenho?” ele perguntou, o que é estúpido, porque é claro que ele tem. Ele sabia disso. Olhava para seu rosto no espelho todos os dias, as via todos os dias.

Edward se encolheu um pouco, envergonhado, mas Bella só o lançou um sorriso.

“Tem mesmo,” disse. “É fofo.”

Quando ela se virou para sair, o rosto de Edward estava queimando tanto que estava praticamente doendo.

 

&

 

No dia seguinte, Bella foi o buscar. Eles não discutiram sobre isso, mas, no dia depois desse, aconteceu de novo. Edward começou a esperar por ela. Ele começou a ver suas conversas no caminho para escola como uma das coisas boas em seu dia.

Três dias depois, Alice Cullen se sentou do lado dele na aula de História e disse que eles iam fazer o trabalho juntos. Normalmente Edward fazia os trabalhos ou sozinho ou com quem sobrava, então ele não tinha muito espaço para reclamar. Alice tinha um olhar muito intenso para qualquer pessoa tentar discordar dela.

“Seu cabelo é lindo,” ela comentou um dia, prendendo um cacho ruivo entre seu dedo polegar.

Edward diria que ela estava flertando, se fosse outra pessoa, mas era Alice. Aquele era, claramente, só o jeito como ela era. Além do mais, Alice e Jasper eram muito óbvios em seu amor um pelo outro

Jasper ainda se sentava do lado de Edward e eles ainda não conversavam, mas havia uma paz naquilo, uma rotina. Edward gostava de acreditar que eles se davam bem.

Uma vez, Jasper disse que o cheiro dele era delicioso. Isso sim deixou Edward com medo, mas pelo jeito como Bella e Emmett riram do outro lado do corredor, provavelmente era uma piada dos dois. Esses dois eram sempre cheios de piadas. Eles achavam que elas eram super engraçadas. Para Edward, o veredito ainda não tinha saído.

Emmett era mais complicado. Quando ele passava no corredor por Edward, ele sempre bagunçava o cabelo dele e dizia “e aí nerd?” Ele não parecia violento, porém, ou querendo realmente zombar de Edward. Assim como Alice, era só o jeito dele de ser.

Vendo que ele não tinha nenhum grande problema com nenhum de seus irmãos, Bella começou a arrastar Edward para a mesa deles. Era ok. Rosalie não era amigável com ele, mas ela também não era grossa. Nunca tinha o expulsado dali, o que provavelmente já era grande coisa.

Uma vez, Edward elogiou o cabelo dela e ela o deu uma maçã que obviamente não vinha planejando comer. Aquilo foi legal da parte dela. Ao menos a intenção.

Eles não saiam um com o outro só na escola, porém. Isso era o mais incrível. Edward nunca via ninguém em seu tempo livre, mas ele sempre mantinha sua agenda aberta para Bella e ela sempre aparecia para o levar para algum lugar. Normalmente era uma floresta ou uma montanha. Edward era o tipo de pessoa super caseira que não gostava muito da natureza, mas ele fazia uma exceção, por Bella.

Ela sempre lembrava de o trazer alguma comida, o que era bom, porque o próprio Edward nunca se lembrava disso, e eles sempre passavam o dia inteiro fora.

Eles passavam um tempão juntos.

 

&

 

“Eu fico tão feliz que você está saindo de casa,” o pai dele o diz. “É ótimo que você faça mais amigos. Eu sei que você não é muito de ser sociável, mas– faz bem pra alma, Ed.”

“Eu sei.”

Alice, Jasper, Emmett e até Rosalie. Edward tem quatro amigos sem nenhuma aspas. Isso é quatro a mais do que no começo do ano. É um bom sentimento.

Ele não comenta, nem consigo mesmo, que Bella não faz parte daquele grupo em sua cabeça. Que ela estava se encontrando num lugar um pouco diferente que eles.

 

&

 

“Eu estou com medo,” ela o contou um dia.

Eles estavam deitados no chão da floresta. Havia grama em seus cabelos e terra embaixo de suas unhas. Os lábios deles estavam tão próximos que Edward já podia sentir o frio emanando da boca de Bella.

“Do que?” perguntou Edward. “Quer dizer– eu– eu entendo. Primeiros beijos são assustadores, mas– eu quero fazer isso. Muito. Eu quero você. Te beijar.”

Ela balançou a cabeça.

“Não isso,” sussurrou.

“Então o que?”

“Eu tenho medo de me apaixonar,” explicou, “me apaixonar por um mortal. Eu não estou preparada para te perder. Nunca vou estar.”

“Você nunca vai precisar.”

Eles se beijaram.

Era perfeito.

 

&

 

Quando Edward acabou seu trabalho, ele subiu em direção ao seu quarto, assobiando.

Bella estava sentada na cama dele de joelhos cruzados, lendo um livro, e quando ele se estendeu para a beijar rapidamente, ela tinha um gosto metálico. Sua bochecha era congelante embaixo da mão dele, mas era um frio do quão Edward já tinha se acostumado. Um frio do quão ele já tinha começado a amar.

“Oi,” ele disse, sua voz muito suave, como açúcar derretendo em sua língua. Bella um lançou um sorriso brilhante.

“Oi.”

Ele se deitou do lado dela, pondo sua cabeça em cima do peito de Bella. Ela pôs o livro pro lado.

“Edward,” riu, “eu sou muito fria para isso. E dura.”

Ela tentou se mover, mas Edward só se aproximou ainda mais. A mão dele tocou o braço dela. Não havia nenhum pulso ali, ele percebeu, mas não é como se Edward tivesse esperando por um.

“Você vai conhecer meus pais hoje,” ela comentou.

Edward engoliu em seco.

“Eu sei.” Ele tinha tido pesadelos sobre isso desde que Alice tinha proposto a ideia. Carlisle e Esme Cullen pareciam muito assustadores em sua cabeça. “Mas isso é só depois. Eu tô deitado agora. Não quero me levantar.”

Bella riu.

“Ok, Ed.” Ela balançou a cabeça, passando a mão pelo cabelo dele. “Eu achei que você iria me mostrar para que aquele piano realmente funciona.”

“Você poderia só dizer que eu iria tocar algo para você.”

Bella revirou os olhos.

“Você vai?”

Ele fingiu estar pensando.

“Depois,” se decidiu. “Quando eu tiver energias para sair daqui.”

“Você realmente é dramático, não é?” Ele sorriu para ela, um sorriso realmente enfurecedor, se não fosse tão fofo. “E tão preguiçoso também.”

“É o humano em mim.”

Mais tarde, eles iriam se levantar.

Edward iria tocar algo no piano para Bella. Ele iria ir conhecer os pais dela e iria ir ver um jogo de beisebol. Nada de errado iria acontecer, ele tinha certeza. Eles não iriam encontrar ninguém, nada iria sair dos planos.

Agora, eles estão aqui, exatamente onde deveriam estar.

Edward sempre se sentou em casa na livraria de seus pais. Ele não iria dizer que o lugar estava incompleto antes, mas – havia algo no jeito como Bella se encaixava ali, no seu lar, que o fazia ainda mais feliz do que antes.


Notas Finais




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