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História 30 Dias - Dia 24


Escrita por: trishakarin

Notas do Autor


Gente, hoje finalmente é a festa que me ocupou até aqui. Além da festa que ocupou minhas noites, o trabalho estava me estressando bastante! Tipo, tanto, que cheguei até a ter febre depois de uma discussão na empresa!
Então eu só tenho a me desculpar pelo atraso, mas sei que já me conhecem o suficiente para saber que quando não posto nada, é realmente por não ter tido a menor condição de postar alguma coisa. ENTÃO! Fiquem com esse capítulo hoje, porque com certeza amanhã não vou conseguir postar nada e eu me recuso a deixar vocês esperando tanto!

Um beijo gigante :******

Capítulo 88 - Dia 24


O telefone tocou com o alarme soando estridente. Abri os olhos e o alerta de que iríamos ao médico retirar os pontos, refrescou minha memória. Levantei preguiçosamente e olhei para o lado, Sarah não estava na cama. Senti um aperto no peito e me levantei eufórica, relaxando ao vê-la na porta me olhando com um sorriso maroto nos lábios, com um short minúsculo, os braços cruzados, a blusinha quase transparente mostrando seus seios. Voltei a sentar na cama porque minhas pernas falharam com aquela visão.

- Já de pé?

- Acostumada a acordar esse horário – ela sorriu e foi se aproximando de mim, ficando de frente – O que eu não estou acostumada é em ver uma mulher tão linda em minha cama.

Eu sorri enquanto ela pousava suas mãos em meu ombro, olhando fixamente em meus olhos, mordeu o lábio inferior e abaixou-se aproximando o rosto do meu e beijando meus lábios com carinho. Imediatamente senti uma umidade invadir-me entre as pernas, como se um botão me ligasse. Entreabri os lábios, permitindo que sua língua quente tocasse a minha e dançassem juntas. Minha respiração logo tornou-se ofegante e toquei seu quadril, me levantando e ficando a sua altura, ergui as mãos em direção ao seu rosto e sorri olhando profudamente em seus olhos. Ela sorriu em resposta.

- Vamos tirar esses pontos?

- Sim.

Não nos demoramos muito em arrumar as coisas e partir. Ela tomou um banho rápido enquanto eu preparava o café da manhã e logo ela me substitiu nos afazeres enquanto eu me banhava. Cerca de meia hora a quarenta minutos já estávamos deixando o apartamento e seguindo até o estacionamento. Sarah queria dirigir, mesmo que eu achasse completamente desnecessário, já que eu estava com ela e ainda cuidava da sua saúde. Mas deixei, afinal, ela estava bem e o que andávamos fazendo era muito mais esforço do que o que dirigir.

O hospital era próximo, poderíamos fazer isso em qualquer posto de saúde, mas preferíamos deixar para que Maria fizesse esse trabalho, pois confiávamos bastante naquela garota. Eu sentia o anel em meu dedo, as vezes esquecia dele ali, olhava para a mão de Sarah, firmes no volante e ficava ainda mais sensível, como nunca fui em minha vida, em saber que aquela mulher seria a minha esposa.

Ela estacionou com uma habilidade impressionante, tudo o que os homens diziam que a mulher não era capaz de fazer, ela conseguia fazer de forma impressionante. Ela era melhor, muito melhor que muitos homens por aí. Descemos do carro e entramos no hospital, sendo logo recebidas com um abraço caloroso de Maria.

- Bom dia, minhas queridas. Como está, Sarah?

- Muito melhor.

- A sua carinha entrega isso – ela sorriu – Vamos, vou levar para a enfermaria, para podermos tirar os pontos.

Seguimos ela através dos corredores e entramos em uma ala ampla, com diversas macas e poltronas. Algumas pessoas estavam sendo atendidas, ou tomando soro ou alguma injeção. Maria nos encaminhou até a última maca e fechou a cortina, Sarah tirou a camisa, ficando de top e deitou. Eu fui ao seu lado, olhando-a com carinho.

- Pronta?

Maria puxou uma cadeira e sentou ao lado, pegando seus instrumentos, uma tesoura, uma pinça hospitalar. Com a pinça foi tirando os fios que o próprio corpo já expulsava. Cortou os que se desprendiam dos outros. Não demorou muito e logo ela já estava limpando a área. A cicatriz era nítidida, estava avermelhada, mas tão delicada que eu ainda ficava surpresa, já que o homem foi extremamente cruel e implacável ao enfiar a faca dentro dela.

- Sente alguma dor?

- Ardência e as vezes surge uma coceira insuportável.

- Isso é normal. Vamos fazer apenas um ultrassom para ver como está tudo aí dentro. Vou mandar preparar tudo e venho buscar vocês duas.

- Tudo bem.

Ela saiu rapidinho e eu ergui minha mão e toquei sua cicatriz, ela me olhou atentamente. Aquela cicatriz era uma prova enorme do amor que ela sentia por mim. Sarah conseguiu me provar de diversas maneiras seu amor, e todas foram arriscando sua vida para salvar a minha. Aquilo era mais do que eu poderia esperar de qualquer ser humano, eu nunca havia me apaixonado de tal maneira a ponto de arriscar tudo, da minha vida não ser nada sem ela. Eu sei que sobreviveria sem ela, mas nada seria tão lindo, tão tranquilo, ainda que houvessem coisas ruins que aconteciam tentando separar a gente e quanto mais tentavam separar, mais fortes parecíamos ficar.

Maria de fato não demorou muito a voltar, a acompanhamos até uma outra ala onde a máquina de ultrassom já estava colocada. Deitou em uma maca, o profissional daquela área passou um gel no local da cicatriz e logo olhou por dentro o quão grave era o ferimento de Sarah. Ele nada disse por alguns minutos, logos minutos por sinal. Mas em dado momento, com um tossir suave, preparando a garganta, começou.

- Bom, está tudo bem aí dentro, o que não significa que a senhorita poderá voltar a sua função, que pelo que ouvi dizer, é militar. O esforço em exagero poderá ferir as áreas afetas e possivelmente sofrer uma hemorragia interna, que quando for descoberta, já estará um pouco ruim. Então eu não aconselharia voltar aos trabalhos por pelo menos um mês, nada que exija esforço físico obviamente, se o seu trabalho puder ser feito através de alguma tarefa que não envolva carregamento de peso ou coisas que acabem prejudicando essa área do abdômen, está liberada.

- Houve evolução? – Maria perguntou.

- O edema já foi solucionado, então essa preocupação não teríamos mais. Mas é claro que as áreas que foram afetadas ainda estão bastante sensíveis e precisam de um pouco de atenção até que estejam completamente recuperadas.

- Que bom. Então, mocinhas, nada de muito esforço.

- Mas o esforço que você fala não envolve ela caminhar... ou... relações sexuais? – perguntei ficando completamente vermelha.

- Não, não. A vida pode seguir normalmente, sem nenhuma preocupação – ele sorriu – Falo do esforço como militar mesmo. Pois os treinamentos são bastante puxados e o esforço é muito. Carregar muito peso não é apropriado para uma pessoa que está ainda passando por uma cicatrização interna.

- Entendi.

- Relações sexuais, conforme questionou, estão sim liberadas, desde que ela não seja aquela que levante peso – sorriu de um jeito diferente, mas o alívio que senti não me fez ligar para aquele tipo de comentário.

- Pode imprimir para mim? – Maria pediu – Vou passar para o médico responsável pela evolução de Sarah.

- Claro. Já está no sistema e você já pode pegar na sala de impressão.

- Obrigada, Júlio.

- Melhoras, senhorita Sarah, espero que se recupere logo.

- Obrigada.

Ajudei a limpar aquele gel em seu ventre e ela baixou a camisa descendo da maca. Seguimos até a sala do médico, por mais que eu não estivesse nem um pouco interessada em sequer olhar para o rosto daquele homem. Entramos em seu consultório em silêncio, ele nos olhou um tanto quanto envergonhado, apesar de nem um pouco arrependido do que fez.

- Bom dia – ele disse sério – Como está, Sarah?

- Ótima.

Ele nem tinha mais o que dizer, nem mesmo sabia o que dizer. Abriu sua pasta, olhou no computador alguma coisa, digitou, e voltou a olhar para a tenente, claramente incomodado.

- O resultado da sua ultrassom está normal, ainda há algumas áreas com pequenos edemas, mas que não é nada grave. Está indo muito bem, para a gravidade do que aconteceu.

- Obrigada.

- Posso ver a cicatriz?

Ela se levantou e ergueu um pouco a camisa, ele olhou, tocou suavemente e voltou a se sentar, olhando para os papéis.

- Eu vou te prescrever uma pomada que irá diminuir um pouco essa vermelhidão ao redor. Apesar de estar muito pouca, sua cicatrização foi rápida. Mais rápida que qualquer outra que já vi – ele olhou curioso – Eu gostaria de pedir alguns exames, para saber de onde vem essa velocidade de cicatrização...

- Poderia ser algo ruim? – perguntei logo.

- Não... é algo excelente no caso dela. Enfim, se quiser sumir com esse traço que ficará em sua pele, já posso agendar um cirurgião plástico.

Sarah olhou para mim, como se eu decidisse o que deveria ser feito. Eu não queria decidir aquilo, não era eu que tinha que decidir nada, mas senti que ela queria que eu dissesse algo, pois se aquela cicatriz me incomodasse de alguma maneira, ela solucionaria.



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