1. Spirit Fanfics >
  2. A Destruição do Olimpo >
  3. Noite no Chalé de Hades.

História A Destruição do Olimpo - Noite no Chalé de Hades.


Escrita por: MiniNicc

Notas do Autor


Boa leitura, amores!!!!!!

Edit1: Foto meramente ilustrativa de Hades, o Deus do Submundo e de todas as Trevas. E o seu Cão Infernal e Guardião do Mundo Inferior, Cérbero.

Edit2: Link da música entoada pela sereia https://www.youtube.com/watch?v=tPLodwT58nE NOME: MY JOLLY SAILOR BOLD :)) é uma das músicas mais hipnotizantes e incríveis que eu já ouvi na vida, bem sereia e bem característica. Escutem que vcs vão amar
Edit3: O desenho feito por Kael: https://i.pinimg.com/originals/a4/93/dd/a493dd952286db632f446439fc7dde1c.png

Capítulo 17 - Noite no Chalé de Hades.


Fanfic / Fanfiction A Destruição do Olimpo - Noite no Chalé de Hades.

 

Quando Nimuë estava chegando perto do seu Chalé, pensou ter escutado um barulho. Então parou, olhou para os lados, para trás. Nada. Deveria ser coisa da sua imaginação. Porém, assim que se virou para frente a fim de subir as escadas e entrar no Chalé, deu de cara com ele. Ele mesmo. Kael  di Maggio. O Filho do Deus da Morte, das Sombras e das Trevas. Fazia sentido até, que ele tivesse o poder de se materializar na sua frente a partir do absoluto nada. Como se tivesse viajado pelas sombras. Deveria ser alguma habilidade de semideus que ele herdara do seu pai. Mas mesmo tendo consciência disso a sereia sacerdotisa de Cathlon não conseguiu evitar o susto que levara, juntamente com um mini ataque cardíaco. Quase deu um grito.

Di Maggio apenas abriu um sorriso metido e lhe encarou. Porém os olhos ainda estavam profundos, negros e exalando escuridão. Bem como um Filho de Hades deveria ser. A sereia só não sentiu medo porque confiava nele. Algo dentro de si fazia com que ela se sentisse tranquila e bem na sua presença, ao invés de se sentir ameaçada e intimidada como qualquer outra pessoa provavelmente sentiria.

— Você quase me matou de susto! — ela falou, com a voz falhada. Kael riu baixinho, e deu um passo na sua direção. Nimuë levantou o queixo na sua direção, com o coração acelerado e a respiração começando a desregular.

Ele fez o mesmo que tinha feito no Anfiteatro, hoje mais cedo, após o campeonato em que se sagrara campeão. Pegou uma mecha loira que teimava em cair sobre sua testa e seu rosto, e a levou para trás da orelha. Fazendo carinho na sua bochecha, e encarando seus olhos verdes com um sorriso no rosto.

— Foi mal, princesa. — falou, usando o apelido que tinha criado para ela. Nimuë sorriu lembrando-se de que no início tinha odiado que ele lhe chamasse assim. Mas agora que se acostumara até gostava. Era um gesto carinhoso e íntimo, misturado com o deboche característico dele. A própria definição da personalidade de Kael  di Maggio, Nimuë pensou.

— O que você tá fazendo aqui? — ela perguntou, segurando a mão dele que ainda estava no seu rosto.

— Não é obvio? — ele perguntou, com a voz aveludada. Nimuë por pouco não sentiu as pernas fraquejarem completamente. Por pouco não se jogou nos braços fortes dele, e lhe beijou. Teve que se controlar muito para não faze-lo. Até porque o corte no supercílio dele muito provavelmente significava que tinha apanhado do seu irmão. Que tinha sido repreendido pela cena na Floresta. Irmão esse que poderia aparecer por ali a qualquer momento, e terminar de finalizar o trabalho sujo. Ela estava com medo por Kael. Não queria vê-lo machucado por sua causa. Mas também não queria que ele fosse embora. Pelo contrário, queria sua companhia pelo resto da noite.

Nimuë ouviu, ao longe, o som que anunciava o fim da festa. O fim do evento. Era basicamente uma buzina, ou um alarme agudo que soava por 1 minuto ininterruptamente. Exatamente às 3 horas da manhã. Para enviar todos os campistas de volta aos seus respectivos Chalés, visto que no dia seguinte ocorreriam aulas, treinamentos e atividades curriculares de forma normal. E então Nimuë se ligou. Se a festa tinha acabado, então Percy e Annabeth estavam voltando. Chegariam ali em menos de 5 minutos, e a encontrariam com Kael na porta de casa. Desnecessário dizer o porquê isso seria um desastre.

— Você precisa ir. Percy deve estar voltando já — Nimuë falou para o Filho de Hades, que estava mais perto de si do que antes. Ele lentamente pousou a mão na lateral do seu pescoço, por baixo do cabelo. Fazendo a sereia se arrepiar novamente. Nimuë o olhou, sem compreender porque ele não se mexera. Percy não podia encontrá-lo ali de jeito nenhum.

— Vem comigo! — Kael falou, lhe olhando. Nimuë arqueou as sobrancelhas loiras. Sem entender se tinha escutado direito.

— O quê? Pro seu Chalé? — perguntou, confusa. E envergonhada. Sabia o que ele estava sugerindo. E só a ideia de ir para a cama com um cara mais velho, mais experiente e extremamente gostoso como Di Maggio já fez seu coração acelerar. E sua respiração ficar descompassada. Por mais que Nimuë sempre brincasse e flertasse de forma descontraída e confiante, falando sobre ser gostosa e esse tipo de coisa, ainda sim eram só brincadeiras. Até porque ela era virgem. Era inexperiente e completamente leiga nesse assunto. Não podia simplesmente, de uma hora pra outra, se entregar para um garoto que mal conhecia. Por mais que confiasse nele. Ainda não estava pronta para isso. E se ela fizesse algo de errado na hora H? Meu Deus, Nimuë pensou.

— Eu posso dormir no sofá, não se preocupe — Di Maggio lhe respondeu sorrindo, depois de perceber sua hesitação. Queria deixar claro que aquele era um convite inocente, e não aconteceria nada que ela não quisesse. Nada que não estivesse preparada. E pelo olhar de pavor que ela lhe lançara era bem provável que ainda fosse virgem, Kael constatou. As bochechas dela ficaram levemente avermelhadas com sua afirmação, e o Filho de Hades sentiu vontade de rir. Sentiu vontade de lhe encher de beijos, e lhe confortar. Ela era muito fofa. Muito princesa.

Eu posso dormir no sofá, ele tinha dito. Isso significava o quê? Que não iria rolar nada? Pelo menos não se ela não quisesse né. Porque se quisesse Nimuë tinha certeza que ele transaria com ela sem nem pensar duas vezes. Afinal, Di Maggio era homem. Experiente, com um vasto conhecimento sobre esses assuntos. Para ele sexo deveria ser algo de rotina, algo costumeiro. Do dia a dia. Mas para ela ainda seria o evento da sua vida. O momento mais íntimo que já tivera antes.

Segundos depois a sereia respirou fundo, e encarou os olhos escuros de Kael à sua frente. Pensou sobre a proposta dele. De ir para o Chalé de Hades. E se Percy descobrisse? Kael já tinha apanhado só por sequer tentar beijá-la. O que seu irmão faria se descobrisse que ela passou a noite ao lado dele?

— Você adora quebrar as regras, não é? — ela perguntou por fim, com uma expressão sugestiva no rosto. Di Maggio sorriu de uma forma maliciosa, e ajeitou o seu talismã em forma de colar no pescoço. Nimuë já tinha percebido que ele tinha mania de fazer isso, já que estava sempre o usando. Era a conexão dele com o Mundo Inferior.

— E você é a princesinha que cumpre todas elas? — ele questionou, de forma provocativa. A filha de Poseidon sabia que ela estava lhe manipulando através da provocação. Ele queria que ela descumprisse as regras só para lhe provar que não era menina certinha. A menina que sempre segue todos os protocolos. Droga, ela pensou. E revirou os olhos. Di Maggio sorriu ao ver que tinha ganhado.  

— Então se esconde por aqui, bonitão. Eu vou entrar, pegar umas roupas e trancar a porta do meu quarto — ela bradou as ordens de forma imperativa e autoritária. E correu para dentro do Chalé de Poseidon. Se iria mesmo fazer isso então precisava sair dali antes que Percy desse sinal de vida.

Nimuë entrou no seu quarto, retirou de dentro do armário uma bolsa preta simples. De pano. Dentro dela colocou uma blusa de manga comprida porque o clima estava relativamente frio, e uma calça de moletom confortável. Pegou também uma calcinha e um sutiã limpinhos, para colocar depois que tomasse um banho. Enfiou na bolsa mais alguns acessórios e pertences, e por fim retirou a chave da parte interna da porta. Fechou e trancou pela parte de fora, rezando para que Percy simplesmente assumisse que ela já estava dormindo. Voltou a parte de fora do Chalé de Poseidon enquanto pendurava o cordão com a chave no pescoço, e procurou por Kael.

Ele realmente tinha levado a sério o que ela falara sobre se esconder. Nimuë olhou para os dois lados e não o encontrou. Para frente. Nada. Porém meio segundo depois sentiu, atrás de si, duas mãos geladas materializando-se na sua cintura. Ela deu um gritinho novamente, e virou-se de supetão para trás. Encontrou o sorriso debochado dele, como de costume. Ela lhe deu um tapinha de leve no braço, que só o fez rir mais ainda.

— Você tem que parar com isso, seja lá o que isso for — ela falou, referindo-se ao fato dele conseguir se camuflar perfeitamente no meio da escuridão. Com certeza era um dos seus poderes de semideus Filho de Hades, mas ainda sim era assustador. Ele lhe puxou de encontro a si, pela cintura. Nimuë colocou ambas as mãos no seu peito, e Kael se limitou a lhe dar um beijo carinhoso na testa. Não queria passar dos limites com ela. Não de novo.

— Pronta? — ele perguntou, fixando seus olhos nos dela. Nimuë sorriu, e assentiu positivamente.

Di Maggio colocou um dos seus braços por cima dos ombros da Filha de Poseidon, e a abraçou lateralmente enquanto lhe conduzia em direção ao Chalé de Hades. A sereia acabou rendendo-se, e descansou a cabeça no ombro dele enquanto andavam pela Floresta. Incrível a forma que ela sentia-se segura ao lado dela. A forma que sentia-se completa.

Quem os visse de longe assim, abraçados e envoltos por uma conexão tão gostosa e grandiosa, jamais acreditaria que ambos se conheciam há apenas dois dias. Jamais.

Mas é aquilo né...

 

Nada, e nem ninguém, consegue impedir um amor destinado a acontecer.

 

-#-

 

O Chalé de Hades ficava localizado na extremidade oeste do Acampamento Meio-Sangue, afastado de todos os outros. Tanto é que Nimuë já tinha passado diversas vezes pelo corredor dos Chalés mais comuns, e nunca sequer tinha visto o Chalé patronado pelo Deus do Mundo Inferior. Até mesmo no Chalé número 1, de Zeus, Nimuë já tinha dado uma conferida. Ele era exatamente o oposto do Chalé em que Kael morava. Enquanto o de Zeus era uma grande caixa de mármore branco, com pesadas colunas imitando templos gregos, o de Hades consistia-se em uma abadia sólida feita de paredes completamente pretas.

Não haviam janelas. Pelo menos não na parte frontal. E bem na entrada, iluminando a passarela que dava acesso à porta principal, duas tochas queimavam fogo grego. Nimuë olhou para Di Maggio com uma expressão intrigada, e ele riu em resposta.

— Você esperava o quê? — o Flho de Hades perguntou, dando de ombros. A sereia parou em frente a grandiosa porta principal, e encarou a grande caveira que estava pendurada bem no meio dela. Ou era um crânio?

— Só me diz que você não dorme de cabeça pra baixo em algum galho igual aqueles morcegos bizarros — ela debochou, referindo-se aos filmes hollywoodianos. Di Maggio parou de sorrir, e a encarou com a expressão o mais séria possível. Nimuë ficou assustada por alguns segundos. Será que tinha lhe ofendido?

— Claro que não! Tá louca? — ele perguntou. Nimuë arregalou os olhos.

— Eu durmo em um caixão, igual o Drácula. — ele falou, por fim, fazendo uma careta. Aff, ela pensou enquanto ria. Que garoto idiota. Di Maggio viu a sereia soltar uma risada tão gostosa e espontânea que teve vontade de beijá-la ali mesmo.

— Você é um palhaço — ela falou, ajeitando o cabelo loiro para trás das costas.

— Fique à vontade, princesa — ele gesticulou para dentro do Chalé assim que destrancou a grandiosa porta preta. A luz lá dentro se acendeu automaticamente, como por sensor. Nimuë entrou primeiro que ele, e observou bem o local em que estava.

Diferentemente do Chalé de Poseidon que possuía três ambientes, seu quarto, o quarto de Percy e uma sala comum, ali era um espaço só. Apesar da decoração ser toda preta e escura, os móveis eram feitos de mogno polido e moderno. Dando uma aparência bem bonita e moderna ao local. A parte mais ao norte do Chalé consistia-se basicamente em uma sala, com sofá, televisão e um carpete de veludo. E o quarto ficava ao sul, perto da entrada. A cama era enorme, revestida com lençóis e cobertas vermelhas.

Um pouco mais ao lado tinha um local peculiar, que chamou atenção da sereia. Parecia um santuário dedicado a Hades, com diversos ossos e joias espalhados ao redor. E uma grande lareira no meio, exalando um calor intenso. Ela se aproximou lentamente, como se estivesse sendo atraída por um ímã magnético. Quando estava prestes a encostar no mogno que revestia a lareira, a voz de Kael lhe tirou do transe.

— Eu não tocaria nisso! — ele alertou, apoiado na parede ao lado. Nimuë o olhou.

— Porque? — ela questionou, curiosa. Kael fez uma careta engraçada.

— Se você quer bater um papo com o meu pai essa hora da madrugada vai em frente. Senão é melhor deixá-lo quietinho _comentou, sorrindo. Por ali, naquele portal feito de fogo grego, Di Maggio conseguia comunicar-se diretamente com o Mundo Inferior. E também era possível invocar aos mortos. Nimuë continuou encarando a lareira, como se estivesse fascinada. Pensou sobre Hades. O Deus dos Mortos, o Rei do Mundo Inferior, patrono das Sombras e de todas as Trevas.

— Você acha que ele me odeia? — a sereia perguntou de repente, pegando Kael de surpresa. Porque será que ela queria saber isso? 

— Hades? — Di Maggio questionou, só para ter certeza de que era essa sua dúvida. Se aproximou lentamente dela.

— Meu tio! — Nimuë respondeu lhe encarando. Kael não ligava muito para isso de parentesco entre os Deuses. Se fossem realmente considerar a árvore genealógica ao pé da letra então a maioria dos campistas eram parentes. Ele próprio era primo de 1° grau de Nimuë e Percy, por serem filhos de Poseidon. E primo de 2° grau de absolutamente todos os filhos de Zeus. Ares, e seus filhos. A própria Perséfone, que atualmente era sua madrasta. Afrodite, e suas filhas. Também era parente de Hermes e, consequentemente, de todos os seus mais de 30 filhos. Chegava a ser cansativo. Por isso ele preferia ignorar. A única família que considerava realmente sua estava morta. Sua mãe, Maria Di Maggio. E sua irmã, Grace. O que restava delas eram apenas lembranças, e um desenho que ele mesmo tinha feito há anos atrás.

— Ele odeia a si mesmo — Kael lhe respondeu, enquanto pensava em Hades. Era difícil descrevê-lo de uma forma amorosa e paternalista. Apesar de saber que seu pai sempre estava lhe protegendo e lhe cuidando e isso por si só já fosse um sinal de amor, ainda sim era difícil. O Deus da Morte tinha uma personalidade extremamente forte, relacionada quase sempre a maldade, escuridão, crueldade. Não é à toa que ele possui o nome mais temido de toda a Mitologia Grega.

— E em consequência disso acaba odiando todas as outras pessoas também. Não é só você! — Di Maggio finalizou, tentando amenizar a situação. Nunca chegara a parar pra pensar se Hades realmente teria um ódio maior de Nimuë em si. Por causa da Profecia. Talvez sim, e muito provável seria capaz de enviar monstros para matá-la da forma mais cruel e fria possível. Ele já tinha feito isso com Percy Jackson antes, que escapara. E também já tinha feito o mesmo com Thalia Grace, filha de Zeus. Esta, diferentemente do Filho de Poseidon, acabou falecendo nas mãos das Três Fúrias do Mundo Inferior, e de um exército de cães infernais. Enviados, obviamente, por um Hades vingativo que só queria atacar o irmão Todo-Poderoso do Olimpo. Isso sim que era uma boa relação de família, Kael debochou mentalmente.

— Pelo menos aqui dentro nenhum deles pode nos machucar — Nimuë falou pensativa, referindo-se aos Três Grandes Deuses. Ela estivera quieta, mas obviamente seguira a sua mesma linha de raciocínio. Kael riu do momento depressivo que tinha se abatido sobre os dois. Ela balançou os cachos loiros para afastar os pensamentos obscuros também, e encarou Kael a sua frente.

— Eu vou tomar um banho! — ela falou de repente, lembrando-se que ainda não tinha ido. Na verdade tinha tomado banho antes da festa na fogueira, mas ainda sim recusava-se a ir dormir sem pelo menos mais uma ducha. Kael arqueou as sobrancelhas.

— Isso é um convite? — ele perguntou, sugestivamente e com um sorriso safado no rosto. A sereia mordeu o lábio inferior, travando uma risada. 

— Você não cansa de ser abusado assim? — ela o questionou para disfarçar o quanto ficara tentada com a sugestão. Foi em direção a sua cama, e jogou a bolsa preta que estava carregando. Retirou a blusa de manga comprida que trouxera para vestir, juntamente com uma calça de moletom.

— Na verdade não — Kael respondeu, lá atrás. E depois jogou-se na cama, colocando ambos os braços para trás da cabeça como apoio. A sereia ficou lhe observando por alguns segundos, hipnotizada e chocada com o fato dele ser atraente de uma forma tão natural. Sem nem se esforçar.

— Faz um café! — ela falou, antes de se dirigir ao banheiro.

— Café? As 3h da manhã? — Di Maggio lhe perguntou, de cima da cama.

— Ué, tem regra pra isso? E mesmo se tiver, não foi você quem disse que deveríamos quebrá-las? — ela retrucou de forma inteligente e astuta. Di Maggio riu, tendo que concordar com ela.

— Forte ou fraco, Alteza? — ele debochou, levantando-se da cama.

— Forte. Talvez a gente precise! — ela respondeu da forma mais safada e sugestiva que pôde, e fechou a porta do banheiro rapidamente. Não queria ver a reação dele. Nem sabia o porquê tinha falado isso. Estava com medo de transar com ele, e ainda sim tinha lhe provocado? Qual é o seu problema Nimuë, ela se perguntou. Sua idiota.

Ligou o chuveiro e tomou uma ducha rápida para tirar os resquícios de suor, terra e cinzas da Grande Fogueira. Não lavou os cabelos porque eles estavam limpos e perfeitamente ondulados, como ela gostava. Deixou a água lavar somente suas preocupações, tudo o que tinha acontecido durante esse dia longo e exaustivo. Nimuë fechou os olhos. O contato da água na sua pele lhe relembrava do fundo do Oceano. Lhe relembrava de seu lar afundado. Sua cidade. A filha de Poseidon trouxe para sua voz uma música que Mayda, a sereia-anciã, tinha lhe ensinado quando ainda era criança. Era sua canção preferida, e Nimuë chegou até a chorar enquanto entoava a melodia.

 

Upon one summer's morning
           I carefully did stray
             Down by the Walls of Wapping
             Where I met a sailor gay

 Conversing with a young lass
           Who seem'd to be in pain
              Saying: William, when you go
            I fear you'll ne'er return again

My heart is pierced by Cupid
          I disdain all glittering gold
            There is nothing can console me
           But my jolly sailor bold

 

Toda sereia anseia por um amor profundo como o Oceano, Nimuë praticamente ouviu a voz de sua mãe cantarolando ao pé do ouvido.

 


Notas Finais


GENTEEEE CORRE PRO PRÓXIMO QUE É A CONTINUAÇÃO. Era pra ter ido tudo num capítulo só mas ficou muito grande então resolvi dividir em dois.

Estão gostando???? Comentem comentemmmm


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...