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História 30 Dias - Dia 29


Escrita por: trishakarin

Notas do Autor


Cumprindo as promessas. TCHARAM!!!!

kkkkkkkkkkkkkkkkk
Todo mundo quer me matar né? Kkkkkk mas se acalme, que essa novela mexicana, chega já já ao final!!!

:**

Capítulo 113 - Dia 29


Naquele mesmo instante em que aquela noticia me foi dada, a dor infinita que percorria meu amago, parecia estar me destruindo por dentro. As lágrimas jorravam, meu peito apertava, meu corpo por inteiro tremia. Gabriel foi rápido, veio ao meu encontro, mas antes que ele me tirasse a tablet, eu agarrei sua mão impedindo-o.

- Ellen, é melhor, olha seu estado...

- Deixe aqui... deixe aqui, por favor – a voz quase não saia, estava presa bem no fundo da garganta – Saia.

- Sair? Está louca? – ele olhou-me incrédulo – Ellen, você tomou um tiro ontem, ainda está bastante ruim, está sob observação e eu não deveria sequer ter permitido esse tipo de coisa.

- Gabriel... – voltei a olhar para a tela da tablet e a mãe de Sarah continuava me encarando séria – Por que fez isso? Por qual razão fez isso com sua própria filha? Sangue do seu sangue?

- Eu nunca tive um filho do meu marido. Nunca tive outra criança desde que Sarah nasceu. Tudo o que eu mais queria na minha vida, era o sangue dele unido ao meu em um ser puro.

- Sarah é pura.

- Sarah é bastarda. Sarah é fruto de um ato não pensado.

- Sarah não pode responder por seus erros – aquilo me irritava – Você não poderia culpa-la por ser infiel. Por ter feito algo tão idiota. Você não percebe o quanto isso é ridículo? Você não enxerga o quanto você está sendo estúpida?

- Controle sua língua, Ellen.

- Controlar minha língua? Pelo amor de Deus, como você quer me dar razão para ter feito um animal engravidar sua filha a força? Que tipo de monstro você é? Como pode achar motivo para ele ter abusado de Sarah?

- Abusado? Rafael é um completo idiota. Ele não quis deitar-se com a minha filha.

- Como é?

- Você realmente não sabe nada sobre as pessoas. Aquilo lá não é homem que preste, covarde.

- Pare de dar voltas. Seja mulher então e fale logo.

- Sarah não foi abusada, Rafael sequer tocou em seu corpo. Sarah está grávida por intermédio de um médico. Ninguém tocou nela, ela está intocada por outra pessoa.

- Mas pelo visto, não graças a você.

- Eu não sou esse monstro que você acha, Ellen.

- É pior que isso. Quem é o pai?

- Rafael.

- Por que precisava tanto que ela ficasse grávida de um homem tão covarde como diz que ele é? Ter um neto de alguém que não suporta, não parece ser tão inteligente.

- Você realmente é cega.

- Eu não sou cega, da forma como você falou, parecia claramente que Rafael havia ido pra cama com Sarah e agora me diz que foi por intermédio externo, provavelmente inseminação. Ou a senhora passa a explicar tudo com clareza, ou não há razão alguma para seguirmos esta conversa.

- Sarah está grávida sim através de inseminação artificial e quando disse a respeito do que eles fizeram, hora nenhuma disse que fizeram.

- A senhora trate de ser direta com suas questões, pois claramente me disse que o que ambos fizeram não foi nada além do que já haviam feito. E antes disso, que e não aguentaria saber.

- Saber que a minha filha estava grávida de alguém que você não suportava e quando disse que ambos não fizeram nada, foi em resposta a sua acusação.

- PÁRE DE DAR VOLTAS. Pra que porra você achou que Rafael era ideal para ser pai do seu neto?

- Ele é filho do meu marido.

- O que?

Aquilo foi uma surpresa, mas uma surpresa que explicou quase tudo. Era isso que ela queria dizer de unir seu sangue ao sangue do marido. O neto de Sarah faria isso. O filho dele com o de sua mãe, estariam unidos em um só através de um neto. Eu fiquei em silêncio esperando alguma coisa, alguma loucura. Aquilo era completamente animal, era completamente surreal. Como alguém poderia pensar numa coisa daquelas? A mãe de Sarah me encarava através da câmera.

- Dois bastardos. Dois bastardos vão ter um filho puro que unirá para sempre o meu amor por meu eterno marido. Que Deus o tenha. Mas para sempre, estaremos juntos nesse menino...

- Não.

A voz de Sarah soou no quarto e ela estava parada na porta, olhando para mim com os olhos marejados. Seu olhar sobre mim era de sofrimento, mas minha expressão entregava toda dor que eu estava sentindo e ela parecia entender minha dor, tomando-a para si. Ela atravessou o quarto e tomou o tablet de mim com delicadeza, segurou minha mão e olhou profundamente para a tela. Eu conseguia ainda ver sua mãe, ela olhou para a filha com surpresa, ela claramente havia perdido toda a postura firme e rígida.

- Meu pai jamais faria tudo isso, jamais permitiria que fizesse isso – ela disse com a voz suave, levemente embargada – Rafael é um covarde, ele não faz jus sequer as calças que veste. Toda a raiva que ele sentia, todo o ódio acumulado, foi você que plantou nele. Foi você, que manipulou aquele homem, para ele chegar a fazer o que ele fez. Eu tenho nojo de Rafael, eu tenho raiva dele. Eu não quero ver esse homem na minha frente por nada neste mundo. Mas o que ele fez por mim... – ela soltou minha mão e enxugou uma das lágrimas – Nos dias que vocês nos prenderam naquele sítio e que Ellen conseguiu me salvar. Naquele dia... eu consegui manipular ele.

- Do que está falando? – a mãe parecia nervosa.

- Você é tão estúpida, mãe. Você tentou colocar nos planos de alguém, uma loucura pessoal sua. Nada do que dissesse a qualquer pessoa faria sentido e você realmente acreditou fazer sentido na cabeça de Rafael. Você foi tão cega, que nem sequer percebeu que Rafael tinha interesses próprios e que os colocou em prática sem mesmo que você soubesse. Antes mesmo de vê-la naquela casa, eu já sabia dos seus planos.

- Você sabia? – olhei para ela chocada.

- Sabia, te contaria assim que tudo acabasse, já contaria lá, mas essa louca resolveu efetuar seus planos ridículos dando um tiro em você. Isso não estava em seus planos. Você não tinha planejado matar Ellen, porque mudou tão de repente.

- Ela seria uma ameaça para o bebê.

- Que bebê?

- O que carregas em seu ventre, Sarah. O meu neto.

- Você realmente acha que Rafael fez isso comigo?

- O que?

- Você o chama de covarde, diz que não é homem suficiente e realmente acha que Rafael colocou um filho dentro de mim? Meu Deus, mãe. Quem queria essa criança era você. Desde o começo, você foi tão ridícula a ponto de achar correto o que estava fazendo, achar que era normal os planos que queria colocar em prática. Ninguém foi a seu favor, além do comandante, que achava que lhe devia um pedido de desculpas. Meu pai? Meu pai sempre terá sido aquele homem que me criou, que cuidou de mim, que esteve lá para tudo o que precisei. Mas você não tinha o direito de esconder quem era o meu pai biológico. Porque igualmente ele teria este direito e ele fez tudo o que podia para cuidar de mim, mas você foi tão ruim, tão cruel, que o manipulou, que o fez se sentir culpado até por nutrir sentimentos por mim e fez com que ele fizesse as piores coisas. Mas tudo de ruim que você fez, tudo... nada saiu como você esperava.

- Do que diabos você está falando?

Eu senti prazer por um lado, da volta enorme que Sarah estava dando. Era coisa de família, provavelmente. Mas ao mesmo tempo, estava agoniada e queria que houvesse logo um ponto final naquele sofrimento. E foi aí, que com um sorriso, com uma pausa levemente longa, Sarah olhou para a tela e para mim, olhou novamente fundo nos olhos da mãe, antes de olhar para o espaço da câmera.

- Eu não estou grávida.


Notas Finais


PAM!
Sossegaram?
<3


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