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História 2191 Days - About you being alive.


Escrita por: CupcakeAlado

Notas do Autor


KOÉ reis e rainhas
Eu não sou a autora, na verdade eu sou a Bulletkook e só surgi das trevas pra att 2191 Days pra vocês pq a Cakemin ficou sem internet. Não sei se vocês leram as notas iniciais do prólogo, mas eu sou a pessoa, para a felicidade de vocês, que forçou a Cakes a att semanalmente (toda sexta), então se ela não tá em condições de att, quem faz isso pra ela? Isso mesmo, eu Bulletkook o demônio com quem ela fez um pacto forte.

••• Capítulo betado pelo lindo do @DeliciousBoy, do TheRedDesign que fez um trabalho lindao!!!

Agora eu só quero dizer que essa fanfic é muito especial pra mim. Peguei esse filhote pra ler quanto tinha apenas 3 capítulos prontos e graças a minha insistência, hoje ele tem 10+. 2191 Days é muito boa, sério, eu chorei em todos os capítulos ao som de "Mountains of the Moon - Translucent Amber", então continuem ouvindo essa mesma música no capítulo de hoje. BEIJOS ♥

Capítulo 2 - About you being alive.


Fanfic / Fanfiction 2191 Days - About you being alive.

Acordei ouvindo meu despertador anunciar que já era seis horas da manhã, mas contradizendo a obrigação que tinha de levantar, apenas me remexi na cama até acabar de barriga para cima e com um dos braços cobrindo os olhos intencionalmente, querendo impedir que a luz solar que invadia as frestas na janela, chegassem diretamente em minha retina.

Sentia o corpo mole dada a longa noite de sono e uma preguiça incomensurável fazer meus músculos retesarem, se negando dar sinal de vida logo tão cedo, ainda mais se pensasse que o motivo de precisar estar de pé era o dia de trabalho que me aguardava. Pensamento qual me fez grunhir alto e esticar mais as pernas pouco cobertas pelo lençol fino que mais caía da cama, do que protegia meu corpo.

Bocejei longamente quando o som estridente recomeçou um segundo toque, sentindo a garganta seca e as pálpebras pesando tanto que realmente cogitei a ideia de simplesmente passar aquele dia direto em todas posições possíveis naquela cama confortável que era a minha.

Entretanto, meus planos foram por água abaixo quando ouvi a porta do quarto ranger, dando a entender que tinha alguém além eu próprio acordado naquela casa.

Ouvi os passos falhos na tentativa de serem discretos e sorri minimamente sem ousar me mover, dando a entender que estava acordado e quebrando a fantasia alheia que tentava lhe assustar todas as manhãs.

— Hora de acordar, appa! — uma voz fina infantil gritou antes de sentir um peso familiar cair sobre meu corpo com tudo.

Huh… — fingi ter levado um golpe muito forte capaz de ferir-me e finalmente descobri os olhos, forçando uma expressão de dor enquanto via o sorriso sapeca nos lábios do garotinho ainda em cima de mim — Taeyang, quando você ficou tão pesado…?

— Eu não estou pesado! — fez um bico com os lábios róseos e se sentou melhor em meu colo, cruzando os braços na altura do peito em seguida — O tio Seunghyun sempre me pega sem problemas!

— Ah, é…? Então vá lá com ele, seu traidor. — me fiz de dramático, ouvindo uma risadinha incontida e logo sentindo as mãos pequenas da criança em meu peito.

— Yah, mas ele que me mandou vir te acordar! — me sacudiu como pôde, mas contradizendo a seu sorriso, foi minha vez de ficar sério.

— Ele… Está aí? — murmurei, olhando em direção a porta e vendo o corredor vazio.

— Aham, e me trouxe aquele gorro que queria do centro! Venha ver, appa! — exclamou feliz como nunca e desceu da cama, então correndo para fora do quarto com seu pijama azul de aviões e cabelos negros se agitando.

Já eu somente respirei fundo, também erguendo meu corpo com preguiça dali e calçando minhas pantufas brancas enquanto esfregava os olhos com o dorso das mãos. Contudo, ao perceber que ainda estava apenas com uma blusa de botões no corpo, deixando assim minhas pernas expostas, fiz questão de procurar no guarda-roupa qualquer short mais próximo.

Não era porque meus pais empurravam Seunghyun para cima de mim e até mesmo exigiram que lhe desse uma cópia da chave de casa, que lhe daria o prazer de achar que teria alguma chance comigo. Talvez ele estivesse conseguindo a confiança de meu filho com os mimos que sempre lhe dava, mas comigo aquele tipo de coisa não funcionaria.

Claro, eu sabia que não era completamente culpa sua aquilo tudo, que nossa família quem estava forçando a barra somente com o prospecto de alianças e “melhor para mim”. Entretanto, era visível a forma como também estava tentando abusar da situação e se aproximar pelas bordas – começando com meu filho, pois sabia que se ele se apegasse em si, seria um problema para eu o afastar.

Respirei fundo frustrado, indo até as escadas do corredor e já ouvindo dali a voz do alfa se mesclar com a de Tae – tão animado quando nunca enquanto corria pela sala com seu gorro em formato de cachorro, as orelhas desse que iam até seus pés e se arrastavam pelo chão. – É, seria um trabalho tirar aquilo dele na hora de dormir ou sair de casa.

— Oh, Jungkook, já de pé? — só quando o mais velho se pronunciou que me dei conta que era observado.

— É… Você mandou sua escolta pular em mim agora a pouco… — forcei um riso somente para acompanhar o dele, mas rapidamente desfiz para encarar o menor de nós ali — Tae, suba para se arrumar enquanto eu faço alguma coisa para comermos.

— Eu posso ir para escola com esse gorro, appa!? — perguntou com um brilho nos olhos que era capaz de derreter qualquer coração.

— Se você perder lá, não serei eu a te dar outro novo. — arqueei a sobrancelha, mas a importância que deu foi zero.

— Tudo bem, eu dou quantos quiser, campeão. — Seunghyun se intrometeu, tirando do garoto uma risada alegre antes de correr para o próprio quarto no andar de cima e ser acompanhado por meus olhos.

— Deveria parar de mimar tanto ele. — não era o intuito ser grosso, mas meu lado materno avisava perigo.

— Está tudo bem, com o tempo ele se desapega a essas coisas. — se aproximou despretensioso até que estivesse diante mim — E você…? Dormiu bem?

Respirei fundo com o seu toque súbito em minha cintura, cujo qual não impedi, mas me fez virar a cara no mesmo instante em que sugeriu colar sua boca a minha, resultando em um toque casto perto da bochecha.

— Sim, dormi. — respondi simplesmente antes de me afastar e ir em direção a cozinha, ouvindo seu riso baixo atrás de mim.

Fazia um ano que estávamos naquilo. Ele me provocava, tentava avançar demais da conta, eu sentia a marca em meu pescoço fisgar e evitava. Meu corpo dizia que aquilo não era certo e eu mesmo não queria ir além daquilo, pois sentia como se estivesse indo contra minhas próprias palavras, como se estivesse… Traindo Jimin.

Eu sabia que desde nosso último contato fazia anos e Taeyang sequer se lembrava como era o próprio pai, pois quando o vira pela última vez, ainda tinha apenas dois anos. E eu também sabia que a marca em meu pescoço estava cada vez mais cicatrizada por conta do tempo sem sentir o dono dela perto de mim, deixando assim apenas uma pequena imperfeição avermelhada. Mas eu podia sentir.

Eu sentia que ela ainda estava viva e isso não era apenas porque uma marca reside no ômega durante anos mesmo com a perda do alfa, ou porque, mesmo após o fim da guerra, ainda sentia dores e recebia reações tão fortes que por muitas vezes acabei no hospital por conta de hemorragia no local da mordida.

Eu sentia vagamente quando alguma aflição vinha do outro lado, quando o coração estava disparado, quando estava em paz e por vezes até mesmo sentia quando algo frio deslizava por meu corpo, mesmo que seco, sinalizando que do outro lado alguém tomava banho.

E por isso eu sabia que ele estava vivo. Eu sabia que o óbito dele fora apenas porque o governo quis dar um fim ao assunto, pois não queriam perder tempo procurando um soldado perdido. Eles nunca ligaram para a família que ele tinha, para os sonhos que teve, para coisas que não conseguiu se despedir, para nada…

Se um grupo de soldados se perdia, eles iam atrás. Mas se apenas alguns desapareciam, colocar todos em estado de óbito era mais fácil.

— Está pensando nele, não é? — novamente aquela voz me fez desviar a atenção do que fazia no automático.

— Não é nada. — o encarei brevemente, terminando de colocar o achocolatado de Tae em sua respectiva xícara de Iron Man.

— Estava quase quebrando tudo pela forma que batia, como pode não ser nada? — arqueou as sobrancelhas, mas ao que meu silêncio perdurou, prosseguiu — Sabe que não é traição se o dono da primeira marca… Bem, não está entre nós mais, entende?

Fechei os olhos, contando até dez.

— Ele não está morto. — disse sem desviar a atenção da pia, mas com uma convicção verdadeira.

— Por que acha isso, Jeon? — respirou fundo indignado, me deixando do mesmo modo ao me referir com o sobrenome de família e não de Jimin — Já faz anos isso e até hoje ele não deu um único sinal de vida, então como pode concluir que esteja vivo?

— Porque, merda! Eu sinto isso! — elevei a voz sem me dar conta, não suportando repetir aquela conversa novamente — Minha marca me diz que ele está vivo, em algum lugar muito longe, mas vivo em mim!

— Jungkook, eu entendo o quão abalado você ainda deve estar com isso, mas isso já está se tornando preocupante para todos nós. — Falou abrindo os braços. — Você está se tornando paranoico, pois a marca nem ao menos existe mais. Isso aí em seu pescoço é somente um vestígio!

— Mas ela está aqui e eu sei que é porque Jimin não se foi!

— Então está dizendo que te abandonou!? — bateu a mão na mesa, me fazendo encará-lo incrédulo — Porque só consigo pensar que essa seja a única razão de não ter voltado para você até hoje e ainda assim te fazer sentir tudo isso.

— Ele tem suas razões, eu sei disso… — minha voz por pouco não falhou — Eu sinto…

— Droga, Jeon, você acha que pode se guiar somente por instintos por causa de um alfa que ficou no passado!? — não se fez de rogado ao rosnar para mim, deixando meu lobo inferior ainda mais ofendido — Você não pensa em seus pais e em tudo o que estão fazendo para o seu melhor!? Eles não nos querem juntos por egoísmo, é porque todos vamos ser mais felizes com isso!

— Mas eu não vou, droga! — passei a mão pelos cabelos de forma nervosa — Você não é Jimin, você não me deu um filho, você não me marcou e você sequer é alguma coisa minha!

— Você está agindo como uma criança! — bufou alto — Faz um ano que me diz que Jimin está vivo, que ele vai voltar e que… Porra! Você é o único nessa história que não vê que acabou e ele te deixou para trás-

— Ele não me deixou! — o cortei, arranhando minhas unhas curtas no mármore na pia.

— Que seja! Se ele está vivo, você continua agindo feito idiota por um babaca que não quer voltar para casa!

— Cale a sua boca! — sem que me desse conta, peguei a primeira porcelana que estava em meu alcance, sendo essa uma xícara, e jogando na parede mais próxima do alfa. O último que não escondeu seu susto com aquilo — Eu não te dou o direito de xingá-lo na minha presença!

— Irá mesmo defender o passado ao invés de se abrir para um novo futuro…? — murmurou depois de toda gritaria, mas só conseguia ouvir meu próprio coração acelerado e a respiração pesada que fazia meu peito doer — Um que seria melhor até mesmo para seu filho…?

— Saia da minha casa. — foi a única coisa que consegui dizer enquanto encarava-o no fundo dos olhos.

— Jungkook, se você acredita que Jimin o amava tanto assim, o que ele acharia de te ver nesse estado deplorável? Você acha que ele iria querer te ver sem qualquer visão de futuro para você e Tae?

— Eu disse para sair daqui. — engoli o nó que se formava em minha garganta.

— Sabe, Jungkook… Isso sempre foi algo que eu valorizei muito em você. — umedeceu os lábios, balançando a cabeça no ritmo em que falava — Sua perseverança.

— Eu já mandei você sair! — e lá se foi mais uma xícara da minha coleção, se desfazendo no chão bem em frente ao alfa.

O último que apenas recuou os passos, colocando uma expressão dura em seu rosto antes de se dar por vencido e se retirar do cômodo, fazendo o único som da casa ser os seus sapatos lustrosos em contato com o piso.

De repente eu sentia falta de quando eram apenas meias nos pés de Jimin andando pela casa e não aquilo.

Respirei fundo, sentindo meus olhos arderem e minhas pernas cederem ao peso do corpo – tal que deslizou pelo balcão até que eu acabasse sentado com as costas contra o amadeirado, as pernas unidas ao corpo e sendo abraçadas por meus braços trêmulos. – Eu me sentia completamente acabado, como se houvesse sido pisoteado por uma multidão e meu coração apertado por mãos maldosas de pessoas que cheias de si. Pessoas que nunca entenderiam como era estar em meu lugar.

Como era dormir toda noite sentindo minhas batidas cardíacas se misturando a uma outra que apenas meu subconsciente ouvia. Como era me deitar naquela cama vazia com a expectativa de que ao acordar tudo não passaria de um pesadelo e Jimin estaria ali com suas mãos entrelaçadas a minha, como sempre era no passado.

As pessoas apenas diziam que entendiam-me porque não sabiam como usar as palavras meigas para consolar, pois se me entendessem de verdade, ao menos teriam coragem de usar tal argumento com tanta honra.

Rastros quentes percorreram o caminho de minhas bochechas e só quando o gosto salgado surgiu em minha boca seca que percebi: estava chorando como sempre fazia ao pensar nele, como era sempre que discutia daquele mesmo modo com minha família, como era sempre que alguém tentava criar ainda mais obstáculos entre eu e ele.

Mas eu sabia que ele estava vivo! Eu tinha certeza que o governo quem estava me enganando ao falar de sua morte quando, ali naquele mesmo instante na cozinha, eu podia sentir uma respiração ofegante dentro de meus ouvidos. Uma respiração que não era minha, pois era mais pesada e era a mesma que Jimin tinha sempre que chegava em casa depois de uma caminhada.

E eu sabia que naquele momento ele estava correndo. Mas… Por que estaria?

— Appa…? — tirei o rosto dos joelhos quando aquela voz doce veio amuada do outro lado da bancada — Está bravo…? — as mãozinhas de Taeyang se prenderem na barra da blusa do uniforme, demonstrando seu nervosismo.

— Não é nada, querido. — sorri, fungando enquanto secava os olhos como podia.

— Está chorando? — ele pareceu se apavorar e olhou nervosamente para os lados antes de correr até mim — N-Não chore, appa… — levou suas mãos até minhas bochechas, secando desajeitadamente e me fazendo rir sôfrego.

— Obrigado, meu amor… — acabou que meus olhos marejaram mais ainda com aquela demonstração de afeto do pequeno.

— Tio Yoongi me disse para nunca te deixar ficar triste. — ri fraco com a declaração de coração mole que meu irmão normalmente frívolo, tinha — Mas por que está assim? Foi por que tio Seung gritou com você?

— Ele não é uma boa pessoa para o appa, não é? — segurei seus pulsos, lhe afastando um pouco e fazendo-o se sentar em meu colo.

— Ele é legal, mas não gosto quando ele grita com o appa… — se referiu às várias outras vezes que presenciou aquele tipo de cena — Mas vai ficar tudo bem, eu sei.

— Você é tão confiante quanto seu pai, sabia? — passei os dedos entre seus cabelos, sorrindo quando ele negou com a cabeça — Será que quando crescer será um alfa como ele também…? Eu vou ficar com ciúmes...

— Nah, eu não quero ser alfa, appa! — respondeu um tanto indignado — Se não assim eu vou ter que ir embora igual o papai e eu não quero deixar você, appa!

E mais uma vez eu quis chorar como se fosse a criança da casa, mas não saberia dizer por qual emoção seria, pois meu coração se aqueceu da mesma forma que era sempre Jimin soltava “eu te amo” esporádicos, mas também se apertou por pensar mais uma vez naquele alfa bobão e belo coruja que havia me deixado.

Então eu apenas puxei Taeyang para um abraço apertado que ele sempre reclamava quando era menor, mas agora com seus seis para sete anos, vinha gostando. E naquele momento o que eu mais precisava não era de um ombro amigo e conselheiro, pois a sensação dos braços curtos do menor enlaçando meu pescoço era tudo de essencial para minha vida.

Afinal, Jimin poderia estar do outro lado mundo e longe de meu alcance, mas havia deixado a coisa mais preciosa do mundo para mim.


Notas Finais


Link do trailer da fic: https://www.youtube.com/watch?v=cm4ArZiaKX8&feature=youtu.be

Lembrando que por enquanto os capítulos continuarão sendo curtinhos nessa faixa de 2k. Espero que estejam gostando tanto quanto eu e a Cakemin, e nossa, ela tá muito feliz pelo tanto de favoritos e comentários. Confesso que eu também estou, já que essa fic é o meu bebê ♥

Um beijo no peito e não deixem de conferir o trailer ♥


••• Lembrando que erro de formatação a culpa é minha - Bulletkook - pq quem tá formatando sou eu.


PS: Cupcakealado ama vcs


PS2: legal é esse "Declaro que essa História é de minha autoria" que eu tenho que assinalar aqui no final né kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


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