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História 30 Dias - Dia 30


Escrita por: trishakarin

Notas do Autor


To revoltada! Crio datas para cumprir e tenho problemas técnicos pra postar ¬¬
Mas hoje consegui postar!
Então, desculpem por ontem, as datas ainda estão valendo!!!
:***

Capítulo 115 - Dia 30


Abri os olhos assustada, olhei em volta me dando conta de que tudo aquilo não foi um pesadelo. Eu estava no hospital, o quarto estava vazio e os sons dos aparelhos eram a única coisa que ecoava naquele pequeno ambiente. Sentia meu corpo pesado, como se tivesse dormido bastante. Minha cabeça doía muito, meus braços estavam dormentes e meu coração palpitava apressado.

A porta se abriu e Gabriel olhou sorrateiro e sorriu ao meu ver, daquele mesmo jeitinho que ele sempre fazia. Ele entrou e fechou a porta atrás de si. Algo estava diferente, ele parecia estar escondendo alguma coisa. Seguiu em direção a minha cama, pegou minha mão e segurou na sua.

- Ellen... já chega de tanto sofrimento, não é?

- O que houve?

A porta mais uma vez se abriu e um homem vestido socialmente, paletó e gravata, parecia um advogado ou coisa do gênero. Eu não o conhecia, mas ele entrou sorrateiro, com um sorriso tímido e postou-se ao lado de Gabriel.

- Eu acho que merece um momento de felicidade – Gabriel sussurrou.

Eu olhei para ele sem entender absolutamente nada, até que para minha surpresa, Sarah entrou. Mas ela entrou de forma brilhante, com um sorriso de orelha a orelha, com os olhos marejados. Vestia um vestido leve, com um decote maravilhoso, na cor branca. Todo o tecido deslizava pelo seu corpo, moldando por onde passava da melhor maneira possível. Seus cabelos estavam soltos e raramente eu a via daquele jeito, mas ela estava simplesmente fantástica.

- Sarah...

Eu não sabia o que dizer, eu não sabia como ela poderia ter se superado tanto e ficado ainda mais linda do que já era. Ela deu a volta, ficando do outro lado da cama, sentando na altura do meu quadril enquanto segurava minha mão entre as suas. O homem de terno se aproximou de nós duas e Gabriel era só sorrisos e eu parecia me dar conta aos poucos do que estava acontecendo.

- Ellen... Sarah... nós estamos aqui hoje reunidos, para unir vocês duas, em matrimônio.

- O que?

Olhei para Sarah surpresa e ela sorriu. Como assim casamento? Ele nos casaria? Ali?

- Estamos aqui reunidos neste hospital, como testemunha principal, o senhor Gabriel. Eu gostaria apenas de dar umas palavrinhas, que já é de conhecimento de todos, provavelmente, mas que julgo importante e memorável neste momento. O casamento é instituído para que duas pessoas se confortem e se ajudem reciprocamente, vivendo fielmente juntas, tanto na carência como na abundância, na tristeza como na alegria. É instituído para que com prazer e ternura, se conheçam uma a outra em amor, e na alegria da sua união corporal, robusteçam a união dos seus corações e das suas vidas. É um estado que não deve ser tomado com ligeireza ou egoísmo, mas com reverência e responsabilidade, após séria reflexão. Os votos são importantes se assim forem a vontade de ambas...

- Eu quero – Sarah apressou-se – Eu preciso, na verdade. Ellen – ela apertou minha mão – Naquele dia, na floresta. Eu não sabia que a ligação que passaria a ter contido fosse tão forte. Eu não imaginaria nunca, que representaria tão rapidamente e facilmente, o ser vivo mais importante de toda a minha vida. Eu não sei a quem agradecer tamanho presente que caiu em minhas mãos de forma tão veloz. Tudo o que sinto hoje por você, com esta intensidade, era mais do que eu sonhei ou pedi a qualquer força espiritual que exista ou não. Ter você aqui hoje, a minha frente, sem alternativa de correr ou fugir – Gabriel riu e tossiu ignorando a graça – Eu venho pedir a sua mão, porque eu tenho mais do que certeza, que quero passar o resto dos meus dias ao seu lado e me esforçar, mais do que seja capaz, de te fazer a mulher mais feliz deste mundo. Eu te amo!

Se eu poderia em algum momento dizer algo, além de repetir tudo o que ela disse, era muito. Eu olhei-a com desejo, eu queria jogar ela em cima da cama e toma-la para mim ali mesmo, naquele hospital. Eu a amava mais do que meu coração poderia aguentar, mais do que minha alma poderia suportar.

- Sarah... eu não sei o que dizer...

- Não precisa dizer, você já me disse mais do que poderia em pouco tempo.

- Então eu tenho algo a dizer – o homem rapidamente interferiu – Sarah, repita comigo. Ellen... recebe esta aliança como sinal do meu amor por ti e da minha fidelidade.

- Ellen... meu amor... recebe esta aliança, como sinal do meu amor por ti e da minha fidelidade.
De onde surgiu aquela aliança? Gabriel tirou do bolso e entregou a ela, que rapidamente colocou-a em meu dedo e beijou minha mão com doçura.

- Ellen, repita comigo. Sarah... recebe esta aliança como sinal do meu amor por ti e da minha fidelidade.

- Sarah... – eu a encarei e minha voz permanecia embargada ao olhar tamanha beleza a minha frente – recebe esta aliança como sinal do meu amor por ti e da minha fidelidade.

E Gabriel prontamente me entregou a aliança. Podia ver meu nome escrito dentro, antes de segurar a mão que Sarah me estendia, coloquei o anel com cuidado e certa dificuldade devido a posição na cama e que qualquer esforço que eu fizesse com os braços, causariam dor.

- Eu vos declaro, casadas! Pode beijá-la.

Sarah não perdeu tempo, avançou na cama segurando meu rosto entre suas mãos e trazendo minha boca a sua, colando em um beijo delicado e cuidadoso. Eu fiquei sem ar, mas antes disso, meu coração disparou. Estamos em outro estágio, eu olhava para ela e ali estava a minha mulher, que jurava estar prestes a perder enquanto havíamos sido sequestradas. Mas ao mesmo tempo faltava algo.

- Bom, eu fico feliz de estar compartilhando da alegria de ambas, mas tenho que pedir que assinem aqui a comprovação da união das duas.

Sarah imediatamente assinou e me ajudou a fazer o mesmo. O rapaz guardou os papeis, apertou a mão de todos e cordial como entrou, se despediu saindo do quarto. Gabriel tinha um sorriso de orelha a orelha, que me dava até gosto olhar pra ele. Tinha as mãos dentro dos bolsos, ia pra frente e pra trás, calcanhar e ponta dos pés, até que bateu palmas uma única vez e se aproximou de nós.

- Acho que essa é a minha deixa – ele riu.

- Obrigada por tudo, Gabriel – Sarah disse abraçando-o – Com certeza não estaríamos aqui hoje, se não fosse você.

- Pelo amor de Deus. Vocês duas são mulheres muito fortes, não precisam de ninguém. Mas fico feliz em ter colaborado para essa aí estar aqui vivendo isso – ele disse sorrindo e me encarando com carinho – Isso não tem como pagar.

Ele se aproximou da cama meio desastrado, bateu o pé na quina, fez careta, agachou-se demais e logo voltou a levantar-se e sentou-se na cama, completamente perdido. E então pegou minha mão e envolveu com a sua.

- Ellen, você é a família que eu escolhi pra mim e eu estou muito feliz de ver que está viva, mesmo estando fodida e com essa cara de morta. Mas eu fico muito feliz que esteja aqui!

Ele animado se levantou, mandou beijo para as duas e deixou o quarto. Sarah ria ainda, antes de olhar para mim com um sorriso de orelha a orelha. Mas eu não tinha aquele sorriso, eu não poderia simplesmente deixar pra lá tudo o que aconteceu e eu precisava de respostas.

- Amor, antes de começarmos a nossa vida. Eu queria saber de algumas coisas.

- Ellen... Rafael nunca sequer tocou em mim. Ele me machucou, sim. Porque quando me soltou eu saltei em cima dele doida pra mata-lo e acabar logo com aquilo e foi quando ele começou a contar tudo. Quando ele começou a contar os planos da minha mãe, quem era o comandante, o que estava acontecendo e as peças foram se encaixando.

- Aquele cretino...

- Ele é um babaca, amor. Sinceramente, as pessoas que realmente o manipularam estão longe de nós. Ele é quem menos nos devemos preocupar, mas de qualquer forma, eu fiz uma denuncia formal e ele está sendo procurado e será preso conforme manda a lei. Assim como aquela mulher, vulgo minha mãe.

- E esse casamento?

- Eu não queria mais esperar. Você é a minha mulher agora e eu estou aqui como tal. Você cuidou de mim com tanto amor e eu tenho o dever de fazer o mesmo.

- Eu te amo, Sarah.

- Eu te amo, Ellen.

- Eu vou fazer de tudo para te fazer a pessoa mais feliz do mundo.

- Eu farei o mesmo, pode ter certeza. Mas antes de qualquer coisa, eu quero que a senhorita, se cuide, se esforce e melhore logo, que quero minha mulher em casa, fazendo meu café da manhã, com tanto carinho como fez.

Sim, agora erámos casadas e carregávamos toda uma responsabilidade por trás daquilo. Agora estávamos livres de seres loucos que queriam nos separar e mais do que isso, arriscar nossas vidas por causa de uma loucura. Ainda não conseguia entender o que havia acontecido com a mãe de Sarah para chegar ao ponto de apontar-me uma arma e disparar em minha direção. O que passou pela cabeça dela naquele segundo? Será que em momento algum houve uma consciência pesada diante a loucura que estava fazendo? Era óbvio que não. Mas agora acabou! Aquela mulher seria condenada, o comandante estava morto e Rafael era um rapaz inofensivo. Agora eu estava sozinha com Sarah e era tudo o que eu precisava para fechar toda aquela história. Foram dias difíceis. Dias fantásticos. Muita coisa aconteceu, mas fechando dias mágicos, com todos os que tive ao lado daquela mulher que hoje me representava a maior felicidade. Sim, foram dias que marcaram toda minha história e traçaram um futuro. Dias que acabavam ali, dando espaço para uma nova vida. Mas aqueles estariam marcados para sempre em nossas memorias. 30 dias!



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