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História A conspiração - Capítulo onze: Kurenai


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 11 - Capítulo onze: Kurenai


"Sim, eu pensei nessas coisas todas também... Mas se ele sofreu um trauma, uma concussão ou está sofrendo de amnésia, por que ele estava trancado às onze da noite numa sala do Instituto de Biotecnologia?"

Essa era uma pergunta que ninguém parecia ter uma resposta (ou, pelo menos, tinham medo de dizê-la), por isso por alguns segundos fez-se um silêncio absoluto, até que Konan se manifestou: "eles podem querer usá-lo como cobaia de algum experimento."

"Mas por quê?", Pain perguntou, sem entender o propósito disso.

"E por que não? Ele trabalhava no tal experimento secreto, ok, mas aí um belo dia ele resolve desabafar com um estranho, no caso, você, ao que tudo indica, e deixa vazar alguma informação crucial. Isso colocaria o programa em risco, vocês veem, certo? E nisso alguém de lá tem a brilhante ideia: eles precisam dar um sumiço no Lee e evitar que ele espalhe a coisa para mais gente, e também precisam de cobaias, afinal o que quer que seja é sempre testado em humanos, depois de animais. Dois coelhos com uma cajadada só. Simples assim."

"Isso é cruel.", Hinata constatou, chocada.

"Sim, mas quem disse que os caras têm escrúpulos, ou algum tipo de moral?", Itachi falou. "Otouto, tome cuidado, se eles descobrirem que você andou visitando esse lugar, que falou com o Lee... Não sei o que pode acontecer com você."

Naquele momento Sasuke tremeu. "A questão é que... Eles já devem ter descoberto a essa hora, aniki. Eu não tinha percebido, mas tinha câmeras por todo o maldito lugar. Estavam ligadas, e me filmaram. Em pouco tempo eles vão me procurar, você acha que eu não sei? Eu estou fodido, fodido mesmo."

Silêncio.

"O que... O que você acha que eles podem fazer?", Hinata perguntou.

"Talvez o mesmo que fizeram com o Lee."

"Sasuke, nós não vamos deixar isso acontecer, ok? Tudo vai dar certo.", Pain falou, tentando animá-lo.

"Você é meu irmão mais novo, então eu sempre vou te proteger, certo? Nós somos policiais, então tudo vai ficar bem.", Itachi disse.

"Em todo caso...", Konan disse, e entregou a ele um canivete. "Cuide bem dele, é de estimação e eu estou falando sério. Eu tenho esse canivete desde que eu tenho quatorze anos, mas eu tenho um tanto de outras armas em casa, posso me virar. Qualquer coisa, use, depois alegue legítima defesa, ou sei lá. Só lembrando que isso não é um presente, então quando essa confusão toda passar, eu quero meu canivete de volta. Estamos entendidos, Uchiha?". Sasuke assentiu, com o rosto sério, sem dizer uma palavra.

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Na manhã seguinte, ele acordou com uma sensação de mal estar típica de quando se sabe que algo de ruim está prestes a acontecer. Ele se levantou, desanimado, e partiu para o trabalho depois de um banho quente. Logo que saiu na rua, arrependeu-se de ter tomado um banho tão quente: estava fazendo muito frio, e a sua pele ainda estava quente pela água. O vento frio (e talvez algo mais) o fez ter um calafrio. Conseguia sentir, escondido no bolso do casaco, o canivete.

Quando ele entrou no prédio do Instituto de Biotecnologia, estranhou ver a diretora geral do instituto, Kurenai Yuuhi, parada de pé no saguão. Só depois de alguns segundos percebeu que aqueles olhos vermelhos basicamente o atravessavam, fixos nele de tal maneira que o Uchiha chegou a ficar constrangido. Naquele momento, Sasuke Uchiha teve certeza de uma coisa: não havia escapatória. Eles descobriram, e mais cedo do que ele gostaria.

"Uchiha Sasuke-san, certo? Eu sou Kurenai Yuuhi, diretora geral do Instituto de Biotecnologia. Mas você provavelmente já sabe disso. Precisamos conversar, então por favor me acompanhe.", ela falou, com uma voz suave, baixa e polida que quase o fez acreditar que aquela mulher não planejava algo de muito ruim.

Sem dizer uma palavra ele a seguiu, e sem hesitar também. Embora tremesse por dentro de medo do que estava por vir, ele não saiu da sua postura firme e decidida nem por um minuto, acalentando a possibilidade de que o canivete pudesse ajudar caso decidissem matá-lo.

Quando chegou na sala da diretora, encontrou-a vazia. Então eram apenas os dois. Ela ordenou que se sentasse, e ele o fez, desconfortável na cadeira de couro, que agora parecia muito mais uma cadeira própria para lobotomia. Suprimiu a vontade de perguntar onde estariam as amarras e o médico para fazer o procedimento, ou se ela mesma o faria, mas se conteve e foi estritamente profissional: "e então, sobre o que a senhora deseja falar?"

"Aceita um café?", Kurenai ofereceu. Claro, e quantas doses de veneno vocês colocaram nele?, Sasuke pensou. A mulher sussurrou. "Uchiha-san, entenda minha posição, eu não quero ter que fazer isso nem nada, mas estou realmente numa posição complicada. Você, ontem à noite, invadiu o quarto andar e uma sala de pesquisa."

"Eu não invadi, tecnicamente falando, estava usando o cartão do Lee."

"Que seja. A questão é que você não estava autorizado a entrar, e por isso, eu fui avisada e estamos tendo essa conversa agora."

"Mas antes eu gostaria de saber algumas coisas: por que o Lee estava trancado naquela sala sem memória alguma? E por que vocês mentiram dizendo que o quarto andar está em reforma quando na verdade está sustentando uma pesquisa secreta que não foi listada na lista de pesquisas do Instituto de Biotecnologia?"

Kurenai congelou, por um instante, sem demonstrar nenhuma emoção no rosto. "Eu infelizmente não tenho autorização para falar sobre isso."

"E você tem autorização para falar sobre o fato de o desaparecimento do Lee não ter sido registrado como queixa na polícia?"


Notas Finais


TURN DOWN FOR WHAT


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