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História A Casa Ao Lado - Vai dar tudo certo.


Escrita por: SraMisterio

Notas do Autor


O que dizer sobre esse capítulo que acaba de ser terminado (e 90% dele escrito nesse momento)??? As aulas voltaram e a partir de março, ficarei ocupada demais, então farei o possível para postar o suficiente em fevereiro. Estou lendo alguns livros e tentando impedir o bloqueio criativo, espero que dê certo hahaha

OBRIGADA, OBRIGADA por todos os comentários no capítulo anterior. Vocês não sabem o quão importante é pra mim, gente. Não deixem de comentar, por favor. Não imponho limites de comentários para postar capítulos, então, é o mínimo que peço. Se tiverem ideias também, podem comentar, são todos bem-vindos (inclusive as críticas CONSTRUTIVAS)

Mas, vamos logo ao capítulo.
BOA LEITURA ;)

Capítulo 9 - Vai dar tudo certo.


Fanfic / Fanfiction A Casa Ao Lado - Vai dar tudo certo.

— Tudo bem, mas se alguém vier aqui, vou dizer que vocês duas são responsáveis por tudo isso e eu não sabia de absolutamente nada. Nadinha de nada. — ela riu — A Lauren vai me chamar para sair, eu tenho certeza disso. 

— Garantida demais. 

— Aposto $100 pratas que ela vai me chamar para sair, isso ainda nessa semana. 

— Apostado. — elas finalizaram o acordo com um singelo e típico aperto de mão, antes de serem interrompidas. 

A campainha tocou, assustando-as. Camila levou sua mão até o peito esquerdo, enquanto Ally levantou-se e foi ver quem era. Ao abrir a mesma, se surpreendera e suspirou fundo, como quem demonstrasse arrependimento. Ela sussurrou alguma coisa, virou-se para Camila e andou até ela, deixando a porta aberta. 

— Depois você passa no meu quarto pra pegar seu dinheiro, apesar de que meia aposta foi cumprida. — disse com azedume, logo desaparecendo da vista de Camila. — E me lembrar de não apostar mais nada com você. 

Camila gargalhou, encaminhando-se até a porta. Ela não entendeu Ally, então também se surpreendeu ao chegar até a entrada da casa. 

— Lauren? O que faz aqui?  

— Eu acho que a sua amiga não gosta de mim. — ela encolheu os ombros, fazendo Camila suspirar involuntariamente.  

— AH! Que nada, ela só está assim porque perdeu $100 dólares agora. — riu — Bom, em que eu posso te ajudar? Pensei que só te veria amanhã no colégio. 

— Eu também, mas tenho que te perguntar isso logo, antes que me arrependa, é impulso completo. — pausou — Hum... Você quer sair comigo?

— Sair com você?

— Sim. Sair comigo. Hoje à noite. Sair comigo. Eu e você.

— Uau. Eu estava crente que de certa forma você me odiava por ter te seguido hoje, que queria muito me matar, mas também, de certa forma, não podia. — ela sorriu — Todavia, alguns minutos depois, você bate na porta da minha casa e me convida para sair. Engraçado isso, não acha? Eu acho bem engraçado.

— Você está me deixando muito constrangida e prestes a dar meia volta e ir para minha casa. — ela coçou a nuca enquanto Camila a encarava indiscretamente. — Olha, eu preciso de uma resposta. Se você não quiser sair comigo, tudo bem, não me importo, beleza. Se quiser, ótimo, legal. Mas ficar pagando de difícil não é algo que eu me interessa em persistir. Contudo, eu preciso de uma resposta e o mais rápido se possível. Então…?

— Sim, eu saio com você. Afinal, eu quem parecia desesperada para ficar mais tempo com você, o que não foge da realidade. — ela mordeu os lábios inferiores. — Confesso que eu não queria chegar perto de você na sexta-feira, mas agora é outro caso.

Lauren corou.

— Eu passo aqui às 08:30pm. — pausou — Uma coisa, nenhum de seus amigos podem ou devem saber disso. Nenhum deles podem nos ver juntas ou imaginar que fomos sair, por favor. — ela falou pausadamente, fazendo Camila assentir levemente com a cabeça. — Até mais tarde.

Camila não estranhou o pedido da mulher, então apenas concordou em não contar para seus amigos. Se algo estranho acontecesse durante esse possível “encontro”, ela contaria. Se ocorresse tudo bem, deixaria o assunto apenas entre elas duas. Manteria o assunto em silêncio caso viesse a ter um relacionamento com Lauren, omitiria o assunto, pois, se as suas suspeitas confirmassem, apenas ela sofreria com as consequências.

Após demonstrar sua timidez e diferença ao ser intimidada por Camila, a mesma duvidara de sua capacidade de machucá-la, mas naquele momento, as circunstâncias eram improváveis.

Assim que Lauren adentrou sua casa, Cabello fizera o mesmo e foi de encontro a Ally, que estava em seu quarto. A garota lia um livro e o deixara de fazer ao ver Camila sentar-se ao seu lado. Ela não disse nada, apenas estendeu a mão com uma nota de $100 dólares e esperou que Camila a pegasse, em vão.

Camila começou a explicar o motivo de Lauren estar lá, mentindo que Jauregui chamou-a apenas para pedir seu livro de química emprestado e quando terminasse de usá-lo, devolveria para ela. Ally acreditou e riu de Camila.

— Do que você está rindo? — perguntou a morena confusa. — Está rindo dela ter vindo pegar o livro de química e não ter me convidado para sair?

— Você me deve $100, já que ela não te chamou para um encontro. — riu.

— Tem que ser necessariamente um encontro? Sei lá.

— Aliás, $150 já que você me deve cinquenta do mês passado que ainda não me deu.

— AH… Posso te entregar amanhã? Mais tarde eu vou pagar as contas que ficam por minha conta — ela riu — e vejo se meus pais colocaram dinheiro. Se não, vou ficar te devendo essa e as contas que você terá que pagar, senão vamos ficar sem luz e internet.

— Hoje à noite, por volta das 08pm, eu acho, vou sair com o Niall, então se tiver, me dá o dinheiro amanhã, preciso dele para comprar umas coisas. Mas não esquece, Camila, por favor. A Dinah me deve dinheiro, o Harry, você… Nunca me pagam. Vou parar de emprestar dinheiro para as pessoas e juntar para me mudar pra bem longe daqui…

— Eu acho que devia parar sim, mas se mudar para bem longe, não. Minha alma disse que não estou pronta para morar sozinha — elas riram, provocando leves vibrações nas estruturas do quarto — Hoje, na diretoria, você não achou a Michelle estranha? Digo, quando eu falei o nome da Lauren, ela ficou boquiaberta como se tivesse ouvido algo surreal ou sei lá. Como se aquela pasta fosse para nunca ser achada por um aluno.

— Não, eu acho que isso é coisa da sua cabeça. Desde que conheço ela, sempre fora assim. A diretora é maravilhosa, sempre fez o melhor por aquele colégio… Ela não colocaria alguém capaz de fazer algo contra seus alunos ou contra ela, porque desde sexta-feira, ouvi dizer que ela está examinando as “fichas” — Ally fez aspas com os dedos — de todos os novos-futuros alunos.

— É, pode ser. — disse ela, evidentemente encerrando o assunto entre as duas.

Dinah chegou alguns minutos após, ansiosa para instalar a câmera e assim fez. Ela conectou a mesma no notebook de Camila, colocando-a sobre o tripé, ao lado de seu telescópio, posicionada em direção a casa da mesma. A câmera não ficava tão perto da janela, mas não tão longe, apenas o suficiente para pegar a casa inteira. Cabello observava os seus vizinhos quando faltava-lhe algo para fazer com seu telescópio, uma vizinhança muito calma até então.

Com Lauren, seria diferente. Ela estaria vigiando-a 24horas por dia, invadiria sua privacidade e Camila prezava muito isso. Caso a mesma soubesse que estava sendo vigiada, poderia denunciá-las e os assassinatos continuariam a acontecer.

Se ela descobrisse mais coisas, se soubesse dos horários que Lauren saía de casa, se alguém a visita ou qualquer outra informação, as mesmas poderiam se ligar e dar o suficiente para que a polícia pudesse prendê-la e interrogá-la, iniciando uma investigação mais afundo, provando ou não os homicídios.

Quando pudera ficar sozinha, Camila iniciou uma busca na internet. Pesquisou casos recentes de homicídios em Carolina do Sul, deparando se com um caso em Charleston, que chamou sua atenção.

“O autor confesso do massacre numa igreja de Charleston foi acusado de nove crimes de homicídio e de um de porte de arma. Dylann Roof matou seis mulheres e três homens que participavam numa missa na Igreja Africana Metodista Episcopal da cidade da Carolina do Sul. As vítimas pertenciam à comunidade negra. A governadora do estado americano, a republicana Nikki Haley, denunciou um crime de ódio e reclamou a pena de morte.

O senador da Carolina do Sul e candidato republicano à Casa Branca, Lindsey Graham lançou o alerta: ‘aparentemente as pessoas foram assassinadas porque eram negras. O mundo está louco. Milhares de pessoas estão a ser assassinadas no Médio Oriente devido a diferenças religiosas. Estamos em 2015. Penso que isto é um despertar’.

As medidas de segurança foram incrementadas noutros locais do país, como em Nova Iorque.

“Há aqui muitos naturais da Carolina do Sul. Este é um momento muito doloroso para todos nós. Quero que todos saibam que não há lugar para este tipo de ódio na cidade de Nova Iorque. Nós vamos aumentar o policiamento das igrejas afro-americana como medida de precaução” – afirmou o presidente da câmara de Nova Iorque, Bill de Blasio.

Na confissão à polícia o assassino afirmou que hesitou em disparar porque as pessoas eram amáveis mas afinal decidiu levar por diante a sua missão.”

Ela concluiu que, provavelmente, o caso Roof tivesse alguma semelhança com o que a cidade passava naquele momento. John e Gabriela, os primeiros assassinados numa sexta-feira, eram negros. Mas, Taylor, irmão de John, branco como neve. Homicídios em sequência, entre pessoas que tinham ligações familiares. Pessoas boas.

Carolina do Sul, um estado que demorara 150 anos para retirar a bandeira dos confederados, que era associada à escravidão e racismo, da frente do palácio do governe em Columbia, a capital. A ação ocorre semanas depois do atentado terrorista supremacista branco cometido contra uma igreja frequentada por negros em Charleston. O terrorista aparece em vídeos celebrando a bandeira, também usada por organizações racistas nos EUA.

Devido a isso, os homicídios poderiam ter ocorrido por esse mesmo motivo. O assassino poderia participar de algum grupo racista, que alguns dias após a retirada da bandeira, organizaram uma manifestação diante do Parlamento da Carolina do Sul por tal ato.

Se houvesse outro assassinato com alguém negro, as coisas começariam a fazer sentido. 3 pessoas assassinadas por, supostamente, uma mesma pessoa. Camila sabia que outro assassinato abalaria a cidade, mas não tinha provas suficiente para culpar Lauren pelos assassinados, apenas assegurar-se de que a manteria ocupada.

Quando voltou a realidade, faltavam apenas 30 minutos para seu “encontro” com Lauren. Ela procurou por uma roupa em seu guarda-roupa, escolhendo uma calça jeans preta, com alguns rasgados na mesma. Uma blusa xadrez vermelha e um coturno com salto. Jauregui não havia dito para onde a levaria, pois daria uma noção de qual trajes usar, então optará por algo mais simples.

Seu banho não demorara tanto. Camila arrumou-se em 20 minutos, usando os 10 que restavam para pensar no que falaria, pensar em perguntas com duplo sentido que lhe dariam respostas que precisasse. Deixou seu cabelo solto, com leves ondulações nas pontas. Não passou maquiagem, apenas um gloss em seus lábios e um blush em suas bochechas.

Assim, a campainha soa pela casa e antes de descer para atender, Camila liga a câmera, passa no quarto de Ally para ver se a garota ainda está lá e após, desce para atender a porta.

Lauren olha ao redor, mas volta seu olhar para Camila ao ouvir o barulho da fechadura. Elas se olham dos pés a cabeça. Lauren usava um macação-jeans longo, uma cropped preta por baixo, uma jaqueta de couro e também, um coturno. Seu cabelo caia por seus ombros e seus olhos brilhavam, apesar da noite. Seus olhos verdes não perdiam o brilho, era encantador e hipnotizante. Qualquer um que a olhasse no fundo de seus olhos, poderia se perder nos tons esverdeados dos mesmos.

— Você está linda. — disse Lauren.

— OH! Eu não sabia que tipo de roupa usar, não passei maquiagem...Eu… Bom, você também está linda — ela sorriu —, mas não pensei que estou retribuindo o elogio. Você realmente está linda.

— Não pensarei. — Lauren riu e encostou no batente da porta. — Também não pensei no que faremos, mas, podemos dar uma volta por aquela área mais afastada daqui, uma trilha que conheço e depois irmos em algum bar ou lanchonete, o que quiser.

— Contanto que esteja com você, eu vou para qualquer lugar. — pausou — Ei! Você cora a todo instante, sou tão intimidante assim?

— Eu só não estou acostumada com isso, mas você não é intimidante. Você é… Bom, você é curiosa e persistente. Intimidante, não.

— Tudo bem. — Camila pegou sua bolsa que estava em cima da poltrona, sua chave e logo voltara até Lauren. — Podemos ir agora.

Lauren assentiu e Cabello trancou a porta, logo seguindo o caminho até a trilha. Elas não demoraram até chegar ao começo da trilha, levaram por volta de 10 minutos até, em silêncio. Meio a isso, Camila olhava de vez ou outra para Lauren sem que ela percebesse.

A trilha era iluminada. Alguns postes espalhados estrategicamente, iluminaram o local rodeado de árvores, apenas.

— Descobri esse local faz alguns dias, nunca cheguei a passar por essa trilha. — pausou — Cedo é mais lindo ainda, mas à noite, podemos escutar o barulho dos grilhos, podemos parar e ficar em silêncio, só ouvindo os grilhos. Ninguém conhece esse lugar, mesmo a trilha sendo exposta. É como se tivessem medo de entrar aqui.

— Ultimamente as pessoas estão com muito medo de sair de casa, muito menos irem para trilhas desertas. Está tudo tão… — Camila parou de falar e olhou ao redor, assim como Lauren. — Você ouviu isso?

— Ouvi… Eu ouvi. — ela falou calmamente. — Parece com algum cão, como se estivesse chorando, perdido.

— Eu não acho que seja um cão, Lauren.

— Vou ver o que é, o som parece vir dali. — ela apontou para um arbusto, um pouco distante delas. — Não sai daqui, Camila. Eu já volto.

Camila hesitou, mas não falou nada. Ficou parada, apenas vendo Lauren se afastar, enquanto batia os pés inquietamente no chão.

Os minutos se passaram e nada de Lauren voltar, fazendo com que Camila começasse a andar em direção a ela. Cada passo que ela dava, era um aperto no seu coração. O medo havia tomado todo o corpo de Camila e ela ouve um novo barulho. Algo percorreu seu corpo, dos pés até a cabeça, fazendo-a lentamente colocar a mão em seu bolso, retirando um canivete.

Passos, era o que Camila ouvia. Ela parou quando sentiu os passos se aproximarem a abriu o canivete. Suspirou algumas vezes, tomando o ar que faltava em seus pulmões e sentiu um impacto contra seu corpo. Dessa vez, uma de suas mãos ficou livre e, justamente a mão em que estava o canivete. Ela não relutou.

“Vai dar tudo certo, vai dar tudo certo, vai dar tudo certo”. — ela sussurrou para si mesma antes de tomar uma atitude para salvar sua vida.


Notas Finais


O final não ficou como eu esperava, mas vamos deixar pra lá. Deixando claro que, eu nunca escrevi uma fanfic com esse gênero, então é tudo novo!

Não revisei o capítulo, então, espero que tenham ignorado os erros e falta de concordância, pelo amor kdsjkds. Alguma coisas, eu fiquei com preguiça de escrever e resumi o bastante, então, ignorem isso também ;)

BOOOOOOOOOM, vou tentar voltar o mais rápido possível, porque né, minha gente, a coisa tem que evoluir! Não se esqueçam de comentar, mas aí fica por conta de vocês, só que vou ficar aguardando.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ue1oe3lIMe4 | Se quiser ver com a música: https://vimeo.com/154071984
ATÉ O PRÓXIMO, MOZÕES. @katylambeuademi


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