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História A Destruição do Olimpo - Destruição do Olimpo.


Escrita por: MiniNicc

Notas do Autor


BOA LEITURA, AMORES!!!!

Edit1: Foto de Nimuë. E Kael di Maggio, logo abaixo.

-> GENTE FALA SÉRIO a Nimuë tem tantos titulos q me lembra facilmente a Daenerys Targaryen e seus 50 mil codinomes.
* Daenerys da Casa Targaryen, Primeira de seu Nome, Nascida da Tormenta, a Não-Queimada, Mãe dos Dragões, Quebradora de Correntes, Khaleesi dos Dothraki, Rainha de Westeros ETC (não acabava nunca né, sdds game of thrones)
* E a Nimuë é tipo Princesa Sacerdotisa de Cathlon, Filha das Águas, a segunda filha de Poseidon o Deus dos Mares e dos Oceanos, a Sereia que Nunca Foi, a Prometida pela Profecia...e por aí vamo kkkkkkkkkk to amando

Capítulo 19 - Destruição do Olimpo.


Fanfic / Fanfiction A Destruição do Olimpo - Destruição do Olimpo.

 

Harry Potter ainda não tinha nem capturado o pomo de ouro durante o seu primeiro jogo de Quadribol e Nimuë já estava dormindo. Tinha se aconchegado, sem perceber, no colo de Kael  di Maggio e aos poucos o sono foi lhe invadindo. Já passava das 4h da manhã, então era aceitável que ela tivesse dormido no meio do seu filme preferido. No meio do melhor filme e da melhor saga já criada na história do universo. Di Maggio viu quando a respiração da loirinha tornou-se regular, e em menos de cinco minutos ela fechou os olhos e desmaiou.

— Parece que o café não fez efeito. — ele falou baixinho para si mesmo, enquanto passava a parte externa do dedo no rostinho perfeito e adormecido dela. Ficou ali por mais alguns segundos, observando a perfeição da Filha de Poseidon. Até agora não conseguia acreditar que ela estava ali mesmo. Que tinham se beijado, e tido uma conexão incrível. Kael relembrou-se que prometera não se apaixonar por ela, e em qualquer outro momento da sua vida isso seria a coisa mais fácil do mundo. Afinal ele nunca tinha se apaixonado por ninguém antes. Nem sequer gostado. O único sentimento relacionado ao amor que já sentira na vida foi fraternal, por sua irmã Bianca. De resto somente se envolvia com quem tinha vontade, transava e deu. Nunca precisou se preocupar com nada disso, porque ninguém tinha lhe impressionado a esse ponto.

Mas agora era diferente e Nimuë era facilmente a garota mais incrível que ele já conhecera na vida. Como que não iria se apaixonar por ela se a maldita loirinha era linda, engraçada, determinada, inteligente, fofa e ainda possuía diversas outras qualidades marcantes. Fora que di Maggio ainda sentia uma vontade inexplicável de lhe proteger. De zelar pelo seu bem estar. Não sabia nem dizer de onde vinha essa sensação, e isso lhe apavorava. Mas o fato é que, provavelmente, se eles não se afastassem, ficaria cada vez mais difícil de lidar com todas essas sensações.

Kael desligou a televisão enquanto pensava nisso, levantou-se do sofá e foi até sua cama. Arrumou rapidamente as cobertas, os travesseiros e então voltou para buscá-la no sofá. Nimuë estava completamente apagada, e toda encolhida. O Filho de Hades não conseguiu evitar um sorriso ao ver aquela imagem. Ela ainda usava sua touca preta, e ficava incrivelmente mais linda assim.

Ele se abaixou perto dela, colocou ambas as mãos por baixo do seu corpo mirrado e pequeno e a levantou no colo sem dificuldade nenhuma. A Filha de Poseidon resmungou algo incompreensível, mas não se acordou. Apenas segurou-se no pescoço dele para não cair. Di Maggio a colocou na cama, e lhe tapou com as grossas cobertas avermelhadas. Ela resmungou mais alguma coisa, como se estivesse sonhando, e puxou as cobertas para mais perto de si. Di Maggio sorriu. Ela era um poço de fofura mesmo. Mas ele definitivamente precisava parar de pensar essas coisas. Precisava mesmo. O Filho de Hades, por fim, abaixou-se e deu um beijo na testa dela, coberta pela touca preta de lã.

— Boa noite, princesa! — falou antes de retornar para o sofá.

Na sua cama tinha espaço o suficiente para ambos deitarem, mas Di Maggio preferiu lhe dar privacidade. Ela dormiria melhor assim. Ele pegou dois travesseiros, uma coberta nova no armário e deitou-se no sofá para dormir. Desligou a luz. Acabou adormecendo em menos de 2 minutos, e não sonhou com absolutamente nada. Tamanho era seu cansaço do dia longo e exaustivo que ficara para trás.

 

-#-

 

Nimuë se acordou no susto. O sol já adentrava o Chalé de Hades, indicando que tinha amanhecido. Quanto tempo será que ela tinha dormido? Olhou para o relógio que estava ao lado da cama. Oito horas da manhã, em ponto. Sua cabeça latejava de dor de cabeça, e a barriga roncava de fome. Passou a mão pelos cabelos como tinha o costume de fazer logo de manhã, e os alinhou de uma forma que parecesse decente. Apresentável, no mínimo. Eles eram longos, louro-platinados e bem ondulados. Era uma das partes em si que Nimuë mais adorava. A segunda era seus olhos verdes, e por fim seus peitos bem desenhados e fartos. Eram suas características mais marcantes também, que definiam bem a sua aparência fisicamente falando. A Filha de Poseidon suspirou profundamente, se espreguiçou, esfregou as pálpebras, e olhou ao redor.

O Chalé estava quieto, e bem claro. Diferentemente da noite anterior, que Nimuë tivera a impressão daquele local ser recheado de escuridão. No canto norte do ambiente, Di Maggio ainda dormia. Nimuë levantou-se da cama e foi até lá lentamente. Ele estava deitado no sofá bem como tinha lhe prometido ontem, e parecia dormir de uma forma bem pesada. Nem se mexeu ou ouviu quando ela lhe chamou.

A filha de Poseidon lhe observou por mais alguns segundos, e sorriu com a visão. Depois acabou juntando suas coisas, enfiou suas roupas dentro da bolsa de pano preta que carregava e deixou o Chalé de Hades antes que Di Maggio acordasse. Já passava das oito horas da manhã e talvez Percy estivesse acordado, talvez já tivesse tentado bater na sua porta e percebera que ela não passara a noite em casa. Isso seria extremamente terrível, e ela estaria ferrada.

No meio do caminho para o Chalé de Poseidon, Nimuë sentiu sua barriga roncar. Roncar forte. Estava com fome. Percebeu que a última vez que tinha comido algo fora na festa da Fogueira, há horas atrás. Depois no máximo tinha tomado uma xícara de café. Precisava urgentemente de um café da manhã. Então ao invés de ir para casa, rumou em direção ao Pavilhão do Refeitório.

Nimuë tinha descoberto na noite anterior que, nos dias que tinham festas até de madrugada, as aulas no Acampamento Meio-Sangue começavam somente no período da tarde. Para que os campistas pudessem descansar e se recuperar pela manhã. O Refeitório ficava aberto para todos fazerem um lanche reforçado se assim quisessem, e outras partes recreativas do Acampamento como as quadras de vôlei e salões de arte. Então como ainda era bem cedo, ela teria bastante tempo para se recuperar da bebedeira e das loucuras da noite passada.

Ela aproximou-se do Refeitório, e percebeu que ele já estava lotado de diversos campistas e semideuses. Conversavam, comiam, riam. Nimuë deu uma última olhada em si mesma para ver se estava apresentável, e reparou que ainda usava a mesma calça de moletom cinza da noite passada. A mesma blusa preta de manga longa, justa ao corpo. Pendurada no ombro sua bolsa preta, e nos pés um mocassim confortável e discreto. Nada no seu look entregaria que tinha acabado de passar a noite fora de casa depois de uma festa. Então Nimuë respirou calmamente, e entrou no ambiente de cabeça erguia.

Como de costume algumas pessoas lhe olharam, mas dessa vez já não arregalavam os olhos como nos primeiros dias. Estavam se acostumando com a sua presença, por mais que ela ainda fosse forte. Sua presença ou sua imagem eram marcantes por inúmeros fatores. Sua aparência chamativa. O fato de ser a única filha mulher dos Três Grandes Deuses. O fato de ter seu nome envolvido em uma Profecia poderosa milenar, que falava sobre a Destruição do Olimpo. Nimuë não sabia dizer o que chamava mais atenção das pessoas. Porém, como de costume, ela os ignorou. Fingiu nem reparar os olhares, e dirigiu-se até a mesa do buffet.

As Caçadoras de Ártemis já estavam sentadas em uma das mesas, e acenaram para que a Filha de Poseidon se juntasse à elas. Nimuë serviu rapidamente um prato recheado de scrambled eggs, bacon e pãezinhos caseiros, e foi se sentar ao lado de Danna e Stela. A maioria das meninas já estavam ali, mas Nimuë sentiu falta da Primeira-Tenente. Onde será que Reyna tinha se metido?

— Bom dia, flor do dia! — Hunter, a garota de pele chocolate e cabelos brancos, lhe cumprimentou. Nimuë riu, e deu um sorriso caloroso para todas as Caçadoras.  Elas estavam em um papo animado sobre Reyna, rindo e fazendo especulações.

— Pelo menos alguém aproveitou bem o fim da festa né — Stela comentou, rindo. Nimuë arqueou as sobrancelhas, confusa. E também não pôde evitar um leve sobressalto e receio quando ouviu a fala da amiga. Era uma indireta que lhe servia, de fato. Seu fim de festa tinha sido no Chalé de Hades, e muito bem aproveitado. 

— O que aconteceu com Reyna? — a Filha de Poseidon perguntou, para entender qual era o rumo da conversa. E tirar os pensamentos sujos da cabeça.

— Ela não dormiu em casa ontem. Nós vimos ela na festa com Charles, um dos filhos de Hermes. Mas Stela tem certeza absoluta que ela foi embora com Ikrain — Danna explicou, em tom baixinho para que as outras mesas não escutassem.

— Ikrain? O sátiro? — Nimuë perguntou, incrédula. Ele era o seu protetor, inclusive. O Diretor do Acampamento, Sr Quíron, tinha lhe designado para lhe proteger até mesmo se Nimuë fosse sair em missões externas algum dia.

— Sim, ele é um gato né — Danna comentou, sorrindo e se abanando. Nimuë ficou mais confusa ainda. Ikrain era um sátiro. Um sátiro. A parte de baixo do corpo era de um animal, um bode. Será que ninguém estava com a mesma dúvida que ela?

— Tá mas, como que eles... ? — Nimuë teve que fazer a pergunta óbvia. As garotas lhe olharam, e começaram a rir.

— Ué, sátiros tem órgãos sexuais normais amiga. E inclusive dizem que eles são gigantes — Stela lhe respondeu de forma insinuante, e tornou a rir. Nimuë acompanhou a risada, tentando se distrair para não imaginar a cena entre Reyna e Ikrain.

Depois elas trocaram o assunto para falar sobre a Caça à Bandeira, que teria início no dia de hoje exatamente as 18h da noite. Nimuë tinha esquecido completamente disso. O evento começaria exatamente após o pôr do sol, e entraria noite e madrugada adentro se necessário fosse. Até a Equipe Vencedora achar a bandeira do outro time. Nimuë estava na Equipe Azul, assim como as Caçadoras de Ártemis. Seriam liderados e comandados por ninguém mais ninguém menos que Kael di Maggio. Sim, o filho de Hades. O garoto com quem Nimuë tinha feito altas putarias na noite anterior, e absolutamente ninguém sabia. Que beleza, ela pensou ironicamente. Tinha deixado ele chupar os seus peitos numa noite, e na outra ele seria seu comandante em um jogo sangrento e perigoso. Merda.

E já do outro lado, na Equipe Vermelha, a líder era Annabeth Chase. A filha de Atena e sua cunhada. Percy também integrava o time dela, e Nimuë teria que lutar contra ele se preciso fosse. Seria um momento e tanto. Ela tentou não ficar nervosa. Deixaria para se preocupar com isso mais tarde. Iria treinar um pouco com as Caçadoras após do almoço também, como de costume. Depois teria aula com o Sr Quíron. E pouco antes do início do jogo a Equipe Azul iria se reunir por pelo menos 30 minutos. De acordo com Hunter, Kael di Maggio iria repassar a todos as últimas estratégias e organizar as tarefas de cada um. Interessante, Nimuë chegou a pensar. Interessante ter que conviver com ele em público o tempo inteiro, justamente quando queria evitar isso ao máximo. Parecia obra do diabo. E uma ironia do caralho. Era o destino brincando consigo, só podia. 

— Você já ouviu as últimas fofocas? — Stela lhe perguntou, e algumas das Caçadoras se entreolharam. Nimuë balançou a cabeça, dizendo que não. Colocou um pedaço de pão e bacon na boca.

— Estão falando que Percy e o di Maggio brigaram na festa — Stela respondeu, e a Filha de Poseidon teve que fazer muito esforço para não se engasgar com a comida. Será que ela tinha escutado certo? Meu deus do céu.

— O quê? Brigaram? — Nimuë perguntou, torcendo para que sua surpresa soasse verdadeira. Stela não pareceu notar, nem Danna. Mas Hunter arqueou as sobrancelhas, fazendo uma cara investigativa estranha. Como se estivesse estudando sua reação.

— É. Ninguém sabe o motivo, ou se realmente é verdade. Você ficou sabendo de algo? — Danna perguntou, lhe olhando. Nimuë a encarou, sem entender.

— Eu? Porque eu saberia de algo? — a sereia questionou, incrédula novamente.

— Porque o Percy é seu irmão... — Stela explicou, de uma forma óbvia. Ah, merda merda merda. Nimuë estava praticamente se entregando. Era obvio que Percy era seu irmão e ela poderia saber de algo. Não estavam lhe perguntando aquilo porquê desconfiavam que ela estivesse envolvida. Se desconfiassem, do jeito que Danna e Stela eram explosivas, elas já tinham lhe perguntado logo de cara. Sem nem papas na língua. Nimuë tentou disfarçar comendo mais um pedaço de bacon, e dando de ombros.

— Ah, é que eu fui embora mais cedo da festa se lembram? Não sei de nada não, nem vi ele e Annabeth hoje ainda — ela falou, dando de ombros e mastigando.

— Queria saber qual foi o motivo. Minha curiosidade e meu espirito de fofoqueira ainda vão ser o motivo do meu colapso mental —Stela gemeu baixinho, revirando os olhos. Nimuë e as outras Caçadoras riram.

— Será que não foi por causa do Campeonato hoje mais cedo? — a Filha de Poseidon sugeriu algo que poderia ser plausível. Kael tinha derrotado Percy e ainda empurrara Annabeth, sua namorada, para um queda livre de mais de 20 metros. Isso em si, para muitos, já poderia ser motivo de briga.

— Ou coisa de homem normal. Competir pra ver quem é o melhor — Danna falou, e a sereia concordou mais rápido do que planejara. Era melhor encher a cabeça delas com essas coisas, do que dar margem para elas desconfiarem da verdade. A verdade era que Percy tinha batido em Kael por lhe flagrar tentando beijar sua irmã no meio da Floresta. E se sua irmã ainda fosse uma garota qualquer tudo bem, mas não. Era justamente a filha das águas citada na Profecia que premeditava a Destruição do Olimpo. E de Zeus. Se Stela pudesse ler seus pensamentos nesse exato momento, com certeza teria tido um colapso mental.

 Praticamente uma hora se passou desde que Nimuë tinha entrado no refeitório e se sentado ao lado de suas amigas, e ela até perdeu a noção do tempo. Estavam em um papo tão leve e tranquilo que Nimuë até esqueceu sobre a loucura que tinha sido seu dia anterior. Quando seu prato se esvaziou pela segunda vez, Nimuë se levantou e foi em direção ao buffet de novo. Iria pegar só mais um pouco de omelete e bacon. Enquanto se servia, ela conseguiu observar duas coisas diferentes. A primeira: seu irmão e Annabeth adentrando o refeitório pelo lado oeste. E a segunda: Kael di Maggio entrando no refeitório pelo lado norte. Exatamente ao mesmo tempo. Ótimo, Nimuë pensou. Tomara que fiquem o mais longe possível um do outro, antes que comecem a se pegar no pau de novo.

Para seu alívio, Percy e Annabeth se sentaram em uma mesa mais ao fundo e Kael foi até a mesa dos Filhos de do Deus da Guerra. O Filho de Hades reparou na sua loirinha se servindo no buffet mais ao centro do refeitório, e se esforçou para não sorrir. Sua loirinha sim, e ninguém lhe diria o contrário. Ela inclusive estava usando sua touca por cima dos cabelos platinados e ondulados de sereia. Essa garota era ousada, Di Maggio precisava admitir. Claro que a touca não entregava absolutamente nada sobre eles, mas ainda sim alguém poderia desconfiar. Até porque Nimuë não parecia o tipo de garota que tem uma touca masculina no seu próprio guarda roupa. A Filha de Poseidon trocou um olhar bem rápido com di Maggio antes dele ir se sentar, mas não conseguiu evitar o calafrio que atravessou seu corpo. Nunca se cansava do quanto ele era atraente e bonito. Ainda mais vestindo aquela armadura preta com uma caveira talhada no meio, e com a espada Ferro Estígio presa na cintura. Di Maggio abriu um sorriso discreto e lançou um olhar marrento na sua direção, que bastou para Nimuë revirar os olhos. Se ele ficasse fazendo isso iria ser bem difícil de esconder qualquer coisa das pessoas.  

Enquanto pensava isso alguém apareceu no seu campo de visão, do outro lado da mesa de buffet. Bloqueando sua vista do lado norte do refeitório. Percy. Ô Merda, Nimuë pensou. Será que ele tinha lhe visto olhando para Di Maggio? Mas não. Seu irmão parecia tranquilo, com o rosto sereno e calmo. Devia ter tido uma boa noite de sono. Nem de perto lembrava o garoto furioso da noite anterior. Que lhe agarrara pelo braço e lhe mandara ficar longe do Filho de Hades.

— Bom dia! — ele falou, pegando um tigela para se servir. Nimuë sorriu, e o encarou. Os olhos verdes dele pareciam incrivelmente mais verdes em ambientes claros como aquele.

— Bom dia, Sr Jackson. — ela brincou, usando um cumprimento mais formal. Percy sorriu e lhe analisou. Sua irmã estava com uma blusa justa de coloração preta, os cabelos soltos bem volumosos as bochechas pareciam coradas. Avermelhadas.

— De quem é essa touca? — ele perguntou, apontando para sua cabeça. Nimuë arregalou os olhos. A touca. Meu deus. A touca de Kael. Ela nem reparou que ainda estava usando-a. Merda. Deveria ter tirado e colocado na bolsa assim que saiu do Chalé de Hades, mas agora já era tarde. Nimuë tentou não parecer nervosa, e deu de ombros.

— É minha, ué! — a sereia respondeu, colocando duas fatias de bacon a mais no seu prato. Sendo que já tinha duas. Agora teria que comer as quatro. Ótimo, isso que dá ter que mentir pra todo mundo. Se atrapalhava inteira. Escondera a verdade das suas amigas, do seu irmão e sua cunhada, de quem mais teria que esconder? Dos Três Grandes Deuses? 

— Você usava touca embaixo da água? — Percy perguntou de forma descontraída, parecendo não desconfiar de nada. Realmente parecia muito idiota. Era obvio que ela não usava isso em Cathlon, nem fazia sentido. 

— Não muito, mas sempre achei um acessório bonito — ela respondeu para o irmão, torcendo para estar soando convincente.

— Tudo bem. Você tem aula hoje de tarde? — ele perguntou, por fim. Já estava com o prato cheio e preparando-se para ir sentar ao lado de Annabeth.

— Vou treinar com as meninas e depois tenho uma aula com o Sr Quíron eu acho — Nimuë falou.

— Todo mundo tem. É a aula geral do mês, com todos os semideuses. Acontece sempre no dia de Caça à Bandeira. Ele vai explicar o que podemos e o que não podemos fazer durante o jogo, e nos dar a oportunidade de lutar um pouco para o aquecimento — Percy respondeu didaticamente.

— Faz sentido. Você vai estar lá então? — sua irmã questionou.

— Claro — Percy respondeu, lhe dando uma piscadela com seus lindíssimos olhos verdes. Nimuë sorriu.

— Nos vemos então! — falou, e se afastou para sentar-se junto as Caçadoras novamente. Feliz e aliviada que ele não tinha comentado absolutamente nada sobre a noite anterior, e nem desconfiado do fato de ela não teria dormido no Chalé.

Nimuë sentou-se bem a ponta da mesa, no lado direito. As meninas começaram novamente a conversar sobre diversos assuntos animadamente, que a Filha de Poseidon nem percebeu quando di Maggio se levantou e começou a passar de mesa em mesa para entregar um envelope. Eram instruções básicas sobre a Caça à Bandeira, sobre as estratégias e tarefas que cada um deveria desempenhar durante o jogo, bem como o local e hora para a reunião geral. Kael estava entregando o bilhete para cada líder de cada Chalé pertencente à sua equipe. Eram eles: o Chalé de Ares, o Chalé de Afrodite, Hera, Dionísio e as Caçadoras de Ártemis. Teriam excelentes chances de vencer o evento, o Filho de Hades sabia disso. Só o fato de ter o Chalé com os filhos do Deus da Guerra já era excelente e lhes dava vantagem, e ainda teriam o apoio das Caçadoras de Ártemis. Eram as melhores guerreiras do Acampamento.

Ainda na mesa, Nimuë comia seus bacons distraidamente. Hunter foi a primeira a perceber a aproximação de Kael di Maggio, e aproveitou para arrumar levemente os cabelos brancos. Limpou a boca que estava suja com farelos de pão e abriu um sorriso encantador assim que ele se aproximou. Já Nimuë estava com um pedaço de bacon enfiado dentro da boca, e toda suja.

— Bom dia, meninas! — a voz surgiu ao seu lado. A Filha de Poseidon quase se engasgou. Aquela voz...Aquela voz era dele. O que ele estava fazendo ali? Só podia ter enlouquecido.

— Bom dia, Kael — Danna e Stela responderam de forma bem educada e animada. Di Maggio era o líder do Acampamento Meio-Sangue, e ainda estava no comando da sua Equipe para a Caça à Bandeira de hoje. Se elas não fossem educadas com ele, não seriam com mais ninguém.

— Bom dia, meu bem — Hunter falou de forma exagerada, sorrindo e se exibindo inteira.

Nimuë arregalou os olhos, e não levantou o olhar para encará-lo. Não ia conseguir fazer isso, e nem desejar bom dia. Então só continuou comendo, torcendo para que ninguém percebesse sua omissão. Para que nenhuma das meninas percebessem seu nervosismo.

— Tudo certo pra hoje? — ele perguntou, de forma amigável.

— Ninguém tira nossa vitória — Danna respondeu, super confiante e sorrindo. Stela ergueu a mão para que ela desse um soquinho. Danna correspondeu.

— Falou e disse, irmã! — Stela complementou, por fim. Nimuë aproveitou que elas estavam distraídas e deu uma olhada para o lado. Kael estava com uma expressão tranquila no rosto, e evitava lhe olhar tanto quanto ela.

— E vocês sabem da Reyna? — ele perguntou, correndo o olhar pela mesa em que elas estavam. Deveriam ter mais de 7 meninas ali, e nenhuma delas era a Primeira-Tenente.

— Ela tá dormindo. Disse que ia descansar um pouco mais, porque agora depois do almoço temos treino e o resto do dia você sabe...vai ser pesado — Danna respondeu, tentando se fazer convincente. Todas as Caçadoras de Ártemis sabiam o quanto isso era mentira. Reyna jamais dormia até tarde, e muito menos em dia de Caça à Bandeira. Nesse exato momento ou ela estava com Ikrain, ou estava treinando sozinha em algum lugar. Se exercitando, correndo ao redor do Acampamento.

— Justíssimo. Eu deixo as instruções com quem então? — o Filho de Hades levantou um envelope branco que estava segurando, e Nimuë o encarou por alguns segundos. Seus olhares se cruzaram, e ela sentiu todo seu corpo se arrepiar. Era bizarro estar vendo ele assim, depois de tudo o que tinha rolado na noite anterior. Recapitulando eles tinham treinado juntos durante a tarde, flertado descaradamente até surgir uma vontade real de contato físico. Depois rolou ciúmes na festa, por parte de Nimuë mesmo. Por mais que ela tentasse se convencer do contrário, não tinha gostado nenhum pouco de ver a tal da Filha de Afrodite beijando Kael. Mais tarde teve a cena da Floresta, onde eles teriam se beijado se não fosse Percy lhes interromper. Kael apanhou, foi ameaçado de morte pelo seu irmão e ainda sim apareceu na porta do seu Chalé lhe convidando para ir passar a noite com ele. E o pior de tudo? Ela foi. Mesmo depois de Percy ter lhe mandado ficar longe dele. E como se não pudesse piorar mais ainda, eles tinham se beijado. Nimuë deixou que ele chupasse seus peitos, brincasse e fizesse o que queria com eles. E ela terminou lhe fazendo um boquete. Ainda conseguia sentir a sensação do pau dele na sua boca, na sua língua. Ainda conseguia visualizar a língua dele nos seus peitos, no seu pescoço. Parecia ou não parecia uma insanidade total que isso tudo tivesse acontecido apenas nas últimas 24 horas?

E agora ele estava ali, em pé ao lado da sua mesa. Nimuë cruzou o olhar com ele mais uma vez, apenas para confirmar que a tensão sexual entre ambos era intensa e palpável a ponto de ser insuportável. Ela desistiu. Voltou a olhar para o seu próprio prato, de cabeça baixa. Kael abriu um sorriso lateral e marrento que Nimuë não chegou a ver e perceber.

— Pode deixar comigo, meu bem — Hunter se pronunciou, respondendo à pergunta dele sobre o envelope. Ela se levantou de onde estava e foi até o lado dele, pegando o bilhete da sua mão e lhe dando um beijo na bochecha.  

— Eu vou seguir as instruções bem direitinho — ela falou, descansando a mão sobre a sua armadura e lhe dando uma piscadinha indecente. Nimuë teve que segurar muito para não revirar os olhos. A forma que ela se jogava para cima dele chegava a ser ridícula. E Kael ainda sorriu em retorno para Hunter, de uma forma divertida. Parecendo gostar da forma oferecida que ela agia. A Filha de Poseidon sentiu vontade de vomitar vendo aquela cena. Porque é que ele estava sorrindo pra ela? Se estava interessado então porque não tinha chamado ela para ir dormir no seu Chalé? Ridículo. Patético.

— Então ótimo. Nos vemos mais tarde — Kael falou, por fim, para o resto das Caçadoras que estavam a mesa. E antes que pudesse se afastar totalmente, ele olhou para Nimuë uma última vez e lhe lançou um sorriso. Apontou para sua cabeça:

— Bela touca! — ele falou, e saiu em direção à mesa dos filhos de Ares.

A touca que era dele, óbvio. Momento perfeito para piadinhas, Nimuë ironizou mentalmente. Nada discreto e cheio de provocação. Mais a cara de Kael di Maggio impossível. Ô ódio.

A filha de Poseidon tornou a comer, tentando disfarçar após o olhar furioso e desconfiado que Hunter lhe lançou. Após o olhar curioso e intrigado que Danna e Stela trocaram entre si.

Isso não ia ficar assim. Esse garoto ainda ia ouvir umas boas. Ah se ia.

 


Notas Finais


O que acharam, meus amores??????? Estão gostando? Por favor me digam, amo os comentários de vcsss


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