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História A Destruição do Olimpo - Respeito Mútuo.


Escrita por: MiniNicc

Notas do Autor


BOA LEITURA, AMORES!!!!!!

Edit1: Achei essa arte do Percy todo musculoso e bad boy, e fiquei curiosa. Vocês imaginam ele assim quando leem os livros, ou imaginam ele mais sla abobadão?
Me: abobadão com certeza. Todo babão pela Annie, lentão kkkkkkkkk

Capítulo 30 - Respeito Mútuo.


Fanfic / Fanfiction A Destruição do Olimpo - Respeito Mútuo.

 

A cozinha do Acampamento Meio-Sangue ficava localizada no subsolo do refeitório, e era completamente organizada e regulada pelas Harpias da Limpeza. Elas eram, basicamente, criatura mitológicas híbridas entre aves de rapina e humanos. Possuíam asas, garras afiadíssimas e rostos deformados pela mutação. Porém, ainda sim, falavam e sabiam se comunicar com todos que adentravam a cozinha para prestar algum tipo de serviço ou punição. Que era, obviamente, o caso de Percy Jackson naquele exato momento. Assim que o filho de Poseidon desceu as escadas para o subsolo, pôde sentir o característico calor e bafo quente do local. As Harpias da Limpeza usavam lava, ao invés de água, para limpar os pratos do Acampamento Meio-Sangue. Segundo elas, essa técnica deixava a louça com um brilho extralimpo e matava noventa e nova por centro dos germes. De modo que, assim que Percy adentrou a cozinha a Harpia-Chefe, que atendia pelo nome de Myrcella, veio lhe trazer um par de luvas bem forradas e um avental de asbesto. Ela lhe ajudou a se vestir rapidamente, e gesticulou com o queixo pontiagudo para a ala lesta da cozinha.

Percy seguiu por um corredor estreito, tentando não prestar atenção na montanha de pratos e panelas que estavam empilhadas pelo caminho. Era muita coisa. Tinha trabalho o suficiente para um tarde inteira. Esse com certeza deveria ser o pior castigo do mundo, Percy mentalizou.

- Você está atrasado, bob esponja _a voz tradicionalmente sarcástica do Filho de Hades surgiu do canto leste. Percy virou-se pra ele, fazendo esforço para não revirar os olhos ao escutar o novo apelido que Di Maggio lhe dera. Bob Esponja, sério? Só porque o personagem vive no mar?

- Eu me atrasei por dois minutos _Percy reclamou, já se posicionando ao lado do Filho de Hades para ajudá-lo com a louça.

- Vinte minutos _Di Maggio rebateu, entregando-lhe uma panela pesada em mãos. Percy segurou como pôde.

- O turno começava exatamente às 13 horas. Eu já lavei 49 pratos, 25 pares de talhares e 5 panelas _ele continuou, com uma expressão insatisfeita no rosto.

- Uau, quanta precisão _Percy debochou, tentando não rir. Di Maggio revirou os olhos e resmungou algo baixinho sobre o tédio que aquele lugar proporcionava. Percy mergulhou a panela em lava, e quando a retirou ela estava praticamente brilhando de tão limpa. Aquele negócio funcionava mesmo, mal precisava esfregar direito. Por outro lado, a lava era quente demais e o ambiente ao redor era pequeno, subterrâneo demais, apertado demais. Uma pessoa que sofresse de claustrofobia não duraria cinco minutos naquele lugar.

 - Quer saber? Me conta sobre sua vida _a voz de Di Maggio chegou aos seus ouvidos, lhe surpreendendo. Percy virou-se pra ele, com uma cara incrédula.

- O quê? Por mais entediante que deva ser, é melhor do que ficar contando pratos e talheres _ele deu de ombros, e voltou-se para frente pra continuar seu trabalho. Percy pensou por alguns, enquanto analisando o filho de Hades. Ele estava usando o uniforme laranja do Acampamento, e os cabelos pretos estavam bagunçados. O avental de asbesto ele dispensara, jogando-o por cima do ombro somente. Em consequência disso, a camiseta estava toda chamuscada pelo calor e pelos respingos da lava. Não que ele se importasse, é claro.

- Minha vida não é entediante _Percy rebateu, com a voz tranquila e calma.

- Não mais que a sua, tenho certeza. A diferença é que você se diverte com metade das garotas do Acampamento. E eu me divirto só com a minha namorada _o filho de Poseidon falou, referindo-se a Annabeth.

- É mesmo? _Di Maggio perguntou, disfarçando o deboche na voz. Percy pareceu não perceber, então continuou a falar.

- É, as vezes até 4x por dia..._o Filho de Poseidon continuou de forma distraída e automática, mas foi brutalmente interrompido.

- Tá de sacanagem, Jackson? _Di Maggio lhe perguntou, virando-se para ele. Percy lhe lançou um olhar que dizia “o quê?”.

- Se fosse pra escutar sobre sua vida sexual então eu prefiro contar talhares _ele respondeu, fazendo Percy sorrir sarcasticamente. Tinha orgulho da sua vida sexual. Ele e Annabeth se davam muito bem na cama, e nunca cansavam ou enjoavam um do outro. Fora que Annie era uma pessoa super curiosa, sempre disposta a participar de novas experiências. Descobrir novas formas de prazer. Percy só ia na onda, deixava que ela fizesse o que queria.

- E você tá errado _a voz do Filho de Hades lhe puxou do seu bla bla bla mental, e da sua distração. Percy arqueou as sobrancelhas, confuso.

- Sobre o que? _perguntou.

- Eu me divertia com metade das garotas do Acampamento. No passado. Não sou mais assim _Di Maggio falou, sem lhe olhar.

- É mesmo? O que mudou? _Percy questionou, de forma irônica. Mas igual estava curioso e interessado. Porém, o filho de Hades se calou. Como se estivesse pensando, como se não soubesse o que lhe responder. Se ele considerava que não era mais o mulherengo que costumava ser antigamente, então algo realmente tinha mudado. E, no fundo, Percy sabia o motivo. Ele deveria saber também, só não queria ser o primeiro a falar.

- Você gosta dela, não gosta? _o filho de Poseidon perguntou referindo-se, obviamente, à sua irmã. Di Maggio sorriu discretamente, e balançou a cabeça de um lado para o outro.

- Eu sabia que você ia dar um jeito de puxar esse assunto uma hora ou outra _ele admitiu, cuidando bem as palavras que usaria. A última vez que tinha conversado sobre Nimuë com o filho de Poseidon ele quase lhe matara na porrada. Fora que já tinha ameaçado sua vida no mínimo umas duas vezes. Era a razão pela qual eles ficariam ali, naquele lugar horrendo e prestando um serviço ridículo, até provavelmente o final da tarde. Percy suspirou fundo, e falou sem lhe dirigir o olhar.

- Eu preciso puxar o assunto. Ela é minha irmã, Kael. Minha única irmã. Eu amo ela e prometi que iria protegê-la até o final. Prometi que ficaria ao seu lado. Então se existe alguma possibilidade de vocês dois estarem desenvolvendo alguma relação que seja, eu preciso sim saber. Você gosta dela? _Percy falou pausadamente, e por fim fixou seu olhar no Filho de Hades.

Kael estranhou. Estranhou muito. Primeiro porque Percy nunca lhe chamava pelo primeiro nome. Segundo porque ele tinha abaixado a guarda de uma forma que nunca fizera antes. E terceiro porque parecia que, de acordo com sua fala, ele estava apoiando os dois. Apoiando ou simplesmente aceitando o fato de que ele e Nimuë desenvolveram sim algum tipo de relação. De conexão. O filho de Hades respirou fundo, e fechou os olhos. Antes de responder ao bob esponja, deixou sua mente retroceder anos atrás. Viajar pelo tempo, viajar pelas suas dores e suas angústias. Fazia um bom tempo que queria conversar com Percy sobre o que estava prestes a conversar, mas nunca encontrara o momento perfeito. Não como aquele ali, aqui e agora.  

- Eu fiquei duas semanas tentando trazê-la de volta depois que ela partiu _Di Maggio falou, e Percy arqueou as sobrancelhas. Quando ela partiu? Mas Nimuë nunca partira pra lugar nenhum. Do que é que ele estava falando?

- Tentando reanimá-la, seu corpo. De que adianta ser filho de Hades se você não pode ressuscitar os mortos quando quer? _ele continuou falando, olhando para o além enquanto executava seu trabalho com os pratos e a lava escaldante. Percy arrepiou-se completamente. Sentiu uma mudança repentina no ambiente, um poder e uma força que com certeza estavam emanando do Filho de Hades. O local ficou levemente mais escuro, mais frio e perigoso. Ressuscitar os mortos, ele tinha dito. Di Maggio não estava falando de Nimuë, Percy pensou. Estava falando de Grace di Maggio, sua irmã falecida. O filho de Poseidon sentiu seu coração gelar, e o sangue parar de circular nas veias. Sua respiração acelerou, tamanha era a grandiosidade daquele momento. Nunca havia efetivamente conversado com Kael sobre a morte de Grace. Ele apenas surtara quando descobrira que ela não retornaria ao Acampamento, e passara a lhe culpar irremediavelmente desde então. Sua inimizade começara, com certeza, por causa daquilo.

- Eu realizei diversos rituais, esgotei até a minha última energia tentando reverter o que aconteceu naquele ferro velho. Implorei ao meu pai que fizesse algo. Que me ajudasse. Mas não obtive sucesso. O máximo que eu consegui foi irritá-la tempo o suficiente para que ela resolvesse aparecer pra mim. Em espírito _Kael continuou, e Percy escutava tudo atentamente.

- O que ela disse? _ele perguntou, curioso. O filho de Poseidon deixou sua mente correr para o que acontecera naquele dia, há 2 anos atrás. Ele tinha sido designado para uma missão externa, junto com outros campistas. E Grace di Maggio estava entre eles. A filha de Hades era uma das Caçadoras de Ártemis em treinamento, e era muito poderosa.

Porém, enquanto estavam dentro de um ferro velho de Hefesto localizado no meio do deserto, eles foram surpreendidos por algo. Antes da missão, o Oráculo havia lhes alertado de que se algum item mágico fosse removido do lugar, haveriam sérias consequências. Grace ignorou o aviso e retirou uma estatueta do lugar, alegando que aquela era a única que Kael di Maggio não possuía na sua coleção.

Logo eles foram surpreendidos e abordados por um protótipo de Talos. Uma espécie de robô, gigantesco e perigoso, inventado pelo Deus Hefesto. E, naquele momento, destinado a matá-los. Os semideuses, juntos, tentaram enfrentar o monstro mas tudo o que conseguiram foi derrubá-lo por alguns segundos. Ele parecia nem sentir os golpes, e Percy relembrou-se que era difícil decifrar se ele tinha algum ponto fraco. Não haviam emoções em seu rosto de lata meio derretido, e sua altura de um edifício de quase 20 andares com certeza corroborava para isso. Até que, em algum momento, o filho de Poseidon percebera algo de diferente no calcanhar do protótipo. Existia um buraco desenhado, com letras vermelhas pintadas ao redor. Elas diziam: PARA MANUTENÇÃO APENAS. E então Percy soube. Se entrasse por ali, poderia controlar o robô por dentro e, talvez, até desabilitá-lo. Era sua única chance. Se não fizessem isso, o protótipo iria matar a todos. Porém, antes que ele pudesse ir, Grace o impediu. Suas últimas palavras antes de correr atrás do calcanhar de Talos foram:

 

“É minha culpa o monstro ter vindo atrás da gente, Percy. É minha responsabilidade. Aqui, se algo acontecer dê isso a Kael. Diga a ele...diga que eu sinto muito.”

 

Ela deixou a estatueta de metal na sua mão, e disparou. Antes que o filho de Poseidon pudesse impedi-la ou detê-la, foi arremessado do outro lado do ferro velho por uma corrente de ar em decorrência de um movimento brusco do robô. Lembrava-se de ter batido a cabeça, de ter praticamente desmaiado. Quando se deu por conta, Grace já estava dentro do protótipo. O gigante desmoronou de cima para baixo após tropeçar em uns cabos elétricos e ter o seu corpo completamente eletrocutado de fora para dentro. A filha de Hades nunca saiu do ferro velho, bem como o Oráculo tinha previsto para aquela missão. Um se perderá na terra ressecada, ele tinha dito. E esse um fora ela. Para a imensa tristeza de Percy, que era seu amigo e sentira que tinha falhado em lhe proteger. E para a desgraça total de Kael di Maggio, que recebeu a estátua das mãos de Percy mas nunca o perdoou.

- Ela pediu que eu parasse. Cessasse os rituais, cessasse as exaustivas tentativas de trazê-la de volta _Kael respondeu a sua pergunta, depois de alguns segundos quieto e distante.

- E também me explicou que não foi sua culpa. Lá, no ferro velho, foi ela quem decidiu parar o protótipo de Talos que estava atacando vocês. Porque ela quem tinha lhe despertado, então cabia a si detê-lo. Grace me explicou que não havia nada que você ou qualquer outra pessoa pudesse ter feito para salvá-la. Foi escolha e decisão dela, somente _Kael falou, sem lhe olhar diretamente.

- Então você sabia? _Percy perguntou. Nunca havia contado para Kael exatamente a forma que as coisas aconteceram lá no deserto. Então, se ele sabia de todos esses detalhes com precisão, era porque a própria Grace realmente tinha retornado em espírito para lhe contar. Para conversar.

Kael sabia. Sabia desde o início que não tinha sido sua culpa, e mesmo assim deixara que sua inimizade criasse cada vez mais força. Deixara que todos acreditassem que a morte de Grace di Maggio havia sido culpa do filho de Poseidon, havia sido falha de Percy Jackson. Porque isso?

- Sim, eu sabia. Ela me pediu para te perdoar, mas eu não consegui. A verdade é que guardar rancor é um dos defeitos mortais dos Filhos de Hades, e isso nos corrompe de uma forma inexplicável. Nos destrói. Eu devia ter escutado. Deveria ter acreditado nela e lidado com isso de uma forma mais madura e superior _ele parecia estar sofrendo, porque a voz ficou quase inaudível e carregada.

- Mas eu fui covarde e orgulhoso, Percy. Deixei que o rancor e o ódio me preenchessem. Era conveniente pra mim odiar você, te culpar pelo que aconteceu. Eu tinha um local, uma pessoa e uma imagem fixa pra poder incriminar e depositar todo o meu rancor _ele  continuou, e Percy franziu as sobrancelhas. Aquilo que Kael di Maggio estava lhe falando, o filho de Poseidon jamais imaginou ouvir dele. Jamais mesmo. Ele estava praticamente desabafando, lhe confessando suas dores.

- Sendo que na verdade eu estava brabo era com ela. Por ter me abandonado, por ter me deixado no Acampamento sozinho e praticamente se suicidado em uma missão sem sentido nenhum. Eu me tornei uma pessoa que o Kael de antigamente provavelmente nem reconheceria. Frio, distante, sem rumo e sem propósito na vida _ele falou, virando-se para Percy. Seu olhar negro estava mais profundo e intenso do que nunca.

Ele respirou fundo.

- Mas, há uma semana atrás, eu senti que algo começou a mudar. Em mim, e na forma que eu vejo as coisas. E essa sensação me prendeu, me cativou. Então eu fui atrás. Fui atrás da pessoa que fez eu me sentir assim. A pessoa que, só de estar por perto, me relembrava do Kael que eu era há anos atrás. Quando a escuridão e o ódio ainda não faziam parte da minha vida _ele comentou, lhe encarando.

- Eu sempre soube que era irresponsabilidade, Jackson. Que era perigoso eu me aproximar de Nimuë, e o melhor a se fazer era evitar. Mas como ficar longe de uma pessoa que, só com o olhar, faz você sentir que está finalmente sendo resgatado do fundo do poço? Faz aquele aperto no peito se dissipar completamente, e te deixa com vontade de ser um cara melhor. Um cara que, finalmente, consegue pedir desculpas pelos erros que cometeu. Consegue passar por cima de todo o orgulho, e toda a dor dos últimos anos. É como se.. _ele pareceu procurar as palavras, imerso em um oceano de sentimentos. Percy arrepiou-se. Nunca havia escutado alguém falar assim de outra pessoa antes.

- É como se o que eu sinto por ela tivesse finalmente me tirado do período de luto pela minha irmã. Finalmente eu consigo respirar, finalmente eu consigo... me sentir vivo de novo _ele finalizou, deixando uma lágrima escorrer pelo rosto.

Se alguém lhe dissesse que ele iria ver Kael di Maggio chorando na sua frente por causa de uma garota Percy teria mandado internar a pessoa por ser louca de pedra. Mas ali estavam. Agora o filho de Poseidon podia entender o que o seu pai havia lhe dito horas atrás. Sobre nada ser mais poderoso e mais forte que o destino. Se serem almas gêmeas e ficarem juntos fosse mesmo o destino de Kael e sua irmã, então fazia sentido tudo aquilo ali. Tudo o que ele falara, sobre ela ser a pessoa que havia lhe feito se sentir vivo novamente. Isso era muito poderoso, muito forte, e somente um tolo negaria o que estava vendo. Somente um tolo não perceberia a magnitude daquilo.

- Então você não gosta dela. Você ama ela _Percy concluiu, respondendo a sua própria pergunta. Di Maggio sorriu, e virou-se para continuar lavando os pratos.

- Isso eu não sei dizer _ele falou, dando de ombros.

- Se não for amor tudo isso que você descreveu, então eu não sei o que é _Percy complementou, dando de ombros.

- Mas quem sou eu pra falar né? Não é como se eu fosse apaixonado pela mesma garota há 4 anos e entendesse algo sobre o assunto _o filho de Poseidon ironizou, de forma descontraída e Di Maggio riu. Se tinha algo que Percy Jackson entendia bem era sobre isso. Sobre amor, sobre namoro, sobre como tratar bem uma garota. 

- Só que eu não posso contar pra ela _Kael admitiu, levando uma pilha gigantesca de pratos e panelas limpas para o outro lado da cozinha. Percy o acompanhou, levando sua própria montanha de pratos. Até que o trabalho estava indo bem rápido. A conversa ajuda a distrair também. Agora faltava pouquíssima coisa para finalizar.

- Porque não? _Percy perguntou ao filho de Hades assim que voltaram para a pia. Estava curioso. Bem diferente do sentimento que estaria sentindo se esse papo tivesse ocorrido há 3 dias atrás. Provavelmente os dois já teriam matado um ao outro de tanto que iria brigar.

- Porque ela me fez prometer que eu não iria me apaixonar _Kael respondeu, adquirindo uma expressão que Percy não conseguiu decifrar. Sua irmã tinha feito ele prometer isso? Mas que bobagem. Ninguém pode prometer algo assim. A gente não escolhe por quem se apaixona, não mandamos no coração. O filho de Poseidon riu, internamente, consigo mesmo. Riu porque não acreditava que estava tomando o lado de Kael di Maggio em algo. Não conseguia acreditar que estava se compadecendo da situação dele, simpatizando com seus sentimentos. Droga de reviravoltas que o mundo dá, hein.

- Bom...ao meu ver você tá ferrado então _Percy bradou, de forma indiferente e dando de ombros. Kael lhe olhou, e piscou divertidamente.

- Obrigado por me lembrar, bob esponja _o filho de Hades respondeu, com seu característico jeito de ser.

As últimas horas na cozinha passaram mais rápido do que o normal. Kael e Percy dividiram-se no trabalho mais pesado, e em pouco tempo tudo estava perfeitamente limpo e empilhado. Porém antes que ambos pudessem subir as escadas para o pavilhão do refeitório, Percy puxou Di Maggio pelo braço. Ambos ficaram cara a cara, sustentando o olhar um do outro. Para qualquer outra pessoa olhando de fora aquela poderia ser uma visão aterrorizante. Dois garotos, altos, fortes e poderosos em pé de igualdade, se encarando de forma ameaçadora. Poderia sair qualquer coisa dali. Mas Percy escolheu o caminho mais apaziguador dessa vez.

- Escuta...eu sei que as suas intenções são as melhores com Nimuë. Consegui perceber isso, e vou confiar em você caso queira seguir em frente. Vou confiar em­­ vocês dois, e esperar que consigam escolher juntos o melhor caminho a seguir _Percy começou a explicar, e Di Maggio assumiu um sorriso debochado no rosto, como se não esperasse uma abordagem tão tranquila da parte dele.

- Mas ainda sim ela é minha irmã. E se você a machucar ou fizer qualquer coisa pra deixá-la mal, é a mim que vai responder. Entendeu? _o filho de Poseidon finalizando, encarando o filho de Hades com seus olhos verdes intensos.

- Se não tivesse uma ameaça no meio não seria Percy Jackson, seria? _Di Maggio debochou, porém de forma tranquila e amena. Percy franziu os olhos.

- Você entendeu? _questionou novamente o filho de Hades.

- Sim senhor Siriguejo _Kael alou, usando um novo apelido. Usando um novo personagem do desenho Bob Esponja. Percy não se deixou abalar, estava acostumadíssimo com o humor sarcástico de Kael. Abriu um sorriso lateral, e colocou a mão no ombro do filho de Hades.

- Você é um eterno imbecil _falou, por fim. Di Maggio sorriu, tirando a mão de Percy do seu ombro com um tapa. Não tinha mais um quê de ameaça entre eles. Um quê de competição, que deixava o ambiente pesado. Agora, no fundo, tudo soava muito mais como brincadeira e implicância do que qualquer outra coisa.  

Eles tinham dado um passo importante na construção de uma nova amizade. Ou, se não fosse amizade, então no mínimo um respeito mútuo.

Um grandioso respeito mútuo. 

 


Notas Finais


Gostaram, amores??????? Perdoem os erros de digitação, acho que escrevi mt rápido e nao vou ter tempo de corrigir hoje ainda.

COMENTEM COMENTEM COMENTEMMMM, façam uma escritora feliz ehheheh


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