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História A Garota das Visitas Noturnas - O Tempo Passa, E Quem Fica São Amigos de Verdade


Escrita por: Anonymous-san

Notas do Autor


Lalalalalalalallalala

Mais uma vez, demorei um pouco para postar.... Hehehe
Não se preocupem com os feriados, por que já deixarei alguns capítulos escritos para lançar caso eu fique ocupada na data e não dê pra fazer nada.

Bem, meus amores. Não sei se vocês perceberam, mas eu adoro alfinetar o mundo sobre a ignorância e a insistência das pessoas em limitarem o que é certo ou não, o que é permitido, ou o que é 'biologicamente correto'. Não vou sair por aí falando pra mandar hate nessas pessoas, pelo menos até o momento em que elas usem de seus ideais para limitarem a felicidade de alguém.

Bom, nada de incomodar vocês com minhas besteiras. Vamos ao cap:

Capítulo 16 - O Tempo Passa, E Quem Fica São Amigos de Verdade


Fanfic / Fanfiction A Garota das Visitas Noturnas - O Tempo Passa, E Quem Fica São Amigos de Verdade

Durante o restante de sua estadia naquele quarto de hospital, sentiu um vazio no ambiente.

Tentou preenchê-lo com as lembranças de suas conversas a noite, e sentiu saudade da pequena ilusão, mas seus amigos estavam empenhados em distrai-lo naquelas semanas que se seguiram. 

Claro, ninguém sabia da existência de sua visitante noturna, além de si mesmo.

No final, estava feliz. O trio de amigos de infância reunido novamente, com uma nova aquisição ruiva. Gradualmente, Kenma se aproximava também. Estava tudo andando para frente, e sua perna parecia estar quase completamente recuperada.

Tinha perdido o torneio com o time, mas Hinata contara que iriam participar em outro, e Daniel confirmou que, se seguisse suas recomendações à risca, estaria novinho em folha para participar com os colegas.

Seol Woo acabou se tornando uma visita quase frequente, agora que estava de licença maternidade e não queria passar o dia sozinha em casa, já que o marido andava extremamente ocupado como novo diretor do hospital. Mais uma bela surpresa.

A esposa de seu médico adorava contar sobre como o pai estava contente por saber da existência de um neto, e como estava feliz por ter um menino - tinham feito o ultrassom há algum tempo - e que iria mimá-lo, mas não demais. "Estragar as crianças era dever dos avós", dizia a mãe dela.

Mas Daniel e sua esposa não eram os únicos apaixonados nessa história. Oikawa e Iwaizumi estavam completando duas semanas de namoro, e estavam mais grudados do que nunca. Ambos estavam se preparando para assumirem o relacionamento aos pais de Tooru, já que os pais do Hajime estavam tranquilos com a situação.

Era bom saber que ao menos um casal do grupo estava dando certo. Kenma e Kuroo eram excessão, sua relação de irmandade estava mais forte do que nunca. Já Hinata e ele...bem, estava torcendo que passassem da fase de amizade, mas nenhum dos dois decidia tomar o primeiro passo. Kageyama, na verdade, estava reunindo coragem antes de sair do hospital. Mas não era como se tivesse alcançado algum avanço.

Naquele dia, Tobio fora acordado por um Daniel sorridente - um pouco mais do que sua habitual animação -, abrindo as janelas, como sempre fazia, e cantarolando alguma música que não conseguia se lembrar do título. Talvez não a conhecesse.

- Que animação é essa? - questionou a atitude exagerada do médico, passando a mão por seu rosto de recém-acordado. Ainda estava meio sonolento, na verdade. - Ganhou na loteria?

-Se eu tivesse ganhado na loteira estaria com minha mulher agora, celebrando, e não no hospital, cuidando de um garotinho rabugento - retrucou o homem, ainda sorridente, e vindo em sua direção com a costumeira prancheta em mãos. 

- Ops, acho que alguém nasceu no ano do cavalo.

- Ah, Kageyama, meu pequeno estraga prazeres, por que não deixamos isso de lado e falamos sobre o que importa? - Sentou-se na poltrona para visitas. - Não se lembra qual é o dia de hoje?

- O que há de tão especial no dia de hoje?

- Aquele ruivinho lhe deixou uma carta de confissão agora a pouco, na recepção, e me pediu para lhe entregar.

- Sério? - Ele quase engasgou com a própria saliva, se levantando da cama imediatamente. Podia-se dizer que estava curado de todos seus ferimentos do acidente.

- Não, me desculpe - Mas ele parecia falar da boca para fora, rindo por dentro. - Mas acabei de confirmar minhas suspeitas. Você gosta dele, não?

- G-gosto...

- Eu sabia. Há! Seol Woo duvidava de mim, ela diz que eu vejo coisas onde não há nada.

Não era reação que esperava, mas já devia ter imaginado que ele levaria aquilo numa boa, se tratando de Kim Daniel. O japonês-americano era a pessoa mais "amor para todos" que Kageyama conhecia. Depois de Hinata, é claro.

- Ah, voltando ao que interessa - ele olhou nos papéis, como se quisesse ter certeza do que estava prestes a dizer. - Eu fui autorizado a lhe dar alta do hospital, Tobio! Você está livre...

- YES! - O garoto gritou, deixndo-se levar pela empolgação, mas logo se desculpando pelo grito. - Foi mal.

- Nah, tudo bem, nunca te vi tão animado. Já tem planos para quando deixar esta "prisão", segundo suas próprias palavras?

- Alguns. - Mas como iria para casa? O pai provavelmente estaria no trabalho. - Ahm, Daniel?

- Sim?

- Meus pais precisam assinar algo para eu ser liberado? - perguntou. Se precisasse, não sairia dali tão cedo.

- Não se preocupe, seu pai assinou a papelada quando esteve aqui ontem. Ele veio buscar a receita atualizada das prescrições de sua mãe, e eu pedi que ele assinasse.

- Ah, obrigado! - agradeceu, do fundo do coração. Estava mais fácil, agora só precisava de uma carona, e sabia de alguém que tinha uma carteira de motorista e muito tempo livre. - Eu vou ligar para virem me buscar, então.

- Ok, mas peça para virem em duas horas, precismos fazer alguns check-ups finais. Volto daqui a pouco, estão me chamando.

O médico deixou a sala, e Kageyama achou estranho o pai aparecer no hospital para pegar as prescrições de sua mãe. As receitas não mudavam muito, e não lembrava de ter sido avisado. E, por pior que fosse, o homem sempre o avisava.

Fazer o que? Estava finalmente livre daquele maldito quarto.

-- \\ --

Daniel voltou alguns minutos mais tarde, com Anne e mais um enfermeiro, que descobriu levar o nome de Tatsuya. 

As checagens finais correram tão bem quanto o esperado, e a alta de Kageyama estava confirmada e validada; poderia sair dali em breve. Mas o médico não saiu sem reafirmar que iriam manter contato, deixando o número de seu celular pessoal com o garoto moreno, que sorriu diante da ação do mais velho.

Uma hora depois, seu quarto foi invadido por quatro pessoas que estava mais do que extremamente ansioso para encontrar. Eles adentraram o cômodo conversando alto, discutindo quem se sentaria ao lado do moreno, e para onde iriam depois de saírem dali.

- Uhum! - Tentou chamar a atenção do grupo. - Eu estou aqui. Não aí na conversa de vocês, mas podem continuar que eu espero.

- Kageyama! - Saeko gritou, correndo em sua direção, se soltando de Hinata, com quem estivera abraçada. - Seu idiota! Como ousa me ligar e dizer que eu sou desocupada! Quase não vim. Agradeça ao pequeno por eu estar aqui, ele foi até mim com o Oikawa e implorou para que eu viesse.

- Voce não cansa de mentir? Só admite que veio por vontade própria, garota. - Tooru, como havia se tornado costume, estava envolto pelos braços de Iwaizumi, e Kageyama nem precisou perguntar para saber do que se tratava.

Em meio à confusão, Hinata se aproximou da cama em que estava, e pegou em sua mão. A garota e o capitão da Seijoh continuaram discutindo, enquanto o Hajime se mantinha neutro na discussão. O ruivinho se aproveitou da distração para se pronunciar somente ao amigo hospitalizado.

-  Que bom que você está melhor, minha mãe estava ficando preocupada, e meu pai também. Eles amam você.

- E você não estava preocupado? - Perguntou, devolvendo o aperto que o maior exercia sobre sua mão, e olhando-o nos olhos. Hinata ficou desconcertando.

- Talvez até demais - murmurou. - O time está com saudade - vendo o olhar inquisitivo, continuou - e eu também. Feliz?

- Muito.

A atenção se voltou para o ex-paciente, e os dois soltaram as mãos, se afastando um pouco para uma distância 'normal'. Para Tobio, no entanto, não deveria haver distância alguma ente eles. Principalmente entre os lábios...

- Então, Tobio, vamos sai dessa espelunca? - comentou Iwaizumi, calmo e centrado como sempre, e com suas palavras estranhas. - O caro está no estacionamento esperando por nós.

- Vamos, então - a mulher disse. E todos começaram a pegar suas coisas - que incluíam o celular e alguns documentos e os sapatos do acidente, enquanto o moreno se arrumava no banheiro com as roupas que a Tanaka havia trazido de sua casa. Por último, o colocaram em uma cadeira de rodas, pois, ainda que estivesse de alta, não ea aconselhável que forçasse suas pernas nos primeiros dias. E talvez precisasse usar muletas, mesmo que um de seus braços ainda estivesse engessado. Mas isso Daniel ainda estava decidindo e analisando.

Pelos corredores, acenava para os enfermeiros que conhecia, sendo empurrado na cadeira de rodas por Oikawa. Viu Daniel, que olhou para o ruivo, e depois para si, desejando um "boa sorte".

Por outro lado, Hinata andava na frente com o resto do grupo. Os dois mais velhos não se lembravam aonde haviam deixado o carro, e o menor parecia se lembrar. Saeko ia com um dos braços ao redor do pescoço dele, enquanto este conversava com o Hajime. Shouyou sorria como antes, e Tobio se viu sorrindo com a constatação.

- Ele está sorrindo assim por sua causa, sabia? - Oikawa subitamente interrompeu seu momento, e se viu um pouco confuso coma pergunta.

- E por que seria?

- Por que ele também gosta de você, seu lerdo. - Tooru estava começando a acreditar que a burrice do amigo era descomunal, mas sabia que ele gostava de se autodepreciar, e não acreditava que as pessoas podiam realmente sentir algo por si. - Achei que você já tinha percebido isso.

- Eu duvido muito, Tooru. - Olhou novamente para a figura baixinha. - E às vezes acho que nem vale à pena descobrir.

- Tente uma vez. Vai ver que eu estou certo, Baka-geyama.

Pensou na proposta. Talvez não fosse tão ruim finalmente tirar isso à limpo, e ter certeza se HInata gostava ou não de si. Seria ainda melhor se pedisse a ajuda de Oikawa nesse assunto. Mas falando no mais velho, acabou por se lembra que tinha outra coisa que precisava ser esclarecida.

- E então, Oikawa... - virou a cabeça para olhar nos olhos do amigo, mas desistiu do esforço. Seu pescoço ainda doía por passa tanto tempo deitado naquela cama de hospital. - Não tem nada que você gostaria de me contar?

O barulho da cadeira de rodas passando pelo corredor razoavelmente silencioso do hospital encheu os ouvidos de ambos, enquanto alcançavam a porta que levava ao estacionamento. O grupo que estava na frente já havia passado por esta, e provavelmente estavam encontrando o carro.

- Não, nada em especial - O silêncio que seguiu indicou que ele estava pensando e tentando se lembrar de algo -, por quê?

- Tem certeza? Nada que envolva um moreno alto, vice capitão de um time, que começa com Ha e termina com Jime? - insistiu, talvez Tooru estivesse realmente esquecido.

- Aaah, isto.

Eles precisaram parar a conversa por um tempo, enquanto Oikawa saía de trás da cadeira para abrir a porta, prendendo a na parede para que pudessem descer a rampa para o estacionamento.Uma vez descida, ele continuou:

- É, nós estamos namorando. Acho que esqueci de te contar, não foi? - Parecia verdade o que ele dizia. - Os pais dele aceitaram tudo super numa boa, eu me senti como parte da família. Mas...

- Mas seus pais não vão aceitar tudo tão bem - completou o pensamento do melhor amigo, suspirando por já conhece a história.

Sentia que era uma enorme injustiça alguém tão - não exatamente legal, mas -, tão Oikawa! Alguém que fazia de tudo para ajudar os amigos, que sempre doava o tempo para ouvir suas reclamações, estava sempre fazendo piadas, não importava o momento. Não entendia como alguém tão bom, mesmo que da própria maneira, vivia em circunstâncias tão difíceis.

Tooru, que aceitava à tudo e à todos de baços abertos, não encontrava aceitação na própria família. Era mais do que triste, era revoltante que ele não pudesse contar com quem mais precisava quando estava disponível para qualquer pessoa.

Esperava, rezava - mesmo não sendo religioso assim - para que Tooru conseguisse vive feliz com o namorado. Um casal de grande amigos que mereciam toda a felicidade que a vida pudesse dar. Duas pessoas boas demais para viverem em um mundo tão ruim. Queria, do fundo de seu coração, que os pais do amigo decidissem deixar essa merda de preconceito do lado.

Quanto à sua própria família, só precisava do apoio da mãe. Seu pai podia ir para o inferno com seus preconceitos e seu ódio exacerbado contra toda a humanidade além de si mesmo. Não achava que seu pai fosse capaz de gostar de qualquer coisa além de bebida e prostitutas, e sentia pena dessas mulheres.

- Não se preocupe, Oikawa. Se eles não te aceitarem, nós estamos aqui. - Hinata, Saeko e Iwaizumi acenavam do caro, mostrando a direção. - Seremos sua família.

- Eu não preciso de mais nada.


Notas Finais


LOLOLOLOLOLOLOLOL

Tantas emoções para um bagulho só.
Eu estou com medo de começar a cagar a história a partir daqui, então vocês vão ter que me aguentar, ok?

Tchau, tchau, amores <3


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