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História A good broken heart - Efeito colateral


Escrita por: BellFrey

Notas do Autor


Oi, voltei.
Espero que gostem, e se gostarem... Comentem! Seria legal ver que estão aprovando :D

Capítulo 3 - Efeito colateral


Ivy mostrou onde o homem deveria estacionar, assim que ele parou, ela desceu do carro e foi abrir a porta para poder tirar as duas de trás.

— Precisa de ajuda, moça? — o taxista perguntou olhando para trás e vendo que ela não estava conseguindo tirar Emily.

— Ahn, não, obrigada. — pegou o dinheiro do bolso — Aqui está, valeu! — e com um impulso para trás, depois de alguns segundos só na tentativa, conseguiu arrancá-la de lá de dentro, Karina tinha saído por si só, ainda cambaleando, mas parecia estar voltando a si. — Vocês estão me devendo, suas malucas! — puxou Emily e a deixou sentada perto da parede enquanto pegava as chaves para abrir a porta, empurrou e fez um sinal com o dedo para que Karina entrassem, ela seguiu reto e conseguiu chegar até a poltrona que tinha ali.

— Emily, se quiser entrar, entre por conta própria... chega de carregar vocês por hoje! — falou entrando e indo até Karina — Pra cima, agora! — apontou para a escada — Não me olhe com essa cara, anda vamos! Direto para o banheiro. — mandou e Karina obedeceu, escutou a porta se fechar, mas não precisou voltar para ver de quem se tratava. Ao chegar lá em cima, já dentro do banheiro e com a amiga sentada em cima do vaso, abriu a ducha e colocou na morna, era noite e a água gelada as matariam, puxou-a e a fez sentar debaixo. Colocou a mão na cintura e ficou a encarando. — Loucas! — murmurou e voltou para o quarto, tirou os sapatos, agradeceu aos céus por aquele contato com o chão, por um segundo, quase se esqueceu da outra que estava lá embaixo, bufou e desceu. Emily não se encontrava mais ali, então foi para a cozinha e encontrou ela vomitando na pia.

— O que você está fazendo? — gritou e aproximou-se segurando o cabelo da amiga.

— Eu, eu não sei o que aconteceu! — disse e vomitou mais uma vez, Ivy virou o rosto fazendo careta.

— Ah! E precisa? Vocês ainda vão me matar! — respirou fundo e ajudou ela a se sentar na cadeira — O que deu na sua cabeça em beber dessa forma? Sendo que tínhamos fregueses importantes no restaurante?

— Desculpa, eu só consigo ver borrões. Me dá um copo de água? — pediu, Ivy abriu a geladeira, pegou a garrafa e colocou água em um copo, entregando para ela. — Onde está Karina? — Emily perguntou antes de virar todo o liquido de uma vez.

— Está esfriando os neurônios. Vou deixar para falar sobre isso com vocês amanha, vejo que não compensa citar as coisas que fizeram! Melhorou?

— Mais ou menos. — colocou o copo na mesa e jogou a cabeça para trás de olhos fechados e arfando — Está tudo girando.

— Estranho é se não estivesse. Vou voltar para ver como se encontrar a outra cidadã, vê se não cai no chão, ok? — foi mais um aviso do que um pedido.

Ao entrar no banheiro encontrou a outra de pé esfregando o rosto, encostou-se no batente com uma toalha na mão.

— Ah! — Karina se assustou — O que foi?

— O que foi, é? — jogou a toalha pra ela — Nada de descer, cama me entendeu?

— Não tenho escolhas. — deu de ombros.

— Ainda bem que sabe, vou me deitar, já fiz muito pelas duas hoje... Boa noite. — enquanto se retirava do local, ia abrindo sua camisa, entrou em seu quarto trancando a porta, sentou na cama retirando sua meia calça, tirou o blazer e depois sua camisa branca social, por último a saia preta, foi para o banheiro e terminou de se despir ali. Soltou o cabelo e se colocou debaixo da ducha, tudo parecia perfeito debaixo da água quente.

~•~

No dia seguinte, o despertador de todos estavam para despertar as 6hrs em ponto, mas parecia que somente Willy havia dado conta de acordar.

— Ivy? — ela ouviu alguém bater na porta — Abre, é o Willy!

Se virou no colchão, esfregou os olhos, bocejou e se levantou com a cara mais amassada do mundo, praticamente se arrastou até a porta, destrancou-a e então caminhou em direção a cama novamente, caiu de barriga.

— Pode entrar, está aberta. — avisou, Willy colocou o rosto e depois entrou fechando-a por trás.

— Até parece que foi você que deu relaxo, cherri! — ele disse.

— O que você quer, Willy? — ela, com muito esforço conseguiu se sentar — Eu estou morta!

— Não é pra menos. Só acho que as duas madames estão pior do que você, bem pior. — riu e ficou sério rapidamente — Elas levarão uma bela lição, isso não há duvidas. Só vim aqui para te falar uma coisa antes de ir lá puxar a orelha daquelas duas malucas...

— E o que seria tão importante? — bocejou mais uma vez.

— Adivinha quem virá almoçar no Alimentaire? — bateu as mãos sorridente.

— Algum modelo de sunga? — deu de ombros, Willy revirou os olhos.

— Não! Bem que poderia, mas vou me contentar em vê-lo de roupa. Não quer adivinhar?

— Estou com cara de quem está com vontade de adivinhar alguma coisa?

— Grossa! Pois então eu falo, — limpou a garganta — Chris Evans. — o sorriso se estendeu ainda mais.

— Sério? Ele não ficou traumatizado, não? — franziu o cenho.

— Ele gostou da emoção! Mas nada de repetir a dose, tudo bem? — riu nasalado.

— Com certeza! — se levantou — Quer ir acordar elas?

— É o que mais quero, estou ansioso para ver a cara de vergonha das duas. — empinou o nariz e saiu do quarto dela.

~•~

— Bom dia, flores do dia! — Ivy apareceu na cozinha gritando.

— Por favor, não grite, ok? Já não basta acordar com os berros do Willy. — Emily pediu com a mão nas têmporas — Minha cabeça parece que vai explodir!

— E a minha, então? — Karina estava com uma bolsa de gelo.

— Isso é para as dondocas aprenderem a não dar relaxo no meu restaurante, da próxima não vai ter Ivy e Chris pra lhes salvar não, me entenderam? — Willy as repreendeu.

— Chris? — as duas perguntaram juntas e se entreolharam.

— Do que você esta falando, Willy? — Karina tornou a perguntar.

Ele deu uma risadinha.

— Não se lembram? — colocou o suco em seu copo.

— Desembucha, William! — Emily ralhou e depois gemeu.

— Sério de que não se lembram? — Ivy as olhou.

— Estamos com cara de quem se lembra? — Karina a encarou. — Fala, de que Chris vocês estão-falando?

— Chris Evans. —elas arregalaram os olhos — Sim, esse mesmo. Ele e Sebastian foram jantar no meu restaurante e bem, vocês duas deram aquele bafão todo e sabe quem ajudou a Ivy?

— Não brinca com isso, Willy. Que vergonha! — Karina passou a mão no rosto deixando a bolsa de gelo na mesa.

— Sem falar na porcaria que você fez e não limpou, argh. — Ivy comentou fazendo uma careta de desgosto.

— Que porcaria? — Emily já havia entendido por partes.

— Karina foi ao banheiro, não limpou o que tinha que ser limpo e adivinhem? Estava caída no chão, tanto que esse galo ai foi feito pela porta que bati em sua cabeça. — Ivy apontou.

— Só pode ser sacanagem! — nem ela mesmo acreditava.

— Não, não é. Se caso vocês forem hoje no restaurante, fiquem longe do bar, me entenderam? — Willy se avisou.

— Acha que vou beber depois do vexame que dei? Se bem que, o da Karina foi pior. — Emily riu.

— Muito engraçado, engraçadíssimo. — revirou os olhos — Vou indo para o estúdio! — se levantou pegando a bolsa — Vamos logo. — chamou Emily que ainda ria, com dor, mas ria.

— Essas garotas, eu em. — Willy suspirou e olhou para Ivy — Hum, de cabelos soltos?

— Posso inovar às vezes.

— Certo. Vamos antes que aquilo vire um auê sem mim! — pegou o óculos e sua maleta.

~•~

Já havia algumas pessoas no restaurante, Ivy estava se irritando com as cantadas de Joe, ela odiava quando aquilo acontecia. Estava anotando algumas reservas quando ouviu passos entrando.

— Posso... — ela parou de falar assim que viu Chris ali, parado a olhando — Ajudar? — se recompôs.

— Pode sim, é aqui o restaurante onde coisas acontecem? — perguntou em um tom brincalhão.

— Sinto muito. — fez um bico envergonhada.

— Estou brincando, não precisa de nada disso, já disse... foi até que divertido. — comentou ele, percebendo como ela estava sem graça. — Poderia me levar até uma mesa?

— Claro, me acompanhe.

Ela indicou uma das mesas ao lado da janela.

— Essa vista é muito bonita — disse ele olhando para a janela voltando à olhar para ela em seguida. — É, pode se sentar? — Ivy estranhou aquele pedido.

— Como é? — estreitou os olhos.

— Sente-se.

— Senhor Evans... — Ivy iria se opor.

— Pelo amor de Deus, dispense o Senhor. Acha que sou tão velho assim? — ela ruboriza e ele novamente sorri, estava gostando daquilo.

— Não, só é que agora estou no meu horário de trabalho.

— Seu chefe não ficaria bravo se o pedido viesse de mim, ficaria? — Chris sabia jogar.

Ela olhou em volta, tudo parecia estável e se sentou ainda receosa.

— Vamos ser rápidos, tudo bem? — colocou sua caderneta do lado.

— Tudo bem! — ele se inclinou para frente e fez um suspense para falar, ela o encarou esperando logo o assunto surgir — Como suas amigas acordaram?

Ivy riu.

— Ah, que susto! É sobre isso... — ela se sentiu aliviada — elas acordaram bem mal, a cabeça doendo, não se lembrando de nada e quase não acreditaram quando a gente disse que você as ajudou junto comigo, foi engraçado a reação delas. Bem feito! — complementou, ele não tirava o sorriso do rosto e aquilo, para ela que sempre foi muito fã dele, era perturbador.

— E você? — entrelaçou os dedos por cima da mesa.

— Como?

— Acordou bem? Porque não foi fácil, confesso que eu mesmo quase morri para sair da cama.

— Ah, foi cansativo. —riu de si mesma — Foi uma ressaca psicológica pra mim.

— Eu acredito, mas elas estão bem?

— Estão sim, não é a primeira vez e nem será a última. Só espero que elas não me façam mais isso aqui, bem onde trabalho, é terrível pra mim e pro Willy, se algum cliente ver...

— Eu vi!

— Mas você não conta, você me ajudou. — explicou — Elas precisam de freio urgentemente.

— Elas tem você como exemplo, certo? — ficou esperando alguma resposta afirmativa dela.

— Mais ou menos, não sou nem a metade do exemplo que um dia pensei ser, mas também não sou essas doidas da vida... Se é que me entende.

— Acho que sim. — Chris olhou em volta.

Ela fez o mesmo e ele acompanhou seu movimento.

— Preciso voltar pra lá, qualquer coisa me chame, tudo bem?

— Claro! — se ajeitou na cadeira — Você...

— Sim?

— Não, nada. — coçou a nuca.

Ela então assentiu e saiu dali, não precisou chamar nenhum dos garçons porque Silas viu e se aproximou da mesa dele.

— Ivy! — ela olhou para o lado e viu Willy se aproximando — Adivinha quem vai fazer aniversário?

— Ahn... Britney Spears? — riu da cara de deboche que seu amigo fez.

— É uma diva, mas não essa, então tenta de novo!

— Ai meu Deus, quem Willy? — odiava adivinhar.

— Moi here, baby.

— Sério? Você não fazia aniversário em setembro?

— Mentir pra boy era o que eu mais fazia, porém não, faço daqui há 3 semanas e preciso que você e as meninas me ajude com Buffet, decoração e claro, garçons, não vou pedir para os que trabalham aqui, vou convidar todos!

— E onde pretende fazer? — perguntou.

— Aqui mesmo. Coloco aviso antecipado para ninguém fazer reserva no dia. — Willy suspirou.

— Entendi.

— E sabe? — aproximou o rosto — Vou chamar o boy magia do Chris, não é maravilhoso isso?

— Você que sabe, é sua festa e seu restaurante, então... — deu de ombros.

— Nossa, como você é pra baixo. Estou falando de Chris Evans, meu amor! Aquele lindo homem sentado naquela mesa e que está solteiro, arriba!

— De onde tirou isso? — ela perguntou com um pouco de curiosidade.

— Internet está ai para isso, querida. — fez carão.

— Sério? Quer dizer que...

— Quer dizer que o bofe está sem coleira, vai falar que não é uma boa notícia?

— Willy, que tal você parar de querer ser fofoqueiro profissional e voltar para seu posto lá na cozinha? — ala falava enquanto pegava uma caneta.

— Não pode ser! A minha funcionária me mandando trabalhar? Quem você acha que é, dondoca?

— Sua amiga, agora rala daqui, ok?

— Vai ter troco, ah se vai! — saiu dizendo.

~•~

Emily estava subindo para o décimo quinto andar de um prédio com apartamentos de luxo, fazia semanas que ela andava sempre escondendo o celular, dizendo que tinha perdido o ônibus ao voltar para casa depois da faculdade, mas na verdade ela estava se encontrando com um certo alguém, às escondidas, todos os dias depois das aulas. O elevador se abriu e ela saiu soltando o cabelo, parou de frente para a porta com o número 89 e bateu, estranhou que ninguém tivesse ouvido, abriu e entrou, ali na sala não tinha ninguém.

— Pensou que eu não estaria aqui? — o homem a abraçou por trás e beijou seu pescoço.

— Por um segundo, sim. — ela virou de frente pra ele e o beijou — Desculpa ter demorado, eu estou com uma dor de cabeça terrível e passei na farmácia para comprar um remédio...

— O que aconteceu? — ele perguntou colocando uma mecha de cabelo dela para trás.

— Nunca beba com sua amiga, foi isso que aconteceu! — riu nasalado e jogou a bolsa em cima do sofá e se jogou logo em seguida — Foi terrível acordar parecendo que lhe bombardearam ao pé do ouvido... — falava enquanto arrancava os sapatos, ele se aproximou e se sentou no outro começando a fazer massagem nos pés dela.

— Já disse para você não exagerar, pode lhe fazer mal, sabia? — ele sorriu.

— Preocupado comigo? —Emily mordeu o lábio, puxou o quadril dele com suas pernas para cima de si e ficou o olhando.

— Sempre me preocupo com pessoas que fazem parte da minha vida. — disse e beijou rapidamente os lábios dela.

Ela sorriu assim que ele parou, Emily estava apaixonada por aquele homem, queria tanto poder contar para todos, para seus amigos, mas como eles reagiriam ao saber que o amor de sua vida é 26 anos mais velho? Mesmo sabendo que Ivy também não ligava para idade, ela tinha medo, porque a diferença ultrapassa até o gosto da amiga.

— Isso é tão, tão lindo! — disse ela toda feliz, novamente ele beijou-a, mas agora com volúpia, se apoiou no sofá com sua mão, ele a deitou devagar no sofá sem romper qualquer contato.

— Você que é linda. — disse olhando nos olhos dela.

~•~

Willy e Ivy já haviam voltado para casa, Karina também e era quase 1hr da manhã e nada da Emily aparecer.

— Onde essa criatura se meteu? Não é possível que desde o momento em que saiu da faculdade ela não tenha dado sequer um telefonema! — Willy estava desesperado.

— Ela vai aparecer gente, fiquem calmos que a Emily conhece Los Angeles da mesma forma que conhece a anatomia masculina. — Karina tentou acalmá-los, mas não deu muito certo.

— Ela não atende o telefone.. — Ivy disse soltando um suspiro — Nos resta esperar. — sentou-se no braço do sofá.

— Já é a terceira vez que ela some sem deixar recado para ninguém, ela quer me matar? Me deixar velho e com rugas de preocupação? É isso? — Willy falava alto e andava de um lado paro o outro.

A porta se abre e todos ali olham juntos, Emily entrou tentando não fazer barulho, Willy se aproximou um pouco, parando de frente para a porta de braços cruzados.

— Onde você se meteu? —perguntou rude.

— Meu Deus

— Nossa, que susto! Ainda estão acordados? — pendurou sua bolsa e retirou o casaco.

— Não, a gente é holograma. — ele revirou os olhos — Onde foi que você estava até uma hora dessas?

— Relaxem, eu estava andando por ai com alguns colegas da faculdade, só isso. —deu de ombros, agora retirando os sapatos— Agradeço pela preocupação, mas sei me cuidar sozinha.

— “Sei me cuidar sozinha...” essa é ótima. — Karina falou — Avisasse pelo menos, né?

— Vou me deitar, até amanhã. — Emily cortou o assunto todo e saiu dali.

— Ela está mentindo, porém não vai falar a verdade, de um tempo à ela. — Ivy disse — Vou subir, qualquer coisa sabem onde estou.

Passou pelo o amigo que naquele momento estava soltando fogo pelas ventas e subiu rapidamente para o andar de cima.

Emily olhou para trás e viu a amiga há poucos metros dela.

— Olha... Se você for para me dar sermão, nem vem. — avisou com a mão levantada.

— Não vou fazer isso. — Ivy negou. — Mas é que ficamos preocupados. — tornou a dizer.

— Quando for o momento certo, eu falo. — Emily suspirou — Vou deitar, até amanhã. — se despediu e entrou em seu quarto, deixando sua amiga ali no corredor.

~*~

No dia seguinte, todos tomavam café em silêncio, ninguém queria tocar no assunto da noite anterior.

— Bom, já terminei. — Emily foi a primeira em se levantar.

— Mas já? — Willy colocou a xícara na mesa e a fitou, Ivy e Karina só observavam.

— Preciso ir, tenho um trabalho para fazer. — explicou ela, pegando sua bolsa.

— Iria conversar com vocês sobre minha festa, mas todas precisariam estar aqui. — ele estava sério, nem parecia o Willy que todas conheciam.

— Volto logo, Karina depois me avisa sobre os detalhes. Tchau! — acenou e saiu da cozinha, deixando um clima tenso no ar.

— Ainda vou enfartar. — comentou baixo, com a mão na testa.

— Fica calmo... — Ivy tocou o ombro dele. — Converse conosco sobre a festa. — disse ela, ele olhou para Karina que assentiu sorrindo.

— Bom, queria debater com vocês sobre o tema. Não faço ideia de qual escolher. — explicou, se esquecendo do ocorrido.

— Já tem algum em mente? — Karina perguntou.

— Estava pensando em algo alegre... Country ou Tomorrowland. — ficou esperando ouvir algo produtivo das duas.

— Prefiro tomorrowland. — Ivy disse enquanto limpava a mão no guardanapo.

— Concordo com ela. — foi a vez de Karina.

— Irei conversar com a Diana. — elas não haviam entendido. — A moça que está organizando tudo! — agora sim elas haviam entendido. — Vamos, Ivy? — ele se levantou.

— Sim, só deixa eu pegar minha bolsa lá na sala. — saiu dali imediatamente.

— Me dá uma carona? — Karina pediu com um bico.

— Não tenho muitas escolhas. — ele se fez de difícil, ajeitando sua maleta, ela correu até ele e deu um beijo em seu rosto. — Pelo amor, hein? — Willy limpou o local tocado pelos lábios da amiga.

— Pronto, podemos ir. — Ivy avisou assim que voltou com a bolsa. — Perdi alguma coisa?

Os três se encaminharam para fora juntos.

— Nada, não perdeu nada. — Willy fez um sinal com a mão, ele chegou primeiro no carro.

— O que você fez? — Ivy sussurrou enquanto ficava para trás fechando a casa.

— Beijei o rosto dele. — Karina se sentiu vitoriosa.

— Ah...

Todos entraram no carro e saíram dali rapidamente. Willy deixou Karina no estúdio, depois seguiram direto para o restaurante.

— Você ainda pensa em ter aquela conversa com a Emily? — Ivy o olhou, ele estava concentrado no trânsito.

— Não sei, ela anda me tirando do sério faz algum tempo. Ter essa conversa pode não ser uma boa ideia. — respondeu.

— O que será que ela está escondendo tanto? Qual a razão de temer a gente? — Ivy estava descrente, nunca tinha presenciado uma atitude daquelas vindo da pessoa mais aberta daquela casa.

— Certeza que é homem. — Willy balançou o dedo.

— Será? — ela estranhou. — Mas Emily não faz o estilo de esconder que está com alguém, não faz do feitio dela.

— Aí é que está. — Willy girou o volante, entrando no estacionamento e seguindo para a sua vaga. — Pode ser que seja mais do que isso. — desligou o veículo, retirando a chave da ignição.

— Vou tentar tirar algo dela, sou extremamente confiável. — Ivy retirou o seu cinto, abrindo a porta logo e seguida.

— Como tem tanta certeza assim? — Willy ativou o alarme assim que saiu.

— Só tendo. — sorriu, se juntando ao lado do amigo.

Ao chegarem na porta do Alimentaire, Ivy avista Chris perto da recepção, mexendo no celular bem concentrado.

— O que ele está fazendo aqui de novo? E tão cedo? — perguntou, chamando a atenção do amigo que ainda não tinha o visto.

— Ele não fez reservas, fez? — Willy também estranhou. — Mas vamos concordar que, aquele conjunto de rosto e corpo dá um ar mais convidativo para todos os outros clientes, não? — se abanou.

— Willy. — ela deu risada.

Ele a deixou para trás, adentrando o salão onde ficava as mesas, mas antes acenou para Chris que até então estava concentrado.

Ivy caminhou até seu lugar, tendo a total  atenção do olhar e do sorriso do ator.

— Bom dia. — Ivy falou, já indo ligar o computador.

— Bom dia. — ele andou até o balcão que privava Ivy do resto da entrada e se apoiou.

— Você fez reserva? — ergueu os olhos para ele.

— Não.

Ela arqueou uma sobrancelha.

— Então...?

— Então, só vim passar a hora. Agenda vazia. — deu de ombros.

— Tudo bem, então. — Ivy assentiu, voltando sua atenção para o computador.

— Suas amigas estão bem? — puxou assunto, já não sabia mais o que dizer.

— Estão sim, melhores impossíveis. — respondeu sem olhá-lo. — E Sebastian?

— O que tem ele?

— Ele está bem? — fez a mesma pergunta.

— Ah sim, está. Com certeza. — dedilhou os dedos onde estava escorado.

~*~

— Chris cancelou todas as entrevistas dele? — Sebastian se desencostou da cabeceira de sua cama em um susto, com o telefone na orelha. — O que deu nele? — retirou o lençol de cima das suas pernas e caminhou até a grande janela do seu quarto, ainda estava só de cueca, havia tido uma noite divertida. — Tudo bem, se eu vê-lo, falo com ele e tendo entender o que está acontecendo. Tá, tchau. — desligou o aparelho, sentindo duas mãos passearem por seu abdômen.

— Trabalho? — a voz da loira o fez se virar para ela.

— Amigos. — respondeu olhando para os lábios dela.

— Eles sempre nos dão problemas. — a mesma sorriu e o beijou em seguida. — Segundo round? — sugeriu olhando para a cama.

— Não é da minha personalidade dizer não, mas terei que dizer. — se fingiu de decepcionado.

— Mas por quê?

— Amigos. — saiu da frente dela. — Não se preocupe, peço um táxi para você. — disse indo para o banheiro, a deixando inconformada e possessa.

 



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