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História A Casa Ao Lado - O medo mora ao lado.


Escrita por: SraMisterio

Notas do Autor


Dessa vez eu voltei bem rápido, não demorei tanto assim e já estou sentindo que o capítulo evoluiu um pouco. Escrevi metade dele em mais ou menos 2 horas. Tive a ideia e decidi escrever logo, né?

Mas, enfim, não vou ficar enrolando aqui e falar coisas desnecessárias, vamos logo ao cap de hoje :)
Boa leitura, bebês. (IGNOREM ERROS ETC., NÃO REVISEI O CAPÍTULO)

Capítulo 8 - O medo mora ao lado.


Fanfic / Fanfiction A Casa Ao Lado - O medo mora ao lado.

Ela correu entre os alunos, no momento em que encontrou Lauren, mas em questão de segundos, logo desaparecera. Um suspiro escapou por entre seus lábios e Camila caminhou até a saída, para onde Jauregui se encaminhava quando a morena a viu. Ela tinha o passo apressado, então Camila seguiu-a, mantendo uma certa distância para que Lauren não a visse. 

A rua pela qual seguiam, era praticamente deserta. Só haviam duas casas por toda a extensão da mesma e diversos terrenos à venda. Casas provavelmente abandonadas por sua aparência devastada e velha. Camila não sabia por onde estava indo e nem como voltar para casa, mas sabia que deveria dar início ao seu plano. 

Ela seguiu Lauren por algo equivalente a 10 minutos, parando apenas quando a mulher adentrou uma velha casa azul. A mesma tinha dois andares e diversas janelas ao redor da casa, com pedaços de madeira que as tampavam. O tom azulado da casa chegava a parecer cinza devido a grande quantidade de sujeira por toda sua amplidão. Apenas a porta aparentava ser algo novo, pois os vidros da mesma estavam intactos e limpos. 

Assim que Lauren entrou na casa, Camila aproximou-se e esperou que alguns minutos se passassem. Assim, levou sua mão até a maçaneta da porta, abrindo-a vagarosamente. 

Ao encostar naquela maçaneta fria, um choque percorreu por todo seu corpo, fazendo com que involuntariamente a garota soltasse a maçaneta. Todavia via, o tempo em que teve sua mão ali, conseguiu abrir a portão suficiente para que não tivesse que encostar sua mão novamente na maçaneta. Sendo assim, esticou seu braço para empurrá-la quando sentiu um forte impacto contra suas costas. 

Alguém puxou-a para trás, tampando sua boca com uma mão, enquanto a outra segurava com força a garota, para que não escapasse. Camila tentou relutar, seu braço esquerdo puxava a mão de seu rosto, sem êxito algum, sua força parecia ter sumido naquele momento. A direita, tentava, também sem êxito, dar um soco no indivíduo. Quanto mais tentava se soltar, mais fraca ficava.  

— Shiu… — sussurrou no ouvido de Camila, que tinha os gritos abafados por sua mão. 

Ele arrastou-a até a lateral da casa, entre suspiro e outro, seus braços doíam assim como os de Cabello. Sua vida passou como um filme em sua mente naquele momento, fazendo-a se questionar se realmente valeu a pena tudo que havia feito e deixado de fazer. Se todos seus fúteis relacionamentos deram-lhe alguma lição de vida. Todas as brigas desnecessárias com suas amigas, todos os momentos triste e até mesmo os de alegria. 

O indivíduo literalmente a carregava, mas, principalmente, tentava evitar que um grito escapasse. Quando uma ideia atingiu a mente de Camila, ela pensava em alguma forma de se soltar ou conseguir uma vantagem contra alguém que a puxava. Quase sem forças, cessou seus gritos e contou até 3 mentalmente.1… 2… 3… Quando chegou até o número final, mordeu a mão que cobria seu rosto, sendo assim, solta bruscamente pelo mesmo.

Ela foi jogada ao chão, mas não se feriu. Levantou-se e tirou o excesso de grama em seu corpo e cabelo.

— Caralho! Você é louca, garota? — gritou uma mulher. — Poderia ter arrancado um pedaço da minha mão.

Camila travou, ela reconhecia aquela voz, ouvira poucas vezes, mas reconhecia. Vozes como aquela eram quase impossíveis de se esquecer, de não se lembrar ao ouvir. Novamente, um arrepio percorreu toda a sua espinha. Vagarosamente ela virou-se, deparando-se com Lauren. Ela sacudia a mão esquerda e expressava dor. 

— Você tem algum tipo de merda na cabeça? — perguntou Lauren — Que porra está acontecendo? Por que raios você me seguiu? Ei!

— Você que é a única louca aqui. — gritou Camila quando voltou ao nosso mundo — Não era mais fácil ter me cutucado? Eu pensei que ia morrer agora. 

— POR QUE ME SEGUIU? Quem raios é você? 

— Raios, Raios… Não se faça de besta. — a morena riu ironicamente, pois sabia que Lauren tinha noção de seu nome. — Você sabe muito bem quem eu sou, Lauren. E, por ironia do destino, você mora bem ao lado da minha casa. Como você sabia meu nome se eu ao menos sabia da sua existência? 

— Lauren? Quem te falou meu nome? — pausou — Tudo bem, Camila. Sou eu quem faço as perguntas por aqui. Quem te falou meu nome?

— Ninguém, eu vi no seu arquivo que não retinha nenhuma informação sua, além de um nome escrito em letras miúdas, quase passou despercebido, mas… Lauren Jauregui é um nome bonito.

— Obrigada. — disse hesitante. — Por que você me seguiu?

— Eu queria te conhecer melhor, você me assustou na sexta-feira. — mentiu — Queria saber quem é que está morando ao lado da minha casa, saber se preciso ter medo, ainda mais com a cidade perigosa. Nunca passamos por algo assim, estranhei.

Lauren suspirou enquanto tirava a mecha de cabelo que caiu em seu rosto, jogando-a para trás. Ela levou as duas mão até sua cintura, olhando em sua volta, como se procurasse desesperadamente por algo ou alguém.

— Olha… Você sabe voltar para casa daqui? — Camila negou com a cabeça. — Tudo bem, eu vou te levar para casa, mas você precisa prometer que não vai mais me seguir. — a garota riu fraco — Eu não estou brincando, Camila. A cidade está perigosa, não se sabe quem você vai encontrar na esquina.

— O.k. Se você vai me levar, eu preciso que seja agora, tenho algumas coisas para fazer, pode ser?

— Se você falar alguma coisa durante esse longo caminho, eu vou te largar perdida por aqui e esperar até que você seja assassinada pelo serial killer, pode ser?

Camila apenas revirou os olhos e começou a seguir Lauren, que andava rapidamente a caminho de casa. Ela não pensou que seria tão difícil assim, mas não poderia desistir daquilo agora. Lauren tinha algo diferente, diferente de todos os outros naquela cidade. Todos eram tão simpáticos uns com os outros e evitavam segredos. Qualquer problema era solucionado no mesmo instante, até essa aparição de Lauren Jauregui.

Ela já havia visto isso em algum lugar, talvez algum filme ou histórias. Todo mundo é feliz e unido em uma cidade, até que de repente, surge um novo morador e as coisas mudam de boas a piores. Assassinatos, suicídios, brigas… A cidade vira de ponta-cabeça por causa desse novo morador. Alguém ou um grupo de amigos começam a investigá-lo e descobrem coisas horríveis, até serem todos mortos. Coisas clichês como festas de 15 anos.

Camila não queria fazer parte de um filme, não queria se arriscar, mas ela precisava fazer aquilo. Sua vida era valiosa demais, porém, uma alma-perdida para salvar diversas outras valia mais. Talvez, ela estivesse enganada e Lauren não fosse quem pensavam que era. Talvez, Lauren realmente fosse o serial killer e poderia tê-la matado, mas não.

— Se ela fosse o nosso assassino, teria me matado ali mesmo. Sem provas, sem testemunhas, apenas eu e ela. — sussurrou para si mesma. — Lauren daria um sumiço no meu corpo, eu desapareceria e provavelmente envolveriam a polícia nisso, mas nunca me encontrariam, ela parece ser esperta demais, como se os corpos fossem deixados em lugares com grande circulação propositalmente.

— Eu ouvi alguma coisa, Srta. Cabello? — interpelou Lauren, sem olhar para trás.

— Não, foi apenas uma impressão sua.

Elas andaram por 20 minutos, até que chegarem a casa de Camila. Até então, Lauren não proferiu uma palavra sequer, nem ao menos olhava para Cabello, que planejava diversas coisas em silêncio. Pensou em formas de fazer com que Lauren a convidasse para jantar, para que não ficasse tão óbvio seu plano. Pensou na possibilidade da mulher não ficar com garotas e cometer um erro, assim como o erro que cometera ao ficar paranoica com essa história.

— Então, eu te vejo mais tarde? — Camila mordeu o lábio inferior enquanto observava Lauren. — Tipo, eu quero conhecer você, Lauren. Não sei como não notei sua presença no colégio, você é tão…tão marcante. Tão linda. — gaguejou — É impossível não reparar nos seus olhos, eles são lindos, assim como você.

— Tu não és nem um pouco discreta, menina. O que você quer?

— Você — ela riu ao perceber que Lauren havia corado, agora tinha uma resposta para sua perguntou. — Estou brincando, só quero te conhecer e se possível, ser sua amiga. Cansei dos meus velhos amigos, sabe? São sempre as mesmas coisas, as mesmas pessoas… Eu gosto de inovar. Gosto de aproveitar o que a vida tem a oferecer, não viver para o passado, com o passado. Aventuras são excitantes, eu gosto.

— E bem direta. — riu fraco — Eu não sei, não sei se é uma boa ideia andar comigo.

— Por quê? Você é tipo uma “badass”? Porque eu adoro.

— Tudo bem, é melhor eu ir embora. — pausou — Eu te vejo amanhã no colégio…

— Já entendi, a resposta é não. Sério? Vou ter que te seguir de novo para isso acontecer? — gritou para Jauregui que se afastava — Mas eu não vou desistir, Lauren. Uma hora vai ser você quem vai pedir para me ver mais tarde.

Camila riu e procurou pela chave em sua bolsa, mas, antes que a encontra-se, a porta se abriu. Dinah, Ally e Harry estavam boquiabertos e paralisados, olhando fixamente para Camila. Seu riso aumentou e ela passou por eles, adentrando a casa.

Camila riu e procurou pela chave em sua bolsa, mas, antes que a encontra-se, a porta se abriu aparentemente sozinha. Dinah e Ally estavam boquiabertos e paralisados, olhando fixamente para Camila. Seu riso aumentou e ela passou por eles, adentrando a casa. Desabou no sofá mais próximo, respirando profundamente.  

Diferente das outras vezes em que vira Lauren, seu coração parecia mais calmo, apenas por enquanto. Ela sabia que aquilo não era nem o começo, só uma tentativa de avanço, um tanto significativo para o plano. Mas, uma parte dela sabia que não poderia se envolver emocionalmente com Jauregui e era isso o que Camila mais temia. Caso se apaixonasse por Lauren, botaria todo o plano deles por água baixo.  

Antes de ser enchida de perguntas, ela explicou vagamente o que aconteceu para as meninas. Disse que seguiu Lauren até uma casa e depois a mesma trouxe-a de volta para sua casa por não fazer ideia do caminho em que ela seguira. Disse que ela aparentava esconder algo, algo dentro daquela casa que Camila não pudesse ver de jeito algum. Algo que poderia dizer se ela é o assassino ou não. Algo importante para a investigação. 

Voltou a falar sobre o pensamento que tivera enquanto estava a caminho de casa. Lauren poderia tê-la matado ali mesmo, mas não o fez. Que ela não seria burra o bastante para deixar provas dos assassinatos, a menos que, o plano inicial fosse fazer todos saberem e ficarem tentando solucionar esses crimes, enquanto planeja algo maior, muito maior. 

— Planejar algo maior? Camila, você é um gênio, mas idiota ao mesmo tempo. — disse Ally, andando de um lado para o outro na sala. — Se isso realmente for acontecer, você não pode largar do pé dela por um segundo, ou seja, precisa colocar uma câmera virada para a casa dela, nisso vamos ter filmagens de 24 horas, não só o tempo que seguimos ela ou a vemos no colégio. — pausou — Quer dizer, seguir também é importante, não vamos por um detetive atrás dela, certo? — Camila e Dinah se entreolharam, sorrindo — Não, vocês não estão pensando nisso, não é? 

— Claro que não, sua idiota. — disse Dinah — A ideia da câmera é boa, prática. Eu, inclusive, posso cuidar disso agora mesmo. Tenho uma câmera e um tripé em casa, ninguém usa, então acho que não tem problema em trazer pra cá. Só que, vou precisar instalar ela em algum notebook, computador... 

— Usa o meu, o da Ally está com uma mancha enorme não tela, não vai dar para ver muita coisa. — disse Camila, antes de Dinah sair da casa para ir pegar a câmera. — Mas... Usar qualquer aparelho eletrônico pra espionagem é crime, imagina se ela descobrir? O que vai acontecer conosco? Ally, eu não quero. 

— Eu não faço a menor ideia, contudo, isso é uma grande ajuda para nós, Camila. — ela a interrompeu — Pensa só, imagines 24hrs da casa dela, de qualquer atividade que ocorra por aqui. Provas.  

— Tudo bem, mas se alguém vier aqui, vou dizer que vocês duas são responsáveis por tudo isso e eu não sabia de absolutamente nada. Nadinha de nada. — ela riu — A Lauren vai me chamar para sair, eu tenho certeza disso. 

— Garantida demais. 

— Aposto $100 pratas que ela vai me chamar para sair, isso ainda nessa semana. 

— Apostado. — elas finalizaram o acordo com um singelo e típico aperto de mão, antes de serem interrompidas. 

A campainha tocou, assustando-as. Camila levou sua mão até o peito esquerdo, enquanto Ally levantou-se e foi ver quem era. Ao abrir a mesma, se surpreendera e suspirou fundo, como quem demonstrasse arrependimento. Ela sussurrou alguma coisa, virou-se para Camila e andou até ela, deixando a porta aberta. 

— Depois você passa no meu quarto pra pegar seu dinheiro, apesar de que meia aposta foi cumprida. — disse com azedume, logo desaparecendo da vista de Camila. — E me lembrar de não apostar mais nada com você. 

Camila gargalhou, encaminhando-se até a porta. Ela não entendeu Ally, então também se surpreendeu ao chegar até a entrada da casa. 

— Lauren? O que faz aqui?  

— Eu acho que a sua amiga não gosta de mim. — ela encolheu os ombros, fazendo Camila suspirar involuntariamente.  

— AH! Que nada, ela só está assim porque perdeu $100 dólares agora. — riu — Bom, em que eu posso te ajudar? Pensei que só te veria amanhã no colégio. 

— Eu também, mas tenho que te perguntar isso logo, antes que me arrependa, é impulso completo. — pausou — Hum... Você quer sair comigo?  


 


Notas Finais


Antes de tudo, gente, qual é? 183 pessoas aqui e só 9 comentam? Poxa, eu não fico dizendo "se não tiver tal meta de comentários, eu não vou postar" como boa parte faz, mas os comentários são tão importantes e influenciam tanto, vocês não fazem ideia. Nós, escritores/autores precisamos de um estímulo para continuar, então, só peço isso. Gastar 1 ou 2 minutos para comentar não dói rs'

MAS, ENFIM, EU QUERIA TER SIDO AGARRADA POR ESSE "INDIVÍDUO" NOSSA SENHORA.
qualquer coisa, falem comigo no @katylambeuademi
até a próximo :)


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