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História A Era dos Tronos - Gelo, fogo e uma dose de Viagem no tempo


Escrita por: AndrewFerris

Notas do Autor


Estou de volta com mais um capítulo pra vocês!!! Espero que gostem!!!

Capítulo 17 - Gelo, fogo e uma dose de Viagem no tempo


O Doutor passeia com Rose e Clara pela TARDIS, mostrando uma porção de relíquias de diferentes eras antes de chegarem a uma câmara pequena onde o senhor do tempo passa uma chave por uma fechadura e ela de imediato se abre, revelando mais uma dúzia de portas por trás dela, que se abrem uma após a outra.
— O que tem aqui que é tão perigoso assim? - Questiona Oswin encarando o Doutor receosa.
— Eu sei exatamente o que é - Revelou Rose cruzando os braços enquanto encara o senhor do tempo cheia de indignação - Ou melhor, quem é. Você nunca teria coragem de matá-lo.
— Se quiserem entrar - Declara o Doutor tomando a frente do trio, passando pelo corredor estreito até finalmente alcançar a sala ampla e redonda onde o Mestre está preso com uma algema eletrônica nas mãos e uma corrente brilhante em cada uma das pernas, sentado com a boca selada - Trouxe visita - Mestre balança a cabeça negativamente.
— Por que está mantendo ele aqui? - Perguntou Clara intrigada - Ele é a causa de muitas das desgraças que aconteceram.
— Mas não é o único. Varys e Little Finger são as raízes do problema, e embora eu saiba que o que restou também não terá um destino apropriado, eu pretendo fazer diferente com ele, mesmo não sendo da mesma realidade, ele ainda é o último senhor do tempo de seu mundo, assim como eu sou do meu.
— Acha que Priodore tentou se livrar dele à toa?
— Chega vocês duas. Trouxe vocês até aqui para me ajudar. Se tudo que tem a oferecer são questionamentos e mais sangue a ser derramado, então não são diferentes das pessoas que começaram essa guerra. Normalmente os piores nunca se envolvem na sujeira - Observou o Doutor com revolta, cerrando os dentes na tentativa de se controlar. Sem dizer nada, Clara e Rose se retiram da sala, deixando o Doutor a sós com seu prisioneiro, que o encara entediado.
— Espero que eu não vá me arrepender - O Doutor aponta sua chave de fenda sônica para a mordaça de ferro que sela a boca do Mestre, tirando o sufoco que ela causa e permitindo ao prisioneiro o direito de falar.
— Você parece com Priodore - Constatou o Mestre sem tirar os olhos do Doutor.
— Dei um jeito de reverter minha regeneração, embora grande parte tenha sido involuntária.
— O que quer de mim, Doutor? Vai me deixar trancafeado aqui? Confinado por séculos até eu mudar de ideia a respeito da vida?
— Na verdade pretendo te soltar hoje - Revelou o senhor do tempo sorrindo sem jeito, como se não acreditasse no que ele próprio dizia.
— Pare de caçoar.
— Não estou caçoando, estou te dando opções - Respirando fundo, o Doutor solta as algemas das mãos do colega, que se levanta por fim, esperando que as pernas também fossem libertadas.
— Que opções?
— Eu sei o que você queria aqui. Se existem milhares de realidades, então em alguma delas você não é um completo canalha. Acho que você viu a desgraça que esse mundo acabaria se tornando e decidiu intervir, sendo capaz de manipular a rainha para vencer a guerra e depois destroná-la, mas você não fez isso por mal, da mesma forma que não trouxe os Glormerphs porque queria nos ver mortos. Você queria mesmo era salvar aquela espécie da extinção.
— Você não sabe nada sobre mim. Seu antecessor queria me matar. Jurei aniquilar qualquer Doutor que visse em meu caminho.
— Eu não sou como Priodore, então acho que nóa dois terminamos decepcionados, mas ainda pode haver uma salvação - O Doutor pega uma chave de fenda sônica restaurada e a entrega ao colega - Estava remendada, fiz o que pude para deixá-la inteira novamente.
— Vai confiar isso a mim?
— Por que não? Estou te libertando. Pegue sua TARDIS e vá para qualquer realidade do quadrante que deixei registrado no porta-traços do painel de transporte. Acredito que todas elas precisem de alguém como você.
— Quer que eu seja o guardião do tempo? Essa deveria ser sua função.
— Na verdade é minha função, estou te dando apenas um pouco do trabalho para fazer o que for melhor.
— E se eu não quiser ir para nenhuma dessas realidades?
— Vá para onde quiser, vai estar livre de qualquer maneira. Pegue a TARDIS que desacoplou do todo em nosso penúltimo confronto e vá embora.
— Por que tenho a impressão de que há mais nessa história do que você quer contar? - O Doutor riu de nervoso e libertou o Mestre das correntes nas pernas.
— Quero mostrar uma coisa antes que vá embora - Os dois chegam no centro da câmara de comando, então o Doutor aperta alguns botões, puxa alavancas aqui e ali e logo em seguida a TARDIS se levanta do chão, indo para o outro lado de Westeros.
— O que seria?
— A Escuridão. Depois de alguns cálculos baseados nos antigos conhecimentos de Horren Triud, descobri uma fórmula que calcula quanto tempo leva para ela estar em cada realidade - O Doutor se aproxima da porta da máquina - Acontece que em cada realidade que passa ela se manifesta de um jeito diferente. Nesse mundo ela se manifestou por meio de um antigo mal que o assola chamados de Vagantes Brancos - Assim que termina de falar, o Doutor abre a porta da TARDIS e deixa um vento letal invadir a câmara antes de tomar coragem para sair dali. Depois de um receio inicial, Mestre decide sair também, enfrentando o tenebroso frio do lado de fora.
— Então as histórias são reais? Os vagantes brancos saíram das Ermas e nefastas terras para assombrar esse mundo?
— Sim, foi obra da Escuridão.
— O que fazemos aqui? - Indagou o Mestre impaciente.
— Está vendo aquela linha enorme no horizonte? - Indicou o Doutor virando-se no sentido oposto ao que estavam - Aquilo é a Muralha. A única coisa que separa o que está desse lado das pessoas em Westeros.
— E daí?
— Está vendo aqueles milhares de pontos se aproximando? - O Mestre olha atencioso o exército torto que se aproxima. Ele sequer precisa estar em seu meio, bastou uma simples aura fria invadir seu peito para que soubesse.
— Mortos-vivos. A Escuridão pode retroceder o processo de criação e embotá-lo contra si mesmo. Agora entendo - Os dois continuam observando o exército até perceberem uma criatura branca, com pele semelhante a farinha branca, porém repleto de rachaduras, aparência humanoide, barba comprida e olhos azuis semelhantes a cristal mais próxima deles do que o restante. Com uma expressão séria e focada, encara os dois sem certeza se devia recuar ou seguir em frente, o que intrigou a ambos, não fosse Clara surgir repentinamente de dentro da TARDIS, sem entender nada do que acontecia. Ao ver a jovem, o Vagante se adianta, criando uma lança de gelo que atira velozmente na direção de Oswin. Ao ver a situação perigosa em que se encontravam, Mestre mirou sua chave de fenda sônica no topo da TARDIS, que refletiu uma dose de calor à frente de si mesma, derretendo a arma em instantes. Ofegantes, os três correm para o interior da espaço-nave, então o Doutor corre rumo ao painel e ativa os comandos para levá-los embora dali o mais depressa possível.
Assim que a nave pousa, o Mestre abre a porta e dá de cara com a TARDIS que tirou do Doutor, entrando nela sem titubear.
— Como assim? - Bradou Clara revoltada - Você vai deixá-lo fugir?
— Estou deixando ele ir embora - Corrigiu o Doutor sorridente.
— Afinal o que foi aquilo? - Questionou a jovem mudando de assunto ao ver que o Doutor não diria mais nada além do que já tinha dito.
— Aquilo é nosso fim. O fim de tudo.

Daenerys está sentada no Trono de Ferro. Ao seu lado estão Tyrion e Missandei. Abaixo dos degraus estão os irmãos Greyjoy, Yara e Theon, que encaram os convidados da rainha com orgulho, embora o mais novo tenha uma dose alta de vergonha. À frente da rainha estão os lordes dos reinos, além de um general que ficara responsável por governar Castlerey Rock enquanto Jaime estivesse com a rainha em King's Landing. No entanto, o alvo dos olhos da rainha dragão era Jon Snow, o filho bastardo de Ned Stark. Não tanto por sua beleza e sim por sua posição de autointitulação.
— Então você é o que se autodeclarou de Rei do Norte? - Pergunta Daenerys com firmeza.
— Eu não majestade, meus homens. Aqueles que me seguiram em batalha e suas famílias - Esclareceu com seriedade.
— Não se preocupe, meu caro, não pretendo criar conflitos nestes tempos sombrios que se aproximam. Há uma semana recebemos sua resposta ao nosso convite e ele dizia que King's Landing precisava se voltar ao Norte. A meu ver e do meu conselheiro, isso parece quase uma ordem de idolatria.
— Não me refiria a títulos ou poder, majestade, e sim ao que vem do norte, além das terras habitadas por homens.
— Ele está certo, majestade - Vociferou o Doutor entrando no salão extremamente ofegante - Eu os vi com meus próprios olhos.
— Doutor - Exclamou Daenerys com a confiança renovada, mas decidiu não mudar sua postura - Que bom que resolveu se juntar a nós. Que notícias trouxe de sua busca?
— Eu vi os Vagantes Brancos e os mortos-vivos.
— Estão há menos de um ciclo anual daqui - Afirmou Jon tomando a frente dos demais - Por isso peço que olhe ao norte. Temos pouco tempo para nos prepararmos. Sei que a reconstrução do país deve ser prioridade, mas se considerarmos isso nesse momento, vamos levar todos à morte.
— Eu concordo com nosso colega do Norte - Comentou o Doutor se aproximando de Daenerys - No entanto seus cálculos estão errados, meu caro. Em menos de um mês os Vagantes Brancos estarão à beira da Muralha, onde será nossa melhor chance de atacá-los. Precisamos tomar uma medida imediatamente.
— Eu entendo a situação - Declarou a Targaryen olhando do Doutor para Tyrion - Agora que o país está outra vez unido, podemos pensar em uma distribuição de unidades que garanta a segurança dos reinos enquanto uma parcela maior se locomove ao norte para a Muralha.
— Não se esqueça que há assuntos pendentes a se resolverem antes desta guerra começar verdadeiramente - Afirmou Yara tomando a palavra - Meu tio ainda está no controle das Ilhas de Ferro. Precisamos reave-las.
— Nossas tropas estão mais próximas das Ilhas de Ferro do que todos os demais exércitos - Constatou Sansa se juntando ao irmão, com Arya logo atrás, percebendo que o Doutor demorou seu olhar nela - Podemos enviar alguns de nossos homens para reforçar seu ataque e assim garantir a vitória.
— O que garante que podemos confiar nos seus homens?
— Eu sou a rainha dos sete reinos - Afirmou Daenerys se levantando do trono, se a casa Stark e seus aliados nortenhos tentarem trair os Greyjoy, eu mesma levarei meus dragões para queimar o norte, que em breve será conhecido como deserto de fogo ao invés de deserto de gelo - Jon e Daenerys se entreolham sérios.
– Não iremos trair sua casa e menos ainda os Greyjoy - Afirmou Jon revoltado - Eu cresci com um deles, por mais que ele tenha traído a família do meu pai. Quero ajudar a todos, então vamos resolver isso de uma vez e falar do que importa.
– Concordo com Jon Snow - Afirmou Tyrion se voltando para a rainha - Se queremos mostrar que todos estamos unidos de fato, é necessário dar um voto de confiança. A reinança dele já é outro caso.
– Eu sei - Antes que possa continuar seu raciocínio, sua atenção se desvia para Arya, que se ajoelha perante Daenerys antes de falar.
– Com todo o respeito, majestade, não acha que Westeros é muito grande para uma única pessoa governar? Além do fato da senhora ter acabado de chegar aqui?
– Como ousa? - O Doutor se interpõe entre as duas temendo que a coisa esquentasse.
– O que a lady quis dizer é que Jon Snow pode ser o guardião do norte, respondendo à coroa de Westeros mas cuidando especificamente desse lado tão distante de King's Landing - Ele aponta para todos os presentes - Facilitaria o controle das coisas, e Snow poderia muito bem ser seu braço direito, informando sobre as necessidades do Norte que seguidamente você poderia atender.
– É uma via considerável, majestade - Ponderou Tyrion falando alto o bastante para que todos ouvissem. Depois de algum tempo matutando, a rainha desceu a escada e apertou a mão de Jon, olhando bem fundo em seus olhos.
– O que acha, Jon Snow? Pode ser o Rei do Norte e confidente do Trono de Ferro? - Jon sorriu esperançoso.
– Acho que pode funcionar - Daenerys retribui o sorriso, solta a mão de seu novo aliado e encara os demais presentes.
– O que resta ser tratado, Tyrion?
– Consegui enviar um corvo para o Banco de Ferro, devolvendo grande parte das despesas da coroa, por mais que eles insistissem não ser necessário, quitando o que deveria ser uma conta de outros líderes imaturos e irresponsáveis. O saldo que nos restou dos saques durante a guerra e finanças aplicadas por alguns investidores será dividido entre os grandes lordes de Westeros para que usem com o objetivo de restituir suas terras e poder plenos que foram prejudicados pelo ocorrido.
– Alguém esperaria menos da rainha de Westeros? - Questionou Jon erguendo sua espada. Todos os guerreiros erguem suas espadas e se ajoelham perante a rainha, agradecendo as benfeitorias dadas, mas Daenerys sobe ao trono uma vez mais e coloca a mão sobre o ombro de Tyrion.
– Agradeçam a meu conselheiro. Ele é um dos homens mais sábios que já conheci, tanto quanto os que ele menciona - A jovem Targaryen sorri ironicamente para o pequeno Lannister, que coloca sua mão sobre a da rainha - Por este motivo, nada mais justo do que deixar a terra que lhe pertence por herança. Tyrion Lannister, você será Lorde de Castlerey Rock.
– Lorde? Majestade, eu fico grato mas não posso aceitar. Sou sua mão, além do que ninguém por aqueles lados me aceitaria como seu lorde. Sou um anão caso tenha se esquecido.
– E um dos maiores homens de coração - Daenerys olha do Lannister para Sansa, então volta o olhar a Tyrion - Converse com sua esposa, acredito que tem muito a ser discutido. Afinal ela é sua Lady.
– Majestade, já disse que o casamento foi uma farsa.
– Mas seria um ótima raíz para fortalecer os vínculos entre Norte e Sul - Tyrion observa sua rainha admirado - Posso ser teimosa ás vezes, mas eu realmente aprendo com seus ensinamentos - Respirando fundo, Tyrion desce os degraus em direção à Sansa, então percebe que ela já aguarda sua aproximação, o que lhe tira a apreensão no primeiro momento. O que realmente preocupa a rainha naquele instante - e ela sabe que outros compartilham desse receio - é saber se haveria tempo para se prepararem contra os Vagantes antes que estes cruzassem a Muralha.


Notas Finais


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