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História 1004 - Lista


Escrita por: MaryLim

Notas do Autor


Olá pessoal.
Estou atrasada?
Claro ne?
Desculpa. Me atrapalhei com esse capitulo. Tinha planejado ele de um jeito e acabei escrevendo bem diferente do que pensei rs.

Meus titulos de capitulos são bobos, sim ou claro? Com certeza kkkkkkkkk


Desculpa mais uma vez e boa leitura ~

Capítulo 6 - Lista


Fanfic / Fanfiction 1004 - Lista

Suspiro olhando para o papel na minha frente e levo a mão ao rosto apertando a ponte entre os olhos. Queria não estar aqui. Não queria ficar nesse lugar cheio de coisas ruins. Sempre fui apaixonado pelo meu trabalho, mas atualmente quase não o suportava mais. Nunca entendi o motivo pelo qual os policias desistiam, via a policia como algo sagrado e necessário para manter a ordem, agora meio que podia entender. Você passava sua vida tentando colocar a humanidade nos trilhos, encontrando assassinos, ajudando a fazer justiça e todos os dias coisas ruins aconteciam novamente, pessoas ruins se safavam, pessoas boas sofriam. Era como se não fizesse sentido.

Sinto os olhos de Mingyu me acompanhando quando levanto e me arrasto até o corredor onde tinha uma maquina de café. Coloco uma moeda dentro e espero apaticamente em quanto o mecanismo era acionado para encher o copo de plástico. O cheiro do café quando começa a sair me faz lembra do dia anterior.

Fiquei olhando o ônibus se afastar com Jeonghan dentro. Não entendia aquela sua reação. Não era como se eu o tivesse beijado, se fosse assim podia entender que o assustara, mas fora ele quem tomara a iniciativa. Isso era confuso e frustrante. Passei muito tempo tentando ligar pra ele só pra que seu celular estivesse desligado o tempo todo. Acabei desistindo e tentando me concentrar em outra coisa. Paguei a conta no café e fui pra casa. Tirei aquele restante de dia pra mim, liguei pra meus pais e tive uma boa conversa com eles em muito tempo.

Minha mãe ficou super feliz em falar comigo, mas meu pai veio com aquela famosa frase de “precisa de dinheiro? É só por isso que liga”. Admitia que fora um jovem um pouco inconsequente, acontece que mesmo que agora eu tivesse mudado e não pedisse dinheiro pra meu pai desde que comecei a trabalhar ele ainda achava que só falava com ele por isso. Saber que ele me diria isso diminuía minhas chances de tentar contatar ele, o que infelizmente só reforçava as desconfianças do meu pai. Além do mais falar com meu pai me lembrava de certa responsabilidade que eu nunca quis e agradecia por estar sumida atualmente.

Pego o copo com o liquido quente dentro e caminho de volta para minha sala. Mingyu havia mudado de posição e agora tinha os pés sobre a mesa e mordia uma caneta, pensativo. Volto a me sentar e a pegar o relatório. Era sobre uma dona de casa assassinada com várias facadas. Poderia ser um caso típico de assalto se não fosse o fato de ser no meio da noite e a mulher ter sido morta enquanto dormia, além do mais nada na casa sumira. Até mesmo o pequeno crucifixo de ouro no pescoço dela ainda estava lá. Suspiro mais uma vez bagunçando meus cabelos enquanto levava o copo aos lábios.

Deixo o liquido quente invadir meu paladar e volto a soltar o ar pesadamente.

-Mas que porra SeungCheol! – tomo um susto com a voz de Mingyu - Será que dá pra parar de suspirar e fazer esses barulhos estranhos? Vai logo atrás dele, se comam logo e depois volte pra trabalhar direito.

Olhei pra ele sem entender.

-O que?

-Não se faça de desentendido. Está com uma cara horrível, tomando um café atrás de outro. – aponta o lixo cheio de copos das minhas idas a maquina de café – E agora fica suspirando e com essa cara de desolação. Dá um tempo. Se é por causa do seu garoto vai atrás dele. Não sei o que aconteceu, mas suspirar e fazer drama não vai ajudar em nada.

Fico olhando pra ele. Vendo agora ele parecia muito mais maduro e seguro de si. Ele parecia o chefe nesse momento e eu o novato. De certa forma era o que estava acontecendo não era? Decido arriscar.

-Posso te perguntar uma coisa sobre uma situação hipotética?

-Manda? – responde sem tirar os olhos do papel que lia.

-Se por acaso uma pessoa beija outra e então do nada sai correndo e não atende o celular depois, o que quer dizer?

Mingyu me olhar com as sobrancelhas erguidas.

-Jeonghan fugiu depois que beijo ele?

-O que? Não é uma situação hipotética.

-Sei... – dá um risinho falso – Talvez ele tenha se arrependido, ou tenha se assustado com algo, eu não sei, sua pessoa hipotética já tentou falar com o outro?

-Já, mas como disse o celular está desligado.

-Hum... – pensa um pouco - Ele pode só estar ocupado com alguma coisa. Dá um tempo pra ele, pode ir a sua casa também.

-Isso não iria parecer que estou desesperado? – percebo o que disse e tento consertar - Quer dizer... Minha pessoa hipotética não ficaria parecendo meio desesperada?

Ele encolhe os ombros.

-Que seja. Não podemos deixar que a opinião alheia nos atrapalhe, além do mais você é livr...

Alguém bate na porta e a abre. Um dos novatos coloca a cabeça pra dentro.

-Temos um corpo.

Eu e Mingyu deixamos nossos arquivos e pegamos os casacos correndo pra rua. Não aguentava mais ficar preso dentro daquela sala.

 

 

 

Paro o carro do outro lado da rua e fico olhando para o prédio de Jeonghan.

Sabia onde ele morava por causa de ter mandado alguns policiais pra cuidar dele, mas nunca tinha vindo aqui. Era um prédio simples com uns cinco andares e eu sabia que morava no quarto andar, apartamento número dezessete. Mordo o lábio olhando para a construção em duvida se devia ouvir Mingyu.

Fomos para a ocorrência. Mais uma pessoa morta. Dessa vez um senhor na frente da TV, mais uma vez nada saíra do lugar e a TV ainda estava ligada em um programa de variedade. Tudo que tinha de diferente era o senhor com a garganta cortada. Parece que uma das janelas do fundo estava aberta e fora por onde o assassino entrou. Dessa vez nem mesmo tivera arrombamento. Quando terminamos por lá já era tarde e hora de ir pra casa.

-Pense no que disse. Ele pode estar esperando que o procure.

Tentei argumentar que não era sobre eu, mas acho que já estava obvio demais isso. Era criancice minha fingir que não era comigo. Fui pra casa tomei meu banho ainda pensando no que ele disse e agora aqui estava eu pensando se devia ou não invadir a privacidade de Jeonghan.

Faria isso.

Estava decidido.

Sairia do carro bateria na porta dele e perguntaria o que aconteceu.

Se ele achasse que não devia mais me aproximar dele que fosse. Era só eu parar. Não era como se fôssemos tão próximos.

Com essa resolução abro a porta e desço do carro. A rua estava um pouco escura com as luzes amareladas da pouca iluminação pública e quando vou atravessar a rua paro para um carro que vinha. O carro para na frente do prédio de Jeonghan e então o vejo aparecer na porta e correr até o carro que já estava com a porta aberta.

Sem pensar direito pego o celular e tiro uma foto da placa do carro.

Uma das opções que Mingyu me deu pra Jeonghan não atender era que estava ocupado com algo, mas se estava ocupado por que estava entrando a noite em carros pretos? Essa opção já não era muito válida. Volto para o carro e fico lá dentro sem saber o que fazer. Podia ir pra casa, ou podia ficar esperando ele voltar, ou podia ligar pra Mingyu e chamar ele pra ir a algum lugar.

Coloco o numero dele pra chamar.

-O que foi dessa vez? – a voz do outro está divertida do outro lado.

-Nada não. Eu só estava pensando no que está fazendo;

-Eu tenho namorado SeungCheol, nem pense em mudar seu foco de obsessão.

-Vai se ferrar. – ele ri – Estava pensando se não tem nada pra fazer e se seu namorado estiver trabalhando podíamos ir a um bar ou algo assim, como antigamente. Acho que preciso de distração.

-Agora sim falou minha língua. Ainda estou na delegacia fazendo umas coisas aqui, mas o que acha de daqui há uma hora onde Wonwoo trabalha? Ainda sabe onde é?

-Sei sim. Espera. Ainda está na delegacia?

-Estou por quê?

-Pode verificar uma placa pra mim?

-Manda por mensagem que olho.

-Valeu Mingyu.

-Preciso saber algo sobre o dono dessa placa?

-Não. Quer dizer acho que não. Veja o que pode encontrar e depois vejo o que tenho que saber sobre ela.

-Tudo bem. Até mais.

Desligo e envio a foto pra ele. Não estava com a melhor das qualidades pela pouca luz, mas com um software pra melhorar a qualidade dela dava pra olhar. Esperava que não desse trabalho a Mingyu.

 

Como não tinha muito o que fazer fico andando pela cidade de carro por um tempo antes de parar na frente da boate onde Wonwoo trabalhava. O The Kingsman era uma boate de alto nível em um bairro nobre da cidade, o que não me admirava que Wonwoo tenha jogado agua em Mingyu no primeiro encontro, definitivamente aquele não parecia o tipo de estabelecimento onde ficavam bêbados até cair.  Entro e procuro pelo bar. Wonwoo me dá um sorrinho mínimo perguntando como eu estava antes de deixar um copo com uísque na minha frente sem nem mesmo eu pedir. Provavelmente Mingyu já tinha avisado a ele que eu viria.

Como a musica estava alta não conversamos muito, o que nem dá tempo também já que logo Mingyu chega. Está bem vestido e o vejo sorrir para o namorado antes de dar um beijinho rápido dele por cima do balcão, depois se senta do meu lado ganhando uma bebida também.

-E então? Resolveu o que seu personagem vai fazer.

-Tudo bem. Pode parar de fingir que não sou eu.

-Eu já sabia.

-Pois é. Acho que não faz sentido esconder não é?

-Sinceramente não. Mas e aí? Foi a casa dele?

-Até fui. Mas ele não estava lá. – tomo mais um pequeno gole da minha bebida, tinha tanto tempo que não bebia que ela parecia ainda pior – O vi saindo. Não acho que esteja tão ocupado quanto me disse que podia estar, mas definitivamente pra mim está ocupado.

-Que pena. Você estava menos pé no saco esses dias. Agora vai voltar ser o velho Choi SeungCheol?

-Yah! Eu não sou assim.

Ele encolhe os ombros tomando sua bebida em um só gole.

-De qualquer forma eu estava feliz por você. Parecia menos apegado ao trabalho, sim era estranho te ver preocupado com algo que não fosse o caso do assassino dos anjos, mas era bom te ver se divertindo com alguém e sinto muito que tenha acontecido isso. Pode continuar tentando. Até por que... – empurra o copo pra Wonwoo encher novamente e tira algo de dentro da jaqueta jogando na minha frente – Aqui está o que me pediu. Não tinha muito... Fiz o que pude no pouco de tempo que tinha.

Abro a pasta fina e encontro duas folhas impressas dentro. Como ele disse não tinha muito, mas pelo menos encontrara o que pedi, já era bom o bastante.

De acordo com o papel o carro estava registrado no nome de Choi MInKi, um jovem rico da cidade. Não era muito especifico já que não tinha qualquer passagem pela policia. Na verdade ele mesmo não apenas os pais. Parece que os pais tinham um péssimo hábito de colecionar crianças órfãs para ganhar a pensão do governo. Quando foram presos e acusados de várias coisas inclusive fraude e maus-tratos infantis encontraram as crianças presas em um porão e o único filho de verdade do casal preso no sótão em um quarto cheio de brinquedos e alheio a tudo de ruim que os pais faziam. Minki ainda jovem e sozinho fez sua própria fortuna como designer de moda.

Olho para Mingyu horrorizado.

Não entendia o que acontecia. E se fosse assim por que Jeonghan estava no carro do filho de um casal condenado?

Mingyu vira a folha apontando para uma lista.

-Não sei onde encontrou essa placa, mas acho que tem algo que vai te interessar.

Começo a ler. Era uma lista com os nomes das crianças encontradas na casa. Meu corpo se arrepia quando leio o ultimo nome dela.

Yoon Jeonghan.


Notas Finais


Acho que preciso terminar logo essa historia ne? To fazendo um monte de coisa que não devia. Kkkk
Eu ia continuar o capitulo pra ele ficar do tamanho dos outros(ta menor um pouco), mas achei que ficaria bom parar em um momento deste hehe.
Vou tentar não demorar tanto para o próximo, talvez consiga terminar ainda essa semana ou talvez na próxima.
Dia 31 fez um ano que comecei essa fic (afinal começou como um especial de Halloween) Já devia ter conseguido terminar ela, mas acho que ainda vai ter mais alguns capítulos.
Acho que posso dizer o mesmo que o Jeonghan sobre os detalhes.

Queria agradecer pelos favoritos
Nunca pensei que a fic chegaria a tanto *o*
Muito obrigado mesmo, e também aos comentários <3

E era isso

Beijos e até a próxima ^3^


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