História A estrela do Olimpo - Eles me ajudam

Convocar os mortos não era uma coisa que me agradava muito, mas era preciso. Resolvi que não haveria lugar melhor para convoca-los do que em um cemitério. Abri uma cova e fiz um corte em minha mão. Derramei meu sangue levemente dourado – Icor – que permitiria apenas aos semideuses e almas divinas usufruírem dele para se “materializarem”. Respirei fundo e aguardei. Não precisava cantar – como Nico fazia- já que minha presença era como se Hades estivesse a chamá-los. Afastei alguns espíritos intrusos até que três se aproximaram e ganharam forma: Perseu, Hércules e Bianca di Angelo.

- Minha cara! – Sorriu a caçadora. – Em que podemos ajudá-la?

- Olá caros guerreiros! – Assenti com a cabeça. – Cada um pode fazer-me um favor.

- Estamos dispostos a ajudá-la. – Sussurrou Perseu, que me olhava de cima a baixo.

- Eu agradeço a compreensão. – Olhei piedosamente para Bianca. – Minha querida, peço que converse com Nico e faça com que ele e Emma trabalhem focados e conscientes. E acrescente que ajude discretamente as caçadoras. – Ela me olhou sorridente e foi-se.

- Perseu, creio que você pode guiar Percy em alguns momentos, afinal ele é um dos semideuses mais poderosos e cobiçados. Sei que ambos têm uma forte ligação. – Ele piscou e se virou para desaparecer na neblina.

- Caro Hércules. – Ele virou seu rosto para a lua. – Sinto que não queres está missão. Estou certa?

- Sim, está. Minha cara deusa, receio que precise compreender meu descanso. Mas posso aconselhá-la ou saciar suas dúvidas.

- Hércules, - Ponderei as palavras. – Tens ideia de como libertar meu pai ou onde está?

Ele se aproximou e fixou seu olhar em meu colar de Sol. – Corte as correntes com uma espada celestial e uma vontade incontrolável. Ele pode estar no Monte Tam, onde Cronos quer reerguer seu palácio, ou está às margens profundas do Tártaro, em uma gruta milenar.

- Obrigada. – Dito isso, Hércules girou seu corpo e foi-se embora. Era isso. A guerra começaria; e Cronos estava prestes a perder.