Pov's Sayuri
Agora eu vou ter que sustentar uma mentira e se me descobrirem não tenho certeza do meu futuro. Sei que eles estão bem confusos, tanto quanto eu. Até que foi engraçado vê-los tentando achar a melhor forma de resolver esse problema… Acho que no lugar deles, eu faria o mesmo.
Minha farsa vai durar pouco tempo, eu sei… Depois de alguns dias eles verão que não existe nenhuma ligação entre mim e a CIA ou qualquer outra coisa. Eles podem até pensar que eu sou alguma agente que foi enviada direto dos EUA no momento. Admito que até que é engraçado como o desespero conseguiu fazer com que eu pensasse numa saída tão idiota, mas, ao mesmo tempo, eficiente.
Agora, a pergunta que não quer calar… Como sair dessa fria?
– Aish, esquece.
Ficar pensando muito não vai fazer bem. Agora só o tempo poderá me dizer o que fazer.
Queria muito tomar um banho relaxante, mas sem as minhas roupas é impossível e não posso arriscar ser espiada por um daqueles imbecis, se eles disseram que estarão 24 horas me espionando, não é uma boa ficar se arriscando.
Apenas deitei na cama, olhando pro teto, esperando que o sono chegasse, mas a sensação de ser vigiada me mata. É sério que eles vão ficar a todo momento me espiando?
…
Acordo com o sol batendo na minha cara… Nem lembro quando eu peguei no sono, mais provável que o cansaço acabou fazendo com que eu apagasse.
Me levanto e me dirijo até o banheiro, ali eu encontro uma pasta de dentes e uma escova. Realizo as minhas higienes matinais, mas meu corpo e mente imploram pra um banho. Infelizmente, dessa vez, vou ficar devendo.
Tento abrir a porta, mas a mesma se encontra trancada. Bato na porta repetidas vezes, resmungando.
– Tem alguém aí?!
Suspiro depois de não receber nenhuma resposta.
Espero deitada na minha cama, morrendo de fome. Mas logo ouço chaves balançando do outro lado e me levanto rapidamente.
Ruki: - Chamou? * Ele abre a mesma*
– Porque a demora? * Franzi a testa*
Rui: - Não foram nem 3 minutos.
– Pareciam horas. * Cruzo os braços*
Ruki: - Imagino que deve estar com fome. * O mesmo dá espaço para que eu passe pra fora*
Sigo para fora do quarto e Ruki me guia em direção a sala de jantar.
– Quando vou poder tomar um banho? * Digo sem olhar pra trás*
Ruki: - Providenciarei roupas pra você mais tarde.
– Eu quero as minhas roupas, minhas coisas… * Viro o rosto em direção ao mesmo*
Ruki: - As coisas aqui não funcionam do seu jeito. * Ele diz sério*
Yuma: - Finalmente a princesa acordou. * diz num tom de deboche*
– Eu já te disse pra não me chamar assim, poste ambulante. * reviro os olhos*
O mesmo sorri e sai em direção a cozinha. Eu respiro fundo, tentando me segurar pra não pular no pescoço dele. Yuma quer me ver irritada e eu não vou dar a ele o que ele quer.
Me sento de frente para Azusa e o mesmo franze a testa pra mim.
Yuma: - O que você está fazendo sentada aí? * ele entra com um prato de frios em mãos e o coloca em cima da mesa*
Eu o olho sem entender e o mesmo se diverte com minha expressão, rindo de mim.
Yuma: - Você realmente acha que vai comer junto conosco? Não seja tão presunçosa.
Azusa: - Se acha na posição de uma convidada? Devia nos agradecer por estarmos deixando que você saia do seu quarto. * ele brinca com a faca que está em mãos*
– Na verdade, estava tentando ser educada e fazer companhia para vocês. Mas felizmente eu não vou ter que ficar sem apetite olhando pra cara de vocês. * dou de ombros e saio andando*
Vamos ver quem consegue ser mais irritante.
Peguei um prato e coloquei o necessário, logo depois saí levando meu prato para qualquer outro lugar. Procurei por algum local onde eu possa ter o meu café da manhã em paz dentro da casa, mas não me senti a vontade dentro de casa. Saí para fora e fiquei parada admirando o lindo jardim que tinha ali, as flores tão vivas e coloridas, sinal de que são muito bem cuidadas. Ao longe consigo ver uma pequena estufa, fico curiosa pra saber o que eles plantam ali, mas decido que é melhor não ficar fuçando por aí… Ao meu lado direito vejo uma mesa redonda de vidro com duas cadeiras bem detalhadas, o que me lembra da minha casinha. Sento ali e como meu café da manhã do jeito que eu queria, sem nenhum vampiro estragando a minha refeição.
Termino a comida e volto pra dentro de casa, atravessando os cômodos e chegando até a cozinha, onde eu coloco o meu prato dentro da pia. Um fato interessante que me chamou a atenção foi que não vi nenhum empregado quando andava pela casa… Deram a todos eles um descanso? Uma casa desse tamanho pede alguns criados.
Yuma: - Qual é a sua heim? * o mesmo entra dentro da cozinha*
Giro o meu corpo em direção a Yuma.
– O que você quer? * fecho a cara*
Yuma: - Você aponta uma arma pra minha cabeça, eu te ameaço e deixo você ir embora. Mas logo volta, armada até os dentes… Depois você é mantida presa aqui, vem com uma história de agente secreto e só por causa de uma pequena porcentagem de que isso seja realmente verdade, deixamos você viver. Se você estiver mentindo, admiro a sua confiança em sua sorte. * ele chega tão perto que consigo sentir sua respiração batendo em meu rosto*
– Se você está tentando arrancar informações de mim, já vou avisando que não vai conseguir. * não recuo, apenas o encaro com frieza*
Yuma: - Você realmente não tem noção do perigo. * ele ri escárnio*
O mesmo agarra meu braço e com sua mão esquerda agarra meu queixo, deixando-o a mostra. Eu tento escapar, mas sua força é incomparável a minha.
– É melhor me soltar poste ambulante! * o ameaço*
Yuma: - Se não o que? Vai morder minha canela? * ele ri alto*
Aproveito e passo a perna em Yuma, o fazendo cair. Rapidamente pego a faca em cima da bancada e fico por cima dele.
– Posso ser fraca e baixinha, mas tenho mais cérebro que você. * ameaço cortar a garganta do mesmo*
Em questão de segundos Yuma inverte nossas posições, agora com ele por cima segurando os meus pulsos um pouco acima da minha cabeça.
Yuma: - Não vai conseguir me matar tão cedo. * ele aperta meus pulsos*
– É tão fácil fugir dessa…
Estou prontinha para dar um belo chute em seus “países baixos”, mas o desgraçado percebe e prende minhas pernas com as suas.
Yuma: - Hoje não princesa. * o mesmo começa a aproximar seus lábios do meu pescoço*
Suas mãos apertam mais forte os meus pulsos, fazendo com que eu solte a faca que eu segurava em uma das mãos e logo sinto suas presas afundando em meu pescoço. Mordo os lábios, segurando um gritinho de dor.
– Agora que conseguiu o que queria, sai de cima de mim!
Yuma: - Fica quieta humana, eu não terminei.
O mesmo continua a me morder até que eu me sinta fraca. Com as minhas poucas forças eu o empurro e ele sai de cima de mim… Me levanto devagar.
– Um dia vai pagar caro por isso, guarde as minhas palavras. * ergo uma das sobrancelhas*
Yuma: - Vou pagar pra ver. * Sorri ladino*
– Vou arrancar esse seu sorrisinho idiota da sua cara. * dou as costas e sigo em direção ao meu quarto*
Eu o odeio e com certeza, ele sente o mesmo por mim.
Esse desgraçado é muito risonho, mas eu ainda serei motivo de frustração pro poste ambulante e ainda vou vê-lo agonizando no chão me implorando piedade.
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