Pov Dipper
Pacifica estava na minha frente. Com o diário que ela me deu no aniversário, e uma carta que escrevi quando eu tinha quinze anos para ela.
Ela não pôde abri àquela carta.
Sentado na cama ao lado dela, meu coração batia forte. Eu queria agarra-la e beija-la ferozmente, coloca-la deitada nessa cama e torna-la minha. Mas eu fico em silêncio, outra parte de mim queria expusa-la do quarto e nunca mais vê-la.
Mas... Eu queria ouvir o que ela tinha pra dizer.
- Já pode dizer - Digo baixo fitando um canto qualquer do quarto. Seus dedos finos me apertaram fortemente.
- Dipper... Eu sei que está com raiva, irritado e confuso. Mas... Eu não escrevi nenhuma carta falando mal de você - Falou. Respiro fundo, não quero mais bringar.
- Pacifica não me venha com essa história. Eu já sei o que você falou, não quero ouvir mais nada - Digo com a voz engasgada. Ainda estava furioso.
- Mas estou falando a verdade! Eu não escrevi aquilo! E-Eu... - Ela começa a dizer nervosa. Bufo irritado e me viro para ela, seguro seus ombros e a puxo para mais perto.
- Eu não quero saber de nada! - Falo e selo nossos lábios em um beijo necessitado e furioso.
Seguro sua cintura com força e invado sua boca, ela não mostrou nenhuma resistência. Então eu a deito na cama e o beijo fica quente.
Aperto suas coxas e tiro a jaqueta que ela usava. Pacifica segura minha nuca e arranha a mesma, suas pernas entrelaçam em minha cintura e continua o beijo.
Seus lábios eram finos e delicados, sua boca tinha gosto de hortelã e suas mãos ágeis me deixavam louco. Eu lutava entre o amor e o ódio.
Mas o ar faltou e separamos o beijo. Pacifica recupera um pouco do ar e me olha séria.
- Você é idiota!? Eu tô tentando falar algum importante sobre nosso passado! E o que você faz? Me agarra e me joga em cima da sua cama! Seu... Nerd safado! - Falou brava e me fuzilando com o olhar.
Dou um risada baixa e rindo da raiva da loira.
- Não se faça de santa. Você estava gostando do beijo - Falo em seu ouvido malicioso. Ela rosna e segura a barra da minha camisa.
- Cala a boca! Seu Nerd idiota! - E puxou a barra e me beijou novamente. Seu pego de surpresa mas me entrego ao beijo calmo porém profundo.
Seguro sua cintura e acaricio a mesma, ela faz cafuné em meu cabelo. Nossas línguas lutavam por espaço em nossas bocas, era uma luta entre amor e ódio que não teria ganhadores ou perdedores.
O tempo parou para mim, nada tinha importância, meu ódio por Pacifica, minha raiva pelo passado, meus problemas com a loira. Tudo foi esquecido naquele beijo, que eu não queria acabar.
Eu queria ficar assim com ela... Passa a tarde com a loira... Beija-la sem medo... Segura sua mão e chama-la de minha namorada, seria a coisa mais bela que já fiz em minha vida.
Mas... Minha raiva era maior.
Paramos o beijo quando voltamos a realidade. Fitamos um ao outro ofegantes, e trocamos mais um beijo profudo. Mas esse não foi longo.
Paramos o beijo e nos fitanos com raiva, saio de cima dela e bufo irritado. Pacifica se levanta também e procura sua jaqueta.
- Eu queria dizer que não escrevir nada falando mal de você. Não foi eu mandei essa carta - Falou quebrando o silêncio. Eu bufo passando as mãos nos cabelos.
- Agora é santa né? Você falou mal de mim! Você disse que... - Não termino de falar. Eu iria me declarar para ela, eu achava que ela me amava... Mas era uma mentira eu era apenas uma diversão para ela.
- Mas você também não é um príncipe! Naquela carta... Você me humilhou! Me chamou de vadia! Puta e Barbie falsificada! Mas pelo menos eu sou rica! E tenho dinheiro e não vivo em uma choupana no meu da floresta! - Gritou aquelas atrocidades.
- Eu sou pobre! Disso eu sei! Mas eu pelo menos tenho uma família! Ao contrário de você! Que é tão inútil que ninguém! Escuta bem NINGUÉM gosta de você! - Grito essas coisas sem pensar.
- Dipper... Eu não escrevir a carta acredita em mim... - Falou chorando. A fito com raiva.
- Não vou acreditar em uma Nothwest. Afinal, eles são a pior corrente do mundo - Digo rosnado. Pacifica chorou alto.
- Dipper... Eu não falaria mal pra você... - Falou e paro pra pensar. O que eu fiz?
Pacifica chorava, seu corpo estava encolhido na parede. Ela parecia tão frágil e indefesa, suas lágrimas eram grossas e caíam em seu rosto e no chão. Isso me partiu o coração, eu era o motivo do choro. Eu gritei com ela, Pacifica só queria conversa.
Eu me sentia destroçado, eu olhei para ela tentando conter minhas lágrimas. Com passos calmos eu ando até ela e a loira, ela recuou.
- Pacifica... - Falo com a voz embargada. Ela fechou os olhos.
Com calma eu abracei ela. Sua cabeça enterrou em meu peito eu começo a sentir minhas lágrimas vindo, eu sou um monstro.
- Me perdoa... - Digo com dificuldade. Ela chorou e saiu do meu peito e fito seus olhos azuis, com meu polegar limpo uma lágrima.
Ficamos nos encarando em silêncio por um tempo, eu começo a toca em seu cabelo e ela soluçava.
Com calma eu a beijo que logo foi correspondido. O beijo veio salgado e molhado.
Separamos o beijo e fitamos um ao outro, encostamos nossas testas e fechamos os olhos.
- Me desculpa... Eu não queria ter gritado... Eu perdi o controle... - Digo sussurrando. Sinto os lábios de Pacifica contra os meus, e abraço sua cintura e ela meus ombros.
- Eu só queria falar sobre as cartas... Eu... - Ela tremeu um pouco. Com calma eu a beijei novamente.
- Pacifica... Eu não escrevir nada falando mal de você... Eu não faria isso... - Rir e roço nossos narizes.
- A não ser agora pouco...
- Dipper... Eu não faria nada de ruim a você... Eu não escrevi a nossa última carta - Ela disse. Eu suspiro e acaricio sua cintura.
- Eu também não escrevi. Eu não te chamaria de vadia... E também eu... - Minha frase morreu em minha garganta. Agora tudo faz sentido.
Pacifica disse que eu havia a humilhado em uma carta. Eu não a humilhei em nenhuma carta, não mesmo. Ela escreveu uma carta me humilhando, e tinha algum estranho na carta... Eu e Pacifica sempre escrevemos carta manuscritas, e não digitadas. Mas naquela ocasião eu recebi uma carta digitada dela...
- Pacifica você me mandou uma carta digitada? - Gestiono, com isso abro meus olhos e a loira faz o mesmo.
- Não... Parando pra pensar você me mandou uma digitada... - Nego com a cabeça. Eu não mandei nenhuma carta digitada.
- Pacifica alguém mandou cartas falsas para nós dois... Não sei quem foi, mas sei que essa pessoa fez as coisas bem elaboradas. - Explico. A loira fica triste e fita o chão.
- Se não foi você... E não foi eu... Quem foi? - Toco sua bochecha e acaricio a mesma.
- Não quero saber disso agora. Acho melhor investigamos isso melhor depois...mas por hora... Você quer ficar aqui comigo? - Pergunto vermelho. A loira riu sem graça e também ficou vermelha.
- Eu gostaria... - Falou solto sua cintura e seguro sua mão. Já estava de noite e a guio até a cama. Ela se sentou na mesma e eu fico mais sem graça ainda.
- Eu vou vestir algum... Quer trocar de roupa também? Mas é claro em outro quarto... - Digo nervoso. Ela riu e se levantou.
- Que tal uma camisa sua... - Disse eu rir malicioso.
- Então gostou do meu cheiro - Pacifica corou e desviou o olhar.
- Ok patricinha, eu lhe dou uma camisa minha e uma calca moletom também minha - Ando até o banheiro e toco de roupa.
Coloco uma camisa branca e uma bermuda cinza.
Saio e vejo ela usando uma camisa azul e uma calça moletom de cor preta. As roupas ficaram grandes nela, mas mesmo assim ela ficou linda.
- Ficou bonita... Patricinha - Falo isso em um tom carinhoso. Pacifica deixa uma risada escapar e amara os cabelos em uma traça.
- Você também não está nada mal... Nerd - Falou. Deixo um sorriso se apossar em meus lábios e seguro sua mão e juntos nos deitamos.
Ficamos um de frente para o outro. Eu tocava sua bochecha e deslizava sobre a mesma, a loira tocava meus cabelos e minha marca de nascença.
De vez em quando eu subia em cima dela e nos beijavamos, também teve brigas. Mas sempre terminavamos aos beijos e acaricias. Minha mão sempre ficava em sua cintura e a sua em meu cabelo. Soltavamos algumas risadas calmas.
Não sei até que hora ficamos conversando sobre nada, só sei que dormimos juntos. Pacifica enterrou sua cabeça em meu peito, e eu abracei seu corpo quente e escutei seus batimentos cardíacos.
Eu tive a melhor noite de minha vida. Mesmo eu ainda a odiando - Só um pouco - Eu não à odeio, mesmo não tenho coragem de falar isso. Eu sinto algum por ela que não sei explicar. E mais forte que eu, e não consigo conter.
Eu sinto isso dês dos doze anos.
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