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História 30 Dias - Dia 18


Escrita por: trishakarin

Capítulo 60 - Dia 18


Fanfic / Fanfiction 30 Dias - Dia 18

Cheguei ao quarto de Sarah e ela olhava através da janela, ali da sua cama. Ela estava com um olhar magoado, entristecido. Por mais que tivesse usado palavras duras para defender suas vontades, eu não poderia jamais culpa-la, afinal era sua mãe. Sentei na cama, ela me olhou com carinho, esboçou um pequeno sorriso forçado e segurou minha mão com doçura, entrelaçando seus dedos aos meus.

- Eu sinto muito – era a única coisa que podia dizer.

- Pelo que? – perguntou curiosa.

- Por passar por tudo isso, Sarah – uma angustia enorme tomava conta de mim – Por ter que passar por tudo isso por minha causa.

- Não é por sua causa, Ellen, é por nossa causa. Por mim e por você. Eu não quero perder você, eu não quero ter que viver sem você. Eu quero você aqui comigo.

- Eu vou ficar aqui até você se virar sozinha – disse sorrindo e acariciando seu rosto – Que espero que seja logo, quero te ver bem.

- Não, Ellen, você não entendeu – ela subiu um pouco, ficando quase sentada na cama – Eu quero você aqui... aqui comigo.

- O que você está querendo dizer?

- Eu quero que você venha morar comigo.

Aquelas palavras saíram como se fossem imploradas. Eu a olhei com a boca entreaberta, sentindo o coração pulsar com uma velocidade enorme. Eu sonhei com aquilo, eu sonhei com o dia que a missão na floresta chegaria ao fim e que moraríamos juntas, que dividiríamos uma vida juntas. O meu apartamento já não parecia mais meu, a minha vida já não era mais a mesma. Eu precisava daquilo, eu precisava vê-la todos os dias da minha vida para ser feliz e aquilo assustava. Assustava muito! Eu tinha medo de que fosse uma paixão avassaladora que acabaria em alguns meses, quando nossos corpos estivessem completamente saciados, mas era um risco e eu precisava daquilo.

- Sério? – eu ainda não acreditava.

- Você quer?

- Sarah... é um grande passo. Você está machucada, ainda está organizando memórias, lembranças, pode ser algum...

- Eu nunca tive tanta certeza disso, como tenho hoje.

Eu me aproximei de seu rosto e a beijei, a beijei com todo amor do mundo que eu poderia sonhar em dar. Sarah era isso pra mim, tudo na minha vida. Ela retribuiu com a mesma intensidade, com a mesma paixão e desejo.

- Eu aceito, Sarah, eu aceito.

- Eu queria pedir desculpas por minha mãe...

- Não precisa, sério.

- Mas você se afetou muito, Ellen.

- Essa coisa de religião me incomoda.

- Como assim?

- Ela colocou muito que estávamos pecando. Meus pais são bastante religiosos e nunca me ensinaram nada desse tipo. Se eu aparecesse com uma mulher em casa, tenho certeza que jamais agiriam dessa forma.

- Desculpe.

- Não se preocupe com isso meu amor. Eu só lamento, na verdade. Ela deve ter feito algo muito ruim, para agir dessa maneira.

- Como assim?

- As pessoas acusam e apontam os erros dos outros quando escondem algo de si mesmos. Ela deve ter cometido um erro bastante grave para afrontar dessa forma.

- Você é tão nova, Ellen – Sarah disse me olhando com um sorriso maroto – Mas é tão madura!

Eu sorri para ela, era doce a forma como ela se dirigia a mim. Me sentia importante, amada. Acima de tudo, me sentia completa. Sarah tem sido uma das melhores coisas que já aconteceram em minha vida e eu sequer conseguia pensar em outra coisa a não ser a vida estando ao seu lado.

Eu me aproximei do seu rosto, depositando um beijo em seus lábios e ela, impedindo que eu voltasse a me afastar, enlaçou meu pescoço com seus braços, ansiando por mais. Ela entreabriu os lábios, me dando passagem. Eu tinha um pouco de receio da intensidade do envolvimento por um único motivo de falta de controle. A língua quente e macia de Sarah veio de encontro a minha, em uma dança sensual e suave. Minha respiração, sensível ao toque de sua pele, falhava enquanto meu coração disparava sem controle.

A respiração de Sarah tornou-se ofegante, sentia-o bater em meu rosto acelerado, ela mordeu meu lábio inferior e meu corpo, automaticamente, foi ficando sobre o dela. Minhas mãos já tomavam seu rosto, intensificando ainda mais o beijo e senti as palpitações em todos os pontos íntimos do meu corpo, foi quando desesperada, com medo de perder completamente o controle, me afastei com os olhos brilhando. A boca de Sarah estava avermelhada devido a intensidade do beijo e seus olhos, apaixonados, me encaravam decepcionada. Eu não resisti ao riso, não por prazer em vê-la naquela situação, até porque eu também estava ali, mas pela forma doce que ela ficou revoltada. Arqueou as sobrancelhas e eu roubei-lhe um rápido beijo em seus lábios.

- Se recupere logo – sussurrei em seu ouvido – Por favor.

Deitei ao seu lado, diferente da cama do hospital, que era de solteiro, a cama de Sarah era de casal e eu podia ficar a vontade ao seu lado. Passamos todo o dia juntas, preparei seu almoço com carinho, fiquei ao seu lado, assistimos filmes. Eu me dei conta que tudo aquilo fazia parte da minha vontade dentro da floresta.

A noite chegou rapidamente. A campainha soou e eu me levantei rapidamente para abrir a porta. Era Maria, a enfermeira do hospital. Ela abriu um largo sorriso ao me ver e dei passagem para que entrasse.

- Como está a paciente?

- Está ótima.

- Teve alguma dor de cabeça? Alguma alteração no quadro?

- Não, ela realmente está bem.

- Fico feliz – ela carregava uma pequena bolsa branca que ergueu para me mostrar – Eu vou limpar seu ferimento e trocar os curativos.

- Certo.

- E vou te ensinar a dar um banho nessa mocinha.

Eu a olhei surpresa. Ela seguiu pelo corredor em direção ao quarto onde Sarah estava, as duas se cumprimentaram animadamente, colocou a bolsinha na mesa de cabeceira e levantou a blusa da tenente com cuidado. Ela tirou os curativos, Sarah fez algumas caretas, que me dava um frio na espinha todas as vezes que a fazia. Os fios ainda estavam fechando o corte, que ao redor estava ainda avermelhado. Eu não nasci para enfermagem.

- Venha, Elisa – ela chamou e se corrigiu rapidamente – Ellen... desculpe – ela riu.

Eu me aproximei dela, ela me entregou uma toalhinha e um tecido que estavam em uma bolsa maior. Além de alguns produtos de higiene como sabonete.

- Essa toalhinha, você irá molhar e passar por todo o corpo dela – me entregou nas mãos – esse cobertor, você vai colocar por baixo dela, ele não molha, então evitará que a cama fique encharcada. Ela provavelmente pode se levantar, então se ela conseguir, não precisará disso tudo, você já a leva direto para lá. Eu só preciso que vocês não molhem muito o ferimento, sejam rápidas, porque senão a pele ficará muito macia e poderá desprender de algum dos pontos e vai causar uma dor chata.

- Certo.

- Esse sabonete, evitará que o ferimento inflame, use somente nele. Pode usar outro que ela prefira pro restante do corpo.

- Ótimo – sorri para Sarah que me olhava animada.

- E o curativo – ela voltou a pegar a bolsinha e a abriu tirando algumas gases, uma pomada e uma bolsa de soro – O soro ainda é bastante útil para ajudar na cicatrização, mas essa sabonete já ajudará bastante. Aqui é a pomada que irá acelerar o processo de melhora do ferimento e as gases acredito que até tirarmos os pontos, evitarão que sujeira entrem e infeccione. Quer dar um banho nela logo e eu te mostro como aplicar?

Confirmei com um movimento da cabeça e me aproximei de Sarah. A ajudei a sentar-se na cama, ela estava forte, apenas sentia dor quando flexionava o abdômen, do contrário a dor era extremamente suportável. Ela ficou de pé, com o braço envolta do meu pescoço e eu olhei para Maria.

- Se precisar de mim, basta me chamar. Vou deixa-las a sós!

- Certo... – Sarah disse – Se quiser, fique a vontade, Maria, pode abrir a geladeira, se servir, a casa é sua – sorriu.

- Obrigada, querida. Agora vão que tenho mais dois pacientes para visitar.


Notas Finais


To A-M-A-N-D-O a presença de vcs, lendo cada comentário e ficando toda derretida kkkkkkkkkk
Amanhã vai ter um capítulo gostosinho :D
(já perceberam né?)

Então :*****


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