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História A Era dos Tronos - O cerco dos dragões


Escrita por: AndrewFerris

Notas do Autor


Uma nova ideia na mente de Tyrion que o Doutor bem conhece, qual será o resultado desta vez?

Capítulo 16 - O cerco dos dragões


Tyrion na companhia do Doutor sai da TARDIS, que está estacionada no meio da sala do trono, com um pira a poucos metros da escada que leva ao Trono de Ferro ardendo em labaredas verdes enquanto a rainha desce os degraus fingindo não estar surpresa com a aparição repentina do irmão mais novo.
– Cercei - Declara o pequeno Lannister se aproximando com as mãos para trás.
– Com quais artimanhas meu irmão retorna para que eu poupe sua vida e a de seus insurgentes estrangeiros? - Questiona a rainha olhando para o senhor do tempo com certa desconfiança.
– Venho propor um acordo. Cessem seu ataque às nossas tropas e nós lhe deixaremos passar o resto dos seus dias em Castlerey Rock acompanhada por Jaime, que sempre foi o homem de sua vida - Cercei lança um profundo olhar de ódio dosado de menosprezo ao irmão, então encara Jaime, que está parado pouco atrás da pira observando o desenrolar dos acontecimentos antes de agir.
– Está caçoando? Temos uma tropa que pode subjulgar qualquer Dothraki ou Imaculado ou qualquer outra coisa que a puta Targaryen tenha para usar contra nós, até mesmo dragões.
– Podem subjulgar qualquer coisa que temos, mas podem manter a cidade segura? Podem impedir King's Landing de ser incendiada? - Cercei ri com ar de superioridade.
– Está vendo, Jaime? Nosso irmão ameaça atear fogo contra o povo da mesma maneira que o Rei Louco. Precisamos de mais do mesmo para governar? Faça um favor e cumpra seu juramento matando nosso irmão - Jaime desce os degraus restantes da escadaria até ficar entre Cercei e Tyrion, encarando seu irmão mais novo bem de perto após tantos anos.
– Faz tanto tempo - Afirma Tyrion entristecido, deixando os olhos se umedecerem à medida que recordava de seus atos passados.
– Você matou papai - Recordou o Guarda do rei tirando a ponta da espada da bainha.
– E nosso filho - Completou Cercei indignada.
– Você sabe que eu não matei Joffrey, Jaime.
– E quanto a nosso pai?
– Me arrependi do que fiz naquela noite em todas as noites que se suscederam. Ele sabia que eu era inocente e mesmo assim quis me mandar para a morte, depois ainda manipulou o julgamento com a ajuda de Cercei, e você sabe disso.
– Você incendiaria King's Landing se não concordassemos com suas exigências.
– Na verdade não me referia à rainha Daenerys e sim à rainha de Westeros, Cercei Lannister. Ela tem um estoque repleto de fogo vivo que distribuiu pelos alicerces subterrâneos da cidade visando queimar tudo, assim como planejou Aerys Targaryen. Seu meistre confirmou a história - Argumentou o anão olhando para o Doutor com ar vitorioso quando o Mestre aparece na sala do trono. Esperando por isso, o Doutor sai de sua posição e mira sua chave de fenda sônica para o colega e rival, que também empunhava a própria ferramenta.
– O Mestre vem sendo nosso mais leal e sincero conselheiro, diferente da maioria - Esclareceu Jaime brandindo a espada em um único movimento.
– Ele é traiçoeiro - Afirmou o Doutor olhando de um Lannister para o outro - Ele tem uma estratégia montada na cabeça. Assim que vencerem essa guerra ele vai trair vocês e tomar o trono para si.
– Isso é mentira, Majestade - Contrapôs o Mestre irritado.
– Meu primeiro e único interesse é a servidão à minha rainha e ao meu reino. 
– Você sequer nasceu em Westeros, não passa de um estrangeiro, tanto quanto os que estão na praia lá fora.
– Jaime, use a voz da razão - Implorou Tyrion quase colando seu rosto no do irmão não fosse a diferença de estatura. Pensativo, confuso, intrigado, mantendo o olhar vigilante sob sua espada, Jaime deixa vazar uma lágrima de seus olhos antes de girar rapidamente seu corpo.
– Me perdoe - A espada gira com o corpo de seu soldado e, sem esperar desrino diferente, alcança o peito estufado e orgulhoso de Cercei, que olha assustada para o irmão, sem conseguir acreditar no que acontecia. Chocado, Tyrion assiste a cena levando as mãos levemente à boca quando se dá conta de que está derramando lágrimas pela irmã que sempre o desprezou. Quanto a Jaime, restou apenas retirar a lâmina da amante e irmã e se jogar sobre seu corpo, chorando completamente desesperado enquanto a abraça com força. Em seus últimos suspiros, Cercei sussurra para o irmão algo que ele jamais pensou que ouviria.
– Eu te perdoo. Sempre soube que seria assim, mas achei que seria Tyrion e não você, meu amor - Antes que consiga explicar, a alma de Cercei deixa esse mundo, restando apenas um corpo moribundo da mais poderosa dentre os Lannisters. Jaime e Tyrion se entreolham, resistindo á vontade de se abraçar, então o Guarda do rei saca sua espada e se levanta.
– Nem pense Jaime, você é o herdeiro do nosso pai. É lorde de Castlerey Rock - Lembrou-lhe Tyrion tentando impedir o suicídio de seu único irmão restante.
– Nunca fui nada sem Cercei, nunca me senti nada sem Cercei - Ele sorri como um respingo de alegria em seu espírito - Olhe para mim Tyrion, sempre fui o reigicida, nada além disso, e acabei de perceber isso no mesmo instante que me igualei a você. Por ironia do destino e da nossa família, talvez o menor dos Lannisters possa ser o maior de todos, afinal de contas - Respirando fundo e se ajoelhando para beijar sua amada pela última vez, Jaime atravessa a própria espada na parte desprotegida de seu tronco, deixando espirrar grande quantia de sangue enquanto abraça Cercei em seu último suspiro - Cantem canções sobre o Lannister que salvou King's Landing duas vezes e só se afundou com isso - Silencioso e pasmo, Tyrion observa os corpos de seus irmãos entrelaçados como duas árvores que crescem muito próximas, pensando o que seria dele a partir daquele momento, quando o Doutor ressurge com Mestre ao seu lado, devidamente acorrentado.
– Sinto muito - Declarou o senhor do tempo inconformado com o desfecho dos irmãos Lannisters.
– Eu deveria saber que iria terminar assim, eu ou eles. Antes fosse eu, afinal, quem vai me respeitar depois de tudo isso? Que tipo de legado se espera de um anão renegado e traidor?
– O melhor que puder - O Doutor sorri confiante - Acredito em você, Tyrion Lannister, faça o melhof que puder por seu reino e sua família, deixe que os outros o julguem como bem quiserem, siga o único exemplo bom vindo dos seus irmãos - Assim, o Doutor leva o Mestre acorrentado para uma prisão dentro da TARDIS enquanto Tyrion permanece intacto durante muito tempo, até decidir arrastar os dois corpos para as chamas da pira acesa, mesmo sabendo que isso iria consumir todas as suas energias.

Como desejado há tanto tempo, finalmente Daenerys desfila vitoriosa pelas ruas principais de King's Landing rumo ao palácio e ao Trono de Ferro. Alguns olhavam esperançosos para a nova rainha, enquanto outros a encaravam com anseio ou simplesmente mantinham a expressão séria. A rainha dragão, no entanto, não precisava se preocupar com nada disso, afinal ela tinha apoiadores pelos sete reinos, exceto um ou outro que poderia ser dissuadido mais tarde, afinal ela tinha assuntos mais importantes para lidar.
– Majestade - Chamou Verme Cinza se aproximando da rainha - Tem um homem querendo ver a senhora, diz ser do Banco de ferro.
– Avise que o encontrarei assim que tomarmos devidamente o palácio como nosso. Cuidei para que não haja resistência de nenhum soldado Lannister - Mais rápido do que poderia esperar, lá estava ela, na sala do trono, encarando o lugar que ela tanto desejou desde pequena. Acompanhada por Clara, Rose e Missandei, Daenerys recebe o representante do Banco de ferro em uma sala privada, os dois sentados um de frente para o outro, ela com certo receio, justamente por sua tomada ter sido tão rápida.
– Parabenizo Vossa majestade pela vitória contra os Lannisters e sua posse do Trono de ferro.
– O que você quer?
– Guerras geram custos e os Lannisters devem uma quantia considerável, mas como vocês os derrotaram, acreditamos que a dívida está paga, o que não exclui outros afins. Westeros está em crise, grande parte das terras devastada ou tomada, precisando ser reerguida antes do próximo inverno. Nesses tempos difíceis, espera-se que a coroa peça um empréstimo para o Banco de ferro com o intuito de resolver esses infortúnios o mais breve possível - Tyrion bate à porta, encarando sua rainha de canto ao invés de entrar.
– Eu não o farei, meu caro. Volte aos seus colegas e diga que a coroa de Westeros vai se virar sem a ajuda de um bando de mesquinhos grosseiros que só pensam em dinheiro - O sujeito sorri com arrogância, se levantando de uma vez para sair da sala.
– De qualquer modo, agradeço sua atenção. Verei se mais alguém em Westeros se interessa por nossos empréstimos - Por fim o homem deixa a sala, o que leva Tyrion a entrar e sentar-se onde o representante se encontrava.
– Me chamou, majestade?
– Te devo tanta coisa, Tyrion. Não teria chegado tão longe sem sua ajuda - Confessou a rainha orgulhosa do conselheiro.
– Não se preocupe, Vossa majestade. Fiz minha parte - Passado um tempo em que um silêncio constrangedor se instalou, a rainha decide perguntar.
– Enterrou seus irmãos?
– Acho que teria sido a vontade do meu pai, mas ele não está aqui. Meus irmãos nunca valorizaram os sete, assim como eu. Essa família não precisa de mais hipocrisia do que já teve, decidi por um fim a isso e os joguei na pira que Cercei havia colocado na frente do trono.
– Então a guerra praticamente acabou - Comentou Oswin satisfeita.
– Ainda não - Discordou Rose se colocando à frente das demais - A Escuridão se aproxima e com ela o inverno. Vocês ainda precisam falar com o Rei do Norte.
– E com os lordes de todos os reinos - Afirmou Daenerys para Tyrion, que verifica um pergaminho sem demora.
– Pode deixar. Enviarei corvos a todos os reinos para convocar essa reunião de extrema urgência mas, por falar em Norte, quem é o novo rei autointitulado?
– Jon Snow.


Notas Finais


A casa Lannister perdeu relativamente seu poder enquanto a casa Targaryen recupera o seu. Com Daenerys no trono, ciente de quem Jon é e na companhia do Doutor, que pode ter um olhar mais amplo sobre essa guerra, será que podem lidar com o que vem por aí?


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