Estavam na sala naquela noite de domingo, Hayoung encarava Jihyo que estava nos braços de JongIn, ela fez uma careta e Kyungsoo que estava ao lado do marido riu baixinho.
― O que foi, estrelinha? ― perguntou o Do.
― Porque ela tá pequena? Ela ficou um tempão lá, não era pra ter crescido? ― perguntou confusa.
― Ela ainda é um bebê, ela tem dois meses ainda ― O Do disse e Hayoung esticou a mão, mas colou em sua corpo de novo ― Pode pegar nela, filha, só não aperte a mãozinha.
― Ela vai chorar? ― Hayoung tocou na mão da irmã ― Por que ela não tem tanto cabelo?
― E isso porque você achou que Taek iria nos encher de perguntas ― Kyungsoo disse e JongIn riu ― Ele só fez olhar para ela e voltou a brincar.
― Espere até mais tarde ― O Kim olhou para o marido, os olhos estavam vermelhos e o nariz também de tanto que chorou, mas agora se sentia feliz e completo ― Estrelinha, ela ainda é um bebê, os bebês nem sempre nascem com muito cabelo, depois com o tempo que vai aparecendo.
― Ah ― Hayoung soltou a mãozinha da irmã ― Eu vou beber água e já volto, pipoquinha.
― Papai, a gente pode segurar ela? ― Suyun perguntou sentada no sofá com Seunghee.
― Ainda não, docinho, ela é muito molezinha ― JongIn sorriu pequeno para a filha ― Mas assim que ela ficar mais firme vocês vão poder ficar carregando toda hora.
― Ela é igual uma boneca ― Seunghee disse ― Tem aquelas que são moles e que ficam caindo a cabeça e braços, e tem aquelas mais duras, ela tem que ficar dura.
― É, resumiu de uma maneira estranha ― Yunho resmungou encostado na parede perto da tv olhando para os pais.
― Você não quer ver sua irmã de perto, Yunho? ― Kyungsoo perguntou e ele negou ―Tá bom.
― Eu posso sair hoje à noite? ― ele perguntou ― Ir ao cinema e tal.
― Com quem? ― Kyungsoo perguntou.
― Max, Krystal e Wooyoung. ― murmurou ― Yeonjun pode vir junto, o Wooyoung falou que o Soobin vai.
― Eu não quero ― Yeonjun negou pegando na mãozinha da irmã ― Quero ficar olhando a Jihyo.
― Perdendo um domingo a noite por causa da coisinha ― Yunho negou ― Mas e aí, posso?
― Você tem dinheiro? Porque eu não tenho como te dar agora, você não avisou antes ― Kyungsoo disse.
― Eu tenho sim, não se preocupa ― sorriu ― Então eu posso?
― Volte para casa antes das 23hrs.
― Obrigado ― saiu correndo para o seu quarto.
― Voltei ― Jongho entrou em casa com YooA atrás de si.
― Oi senhor JongIn, senhor Kyungsoo ― ela cumprimentou e se aproximou dos mais velhos e da bebê ― Oh, ela é tão linda.
― Ela tem cara de nada ― Hayoung disse voltando da cozinha com sua garrafinha de água ― Mas é um nada bonito.
― Ela tem cara de alguma coisa ― Yeonjun disse rindo e saiu de perto da irmã para YooA a ver melhor.
― É linda, não? ― JongIn perguntou e ela assentiu ― Mas nem pense em engravidar, querida.
― Pai! ― Jongho gritou e Jihyo se mexeu incomodada.
― Eu amo crianças, mas eu cresci com a minha avó e pode ter certeza senhor JongIn, eu aprendi que ter filho cedo não é algo muito bom ― murmurou e JongIn sorriu ― Então não pense que isso vai acontecer tão cedo.
― YooA ― Jongho resmungou e a garota riu indo abraçar o namorado.
― Cheguei família! ― ouviram a voz de Baekhyun ― Cadê a nova criança?
― Baekhyun, por favor ― Sehun disse seguindo o namorado ― Boa noite.
―Tio! ― Hayoung foi abraçar Sehun e as gêmeas também. ― Tava com saudade, como tá você amendoimzinho?
― Ele tá bem ― Baekhyun que respondeu e se aproximou de JongIn ―Olha, mais uma.
― A última ― JongIn brincou ―Deixo com você a próxima escadinha.
―Vai se... ― segurou o palavrão ― Estamos bem só com o Bomin.
― Bomin? ― Kyungsoo o encarou confuso.
― Ele agora cismou que é um menino ― Sehun se aproximou, a barriga ainda não evidente, mas estava com os seus três meses.
― Eu sonhei com isso ― O Byun disse sentando no sofá ―Respeite o nosso filho no meu sonho.
―Eu desisto ― Sehun disse olhando para Jihyo ― Qual vai ser o apelidinho dela?
― Coisinha! ― Yunho gritou correndo para a porta ― Tô saindo, tchau!
― Pra onde ele vai? ― Jongho perguntou.
― Sair com o grupo dele ― Yeonjun quem respondeu indo sentar perto de Taek para o ajudar a terminar de montar o quebra-cabeça.
― Pipoquinha ― JongIn disse e Hayoung abriu um sorriso.
[...]
JongIn colocou Jihyo no berço, o médico havia dito que os cuidados eram os mesmos que qualquer outro bebê, visto que ela já estava com o peso ideal, então o Kim iria fazer o que sempre fez com seus filhos, depois de dois meses já iria colocar para dormir no berço, no entanto o berço foi posto no seu quarto e Taek não gostou nada disso.
― Por quê? ― ele perguntou segurando na grade do berço encarando a irmã que dormia.
― Porque ela precisa ficar perto do papai, ela pode acordar com fome. ― JongIn explicou sentando na cama.
― Então o senhor dorme lá no quarto ― disse simplesmente e JongIn riu.
― O papai cabe na sua cama? ― perguntou e o garoto negou se afastando do berço ― Então, é melhor ela dormir aqui, daqui a alguns dias ela dorme com você.
― Hm ― fez um bico ― Tudo bem, vou acreditar em você, pai.
― Oh, obrigado pelo voto de confiança senhor Taek ― disse e o garoto riu e correu para fora do quarto.
JongIn aproveitou que Jihyo dormia e foi até o banheiro, enquanto isso Yunho que já havia chegado entrou devagar no quarto e se aproximou do berço da irmã, fez uma careta, mas pegou no pezinho dela.
― Você não tem cara de nada ― disse e riu ― Mas bem-vinda, coisinha. Você quase fez um estrago, sabia? E assim, eu posso não ser um dos seus melhores irmãos, mas eu vou cuidar de você também, então vai ter que gostar de mim, entendeu? ― Jihyo começou a resmungar e se mexer ― Já começamos mal.
― Quer pegar ela, filho? ― JongIn perguntou quando saiu do banheiro e viu Yunho.
― Eu não sei segurar um bebê, nem o Taek eu segurei ― disse e JongIn se aproximou tirando a filha do berço ― Ah não pai... ― JongIn encostou a filha no peito de Yunho ― Eu tenho que segurar a cabeça né?
― Isso, apoia o corpinho e a cabeça, deixa ela bem perto do seu peito ― disse com as mãos embaixo do corpo da filha enquanto Yunho a segurava ― Pronto.
― Será que ela vai ser parecida com o papai Soo? ― perguntou e JongIn deu de ombros, mas logo fez uma cara séria ― O que foi?
― Você está fedendo a cigarro, Yunho ― disse sério.
― Tinha um cara fumando na mesa próxima a nossa ― contou ― E sério, ele parecia uma chaminé.
― Certo, tome um bom banho antes de dormir ― disse e pegou Jihyo do colo do filho ― E rápido antes que seu pai sinta o cheiro, sabe que ele odeia cigarro.
― Tá bom tá bom ― resmungou e deu um peteleco na mão de Jihyo ― Tchau coisinha.
― Yunho, isso machuca ― disse JongIn e o garoto deu de ombros saindo do quarto ― Ele é assim, filha, mas você pode ter certeza que ele vai fazer tudo por você.
JongIn ficou balançando a filha até que ela voltasse a dormir, colocou ela novamente no berço e quando virou para ir fechar a porta viu Taek entrando com o seu colchão.
― Kim Do Taek!
― Vou dormir aqui― ele largou o colchão perto da porta e Kyungsoo encarou confuso tentando entrar no quarto.
― Nada disso, para o seu quarto ― JongIn disse puxando o colchão ― Agora Taek.
― Eu não quero ― disse cruzando os braços e JongIn saiu puxando o colchão pelo corredor para o quarto do filho.
― Taek ― Kyungsoo disse sério e o menino seguiu o pai.
― Eu já disse que te amo hoje? ― Taek soltou para JongIn que largou o colchão na cama.
― Já Taek, mas não adianta, você não vai dormir lá ― JongIn disse arrumando o lençol no colchão ― Amanhã você tem aula e outra, o chão é frio, você pode ficar doente.
― Mas eu quero dormir com a bebê, eu sou o irmão dela ― apontou e JongIn o encarou ― O senhor não tá tendendo.
― Eu estou entendendo, mas você que não está entendendo, meu amor ― o mais velho disse ― Não tem condições de você dormir lá no chão e nem pense em falar que vai dormir na cama porque não dá também.
― Mas por quê?
― Porque você vai querer dormir em cima da gente, Jihyo acorda a noite toda com fome ou o papai precisa levantar para dar de mama para ela, você não vai conseguir dormir com o barulho ― explicou e Taek se jogou em sua cama ― Não faça birra, estou explicando o porquê.
― Não quero ouvir ― disse e JongIn respirou fundo.
― Vem colocar seu pijama e vá dormir, e não me faça brigar com você Taek, porque eu não quero usar a mesinha da paz ― disse e Taek levantou fazendo bico, JongIn pegou o pijama e ajudou o filho a trocar de roupa ― Nunca mais faça isso, você escutou? Eu não gosto quando você me responde desse jeito, e nem quando fica fingindo que não está escutando, você já tem seis anos.
― Desculpa papai ― murmurou e JongIn o abraçou.
― Quando Jihyo já puder ficar sozinha no berço sem que o papai fique perto, ela vai dormir com você, mas agora ela não pode. ― explicou de novo e Taek assentiu ― Vá deitar.
[...]
― Ela precisa comer a cada 2 ou 3 horas ― JongIn disse colocando a filha para mamar ― É tão estranho, dessa vez eu produzi leite, quando foi do Taek não foi assim.
― O bom é que seu leite tem nutrientes que podem ajuda-la ― Kyungsoo disse deitado, já se passava das duas da manhã ― De manhã nenhum deles vai querer ir para a escola.
― As férias estão chegando, eles não podem faltar agora ― JongIn disse vendo Jihyo sugando ― Ela puxa tão devagar, eu nem consigo sentir. ― disse afastando um pouco e colocando ela em seu ombro para arrotar ― O que me deixa cansado são essas pausas, ela não consegue mamar direto por 10 minutos.
― Por alguns meses vai ser assim amor, você ouviu o médico, ela suga devagar e às vezes vai ter que fazer essas pausas para ela não se engasgar ― disse fechando os olhos ― Você precisa de algo?
― Pode dormir amor, tá tudo bem. ― sorriu quando ouviu um barulhinho e voltou a colocar a filha em seu peito.
Já era quase quatro da manhã quando Taek entrou no quarto e se jogou no meio dos pais, Kyungsoo despertou e jogou o filho nos braços e levou de volta para o quarto dele, o menino ainda choramingou, mas foi só Kyungsoo o encarar sério que ele se acanhou e se enrolou em seus lençóis.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.