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História A colecionadora de segredos - Vingança parte 2


Escrita por: Corujaa

Capítulo 18 - Vingança parte 2


Peter olhou para as escadas que estavam alguns metros para a direita mas eles teriam que atravessar o corredor. Ananda olhou para ele com uma expressão de medo.

-Ele não pode pegar a gente! -Ela sussurrou e Peter a olhou bravo -Vamos ser presos? -Ele a ignorou -Peter...

-Cala a boca! -Ele disse bem perto de seu ouvido -Vamos atravessar o corredor e subir as escadas correndo, se ele perseguir a gente você entra na primeira sala que ver e eu cuido do resto.

-Vai ser pego! -Ele bufou.

-Só faz o que eu falei! -Ela fez que não.

-Não vai tomar a culpa de algo que foi ideia minha! -Ele a puxou pelo corredor o atravessando e começando a subir as escadas. O segurança viu o movimento e os seguiu correndo.

-Eu já fiz coisa pior e me safei! -Ela riu.

-Se safou tanto que foi expulso 5 vezes! -Eles terminaram de subir as escadas e começaram a andar no corredor, Peter colocou o capuz preto e abriu a porta de uma sala empurrando Ananda para dentro da mesma.

-Não sai até eu voltar! Se der errado eu te ligo, mas nada vai acontecer!

-Peter!

-Eu sei o que eu to fazendo! -A luz da lanterna se aproximava -Confia em mim! -Ananda olhou para a luz que se aproximava, o segurança estava terminando de subir as escadas. Ela se rendeu mesmo relutante.

-Não vou embora sem você! -Ele sorriu.

-Eu sei! -Disse e fechou a porta da sala deixando Ananda lá dentro. O segurança viu Peter de pé no meio do corredor e saiu correndo atrás dele.

Peter correu pelos corredores da escola, subiu algumas escadas, desceu outras até que chegou na parte do laboratório de química e entrou no mesmo sem que o segurança pudesse ver. Ele se escondeu atrás de uma das bancadas e ouviu a porta se abrir e a luz da lanterna iluminar o lugar. 

"Senhor do céu, socorro! É agora que eu vou preso!", ele pensou. Peter segurou a respiração até que o segurança apontou a lanterna para a sala inteira e depois foi embora desistindo de procurar o garoto. Ele soltou o ar e respirou algumas vezes calculando como voltar para onde tinha deixado Ananda. 

Ela tinha se sentado no chão e estava desesperada, já fazia mais de meia hora que estava naquela sala e nada do Peter volta. Ela ouviu a porta abrir e se encolheu abraçou as pernas e afundou a cabeça nos joelhos esperando o pior acontecer.

-Melhor irmos embora! -Peter cochichou colocando a mão na nuca dela. Ananda levantou a cabeça e o olhou, ele deu um leve sorriso e ela pulou no pescoço dele o abraçando forte. 

-Nunca mais faz isso! -Ela disse ainda o abraçando.

-Eu disse que sabia o que estava fazendo! -Ela revirou os olhos. Se separaram do abraço mas ainda estavam com o rosto bem perto um do outro.

-Eu... -Ela ia dizer alguma coisa quando Peter se aproximou mais, Ananda sentia sua respiração quente e acelerada. Eles fecharam os olhos devagar e deixaram com que seus lábios se tocassem lentamente até o beijo ficar cada vez mais rápido e cheio de emoção.

Eles pararam o beijo com alguns selinhos. O silêncio reinou por alguns segundos e Ananda não tinha nenhuma reação, ela não sabia o que dizer e não conseguia parar de sorrir. Peter deu um sorriso de lado e ela voltou a realidade ao lembrar que eles ainda estavam na escola.

-Acho melhor nós irmos embora... –Ele a olhou ainda um pouco fora da realidade.

-Ah... A gente não vai se vingar do Josh? –Ela olhou para a mochila preta que Peter carregava e sorriu.

-Vamos! Mas não aqui! –Ele não entendeu mas deixou quieto. Os dois se levantaram e mesmo um pouco sem graça seguiram até a porta do zelador por onde entraram e fizeram o caminho para sair da escola.

Ananda dirigiu até a casa de Josh e Peter não entendeu o que eles estavam fazendo ali, ela o olhou e perguntou:

-Você trouxe o spray? –Ele assentiu e ela sorriu. Peter pegou o spray na mochila e entregou a ela –Vem comigo! –Ela disse abrindo a porta e indo até o jardim da frente da casa de Josh. Do lado direito da porta de entrada estava estacionado um carro alto branco com rodas grandes e janelas pretas. Ananda chacoalhou o spray e tirou a tampa do mesmo o posicionando na frente de uma das portas do carro. Peter a segurou na hora.

-O que pensa que vai fazer? –Ela ergueu a sobrancelha.

-Vou me vingar... –Ela disse como se fosse óbvio.

-O que foi que o carro fez pra você? –Ele perguntou bravo e ela riu –Olha pra ele! –Ele falava em tom de sussurro fazendo a situação ficar mais engraçada –Não pode fazer isso com um Porshe novinho que acabou de ser tirado da loja!

-Peter, o Josh merece! –Peter cruzou os braços.

-Vai pichar a cara do Josh então, mas o carro não tem nada a ver com a história! –Ela bufou e deu de ombros indo até o carro –Any... –Ananda deu um sorrisinho e ele a segurou perto de si aproximando seus rostos –Quem se importa com o Josh e o carro dele que é mais caro do que a minha casa? –Ele lhe deu um selinho e ela sorriu.

-Peter... –Ela tentou falar mas ele começou a beija-la não lhe dando outra opção se não corresponder ao beijo –Me beijar não vai me fazer mudar de ideia! –Ele a olhou por um instante –Mas pode continuar tentando se quiser! –Ele sorriu e a beijou por mais algum tempo até que ela lembrou o que estavam fazendo ali –Tá, ok, chega! –Peter bufou.

-Ta bom, vai lá! Acaba com o coitado, inocente, que não tem nada a ver com a história...

-Shiiiiu! –Ele bufou e ela chacoalhou a latinha do spray enquanto se inclinava para ficar na altura do carro. Ananda começou a pichar o carro branco e escreveu “LOSER” (perdedor) em um lado inteiro do carro e no outro escreveu “-A”. Peter estava com um bico enorme quando ela o olhou depois de terminar o trabalho.

-Me lembre de nunca te deixar brava! –Ela riu. Peter olhou para a própria casa do outro lado da rua e depois olhou no relógio do celular, eram 3:46 e ele via o semblante cansado de Ananda mesmo na escuridão da noite –Acho melhor eu voltar pra casa... –Ela se aproximou.

-É... –Ela colocou as mãos em volta do pescoço dele e sussurrou –Eu tava pensando em aproveitar um pouco mais a noite... –Ele deu um sorriso malicioso.

-Tá falando sério? –Ela o olhou.

-Não do jeito que você tá pensando, Sr. Pervertido! –Ele riu –Eu só não quero ficar sozinha o resto da noite! -Ele assentiu.

-Então... -Ela ficou na ponta dos pés e o beijou devagar -Fazer isso a noite inteira não parece má ideia! -Ela deu um riso abafado.

-Tem uma ideia melhor? -Ele olhou para ela e sorriu malicioso.

-Tenho! -Ela lhe deu um tava leve no braço.

-Peter! 

-To falando sério! -Ela ergueu a sobrancelha -Não é o que você tá pensando -Ela sorriu -Vem comigo! -Ele disse e foi até o carro -Posso? -Perguntou parando na frente da porta do motorista.

-Claro! -Ela falou e entrou pelo lado do passageiro. 

Peter dirigiu até a entrada de um parque no centro da cidade. Ele parou e olhou para Ananda.

-É pra eu sair? -Ela perguntou e ele fez que sim. Ananda assentiu e os dois saíram do carro batendo as portas -Certeza que é seguro? 

-Absoluta! -Ele passou o braço pelos ombros dela e os dois começaram a andar para dentro do parque -É aqui que eu venho quando quero ficar sozinho...  -Ela o olhou e ele sorriu.

O parque era iluminado por alguns postes de luz que ficavam perto de algumas arvores altas que rodeavam o lugar e formavam caminhos para o centro do parque. Eles andaram um pouco até se deitarem aos pés de uma árvore que deixava algumas estrelas serem vistas por entre os galhos. Eles ficaram um tempo em silêncio só olhando para cima até que Peter notou um sorriso tímido se formando nos lábios de Ananda.

-Que foi? -Ela corou.

-Nada! -Ela respondeu sem olhar para ele. Peter suspirou e voltou a olhar para o céu -Vem aqui sempre? -Ele fez que sim. 

-Sempre que quero pensar... -Ela assentiu. Peter viu que ela quis perguntar algo então deu uma risadinha -Sei que você tem uma pergunta pra me fazer!

-Você já disse que não vai me responder! -Ele virou para ela.

-Pergunta! -Ananda continuou olhando para o céu.

-Por que 5 vezes? -Ele ergueu a sobrancelha -Tipo 1 ou 2 eu sei lá, até aceitável mas 5! CINCO! -Ele riu. 

-Ok... Eu te conto tá? -Ela sorriu. Peter se sentou na grama e começou a falar -Assim, da primeira vez que eu fui expulso foi porque eu tava indo muito mal na escola, eu nunca fui bem na escola mas no ano passado foi o meu máximo! -Ela riu e se sentou de frente para ele -Então eu pedi ajuda para invadir o computador da escola e mudar meu boletim mas eles me pegaram e disseram que eu seria expulso se não falasse quem me ajudou!

-Então por que não falou? 

-Por dois motivos! -Ela ergueu a sobrancelha -Primeiro: o cara que me ajudou era meu melhor amigo e eu pedi pra ele fazer isso então tecnicamente a culpa era minha! 

-Segundo...? -Ele engoliu em seco.

-Meu pai trabalha na Flórida e ele só vem pra cá quando alguma coisa realmente importante acontece, como um filho ser expulso da escola! -Ela assentiu.

-Ah... E nas outras vezes? 

-Na segunda foi um pouquinho diferente! -Ela continuava esperando -Eu sempre fui muito bom em exatas então um dos meus amigos disse que eu podia fazer dinheiro com isso! Ele roubava as provas da sala dos professores durante o intervalo, eu resolvia, e a gente vendia o gabarito. Até que um dia vendemos para a filha do diretor e fomos expulsos! 

-Como foi dar tão mole? -Ele ergueu as mãos.

-Não sou perfeito ok? -Ela riu.

-E na terceira vez? -Ele deu de ombros.

-Ah nessa escola foi difícil ser mandado embora! -Ele falou se lembrando de todo o trabalho que teve -Primeiro, foi no dia da foto do grupo de líderes de torcida, elas estavam do lado de fora da escola então eu e um amigo meu subimos no telhado e ligamos uma mangueira no encanamento da escola...

-Jogaram água nelas? 

-Sim! Bem na hora que a foto bateu, e devo dizer aquela foto ficou impagável! -Ela começou a rir -Depois disso a gente mandou a foto para todos no colégio, até os professores! -Ananda ficou imaginando a cena.

-Não te expulsaram por tão pouca coisa né? 

-Claro que não! -Ele disse -Depois disso eu comecei a ficar um pouco mais criativo... -Ela ergueu a sobrancelha -Fui na sala do diretor durante a madrugada e pichei as janelas e as paredes, depois hackeei o computador dele e me diverti um pouco...

-E ai te expulsaram? -Ele assentiu-Diz isso com tanto orgulho... 

-Não é orgulho é só que eu fiz isso porque queria muito que meu pai pudesse vir pra casa de novo... -Ela assentiu -Como por exemplo, semana que vem é aniversário dos meus irmãos e meu pai ligou dizendo que o chefe dele não deu folga pra ele vir pra cá... 

-Poxa que chato... -Ela disse sem ter alguma boa resposta, Peter meneou a cabeça e ficou quieto -E das últimas duas vezes? -Ele engoliu em seco.

-O mesmo de sempre! Aprontei! -Ela o olhou com um ar desconfiado -Que foi?

-Algo que não quer que eu saiba? -Ele deu de ombros.

-Talvez! -Disse indiferente. Ananda suspirou e voltou a se deitar na grama olhando para o céu. 

Eles ficaram ali por mais algum tempo, quando o sol começou a nascer eles voltaram para o carro e foram para casa.

 


Notas Finais


Hum... capitulo de amanha promete treta hehe


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