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História A Flor da Folha e o Imperador do Fogo (EM REVISÃO) - - Confronto


Escrita por: Kikyou-chan

Notas do Autor


Yoooo Minna-san!

Voltei o mais rápido que pude para trazer mais um capítulo para vocês!
Uhuuul, respondi os comentários do cap anterior :DDD .. Se tiver mais eu respondo depois!

Hoje, eu não sei dizer como está o capítulo então vou esperar pelos comentários de vocês <33
(Mas adianto que teve gente que morreu .. ).. Ah, tem momento Itachi-Konan. . <33

Queria mandar aquele Oizão, de todas as vezes, para os novos leitores e um Alô aí para os fantasmas que estão sempre ai como estatisticas de visualização! hhehhe Vocês são tooop!
Aos novos favoritos, aquele muito obriagado pelo carinho e aos leitores fiéis, sem palavras para definir vocês! Só Arrasam! ehheheheh

Enfim, me estendi demais.. Agora vem o capítulo de hoje !

Sem mais delongas,
Boa leitura!

DESCULPEM OS ERROS!

Capítulo 35 - - Confronto


Fanfic / Fanfiction A Flor da Folha e o Imperador do Fogo (EM REVISÃO) - - Confronto

Reino do Fogo

 

Seu manto negro arrastava-se pelo chão por onde caminhava apressadamente. Itachi havia passado na ala médica buscando por sua esposa mas não a encontrou. Yugito estava se recuperando e, diante de todo estresse pelo qual havia passado anteriormente, os herbalistas responsáveis por ela decidiram sedá-la para que pudesse descansar, como visivelmente, há muito tempo não o fazia. Inicialmente, imaginou que sua esposa fosse ao encontro dela assim que recebera a noticia da sua chegada conturbada ao Império Uchiha, mas opostamente a seus pensamentos ela não havia estado com a esposa de Nagato até então. Aparentemente Yahiko também não estava com ela e sim com Sakura e Kushina, que cuidavam dele áquela altura.

Tendo consciencia da situação, o Principe Uchiha pediu, para a surpresa do irmão, que adiassem em algumas horas a reunião em  que se discutiria o conteúdo da tal carta que Yugito havia trago consigo desde que saíra de seu Reino e que havia sido escrita pelo próprio Nagato, contendo informações sigilosas sobre o ataque à Chuva. Com sensatez, Sasuke atendeu seu pedido e abriu-lhe tal excessão, adiantando as discussões sobre assuntos comerciais e pactos econômicos com alguns dos Imperadores que já haviam chegado ao Fogo, liberando Itachi pelas horas que lhe seriam convenientes.

Particularmente, o primogênito de Fugaku nunca havia sido um homem que deixava os deveres em segundo lugar como estava fazendo agora, mas sentiu, naquele momento, que aquela deveria ser a primeira das excessões. Para ele, Konan deveria estar em primeiro lugar.

Abriu calmamente a porta do quarto deles, onde acreditava que encontraria sua esposa. Ainda segurando a maçaneta, avistou ela sentada sobre a cama, com um semblante confuso e um olhar totalmente distânte. Desde que a conhecera, só lembrava de tê-la visto assim, uma única vez, quando ainda eram recém-casados e ela, por um infortúnio do destino, havia perdido o filho deles que carregava a pouco tempo em seu ventre. Por dias ela permaneceu como estava agora, completamente perdida em torno de sua silênciosa dor.

– Konan .. – chamou por ela, enquanto se aproximava. . – Estive procurando por você na ala médica..

–  Eu não estive lá.. – mantendo a cabeça baixa, a voz dela saiu fracamente através de seus lábios demonstrando toda a sua fragilidade momentânea – Eu não poderia vê-la agora... Nem mesmo meu sobrinho ... Então não pude ir até lá..

Itachi caminhou até ela, mas não sentou-se na cama a seu lado. Ele sabia que teria que lhe dar espaço até que finalmente desabafasse. Os anos junto a ela havia lhe conferido sabedoria sobre sua personalidade e principalmente sobre suas fraquezas. Ele compreendia o que passava em seu coração e o quanto necessitava compartilhar com ele, o único com quem o faria, todas as suas preocupações e os medos que preenchiam-lhe por dentro.

– Você não vai me deixar sozinha, vai ? – ela sussurrou quase como se desejasse que ele não ouvisse áquelas palavras. Não era, de fato, sua vontade afastá-lo, mas por outro lado, olhá-lo nos olhos era o mesmo que expôr todas as suas fraquezas e tornar-se vulnerável.

– Nem que você peça ..  – falou com um semblante calmo, que logo chamou a atenção dos olhos dela para ele. Ele, por sua vez, não precisava vê-los para saber que já estavam marejados.

– Itachi ... – ela abraçou o próprio corpo, enquanto tornava-se trêmula – Por quanto mais tempo a vida continuará me testando?  – suas palavras despertaram as lágrimas que começavam, finalmente, a cair de seus olhos. – ... Eu e meus irmãos prometemos, ainda pequenos, que sempre protegeríamos uns aos outros e ... – suspirou como se buscasse força para continuar – .. e mesmo depois de todo esse tempo, eu continuo falhando .. – seus lábios arriscaram um sorriso irônico em meio a seu pranto intenso. –  É exatamente como antes .. Eu ainda estou aqui chorando, como se essas lágrimas pudessem reverter a situação e acabar com toda essa dor...  – secou, inutilmente, uma parte da face molhada com o dorso de uma das mãos –  Mais uma vez, outra parte do meu coração é arrancada de dentro de mim enquanto eu apenas sigo, vendo tudo passar diante de meus próprios olhos, como se essa vida pertencesse a outra pessoa ...  

O Uchiha aproximou-se dela e imediatamente circundou seu corpo delicado com seus braços fortes, impedindo que continuasse se martirizando enquanto carregava toda aquela dor sozinha. Ao aconchegá-la naquele abraço ele ansiava por protegê-la e por amparar cada uma das lágrimas que rolavam por sua face alva. Ele sabia que Konan não suportaria perder mais alguém que amava e, por isso, entendia a importância de sua presença ali. Talvez não fosse o melhor esposo, o mais presente ou mesmo o mais carinhoso, mas seus sentimentos eram reais. Ele a amava profundamente e vê-la chorar quebrava seu coração, aparentemente insensivel, em mil pedaços.

– Nagato .. – ela finalmente mecionou o nome daquele que ocupava todos os seus pensamentos e o motivo que sustentava seu pranto sofrido – Esse laço que nós temos me permite sentí-lo Itachi . .. Eu sei que ele está sofrendo profundamente .. . – Konan ofegava e se encolhia ainda mais nos braços do marido, enquanto sua voz refletia todo o desespero que preenchia seu coração – .. Se eu perdê-lo também ... Se eu perdê-lo como perdi Yahiko e também o nosso filho ... Itachi, eu não poderia suportar mais essa dor, eu simplesmente não poderia...

Suas palavras fizeram Itachi repensar em como a vida deles não havia passado de um amontoado de dor e culpa. Ele já havia perdido quase todas as pessoas mais importantes em sua vida e, consequentemente entendia que os laços que o mantinham de pé eram os mesmo em que Konan se sustentava agora. Seu irmão representava a época mais feliz que havia vivido no passado e seguia como a continuação da vida de seus pais que já haviam se esvaído com o tempo. Proteger Sasuke, era o que o mantinha firme para continuar caminhando contra a adversidade e, era exatamente por isso, que entendia sua esposa. Yahiko e Nagato eram as partes de seu coração que o faziam pulsar e, eram também, os únicos por quem ele se quebraria completamente. Embora tivessem um ao outro, para ambos, o significado daquela dor ia muito mais além...       

– Vai ficar tudo bem .. .– o Uchiha sussurou nos ouvidos dela, enquanto apertava-lhe ainda mais forte naquele abraço.  Talvez não fosse verdadeiramente como tudo terminaria, mas era com aquelas palavras que poderia, naquele momento, amenizar a sua dor. – Eu estou aqui com você...

Konan não falou mais e apenas continuou molhando Itachi com seu choro. Ele, por sua vez, permaneceu ao lado dela até que todo o seu pranto se esvaísse e ela, finalmente, adormecesse. Todo aquele desgaste havia sido muito grande e ele tranquilizou-se ao vê-la daquela maneira. Precisaria recuperar suas forças para enfrentar mais aquele desafio e, ele por outro lado, manter-se-ia firme junto dela como um suporte para toda a sua dor. Repousou o corpo dela sobre os colchões e cobriu-lhe com uma manta azul. Antes que saísse dali, acariciou sua face alva e selou seus lábios macios com um beijo casto.

Konan foi a única mulher que alcançou verdadeiramente seu coração e, por ela, faria tudo o que estivesse ao seu alcance e, até mesmo o impossível, para que não derramasse mais nenhuma lágrima. Uchihas poderiam não ser os mais sinceros, mas certamente eram os que mais amavam ...

Mesmo sem palavras, ele sempre estaria ali por ela.

 

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Reino da Chuva

 

Passou pela entrada principal escoltado por dois homens que vestiam seus ideais. Tudo havia terminado da forma como queria e finalmente já tinha também em suas mãos o controle daquele Reino. Obito caminhou triunfante pelas escadarias e em meio aos corredores do Castelo que antes pertencia ao Imperador da Chuva. Guiado por Hidan e Kakuzu, ele se dirigiu às Masmorras, que ironicamente davam nome àquela Organização que ele liderava. Tudo havia, de fato, começado ali. Todas as suas aspirações e todos os seus objetivos foram construídos sob aquela terra que agora estavam em suas mãos.

Hidan empurrou a pesada porta de madeira nobre e antiga, dando passagem ao líder da Akatsuki. Com uma das mãos, Obito fez sinal para que ambos o aguardassem ali pois seguiria, a partir de então, sozinho. O ambiente era inóspito e nas parades haviam marcas do sofrimento dos muitos que encontraram seu desfecho final ali. A atmosfera era pesada e o ar tornava-se mais obscuro a cada novo passo dado. Os infindáveis corredores tranformavam todo aquele lugar em um grande labirinto sem fim, do qual não podia-se sair vivo, como contavam as muitas histórias que existiam sobre aquelas Masmorras do Amanhecer, chamadas de Akatsuki.

Seus passos cessaram quando parou diante de uma porta de ferro totalmente corroída e marcada com o símbolo da Chuva que, por séculos, perdurou gravada ali. Uma pequena abertura superior poderia lhe dar a visão que buscava, entretanto, não era assim que desejava encontrá-lo. Com as mãos cobertas por luvas negras, empurrou lentamente a porta de ferro até que houvesse espaço suficiente para que entrasse naquela cela. Deu alguns passos a frente e já podia vislumbrar a figura do homem que antes desejava ver. O que via lá dentro era ainda pior do que estava lá fora. O ambiente era ainda mais repulsivo do que os próprios corredores das Masmorras e o odor que sentia era forte e repugnante.

Levantou seu olhar sob a sombra da máscara que usava e deparou-se com o estado deplorável em que seu prisioneiro se encontrava. Estava fraco, sujo com suas vestes já dederioradas, além de exalar um cheiro asqueroso que já se confundia com o odor da própria cela. Suas mãos estavam sujas e feridas, certamente pelas inumeras vezes que debateu-se contra as paredes quando ainda tinha esperanças de liberdade. Seus pés estavam presos por grossas correntes pregadas à parede, e que machucavam-lhe severamente os tornozelos, onde já se era possível ver sua carne exposta e em putrefação.

– Há quanto tempo nãos nos vemos, Nagato .. .– suas palavras chamaram a atenção do Imperador da Chuva, que lentamente dirigiu seu olhar para ele.

– Q-quem é você ? – Sua voz era rouca e seus lábios estavam completamente ressecados. Há quantos dias estaria ali, sem que lhe oferecessem comida ou sequer um pouco de água  ?      

– Depois de tantos anos, nem sequer se lembra da minha voz ... – falou de forma debochada, levando ambas as mãos até a face, retirando a máscara alaranjada que sempre usava – Talvez tenha ficado mais fácil agora..

– O-bito é você ?  ... – imediatamente ele reagiu quando vislumbrou os olhos ônix e cabelos negros do homem que estava diante dele. Sua face era, definitivamente, inconfundível e inesquecível.

–  Finalmente... – um sorriso surgiu no canto de seus lábios, enquanto revelava a ele sua identidade sempre escondida por aquela máscara.

– Eu tinha certeza que estava morto. . .– falou com dificuldade, ainda espantado em ver aquele homem diante de si e como responsável por tudo que havia acontecido com ele até aquele momento.

– Vocês sempre me subestimam . ..– o sorriso que estava em seus lábios aumentou, enquanto ele continuava com suas ônix sob a figura deplorável de Nagato – Mas como está vendo, estou aqui e em uma situação bem melhor que a sua. ..

– Então tudo isso partiu de você ... O que você está planejando ?

– Planejando  ? – riu sarcasticamente, cruzando os braços diante de seu próprio corpo – Eu já estou agindo, Nagato . . Agora mesmo, veja como já tenho seu Império nas mãos. .. – fez uma pausa, retirando algo do interior de seus vestes – Não somente a Chuva, mas também já tenho outros domínios sob meu controle absoluto ... – estendeu uma das mãos, segurando com a ponta dos dedos um amontoado de fios longos e de cor amarelada.

– O que é isso  ?  ... – piscou algumas vezes, sem entender o que aquilo de fato significava.

– O que restou de Inoichi. .. – balançou os cabelos loiros do Imperador das Águas Negras nas mãos enquanto o semblante de Nagato mudava completamente – Eu lhe traria sua cabeça, se ela já não estivesse em putrefação e servindo de alimento para os abutres .. . – mesmo ao relatar tais atrocidades, seu semblante era calmo e sua voz inalterada– Nos dias atuais, as pessoas realmente precisam ver para crer e, para o infortúnio dele, o povo de seu Reino apenas tornou-se submisso quando eu os mostrei a extensão do meu poder e da minha crueldade, expondo sua cabeça como um troféu no centro do Império.. .

– Você....  é igual ao seu pai . ..– cuspiu aquelas palavras de maneira rude, inconformado com a loucura do homem a sua frente e da inconsequência de seus atos. Em seu interior, por outro lado, Nagato lamentava silenciosamente por Inoichi e o fim trágico que aparentemente havia encontrado.

– Não precisa me elogiar.. .– Obito abaixou-se, ficando de joelhos próximo a Nagato – Não sei se sabe, mas seu povo continua bastante rebelde .. . Será que terei que fazer o mesmo com você  ? – ameaçou-lhe enquanto tratava sua vida com insignificância.

– Pelo menos me pouparia do desgosto de continuar na sua presença  ... – foi rude, enquanto os atos dele continuavam repudiando-lhe.

– Ora, ora. .. Vejo que não mudou nada.. .– pareceu achar graça da situação.     

– Onde você pretende chegar, Obito  ? Até quando continuará sendo controlado pelos sonhos de Uchiha Madara ? –questionou-lhe diretamente enquanto via um semblante obscuro nascer na face daquele homem.

– Você continua enganado sobre mim .. . Eu vivo da forma que desejo e apenas compartilho dos mesmos objetivos de meu pai. . . – sua face enrijecida conferiam certa tensão às palavras que proferia.

– Você não passa de uma marionete . ..  Nunca teve vida própria nem personalidade..  Você está apenas vivendo a vida de outra pessoa e continua fechando os olhos para isso . .– sua voz era mais firme enquanto mantinha seus olhos sobre as ônix dele – Não importa o quanto tente se enganar Obito, você está apenas andando em círculos e vai terminar assim como Madara... Acabado e dependendo de outros para seguirem com os planos que nunca conseguiu executar..         

– Calado! – sua voz visivelmente alterada seguiu-se de um forte golpe desferido contra a face de Nagato, que caiu sob o piso frio e espurco daquela prisão – Você é quem está acabado aqui. .. Eu sou a verdade máxima e absoluta, será que ainda se recusa a aceitar ?... Meu desejo dará ao seu povo e as nações aquilo que nunca conseguiram alcançar. . . Seus olhos ignorantes ainda não conseguem ver que no final, a vitória será minha? – Riu alto, enquanto dava como certo o sucesso de seus planos.

– A sua paz e os métodos pelos quais deseja alcançá-la nunca funcionarão . ..– falou ainda com o corpo sob o chão frio, tentando sustentar-se em seus braços que o erguiam levemente – Não é assim que se acaba com o ódio e com as guerras ... Enquanto você disseminar o mal terá apenas o mesmo como resposta a tudo o que faz .. .

– Me decepciona ver o quanto seus olhos continuam cegos a verdade.. .– segurou Nagato pelos cabelos, fazendo o mesmo fitar seus próprios olhos – Você ainda acha que uma rélis Aliança pode livrar o mundo das guerras e curar o coração ressentido dos que sofrem ? Não me faça rir. . .–  empurrou com certa força a cabeça do Imperador contra o chão, levantando-se em seguida e mantendo-se de pé frente ao corpo caído do mesmo – Bastou que eu alimentasse o ódio ao meu redor e veja até onde eu pude chegar. ..  Enquanto a ordem não partir de um único polo, o Mundo continuará se reduzindo àpenas dor. . .

–   Esse polo de podder, seria você ? – sua voz saiu abafada, entre seus lábios e sua face colada ao chão, enquanto um filete de sangue corria pelo canto de sua boca – Você pode continuar avançando, mas desse jeito jamais chegará aonde quer.. . É inevitável Obito .. Uma hora ou outra o ódio que você disseminou se voltará contra você e te destruirá, assim como destruiu Uchiha Madara ...

– Essa sua falta de fé é pertubadora. .. E é também o que te levará a morte. ..– virou-se de costas, dando alguns passos até a grande porta de  ferro – Eu sempre vi um grande potencial em você e pensei em te dar uma nova oportunidade de aliar-se a mim e aos meus ideais, ainda que tenha menosprezado tal oferta no passado. . Mas sua ignorancia continua cegando você ...  – voltou a esconder sua face sob a escuridão de sua máscara – Eu deveria matar você Nagato, mas não vou. . não sem você ver a minha verdade e, obviamente, a minha vitória. . . Então, espero que aproveite as ótimas acomodações pois sua  estadia aqui será longa. .

– Eu verei você devolver o meu Império e queimar sob as mãos dos que mais odeia. .. – desta vez era Nagato que ria – Você será morto pelas mãos daqueles que tem o mesmo sangue que o seu e que carregam o poder que você nunca obterá .. . Os Uchihas e os Uzumaki vão destruír você Obito, assim como, outrora, destruíram o seu pai ..  

Obito não voltou a olhar para trás e continuou se afastando da cela de Nagato sob os gritos do mesmo e sob suas risadas altas que ecoavam por todo o corredor. Mesmo que não fosse possível ver sua face, seu semblante não era mais traquilo. As palavras dele haviam sido uma afronta direta a ele e a seus ideias. E era por tudo isso, que desejava ainda mais provar o quanto certo estava e como suas palavras se transformariam na verdade absoluta de todas as nações...

 

A Akatsuki era puro poder.        

 

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Reino do Fogo

Jardins Imperiais

 

A brisa leve movimentava os cabelos escuros dela e também bagunçava os fios loiros dele. Estavam sentadas sob um belo banco esculpido em madeira, enquanto tinham diante de si a vista da entrada dos Jardins do Fogo. Hinata estava posicionada bem na ponta daquele assento enquanto Naruto estava deitado de maneira desajeitada, repousando sua cabeça sobre o colo da moça, de braços e pernas cruzadas. Desde que Kushina havia lhe dito que bebês podiam ouvir o que os pais diziam e mesmo reconhecer as vozes, ele sempre pedia a Hyuuga que deixasse-o falar com o filho deles. Ela, por outro lado, gostaria de dizer-lhe que provavelmente isso só funcionaria quanto tivesse mais tempo de gravidez e não agora no início, entretanto, ele parecia tão animado que ela não teve coragem de falar-lhe nada. No começo ela sentia-se constrangida ás vezes pela impulsividade do marido mas, depois de algum tempo até passou a participar daquelas conversas em família.

Naruto contava histórias sobre ele mesmo, sobre sua infancia, sobre o Reino da Folha e até sobre batalhas das quais havia participado, se vangloriando na maioria delas.. Também falava sobre Minato, Kushina e Sakura ás vezes... Em uma outra noite em que conversou com o filho, Naruto disse que se ele fosse um menino, deveria casar-se no futuro com a filha de sua irmã com Sasuke, caso ela tivesse uma, para que ele pudesse finalmente se vingar do amigo e fazê-lo pagar por todas as vezes que o irritou. Hinata sempre ria nessas horas e até pensou que seria bem divertido se isso acabasse acontecendo mesmo. Outras vezes, ele alertava o filho sobre as dificuldades da vida e as responsabilidades de ser da família real, demonstrando características tão maduras que ás vezes até surpreendiam Hinata. Naruto seria, sem dúvidas, um grande pai...

Estavam ali já há algum tempo e depois de pensar um pouco mais, Hinata passou a acreditou que levá-la ali nos Jardins, tão repentinamente, havia sido uma estratégia dele para afastá-la daquele clima tenso que havia se instalado no Castelo, desde a chegada da Imperatriz da Chuva. Mesmo que as pessoas não lhe dissessem nada, Hinata sabia que algo grave havia acontecido, por toda aquela movimentação conturbada, e não podia deixar de preocupar-se com tudo aquilo.  

Naruto, por sua vez, assim que identificou uma certa instabilidade no olhar de sua esposa, tratou de conseguir sua atenção e, não havia nada melhor do que falar sobre o filho deles, para que ela se esquecesse do que quer que estivesse passando por sua mente. Apressou-se para terminar a história que contava, e, em seguida chamou pela esposa, atraíndo imediatamente seus olhos perolados para si.

– Ei, Hinata. . . O que você acha que vai ser ? – seus olhos curiosos brilharam para a Hyuuga que, ainda não havia entendido do que ele falava – Nosso filho ... você acha que será menino ou menina ?

– Bom ...  – seus semblante carregado de dúvidas voltou-se para o loiro que, repousando a cabeça em seu colo, fitava-lhe intensamente com um sorriso sapeca nos lábios – Eu ficarei feliz independente disso . . Mas ... – segurou o queixo, arriscando um palpite – ... Algo me diz que será um menino ..

– Se você estiver mesmo certa ... Isso se encaixaria perfeitamente nos meus planos. .– com uma risada estranha e uma careta divertida na face, Hinata já sabia que ele falava sobre aquele sonho maluco sobre  casar o filho com uma possível filha da irmã – Mas eu ficaria feliz também se fosse uma menina.. – imprimiu na face um semblante suave que enchia o coração da esposa de tranquilidade.

– Se fosse uma menina, talvez acontecesse o oposto desses seus planos e nossa filha poderia mesmo se casar com o filho da sua irmã, se ela tivesse um menino . .– falou de qualquer jeito, já contendo o riso que tentava escapar de seus lábios. Ela sabia como Naruto ficaria pertubado com esta possibilidade.

– Isso ..  – tapou  os olhos com a própria mão enquanto ia a loucura só com aquele pensamento. – E-eu nunca permitiria isso! Nossa filha nunca vai se casar com o filho do Sasuke! Nunca! – falava aquilo como se realmente fosse algo que aconteceria dentro de alguns dias, para a diversão da esposa. – Ahr, você quer me deixar louco falando essas coisas.. – bagunçou os cabelos enquanto ela continuava rindo com as reações exageradas dele.

– Você que está muito adiantado no tempo ... Nosso filho não nasceu ainda, não sabemos nem se é menino ou menina e sua irmão também não está grávida... – sorriu enquanto passava a afagar os cabelos do marido – Vamos dar tempo ao tempo, tudo bem ?

– Eu sei .. .– fez bico, como se fosse criança, quase emburrado com aquela situação – É que não é bom nem pensar nessas coisas... – desfez-se de suas expressões faciais enquanto Hinata concordava com suas palavras.

–  Naruto-kun... Você já pensou em algum nome para nosso filho ? – tentou mudar de assunto, atraíndo a atenção dele para outro tema –  Tem algum em especial que você já havia imaginado, talvez ?

– Hmm ... – fez uma expressão curiosa, enquanto parecia pensar em nomes. .. – Não sei, não tinha parado ainda pra pensar nisso . . E você ?

– Bem, eu já pensei em alguns nomes ... – ela também ocupou seus pensamentos com as várias possiilidades que, diferentemente de Naruto, já haviam passado por sua mente –..  Talvez se fosse uma menina, pudesse ter o mesmo nome da minha mãe...

– Sua mãe ? ... – levantou-se do banco onde permanecia deitado, posicionando-se ao lado da esposa e fitando-a com suas orbes intensamente azuis.. – Você nunca me falou muito sobre ela.. Também não me lembro de ter me dito o seu nome..

– Eu não me lembro muito da minha mãe, pois eu era muito nova quando ela morreu .. – parecia buscar em suas lembranças algo sobre sua mãe. – Mas meu pai sempre me disse que eu me pareço muito com ela.. . Disse também que ela era muito gentil e que seu sorriso lembrava muito o meu ... – falava com um semblante suave e ao mesmo tempo saudoso enquanto Naruto a ouvia atentamente – Ela de chamava Himawari ..

– Uzumaki Himawari... – pareceu gastar alguns milésimos de segundos para concluír algo sobre aquela combinação de nome e sobrenome. .– Esse vai ser o nome da nossa filha se for uma menina.. – falou com convicção para Hinata que esboçou-lhe um sorriso terno – E se for menino, o que acha do nome... Boruto ? – sugeriu, trazendo uma expressão satisfeita na face. ..

– Boruto ? ... É um nome maravilhoso .. – concordou com ele de imediato, decidindo por fim, os possíveis nomes que dariam ao filho deles em cada uma das situações...

Mantiveram os sorrisos, esboçados reciprocamente, quando foram interrompidos pela aproximação repentina de Kushina e Sakura, que segurava em uma das mãos o filho do Imperador da Chuva.

– Naruto querido, eu estava te procurando .. – a esposa de Minato foi a primeira a se pronunciar, demonstrando o real motivo de estarem ali.

– Aconteceu algo ? – Levantou-se em seguida, posicionando-se diante da mãe.

– Seu pai está esperando por você, aparentemente para uma reunião. . Ele quer que você o acompanhe... – falou com calma, passando pelo filho e tocando os ombros de Hinata. Desde que soube que seria avó, ele passou a disputar a atenção da esposa com a própria mãe. Era divertido, ás vezes.

– Vou até ele imediatamente.. – falou com segurança, aproximando-se em seguida de Hinata e depositando um beijo no topo de sua cabeça, não esquecendo-se de despedir-se também do filho ou filha deles..  Acenou para a mãe e também para irmã enquanto seguia para a entrada do Castelo.

– Naruto continua conversando com o bebê ? – Kushina falou divertida, enquanto sentava ao lado da nora.

– Todos os dias.. – sorriu levemente, enquanto a esposa de Minato achava graça da situação. Sakura por outro lado, se divertia com o sobrinho de Konan que, aparentemente, estava menos arredio e também parecia estar confortável com a rosada.

– Deve ser algo de pai e filho .. – cobriu os lábios, contendo uma risada baixa, enquanto lembrava-se de Minato e as conversas que também tinha com Naruto, quando estava em seu ventre.. .– Está se cuidando adequadamente, Hina-chan ?

– Sim .. Estou seguindo exatamente as recomendações da Konan-san. .  – falou com segurança, entrelaçando as mãos frente ao corpo – Por falar nela, o que realmente está acontecendo aqui , Kushina-san ?... Sei que não está tudo bem, embora não queiram me dizer nada ...

– Eu também não sei exatamente, mas tenho certeza que não é nada com o que deva se preocupar.. – mentiu, também para garantir que preocupações extras não lhe afetassem. Mesmo ela, estava bastante agitada com os rumores que ouviu sobre o ataque militar contra o Reino da Chuva e a aparente expansão de uma forte Organização inimiga, mas não seria com sua nora grávida que discutiria sobre aquilo. – Mas, diga-me. .. Decidiram algo a mais sobre meu querido ou querida netinha ? – tentou mudar o assunto e ocupar a mente dela com outros pensamentos. Tal mãe, tal filho.

– Estavamos falando sobre os possíveis nomes do bebê.. .–  sorriu timidamente, corando em seguida e aguçando a curiosidade imediata da mãe de Naruto.

– E então? E então ? – falou animadamente, também atraíndo a atenção de Sakura, que logo se aproximou mais das duas.

– Bem .. . Se for menino, seu nome será Boruto  e se for menina, se chamará Himawari...– Os olhos de Kushina rapidamente se marejaram assim que percebeu a bela homenagem à mãe de Hinata e, principalmente, ao seu pai, o avô de Naruto, Uzumaki Boruto.

– Que nomes maravilhosos. . – disse Sakura sorridente, afagando os cabelos da mãe que já não podia conter a emoção..

– E você, Sakura-chan .. Já pensou algum dia nos nomes que desejaria dar ao seus filhos? – perguntou a amiga que, nitidamente, não esperava por um questionamento como aquele...

– Bom .... Acho que toda mulher pensa nessas coisas. .– falou meio sem jeito, enquanto a mãe tentava se recuperar das lágrimas derramadas. – Eu e Sasuke nunca falamos nisso, mas se eu tivesse um menino, gostaria que ele se chamasse Saito .. – sorriu timidamente, enquanto no fundo, sonhava com o momento em que daria um filho ao marido.

– Que nome bonito, filha. .. – Kushina voltou a pronunciar-se, enquanto abraçava Hinata em agradecimento a homenagem feita a seu pai, ainda que ela não soubesse.

– Eu não tenho um nome para menina... Então acho que deixaria Sasuke escolher.. – falou com certa convicção, apoiando uma mão sobre a outra.

– Tia Sakura... – a voz infantil do filho de Yugito chamou a atenção dela e também de Hinata e Kushina, enquanto puxava-lhe pelo longo vestido leve de cor vermelha. . – Me ajuda a fazer um buquê de flores para minha mamãe ? – Ele falou corado, de maneira tímida, enquanto escondeu ambas as mãos atrás de seu corpo pequeno, balançando um dos pequenos pés como se fosse o ponteiro de um relógio.

– ... Claro, Yahiko-kun .... – falou gentilmente, enquanto afagava os cabelos ruivos do infante, que imediatamente esboçou-lhe um sorriso contido e, ao mesmo tempo, alegre por conseguir a ajuda dela.

Sakura segurou na mão do pequeno herdeiro da Chuva, afastando-se com ele das outras duas e entrando nos Jardins Imperiais. Kushina, que observava a cena, agradecia mentalmente aos Deuses por impedirem a criança de entender o que realmente estava acontecendo na vida dos pais dele. Toda aquela situação seria demais para uma criança tão pequena como ele entender e, naturalmente, suportar. 

Ficou ali, ao lado de sua nora, até que decidiu, repentinamente, seguir a filosofia de seu marido e filho, pedindo permissão a Hinata para que também conversasse com o neto ou neta dela. Parece que aquilo havia mesmo se espalhado entre os Uzumaki e Hinata, rapidamente sorriu e incentivou a sogra para que falasse com o bebê. No final das contas, o que importava eram os sentimentos destinados àquela criança que, ainda em seu ventre, já tinha tanto amor dedicado a ela.

Depois de certo tempo, a visão repentina do pequeno Yahiko correndo até elas, sem estar acompanhado por Sakura, chamou a atenção das duas. Ele parecia ter um semblante assustado que logo se reproduziu na face de Kushina e também na de Hinata.

– Yahiko, o que aconteceu ? – a Imperatriz da Folha logo se antecipou, segurando nos ombros do pequeno que, com as mãos sobre o joelho, buscava retomar o fôlego por causa da pequena corrida.

– A tia ... – falou ofegante, sob o olhar atento das duas mulheres – A tia Sakura caiu ali . .– apontou para algum ponto mais a frente, indicando algum lugar dentro dos Jardins – Eu chamei, mas ela não abriu mais os olhos. – A criança parecia apavorada enquanto contava o que havia acontecido.

– Minha filha! ..– Kushina se manifestou ao mesmo tempo que a Hyuuga reagia também as palavras do infante. De imediato, a Imperatriz da Folha pediu ao pequeno que a levasse exatamente até onde Sakura estaria, provavelmente, desmaiada e tentou manter a calma para não assustar ainda mais o filho de Nagato. – .. Hinata, chame alguns guardas e peça que eles venham até os Jardins rapidamente...    – indicou a nora o que deveria fazer e, em seguida, correu com o pequeo para encontrar a esposa de Sasuke...

“Quando aquele reino teria, finalmente, um pouco de paz ?”

 

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Reino da Fogo

Sala de Reuniões do Conselho Imperial

 

Ultrapassou a entrada da sala onde àqueles que havia convocado já o aguardavam. Logo suas ônix avistaram Itachi em uma posição central, com as mãos sobre a cadeira que ele deveria ocupar. Seus olhos vasculharam cada lugar à mesa enquanto mentalmente confirmava a presença de todos os demais Imperadores e seus acompanhantes que deveriam presentes áquela reunião. Mesmo com a ausência de alguns deles, aquele encontro se fazia necessário pela atua situação que a Aliança enfrentava e que, inesperadamente, não tinha a ver com a posse de Sasuke como novo Imperador do Fogo.

Assim que sentou-se, os demais Imperadores que o aguardavam, também tomaram suas posições a mesa. Logo a sua esquerda, estava Sabaku no Gaara, recém-chegado ao Castelo, acompanhado por seu irmão Kankurou, e a sua direita Hatake Kakashi juntamente ao Chefe de Inteligência das Águas Claras, Darui. Mais a frente estavam Minato e Naruto, penúltimos a completarem a mesa, antes da chegada dele, o ultimo integrante daquela reunião. Sobre os ausêntes, Hyuuga Hiashi já havia se pronunciado em uma mensagem indicando que devido a problemas em sua partida, demoraria mais que o previsto para chegar ao Fogo, entretanto não havia nenhuma notícia sobre Yamanaka Inoichi, o que levantava inúmeros questionamentos entre os demais Imperadores, ainda mais, nas condições atuais.

– Já que estão todos aqui, podemos iniciar esta reunião com os Imperadores do Fogo, da Areia, da Folha e das Águas Claras. – pronunciou-se Itachi, exercendo seu dever como mão direita de Sasuke e do Império Uchiha. – O assunto que se colocará aqui em discussão é o conteúdo da carta do Imperador Nagato e o atual estado de calamidade enfrentado pelo Reino da Chuva, devido a um ataque inimigo inesperado. . .  –  falou com firmeza, trazendo consigo o mesmo brilho no olhar que o irmão possuía. – Com os presentes nesta sala, dou por iniciada, a partir de agora, a reunião dos Imperadores..

 

....


Notas Finais


Que hora para parar ein, Autora ? Eu ia perguntar isso se estivesse lendo.. hahahahah
Inoichi morreu, tadinho :((( ..

Então gente, foi isso por enquanto... Daqui para frente a sequência vai estar bem agitada...
Ahhh, o nome Saito é em homenagem ao meu gato, divo e muso maravilhoso Hajime Saito de Hakuōki <333

No mais, obrigada pelo carinho e por me acompanharem! Voces são inenarráveis (amo essa palavra)

Beijos e até o próximo :DDD


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