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História A Cullen - A outra parte da família


Escrita por: Manu_Tavares e MT_Fanfics

Capítulo 24 - A outra parte da família


Fanfic / Fanfiction A Cullen - A outra parte da família

Desde que contou a Carlisle que achava que uma loba era vidente, Laybe havia percebido que ele estava negligenciando seu estado mental, não que ele estivesse realmente bom, mas ele achava que ela podia estar delirando ao lidar com uma situação pós-traumática.

Domingo de manhã Laybe havia deixado a casa dos Cullen, sabia que Carlisle tinha um plantão naquele dia e viu nele sua maior vantagem de sair à procura daquela loba.

O primeiro lugar que lhe parecia óbvio procurar, foi na matilha. Laybe achou que pudesse ter se enganado e que aquela loba fosse um dos membros da matilha.

Renesmee e Jacob não estavam com Sam quando Laybe chegou. Ela foi bem-recebida pelo líder, que a chamou para entrar e comer os famosos biscoitos de Emily que seus irmãos amavam.

— Não precisava se incomodar, Emily — Laybe disse quando a viu se aproximar com uma bandeja de biscoitos, leite e dois copos.

— Modesta como sempre, vou deixá-los à sós, se precisarem de mim estarei na cozinha — Emily disse e se retirou para onde havia dito que iria.

Sam serviu seu copo e o de Laybe e após dar o primeiro gole, Laybe iniciou a conversa que queria ter com ele.

— Sam, eu conheci uma loba há séculos. Ela havia me dito o que aconteceria comigo no futuro pelas minhas decisões da época, inicialmente eu não acreditei porque não tinha crença de que uma loba pudesse ser uma vidente, só que mais à frente, eu mesma vi o futuro e tive que tomar uma decisão contrária. Como se passaram séculos, achei que ela tivesse morrido, mas recentemente ela apareceu e tentou entrar em contato comigo. Eu preciso achar ela pra saber porque ela voltou e o que ela queria me dizer. Também estou curiosa sobre a origem dela. Ela também se comunica como os lobos e apesar de tudo, é muito jovem.

Sam colocou seu copo na mesa de centro, apoiou seus cotovelos nas pernas e entrelaçou seus dedos, a descrição que Laybe havia feito era similar à umas das lendas da tribo que nunca era contada, isso porque só era passada de um líder para o outro.

— Você sabe de algo? — Laybe percebeu sua inquietação, estava ansiosa pra saber o que ele sabia, qualquer coisa a ajudaria.

— Não sei se é a mesma pessoa, mas na fundação dos Quileutes, havia uma loba com dons que a permitia ver o que estava por vir muito especificamente. Ela era ômega do grupo, sempre cuidava dos mais novos e também orientava seu parceiro, o Paul. Se ela ainda estivesse viva, ela seria sua tia. Porém, a matilha inteira foi morta no ataque dos Volturi quando você nasceu, não tem como ela estar viva — Sam contou o que sabia, de acordo ele sabia, todos que estavam lá naquele dia foram mortos, sendo assim, aquela ômega também.

— Há algum registro que comprove isso? Acharam o corpo dela? Os corpos dos lobos foram achados e enterrados, não é mesmo? Onde? — Laybe se negava a acreditar que aquela mulher estava morta, se ela estivesse, queria dizer que outra pessoa que havia aparecido para ela e sua procura voltaria do zero e dessa vez, sem fundamento.

— Na fronteira tem uma entrada secreta ao santuário marcada por duas árvores, cada uma de um lado de uma rocha grande. Empurre a pedra e tire o mato grosso que cobrir o chão, terá uma toca pequena, mas que dá pra passar,  pode entrar lá. Se ela está morta, deve haver um túmulo — Sam falou baixo, parecia algo tão secreto que não queria nem que Emily ouvisse.

— Já pisou em solo sagrado dos lobos? — Laybe sabia que toda matilha tinha um, mas de acordo conhecia, elas ficaram perdidas no tempo.

— Segredos de alfa, sempre sabemos toda nossa história, mas não são todas que podemos contar. Como parece ser importante e eu te devo um favor, um segredo desses compensa ter salvo minha vida  —Sam disse em tom de brincadeira, arrancando um sorriso de Laybe.

— À altura! — Disse entre um riso — Muito obrigada, de verdade!

Sam assentiu. Laybe terminou seu lanche, se despediu de Emily e foi onde havia sido designada. Na fronteira entre os territórios, havia duas árvores grandes com destaque entre as outras árvores. Diferente do que Sam havia dito, a entrada para a toca não estava escondida, isso fez algo se passar na mente de Laybe.

Ela deve estar aqui!

Laybe entrou por aquela toca, descendo pra uma parte que estava submersa na terra. Quando saiu daquele mini túnel, se levantou do chão de onde caíra. Ali era realmente solo sagrado, havia vários túmulos marcados por pedras com o nome e ano de nascimento e falecimento de quem estava enterrado.

A procura de Laybe seria grande se algo não tivesse facilitado seu trabalho: havia alguém de capuz marrom em um túmulo carregando flores em mãos. Ela se aproximaria silenciosamente, mas aquela pessoa parecia já ter percebido sua presença.

— Sabia que a Rosa da Primavera era a flor favorita da Hame? — A voz era feminina, melhor, era a mesma voz de antes — Hoje em dia ela é uma orquídea muito rara, mas ainda tento trazer para ela todos os anos.

A mulher se abaixou deixando as flores no túmulo e logo se pôs de pé novamente. Baixou o capuz e então virou-se.

— É você mesmo… — Por mais que acreditasse que era a mesma pessoa, ter essa certeza era totalmente diferente de ver com seus próprios olhos.

— Acho que agora nos conhecemos oficialmente, devo chamá-la de Laybe Cullen ou Wolf? — Ela sorriu, um sorriso sereno carregado de uma tranquilidade que fez Laybe lembrar de algo que estava enterrado em um lugar muito escuro de sua mente.

Ainda em sua infância, Laybe conheceu aquela mulher. Ela lhe contava história sobre os Quileutes e sobre os Volturi, foi assim que Laybe descobriu que aquela lembrança breve que tinha de sua mãe não era um sonho, e sim a primeira e única vez que a viu, quando Hame deu à luz.

Apesar de Aro suprir todas necessidades de Laybe quando a levou consigo, quanto mais os anos passavam, mais descontrolada Laybe ficava, o acúmulo de sentimentos dentro de si era de forma humana, então se frustrava facilmente, mas sua resistência vampiresca permitiu que ela não surtasse. Naqueles dias sombrios, aquela mulher era quem lhe fazia companhia e ajudou a se controlar ainda bem pequena, aquela memória quase foi perdida pelos séculos de idade que Laybe tinha.

— Nunca fui assumida como membro da tribo, então não sou uma Wolf, herdei o sobrenome do meu pai, Cullen.

— Você tinha um destino a seguir. Foi criada por vampiros, tinha que traçar a linha que sua vida estava destinada. Mas agora, a Edwin e você não são mais uma só, é questão de tempo para que seu sangue híbrido mostre a você quem realmente você é.

O que aquela mulher dizia não parecia fazer sentido algum. Laybe já havia vivido séculos e mais séculos, para ela, ela sabia exatamente quem era, conhecia suas fraquezas e também seus pontos fortes — ou ao menos assim ela pensava.

— Laybe, você realmente acha que é tudo uma coincidência? Seu nascimento, seu imprinting, sua filha e até mesmo agora, o nosso reencontro? — Ela perguntou, seu rosto passava uma seriedade que só podia significar que não, nada era coincidência.

— Se não for coincidência, o que é então? — A voz de Laybe carregava agora certa preocupação.

— Precisa voltar para a tribo Wolf, precisa redescobrir seu próprio sangue Quileute!

A mulher virou de costas tirando seus cabelos de seu pescoço e deixando à mostra o mesmo símbolo que Laybe ganhou quando fez sua ligação para cortar os laços.

— Está disposta? — A mulher não se virou, mas virou seu rosto de lado para botar o movimento da outra.

Laybe olhou para o lugar onde havia entrado. Vendo a hesitação da híbrida, a mulher tornou a seguir mais adentro daquele santuário.

Mesmo que ainda estivesse em dúvida, Laybe decidiu seguir aquela pessoa que mal conhecia.

— Qual seu nome? — Perguntou enquanto aumentava seus passos para acompanhá-la.

— Madley Wolf, fui a ômega do Paul, o primeiro Alfa da matilha. Pode me chamar de tia se quiser — Respondeu com um tom de graça.

Era um pouco inacreditável para Laybe, se ela fosse mesmo esposa de seu tio, era mais velha que ela, e sendo assim, como sobreviveu tanto tempo e manteve tal aparência? Com tantas dúvidas em mente, só podiam ser esclarecidas de uma única forma: seguindo aquela loba.



Passado algumas horas, Carlisle voltou de seu plantão e não encontrou Laybe em casa.

— Laybe? — Ele começou a chamá-la quando entrou nos cômodos e não a achou — Laybe!

Disse mais alto, mas não obteve uma resposta. Temendo que tivesse desaparecido, Carlisle voltou ao seu quarto que era onde Laybe passava a maior parte, na cama, havia um bilhete escrito.

"Fui procurar a loba vidente. Não se preocupe, ficarei bem, preciso saber o que ela tem a me dizer, desculpe-me por não me despedir".

Leu mentalmente. A única coisa que conseguia pensar, era que Laybe talvez estivesse encrencada. Sem muitas opções, Carlisle decidiu chamar seus membros da família.



Alice e Jasper estavam fazendo uma trilha pela floresta, um pano estava forrado no chão onde estavam deitados, Alice se apoiava no leito de seu parceiro.

Aquele instante íntimo dos dois foi interrompido quando o celular de Alice tocou, ela atendeu no segundo toque.

— Carlisle? — Disse ao atender seu aparelho.

— Alice, a Laybe foi atrás da mulher que viu na floresta. Não faço ideia de como ela está e devido ao que vi antes, me preocupo que ela não esteja em seu estado são! — Carlisle estava um pouco agitado.

— Estamos indo! — Alice disse já se pondo de pé e encerrou a ligação.

— A Laybe desapareceu? — Jasper se levantou acompanhando Alice.

— Aparentemente ela foi numa missão maluca! — Começou a sair de onde estava e descer as montanhas.

— Por que suas emoções estão tão agitadas? — Jasper não fez de propósito, mas a agitação de Alice estava anormal — O que Carlisle quis dizer com "estado são"?

— Eu não sei, tá bom? — Alice virou para lhe responder, mas não olhou em seus olhos.

Ela voltou a caminhar, mas notou que Jasper não a seguia.

— Alice — Disse calmamente e Alice parou, mas não recuou para vê-lo — você está mentindo? O que está escondendo?

Alice permaneceu em silêncio.

— Você nunca mentiu pra mim, há algo que queria me contar? — Perguntou após tirar a conclusão de que Alice havia guardado alguma coisa somente para si, então veio em sua mente um dia em que ela não estava com ele — Viu o Carlisle outro dia? O que ele te disse?

Novamente Alice permaneceu intacta, calada.

— A Laybe estava demonstrando sinais de delírios e eu não consigo mais ver seu futuro. Na verdade, é o mesmo que sinto quando tento ver o futuro de um lobo, fica tudo escuro mostrando somente sua transformação — Ela abriu o jogo e foi sincera.

— Você… Por que não me disse? Eu teria ido ajudá-la!

— Por isso não disse nada. Olha só pra você, você surta e só pensa nela quando acontece qualquer coisa. E eu, Jasper? Finge não ver como me magoa ou se afastou tanto de mim que não me conhece mais? — A voz dela tremeu, havia verdade e insegurança em sua voz.

— Está com ciúmes da Laybe? — Sua voz saiu incrédula — A Bella eu até entendo porque do passado deles dois, mas você, Alice? Me escondeu o estado da Laybe por ciúmes?

— Quem é você pra falar sobre esconder, Jasper? Você voltou a usar aquele símbolo proibido para falar com a Edwin, sabe que isso é errado, foi proibido para manter as forças de energias diferentes separadas, mas você voltou a usá-la e não me contou! — Devolveu a acusação.

Jasper deu dois passos para trás.

— Não vou cair nessa, Alice. Está tentando justificar os seus erros pelos meus e só pra você saber, nem precisamos usar o símbolo, a Edwin não me contatou.

Algo nos olhos de Alice a entregou como se dissesse "foi porque eu não deixei". Notando sua frase silenciosa em sua expressão, Jasper se sentiu realmente decepcionado.

— Prever o futuro, claro que quando ela me contasse você ia ver e ia impedir que isso acontecesse! — Deu de ombros com total decepção.

— Jasper, espera!

Ele seguiu um caminho contrário do qual estava fazendo.

— Não, Alice! — virou somente para dizer — Você foi longe demais dessa vez. A Laybe é parte da família, já devia saber disso, devia protegê-la como faria por qualquer um de nós, mas tudo que você fez foi deixar que ela seguisse para um caminho que só você poderia ver.

Ela decidiu não segui-lo e rapidamente, ele desapareceu após alguns passos.

Alice ficou um tempo pensativa, até lembrar que Carlisle precisava de sua ajuda e seguir de volta pra casa o mais rápido possível, mesmo que naquele momento não quisesse encarar Jasper.



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