Os dias passavam, rápidos, eu estava odiando aquilo, sentia-me agoniado só de imaginar que o mês estava acabando, e Yixing estaria indo embora da minha casa, faltavam apenas 5 dias para as férias acabar e eu estava triste, tão triste que sequer consegui levantar da cama naquela manhã, continuei deitado encarando o calendário, aquele maldito calendário, queria voltar no tempo, aproveitar mais daqueles trinta dias, mais que aproveitei, desviei meu rosto do calendário apenas quando ouvi a voz de meu irmão me chamar, encarei o mais novo encostado no batente da porta, com os braços cruzados e uma expressão de tédio no rosto, era assim que ele me olhava a alguns dias, dizia que eu estava fazendo drama.
ㅡ Pretende fundir com o cama? ㅡ Perguntou, mas parecia mais uma observação, já que estava claro meu estado de pura desgraça.
ㅡ Talvez.
ㅡ Você sabe que ele só vai embora da nossa casa, não é? Ele vai continuar na mesma escola. ㅡ Afundei meu rosto no travesseiro, podia ser verdade, mas apenas um mês foi necessário para que eu me acostumar a acordar e encarar aquele rostinho angelical por longos minutos até seus olhos abrirem e ele sorrir.
ㅡ Mas eu não quero que ele vá embora.
ㅡ Casa com ele então. ㅡ Aquilo parecia uma boa idéia, levantei meu rosto e sorri para meu irmão, eu me sentia estúpido por sequer pensar naquilo como sendo uma boa idéia.
ㅡ Hyung, eu estava brincando. Hey, onde você vai?
ㅡ Pedir ele em casamento. ㅡ Ele bufou e me puxou pelo braço me conduzido de volta a cama, me fazendo sentar, adquirindo uma posição superior, me olhando de cima, se ele já era maior que eu quando eu estava de pé, imagine sentado.
ㅡ Hyung, você só tem 18 anos, seja mais consciente, ele não aceitaria, vocês são crianças. ㅡ Meu irmão de 16 anos está me dando uma lição de moral, guardem esse momento histórico, logo ele, o mais irresponsável do role que faz coisas sem pensar. ㅡ Aproveite esses cinco dias juntos, depois quando ele for embora, vocês vão continuar se vendo, estudam na mesma escola, mesma sala, então fique calmo.
ㅡ Meu Deus! A gente estuda juntos, será que ele vai querer olhar na minha cara depois disso? Ele nunca vai me olhar depois disso, Nini do céu. ㅡ Andava em círculos desesperado, aquilo poderia ser um hipótese. Jongin me puxou novamente, me jogando com certa força na cama, para eu sentar novamente
ㅡ Calma seu buceta. ㅡ Fiquei sério ao escutar que ele me xingou, eu, seu irmão mais velho. Jongin riu sem graça e passei a correr atrás dele para lhe dar um belo puxão de orelha, quem ele pensa que é para me tratar assim, logo eu. Ele era rápido, por ter pernas mais compridas.
Ele ria escandalosamente enquanto descia as escadas, continuei correndo atrás dele, com um único objetivo, puxar sua orelha, pela sua maldita falta de respeito, não criei ele assim.
O alcancei partindo logo para sua orelha, mesmo assim ele não parou de rir, quer morrer.
ㅡ O que vocês estão fazendo?
Virei ao escutar a voz de Yixing, ele trazia um pirulito em seus lábios e algumas sacolas em suas mãos.
ㅡ Brincando.
ㅡ Jun, você é sadomasoquista? Tá matando o moleque. ㅡ Soltei o pescoço de meu irmão que tinha acabado de agarrar e empurrei ele para cima do sofá, caiu igual bosta, esse idiota, continuava a rir.
ㅡ Trouxe algumas coisas para a gente comer, e uns filmes.
ㅡ Oba. ㅡ Jongin comemorou, iludido.
ㅡ Você está fora disso, vai atrás do seu namorado, anda. ㅡ O expulsei da sua própria casa, faço isso mesmo, ele bufou e saiu da sala. Yixing ria, me aproximei e peguei as sacolas de suas mãos, as levando até a cozinha, abri uma das sacolas e encontrei vários tipos de doces e salgados. ㅡ Para que tudo isso?
ㅡ Para a gente comer oras. ㅡ Respondeu tirando o doce da boca, ri e sentei na mesa, apoiando minhas mãos para trás, para olhar bem para ele.
ㅡ Quer ter uma overdose de açúcar?
ㅡ Se eu não tive uma overdose provando de você, o ser mais doce da terra, isso aqui não vai ser nada. ㅡ Me calei, se ele tivesse ficado calado também seria possível ouvir as batidas descompensadas do meu pobre coração, graças a esse tiro que acabei de levar bem na cara.
ㅡ Não diz essas coisas, eu sou fraco.
ㅡ Não é não. ㅡ Ele parou a minha frente e apoiou suas mãos em minhas coxas, um sorriso pequeno adornava seus lábios finos brilhantes pelo doce que até alguns segundos estava em sua boca e agora jazia em cima da mesa, largado. ㅡ Posso provar de você?
ㅡ Deve. ㅡ Uma risada baixa escapou de seus lábios, sua respiração quente batendo em meu rosto, seus lábios tão próximos aos meus, nossos narizes se tocavam suavemente. No começo foi apenas um leve selar, até sua língua adentrar minha cavidade, tinha sabor de cereja, graças ao pirulito, minha mão agarrou os poucos fios em sua nuca, aprofundando o beijo, não importa quantas vezes eu tenha beijado aqueles lábios, sempre seria uma sensação nova queimando em meu peito, como se fosse a primeira vez.
ㅡ O melhor sabor. ㅡ Disse encostando nossas testas, as respirações descompensadas pelo beijo afoito. ㅡ O que você quer fazer hoje?
ㅡ Ficar com você.
ㅡ Isso a gente já vai fazer, você quer assistir a um filme?
ㅡ Não JunMyeon, eu quero ficar com você. ㅡ Suas palmas quentes apertaram a carne de minhas coxas, me fazendo suspirar audível, segurei suas mãos o fazendo parar.
ㅡ Olha onde a gente tá.
ㅡ Não me importa onde a gente tá, eu só quero provar de você. ㅡ Suas mãos subiram por minhas coxas até apertarem minha cintura possessivamente, ele afastou minhas pernas com o joelho, se posicionando entre elas, meu short impedia mais contato.
ㅡ Não diz isso, não sei se me controlaria. ㅡ Agarrei forte em sua camisa, encarando no fundo daqueles olhos escuros.
ㅡ É a minha intenção, não se controle Myeon, mostre quem você é. ㅡ Perdi todo meu controle quando ele sussurrou aquilo para mim, puxei seus cabelos deixando seu pescoço a amostra, distribuindo chupões pela pele leitosa, a marcando, desci minhas mãos pelas suas costas e apertei suas nádegas, inclinando sua pélvis contra a minha, fazendo nossos volumes roçarem, gemi contra sua clavícula.
Gemi arrastado ao sentir seus lábios quentes em meu lóbulo, mordendo de leve, cada reação que ele causava em mim, era como se fosse a primeira vez e eu me sentia incapaz de controlar cada uma delas, apenas me entreguei.
ㅡ Vamos para meu quarto. ㅡ Desci da mesa e o puxei pela mão até as escadas.
Hoje seria eu quem usaria aquele corpo, o marcando por completo.
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