História A irmã de Bella Swan - Briga com os lobos - Uma nova vida

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P.O.V. Autora 

Noite de segunda-feira 

Casa dos Cullen 

11 de setembro de 2006 

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Aos poucos a noite vai caindo e todos começam a se prepararem para executarem o plano. Enquanto Jacob, Leah e Seth vão fazer a ronda pela floresta, e Jacob secretamente distrairá os lobos para Esme, Carlisle e Emmett caçarem, Sunny e os outros vampiros Cullen ficam em casa cuidando de Isabella, torcendo para tudo dar certo de acordo com o plano. Alice estava pronta para avisar de qualquer imprevisto que pudesse ter. O clima entre a vidente e a morena humana estava bastante pesado por causa da discussão de mais cedo, porém nenhuma das duas tocou no assunto novamente. Apenas fingiam que nada havia acontecido. 

Enquanto Alice Cullen vigiava tudo o que estava acontecendo do lado de fora da casa, os três lobos se juntaram na floresta do território Quileute e ficaram fazendo a ronda pelo local, com Jacob Black esperando a matilha de Sam Uley apareceu: 

— Eles estão vindo, Jake. — Seth Clearwater avisa correndo para um Jacob que permanecia parado olhando ao redor, escutando os passos de sua antiga família. 

— Precisamos nos transformar agora. Estamos totalmente desprotegidos assim. — Leah Clearwater alerta com medo de um possível ataque. 

— Eu sei disso! Mas eles vão nos ver como uma ameaça se mudarmos. — Diz Jake para os outros dois lobos, logo se virando novamente para frente e voltando a falar, dessa vez mais alto para chamar a atenção de seus antigos aliados. — Sei que estão aí. Que quero falar com vocês. Seria mais fácil se eu pudesse ouvir vocês também. 

Assim que ele termina de falar, logo os três começam a escutar barulhos de passos e, poucos segundos depois, duas figuras aparecem um pouco mais acima deles. Paul Lahote e Jared Cameron: 

— Este não é mais o seu território. — Diz Paul grosseiramente para o ex amigo. 

— Eu sei disso. 

— Como está com a nova família, hein? — Pergunta Paul zombando e provocando da parceria de Jacob com os vampiros Cullen. 

Apesar do modo grosseiro, dava para notar a mágoa e a raiva no tom de voz de Paul, afinal Jacob havia trocado a família deles para proteger uma família de vampiros, seus inimigos naturais. Na cabeça dele, Jacob deveria ter ficado com eles para acabar com o possível monstro que estava se formando no interior de Isabella Cullen. Mesmo que isso significasse virar as costas para Sunny, o imprinting de Jacob. 

Novos passos foram escutados pela floresta e logo surgem as figuras de outras duas pessoas. Embry Call e Quil Atera. Os melhores amigos de Jacob: 

— Vem para casa, Jake? — Pergunta Quil, um pouco esperançoso, afinal ele sentia falta de seu melhor amigo. A matilha não era a mesma coisa sem Jacob, principalmente para Quil e Embry, que foram sempre os melhores amigos do Black. 

— Não até eu terminar isso. 

— Como assim? — Pergunta Paul um tanto quanto confuso. 

— Quero que o Sam aceite de volta Leah e Seth. — O lobo começa a falar, fazendo sua parte do plano. 

— O quê? — Seth exclama sem entender absolutamente nada, afinal os irmãos Clearwater não sabiam nada do plano. Eles achavam que estavam apenas fazendo a ronda como todos os outros dias. 

— Como assim? — Leah rapidamente exclama Leah ao mesmo tempo que Seth, sem entender nada igual seu irmão. — Que merda está acontecendo, Jacob? 

— Fiquem quietos! Quero os dois a salvo. E quero que isso termine. Eu mais do que ninguém quero acabar com isso, mas preciso que Sam espere até Bella estar separada desse problema. 

— Quer dizer até ela estar morta. — Paul corrige Jacob grosseiramente. 

— Paul, pega leve! — Embry repreende o amigo, sem ver necessidade para aquilo. Afinal, Embry sabia que aquela não devia estar sendo uma decisão fácil para Jacob. 

— Enfim, quando ela estiver separada daquilo, pode dizer ao Sam que eu mesmo acabo com aquela coisa. 

— Jake! — Seth e Leah exclamam totalmente abismados com o que acabaram de ouvir da boca do homem logo a frente, enquanto os outros lobos estavam surpresos pela decisão de Black, porém orgulhosos e esperançosos. 

— Sou o único que pode fazer isso. Eu estou lá dentro e eles confiam em mim. 

Porém, o que nenhum dos lobos sabiam era que Jacob estava mentindo descaradamente para ajudar os Cullen a caçar e conseguir mais sangue para Isabella.  

Os três Cullen que estavam no território Quileute corriam contra o tempo já que não sabiam por quanto tempo Jacob conseguiria enrolar os quatro lobos. Tudo estava indo muito bem conforme o plano, porém quando estavam voltando, acabaram chamando a atenção de dois lobos mais novos da matilha que vigiavam a casa dos Cullen e que logo começaram a correr atrás dos três vampiros. 

Os dois lobos quase conseguiram pegar Esme, deixando-a encurralada, porém mais do que depressa Emmett conseguiu salvar a mãe, empurrando os dois lobos para longe. Carlisle rapidamente chega perto da esposa e do filho, olhando para ver se tudo estava bem e assim os três vampiros voltaram a correr para a beira do penhasco que dividia os dois territórios, rapidamente pulando de um lado para o outro e voltando para o território deles. 

Os dois lobos que estavam perseguindo os vampiros, logo começaram a uivar para alertar a todos os outros e com isso acabaram chamando a atenção dos outros quatro lobos que conversavam com Jacob. Logo eles perceberam o que estava acontecendo e que estavam sendo enganados pelo antigo aliado: 

— Você nos enganou. — Paul fala completamente raivoso, virando as costas para Jacob e desaparecendo pela floresta o mais rápido possível. 

Jared foi o segundo a ir embora e em seguida Quil, sobrando apenas Embry que olhava para o melhor amigo com um olhar de decepção e total tristeza, indo embora logo em seguida. 

Enquanto isso, na casa dos Cullen a situação estava mais calma. Alice havia visto tudo o que tinha acontecido entre os lobos e sua família, e conseguiu acalmar todos os que estavam ali. 

Após todo o nervosismo, enquanto ninguém voltava, as mulheres acabaram ficando na sala com Isabella conversando sobre os nomes de bebês e qual seria o melhor para colocar no neném: 

— Que tal Aurora para menina e Dean para menino? — Sugere Sunny enquanto se sentava na cadeira com uma taça de sorvete que havia comprado há alguns dias. 

— Ahm, não! Na verdade, eu queria colocar um nome com algum significado para mim. Talvez juntar os nomes de duas pessoas importantes, não sei. — Diz Bella pensando nas combinações de nomes. 

— Não sei não, Bella. Essa coisa de juntar nomes nunca dá muito certo, sempre sai algo super esquisito e depois alguém acabe se sentindo mal porque não foi homenageado. — Sunny discorda da decisão de sua irmã. 

— Bem, diga o que está pensando e vamos avaliar os nomes. Que tal? — Bree sugere enquanto se sentava ao lado de Sunny e todas as outras acabam concordando com a recém-criada. 

— Tudo bem. Primeiro, eu pensei em juntar Sunny e Alice, formando assim o nome Alinny. — Bella começa expor suas ideias para os nomes. 

— Tá, até que eu gostei de Alinny. — A morena solta um sorriso enquanto se esticava para passar a mão na barriga de Isabella. — Como você está, pequena Alinny? 

— Também pensei em juntar Sunny e Rosalie. Esse teve mais formações: Susalie, Ronny ou Lienny. 

— Ronny e Lienny são até que bonitinhos. — A vampira loira fala e Sunny concorda. — Diferentes, mas bonitinhos. 

— Também pensei em juntar Rosalie e Alice, formando Alie ou Alisa. 

— Alisa é bonito. — Diz Alice sorrindo para Bella toda feliz. 

— E para meninos? — Pergunta Bree pensando em alguns nomes. 

— Então, nesse eu pensei em juntar os nomes dos nossos pais, formando Charle ou Charlis. Também pensei em outra coisa. — Isabella rapidamente sente seu rosto ficar vermelho de vergonha. — Edward Jacob, chamando ele de EJ. 

— Tá bem! Não é por nada não, mas esse último está bem feio. É normal colocar nome composto ou coisa do tipo, mas tem que ser nomes que combinam e esses dois não combinam nem um pouco. — Diz a irmã de Bella, completamente contra aquele nome para a criança. — São nomes bonitos, de duas pessoas importantes e funcionam bem sozinhos, não juntos. 

— Concordo. Prefiro Charlis. — Rosalie fala, concordando com sua melhor amiga. 

— Não sei, eu gostei bastante de Edward Jacob. São duas pessoas muito importantes para mim. 

— Que são importantes, eu concordo e acho legal querer homenagear eles. Mas também temos que pensar na criança, Bella. Com um nome desse, ela vai ser motivo de bullying na escola. Vão rir do nome da criança. Você quer isso? — Sunny tenta fazer com que a irmã mude de ideia. 

— Não, mas é um nome muito bonito para mim. E muito importante. 

— Bem, faça o que quiser. Mas ainda prefiro Charlis. — Diz a vampira loira. — Enfim, já decidiu ou não o nome da menina? 

— Eu estou pensando, mas acho que não será nenhum desses que falei. — Ao dizer isso, Isabella começou a escutar os protestos das três mulheres ao seu redor enquanto Bree ficava apenas olhando e rindo muito de toda a situação. — Ah, parem! Não sejam chatas. Eu pensei em um nome bem mais legal, bonito e mais forte. 

— Bem mais legal, bonito e mais forte que Alinny, Alisa, Ronny e Lienny? — Sunny protesta enquanto terminava de comer seu sorvete. 

 — Sim! Apenas escute antes de falar algo, Sunny. Então, eu pensei em juntar os nomes das nossas mães, Renée e Esme, formando Renesmee. — Assim que o nome sai da boca de Isabella, as mulheres na sala ficaram estáticas olhando fixamente para a humana grávida enquanto tentavam entender e processavam aquele nome. 

— Espera, o quê? — Sunny é a primeira a se pronunciar. Ela olhava para a irmã completamente abismada com o nome que surgiu na mente de Isabella. — Renes… mee? Que merda é essa? E como diabos se escreve isso? 

— Ué? R-E-N-E-S-M-E-E. — Bella soletra o nome tirado de sua mente como se ele fosse a coisa mais simples do mundo e ela estivesse explicando para um bebê. 

— Você realmente não tem bom gosto para nomes. — A morena fala enquanto as outras mulheres concordavam com Sunny. — Isabella, a criança vai sofrer bullying na escola com esse nome. Você tem que pensar nisso. Como será que vai ser os anos escolares esta criança com esse nome horrendo? O tanto de piadinhas que ela vai escutar. Tem que pensar nisso na hora de escolher um nome, Bella. Afinal, é a criança que terá que viver com as piadinhas e o bullying. Renesmee não é um bom nome. 

— Não vai sofrer bullying nenhum, Sunny. Pare com isso. Renesmee é um bom nome sim. É diferente e eu gostei. É isso, está decidido. Se for menino será EJ, Edward Jacob, e se for menina será Renesmee. São nomes originais e de pessoas importantes para mim. — Diz Bella colocando um ponto final na discussão que tinha se iniciado, fazendo assim as três mulheres olharem indignadas para Isabella, prontas para protestarem. 

Uns minutos se passaram e logo os três lobos voltaram para a casa dos Cullen. Jacob rapidamente vai entrando enquanto Seth e Leah ficavam de vigia. Agora mais do que nunca eles precisavam estar a postos. O Black vai subindo as escadas e entrando na sala dos Cullen, encontrando sua, talvez, futura namorada sentada em uma poltrona com uma taça de sorvete nas mãos, discutindo e gesticulando com Isabella sobre algo que Jacob não entendia o que era. O lobo apenas fica observando durante alguns segundos a visão da morena falando e gesticulando como ela sempre fazia quando estava agitada, irritada, com raiva ou queria provar seu ponto em algo. 

Jacob estava tão distraído com a visão de Sunny, que não repara em Edward se aproximando dele. Logo os olhos escuros do homem saem da imagem de Sunny e param em Edward, que logo lhe cumprimenta e lhe agradece pelo que o lobo havia feito por eles, dizendo que os três vampiros lá fora conseguiram passar pelo território Quileute sem problemas. 

Com isso, Jacob resolve entrar na sala para falar com Isabella e Sunny. Assim que percebem a presença do lobo, as duas vampiras mais velhas ajudam Bella a se levantar do sofá e se aproximar de Jacob: 

— Como está? — Pergunta Bella para o amigo. 

— Estou ótimo! Não é como se eu estivesse grávido de um demônio. — Jacob responde de forma risonha, fazendo Sunny soltar uma pequena risada. 

— Engraçadinho! 

— Então Bella, que tal contar para ele sua incrível ideia. — Sunny revira os olhos enquanto levantava da cadeira e colocava taça de sorvete na mesa de centro, rindo enquanto se lembrava dos nomes para o bebê. 

— O que aconteceu? 

— Elas estão tentando fazer com que Bella desista dos nomes para o bebê. — Diz Edward risonho ao lembrar na discussão que ocorrera há pouco. 

— Elas odiaram. — Diz Bella para Jacob enquanto revirava os olhos. 

— Eu estava gostando. — Sunny se pronuncia. — Até você falar os dois últimos e decidir que será eles dois e acabou. Por favor, Jake, faça ela ver que a criança vai sofrer bullying com esses nomes. 

— Bem, pode falar. Estou do seu lado para o que der e vier. — Diz Jake rindo da fala da talvez futura namorada. 

— Não são tão ruins. Se for menino será EJ, no caso Edward Jacob, mas chamaríamos ele de EJ. 

— Meio merda! Falei que os dois nomes precisam combinar, mas tá beleza. O nome da menina é pior. 

— EJ não é tão ruim, mas o outro era melhor. — Diz Rosalie. 

— Fale o nome da menina. Vamos, diga! — Sunny incentiva. 

— Se for menina, eu pensei em combinar os nomes das nossas mães, Renée e Esme, formando Renesmee. 

— Renesmee? — Jacob repete o nome enquanto olhava abismado para a amiga pensando em como pode passar um nome desses pela cabeça dela. Ele leva seu olhar para Sunny que fazia uma careta com o nome. Jacob não sabia o que responder e tinha uma enorme vontade de rir, que acabou se intensificando ao escutar Edward rindo atrás dele e Sunny fazendo careta. 

— É muito ruim? Estranho demais? 

— Perfeito para bullying. Já consigo até pensar em uns apelidos para a criança. — Diz Sunny zombando da situação. — Monstro do Lago Ness, monstrinho. 

— Ah, para! — Isabella resmunga para Sunny.  

— Não é estranho! — Quem acaba respondendo é Edward assim que percebe que Jacob estava quase rindo após as falas de Sunny. — É perfeito para a situação. É único, como ela. — Diz o marido de Bella, tentando parar de rir e sorrindo para a esposa. 

— É, ele é legal! Um bom nome. Maneiro. — Jacob responde após se controlar bastante, porém ainda não concordando com a escolha de nome. Realmente, com aquele nome a criança iria sofrer e escutaria cara piada na escola. Isso se ela fosse frequentar a escola. 

Isabella solta um sorriso para os dois homens a sua frente, totalmente orgulhosa e feliz pelos nomes que escolheu. Com isso, Rosalie se afasta de Bella e pega o copo com sangue para Isabella beber, já que ela precisava ficar mais forte, e logo entrega-o para ela, que solta da mão de Alice e pega o copo para beber. 

No entanto, as coisas começam a dar errado. Tudo acontece muito rápido. Assim que Isabella pega o copo de sangue para beber, ela acaba fraquejando e deixa o copo cair no chão, logo ela sente seu corpo inteiro fraquejando, fazendo-a cair, as costelas se quebrando e uma dor agonizante tomar conta de seu ser. Isabella cai no chão de joelhos e antes que ela batesse com a cabeça no chão, Edward corre até ela e a segura. 

Ele a pega no colo e a leva rapidamente, com sua super velocidade, para o escritório de Carlisle, local que haviam planejado fazer o parto, e rapidamente preparam tudo enquanto colocavam ela na maca: 

— Carlisle disse que a placenta deve ter se deslocado. — Diz Alice, que falava no celular com Carlisle, para Edward, que injetava a morfina na esposa. — Ele já está voltando. 

Porém, não daria tempo de esperar Carlisle e Rosalie rapidamente repara nisso. Assim pegando o bisturi e se preparando para abrir a barriga de Isabella: 

— Temos que fazer isso agora. Ela não vai aguentar. — Diz a loira enquanto levava a mão com o bisturi até a barriga de Isabella, porém é segurada por Edward. 

— Espere a morfina fazer efeito, Rose. 

— Não vai dar tempo. Ele vai morrer se não tirar agora. — A loira protesta, totalmente preocupada com o bebê. 

— TIREM ELE AGORA! — Isabella dá um grito desesperador, ordenando Rosalie a tirar o bebê de dentro dela. Sunny, que estava ao lado da irmã, segura a mão da humana grávida enquanto tentava se controlar. 

— Aperta minha mão o máximo que precisar. — Diz Sunny, que estava nervosa e segurando as lágrimas, para Bella, tentando demonstrar apoio. 

— Olhe para nós, Bella! — Jacob manda enquanto virava o rosto de Bella para eles dois. 

Em seguida, Rosalie enfia o bisturi na barriga de Bella e começa a abri-la, fazendo gritos agonizantes e apavorantes de dor e agonia saírem de Isabella. Sentindo ser rasgada ao meio, Bella berrava como nunca havia feito na vida e apertava a mão da irmã com uma força descomunal. A essa altura, Sunny já estava aos prantos, chorando copiosamente enquanto sentia sua mão ser esmagada pela força de Isabella, fazendo-a achar que sua mão quebraria. Mas a morena não podia se importar menos com a dor em sua mão. Sunny apertava o braço de Jacob ao seu lado, que a abraçava de lado com força e deixava a garota chorar à vontade enquanto escutavam os gritos de agonia tenebrosos de Bella. 

Porém, o óbvio acaba acontecendo. Assim que a mão de Rosalie se encharca com o sangue de Isabella, a vampira loira começa a olhar fixamente para a própria mão completamente suja de sangue, sentindo o adocicado cheiro do sangue de Isabella. Por estar há tanto tempo sem se alimentar, a sede de sangue começa a dominar seu ser, fazendo assim a loira começar a tremer, se descontrolando. Todos olhavam para a loira e notam o que estava acontecendo. Edward arregala os olhos enquanto Jacob gritava para ela parar. Ele rapidamente solta a morena e pula em cima da vampira antes que ela atacasse Isabella, levando-a ao chão e segurando-a. Bree e Alice, mais do que depressa, se aproximam da irmã para contê-la e a levam para fora do escritório. 

Edward e Jacob voltam correndo para perto de Isabella, que continuava apertando a mão de sua irmã com uma força descomunal, sentindo sua cabeça girando e girando, o corpo doendo enquanto continuava a gritar em desespero: 

— Precisa transformá-la agora, Edward. — Diz Sunny e Jacob ao mesmo tempo. 

— Preciso tirar ele primeiro. Não posso fazer isso com ele ali dentro, se não meu veneno pode entrar no corpo dele. — Responde rapidamente o vampiro, que agonizava internamente por ver o amor de sua vida naquele estado. 

— ELE ESTÁ SUFOCANDO! — Grita a mulher deitada na maca enquanto se contorcia e arqueava as costas completamente cheia de dor. 

Edward olha a esposa naquele estado desesperador e, mais do que depressa, ele começa a fazer o trabalho de Rosalie. Abrindo mais ainda a barriga de Isabella para tirar o bebê de dentro dela. Após muitos berros horrendos, cheios de dor, a humana começa a se sentir zonza e a logo dor vai passando por causa da morfina que enfim estava fazendo efeito. Após mais alguns poucos minutos, Edward finalmente consegue tirar o bebê de dentro da esposa, cortando o cordão umbilical. Assim que o cordão umbilical é cortado, o vampiro olha fixamente para sua filha e solta um largo sorriso ao escutar o choro da pequena bebê: 

— É menina. É Renesmee. 

Assim que escuta aquelas palavras vindo de seu marido, Isabella olha para a filha maravilhada, sentindo as lágrimas caírem de seus olhos e um pequeno sorriso, mas cheio de felicidade, preenche seus lábios: 

— Você é linda, minha princesa! — Diz a mulher de forma baixa e fraca. 

Com isso, Edward se aproxima de Bella e entrega a filha para a esposa, que segura a criança com todo o amor e carinho que sempre teve pela bebê, olhando para a filha com ternura e se sentindo em paz. 

Sunny, que estava ao lado da irmã, olha o rosto de sua sobrinha e instantaneamente começa a chorar ainda mais, só que dessa vez de emoção e felicidade. Aquela pequena, frágil e doce bebê não era um mostro como todos pensavam, inclusive como ela pensava. Pelo contrário, Renesmee era linda, doce e pura, parecia um anjo de tão perfeita e encantadora que era. 

Logo a pequena Renesmee volta a chorar e Edward pega a filha no colo para tentar acalmá-la, já que a esposa não estava em condições para fazer isso. A bebê, no colo do pai, fixa seus olhos em sua mãe na maca, que continuava olhando a filha recém-nascida e soltava um sorriso. 

E é com esse sorriso e esse último olhar que Isabella perde o brilho dos olhos e o sorriso vai se desmanchando até não existir mais. E assim, Isabella Swan estava morta. 

Ao notar isso, Sunny paralisa enquanto olhava para sua irmã, que estava praticamente cadavérica, pálida e com os olhos opacos. A morena dá passos cambaleantes para trás sem conseguir acreditar no que estava acontecendo e, aos poucos, começa a sentir as lágrimas novamente voltarem a fluir e deslizarem pelo seu rosto. 

Sua irmã estava morta. 

Nesse momento, Jacob começa a se desesperar, chamando o nome de Bella enquanto balançava a mesma, tentando trazê-la de volta a vida de qualquer jeito. Ele não podia perder a melhor amiga: 

— Bella? Bella, acorda! Por favor, acorda! — Ele começa a fazer massagem cardíaca na mulher, tentando trazê-la inutilmente de volta a vida. Edward, assim que repara no que estava acontecendo, arregala os olhos ao olhar para a amada. Ele pega uma toalha e enrola sua filha na mesma. 

— Jacob, pegue ela. — Ele pede para o lobo, que imediatamente recusa com grosseria, por acreditar ser por causa daquela bebê que Isabella havia morrido. 

— Deixe esse troço longe de mim. 

— S-sunny… por favor! — Ele pede para a cunhada, porém a morena não conseguia nem se quer se mexer, ela não conseguia fazer absolutamente nada a não ser ficar parada, tremendo e chorando silenciosamente enquanto tinha os olhos fixos em Isabella morta. Sunny estava em estado de choque. 

— Deixa comigo, Edward. — Rosalie entra na sala, dessa vez mais calma. — Eu estou bem. Juro. Me dê ela! — Edward mais do que depressa confia na irmã e entrega Renesmee para a loira, que logo sai do escritório ninando a sobrinha. 

Rapidamente, Edward pega uma grande seringa de metal em uma das gavetas que continha um conteúdo esbranquiçado dentro dela. Ele posiciona a seringa bem no coração de Bella e injeta o conteúdo no corpo da mulher: 

— O que é isso? — Pergunta Jacob para o vampiro. 

— Meu veneno. 

Dois minutos se passam e absolutamente nada acontece.  

Edward não conseguia acreditar e nem aceitar que aquilo estava acontecendo. Ele havia passado décadas sozinho, desistido de encontrar alguém para amar, e quando encontra e finalmente pode ter uma vida com seu amor, ele é tirado dele. Ele não conseguia acreditar naquilo. Mais do que depressa, o vampiro começa a fazer massagem cardíaca na esposa, enquanto Sunny saía de seu estado de choque e começava a chorar copiosamente e Jacob segurava o choro o máximo que conseguia e olhava para Edward com repulsa e sem chão pela perda de Bella: 

— Não vou matar você. Seria fácil demais e muito pouco para você, Cullen. Você merece viver com isso. Merece viver sabendo que por sua causa, ela está morta. — Dizendo isso, Jacob sai rapidamente do escritório pela porta dos fundos que dava para fora da casa e assim o lobo cai sentado no chão, começando a chorar igual uma criança pela perda de sua amiga. 

— B-bella… — Sunny, que ainda estava no escritório ao lado da maca, sussurra com a voz embargada pelo choro, gaguejando enquanto tremia cada vez mais. — E-edward… por favor… Edward. Traga ela… d-de v-v-volta. 

Sunny não aguentava mais ver aquilo. A morena precisava de ar, se sentia sufocada naquele escritório fechado, cheio de sangue e com sua irmã morta. Ela vai se afastando da maca, tropeçando nos próprios pés e acaba batendo com as costas na porta que dava para fora da casa, fazendo assim a grande porta de vidro abrir. Com isso, Sunny acaba caindo de bunda no chão assim que a porta se abre, porém, ela não se importava. A morena começa a engatinhar pelo chão, tentando se levantar, e assim que consegue levantar e firmar suas pernas, Sunny sai correndo para o lado de fora, onde Jacob estava. 

Com um alto grito repleto de agonia e desespero, Sunny cai no chão de joelhos e continua a chorar cada vez mais, inclinando o corpo para frente e socando o chão com toda a agressividade que sua fúria e seu desespero permitiam. 

Logo a frente deles, na entrada da floresta, estavam Seth e Leah que testemunharam tudo o que tinha acontecido do lado de dentro da casa e lamentavam profundamente pela morte de Isabella. Mesmo Leah não gostando nem um pouco da mulher, ela não era uma má pessoa e não queria ver a morte de ninguém, como também não queria ver seu amigo sofrendo: 

— Ela não conseguiu. — Diz Seth olhando Jacob e Sunny sem conseguir acreditar. 

Porém, o que eles não haviam reparado era que um grande lobo cinza-escuro observava tudo escondido. Esse lobo era Paul, que lamentava pelo ocorrido e estava realmente triste pela morte de Bella, até porque ele não queria isso, mas agora ele queria de uma vez por todas matar a coisa que havia matado a humana e, consequentemente, matar os Cullen se fosse necessário. 

Enquanto isso, do lado de dentro da casa, Edward continuava lutando pela vida de sua esposa, tentando trazê-la de volta a qualquer custo: 

— Por favor, volte para mim. Vamos, meu amor! Vamos! — Abruptamente ele para com a massagem cardíaca, decidido a fazer algo. — Vai funcionar! Vai dar certo. Vai fazer efeito, eu sei que vai. 

E então o vampiro começa a morder Isabella, dando várias mordidas em vários lugares de seu corpo. Pescoço, braços, pernas, pulso. 

Ele implorava e pedia a Deus para que aquilo desse certo. 

Do lado de fora, Sunny continuava chorando e socando o chão, puxando e arrancando a grama do chão com suas mãos trêmulas. Ela estava tão aérea a tudo ao seu redor que não repara no momento em que Jacob se levanta cheio de ódio e com muita determinação.  

Ele iria matar Renesmee. 

Ela matou Bella, então ele achava justo matar a coisa que tirou a vida de sua melhor amiga. 

Com esse pensamento, Jacob entrou novamente na casa dos Cullen, dessa vez deu a volta até a porta da frente. Ao entrar na casa, o lobo encontrou Rosalie segurando Renesmee no colo, que já estava de banho tomado, limpa e arrumada. Jacob se aproximava vagarosamente por trás da vampira loira, que cantarolava para a bebê. A pequena Renesmee leva seus olhos ao lobo que acabara de chegar na sala e foi nesse momento que Jacob ficou estático e tudo ao seu redor parou. 

Ele sentiu aquela sensação novamente. A mesma sensação que sentiu quando teve o imprinting por Sunny quando a viu pela primeira vez após se tornar lobo, só que dessa vez tudo veio incrivelmente mais forte e intenso. Nada mais importava para o lobo, apenas a bebezinha a sua frente. 

Ele sentia que faria qualquer coisa por ela. Ele seria qualquer coisa que ela quisesse e precisasse. Não importa o que fosse. Ele estaria para sempre ao lado dela e viveria apenas para ela. Para cuidar, protegê-la, agradá-la e amá-la. Como ela precisasse. 

Tudo o que ele sentia antes pelas duas irmãs era nada perto do que ele sentia por Renesmee. Ele não entendia como aquilo estava acontecendo novamente, afinal ele teve um imprinting por Sunny, a morena era o imprinting dele. Então como ele poderia estar tendo outro imprinting, bem mais forte, por outra pessoa? 

Ele não sabia o motivo daquilo e queria entender o que estava acontecendo, porém, ao mesmo tempo, não conseguia mais ligar para nada que acontecia ao seu redor e nem para mais ninguém. 

Jacob agora vivia por Renesmee e apenas por ela. 

Porém, as coisas ainda não estavam acabadas. Agora eles tinham uma guerra para travar e os lobos estavam chegando. Edward, que estava no escritório com Bella, grita por Alice, Jasper e Bree alertando-os sobre os lobos. Os quatro vampiros rapidamente vão para o lado de fora e se preparam para protegerem a família. 

Sunny, que já estava um pouco melhor, acaba escutando o grito de Edward e rapidamente se levanta e corre para a entrada principal da casa, encontrando os quatro vampiros em posição de ataque, logo entendendo o que estava acontecendo: 

— Será que eles não têm coisa melhor para fazer? — Sunny pergunta inconformada ao ver todos os lobos da matilha de Sam se aproximando enfurecidos e prontos para matarem os vampiros e sua sobrinha. 

— Para eles isso é a melhor coisa a se fazer no momento. — Diz Alice para a morena. — Estamos em menor número. 

— Bem menor. — Jasper concorda com a companheira. 

— Não vou deixar que machuquem minha família. 

Nesse momento, os lobos se colocaram em posição de ataque e logo avançam em direção aos vampiros e a casa, enquanto os quatro vampiros correm na direção dos lobos para impedirem eles de entrarem na casa. 

Edward rapidamente consegue segurar Sam e jogar longe enquanto Jasper segurava Paul e faz o mesmo que o irmão. Bree, mesmo sendo a menos experiente da família em lutas, consegue chutar um dos lobos para longe enquanto Alice levava um lobo ao chão, porém acaba que outro lobo pula em cima dela e a levava ao chão. Enquanto isso, Sam se levantava e pulava em cima de Edward novamente. 

Enquanto Sam estava em cima de Edward, quase matando ele, Sunny estava em pleno desespero, pensando em como de uma hora para outra eles poderiam ter passado de aliados para inimigos novamente. Tudo estava o caos e a morena estava completamente abalada e em pânico, com medo de alguém acabar morrendo naquela luta ridícula e desnecessária. 

Além disso, morena se sentia uma inútil por não conseguir ajudar os Cullen nessa luta, porém ela não ia deixá-los serem massacrados pelos lobos. Sunny poderia ser apenas uma humana, mas ela sempre enfrentava o que fosse para proteger quem amava, e não seria dessa vez que seria diferente. Com isso, ela corre até um grande pedaço de madeira jogado no chão, pegando-o e correndo até um lobo qualquer. Logo ela começa a bater no lobo com o grande pedaço de madeira. Claro que ela não esperava que aquilo tivesse algum efeito, ela apenas queria tentar distrair os lobos o suficiente para que os Cullen conseguissem fazer algo e não serem mortos. 

Obviamente o lobo, que era Paul, consegue puxar o pedaço de madeira das mãos da humana e jogá-lo longe, deixando a mulher sem nada em mãos e sem nada para ajudar. Com isso, ele deixa a humana em paz e volta a atenção para os vampiros, até porque a intenção dele não era machucar a morena, mas sim aniquilar o bebê que eles acreditavam ser a destruição do mundo. 

Sem mais nada em mãos para ser útil, Sunny começa a sentir muita raiva. Na verdade, eram muitos sentimentos fortes misturados dentro dela naquele momento. Tudo estava acontecendo tão rápido que ela não teve nem tempo de conseguir processar tudo o que estava acontecendo, fazendo um turbilhão de emoções tomarem conta de seu ser. Tristeza profunda e devastadora pela morte da irmã. Uma grande felicidade por ganhar uma sobrinha que não era um monstro. Uma raiva sem tamanho por não poder ajudar em absolutamente nada, fazendo-a se sentir uma inútil. E um ódio descomunal e monstruoso pelos lobos estarem tentando matar sua família, principalmente na situação em que eles estavam, sem se importarem com absolutamente nada, como se eles mandassem em tudo e todos. 

E esse ódio que ela estava sentindo era tão grande, tão descomunal e terrível, que uma coisa completamente inusitada aconteceu. 

Suas mãos começaram a ser rodeadas por umas labaredas escarlates incrivelmente intensas e poderosas. As labaredas flamejantes cresciam rapidamente em torno de suas mãos e logo começam a se alastrarem para o resto de seu corpo, logo rodeando a garota que não entendia o que estava acontecendo com ela mesma. Porém, a humana resolve usar aquilo ao seu favor e, mesmo ainda em choque, com um movimento de mãos, Sunny lança o fogo contra Paul que acaba voando longe, batendo em uma árvore e acaba se queimando. 

Todos os presentes, vampiros e lobos, param a luta, completamente assustados e estupefatos, olhando para a morena, que era rodeada por chamas incontroláveis: 

— I-isso é… irado! — Exclama Sunny olhando maravilhada para suas mãos que pegavam fogo, porém não eram queimadas e nem estavam ardendo, doendo ou coisa do tipo, igual o dia que pôs a mão no fogo sem querer. 

Porém, do mesmo jeito que a luta parou, ela voltou em segundos, só que dessa vez com mais uma no time dos vampiros. Sunny tentava ao máximo controlar o fogo que saía de suas mãos e que estava ao redor dela, e tentava ajudar os Cullen na luta, jogando fogo contra os lobos, mas tentando tomar o maior cuidado para não machucar gravemente. 

Logo Carlisle e Esme chegam para a luta, tirando Sam de cima de Edward enquanto Emmett já chegava jogando um dos lobos longe e socando o focinho de outro que tentava atacá-lo. Seth e Leah, que estavam ausentes até aquele momento, chegam correndo e entram na luta também. A mulher vai correndo ajudar Bree, que tinha Jared em cima dela tentando arrancar sua cabeça, enquanto Seth observa todo o caos logo a sua frente e se chocava ao visualizar Sunny lutando contra Quil usando o fogo que saía de suas mãos. 

Enquanto isso, Emmett acaba conseguindo ser mais rápido do que Paul e consegue subir em uma árvore antes que o lobo conseguisse pegá-lo. Tendo assim, Paul pulando para tentar pegá-lo na árvore, porém o vampiro mais do que depressa consegue dar um bom chute no focinho do lobo, que cai no chão um pouco machucado. Logo Emmett pula da árvore até sua família para ajudá-los na luta, e assim os vampiros começam a recuar para perto da casa junto de Seth e Leah enquanto os lobos da matilha de Sam estavam encurralando-os. Eles eram enormes e seus dentes poderiam facilmente arrancar qualquer membro de um dos vampiros, por isso era bem mais difícil lutar contra eles.  

Sunny olhava para os lobos que considera amigos e lamenta profundamente por estar fazendo aquilo com eles, mas ela não iria desistir de defender sua família. 

Os Cullen estavam ficando sem opções, já não tinha muito o que fazer. E quando outra luta iria começar, Jacob Black aparece correndo o mais rápido possível e pula na frente dos Cullen, ficando cara a cara com os lobos: 

— PAREM! ACABOU! — Jacob se põe na frente dos Cullen e ordena para os lobos pararem com toda aquela batalha. Porém, o grande lobo preto ainda sim tenta avançar nos Cullen, mas rapidamente Jacob se põe na frente de Sam. — Se matarem ela, vão me matar. 

Entretanto, Sam não se importa com a fala de Black. A vontade de aniquilar a bebê e o possível mau que ela carregava era grande demais, e com isso acaba empurrando Jacob, que se transforma em lobo e começa a se aproximar de Sam enquanto rosnava ameaçadoramente, ferozmente, bastante intimidador e protetor 

— Jacob teve um imprinting. — Diz Edward esclarecendo tudo o que estava acontecendo para sua família, fazendo Sunny imediatamente ficar sem chão ao escutar aquilo. — Eles não podem machucá-la. A pessoa alvo de um imprinting não pode ser machucada. É a lei mais absoluta deles. 

E com isso, Sam aos poucos começa a recuar, logo virando de costas para os Cullen e indo embora, fazendo com que todos de sua matilha seguissem o líder. 

A batalha estava finalmente acabada e Renesmee estava a salvo. 

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P.O.V. Sunny Swan 

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Após os lobos irem embora e tudo finalmente acabar, todos começam a se olhar aliviados por conseguirem vencer essa luta sem ninguém ferido ou morto. Com isso, os três lobos entram na floresta e alguns minutos depois voltam já em suas formas humanas, e foi exatamente nessa hora que todos no local pararam e olham diretamente para mim. 

Eu estava estática olhando para o chão enquanto ainda era rodeada pelas labaredas flamejantes. Porém, eu não conseguia dar a mínima para isso agora. Pode ser tolice a minha, mas eu só conseguia pensar no que Edward havia falado alguns minutos atrás. 

Jacob teve um imprinting pela Renesmee. 

Ele teve um imprinting pela minha sobrinha. 

Um imprinting. 

Eu não queria acreditar nisso. Eu não conseguia entender o que estava acontecendo. Não faz sentido algum. Como? Por quê? Pode parecer fútil, bobo, insignificante, uma atitude babaca minha, tão estúpido eu estar pensando nisso e me preocupando com isso justamente agora na situação que estamos. Mas eu não consigo controlar meus sentimentos e meus pensamentos. Era tudo tão surreal e doloroso que quando Edward falou aquelas palavras, parecia que o mundo havia parado e chão havia desaparecido. Não sei como consegui me manter de pé. 

Doía. Doía demais novamente ser jogada para escanteio pelo Jacob. Logo quando começamos a tentar pela última vez. Sou uma tola por me submeter a passar por isso de novo. Por que não consigo simplesmente dizer não e deixar tudo para trás? O que ainda me prende a ele? O que falta acontecer na minha vida para me fazer deixar tudo isso para trás? 

 Além disso, ainda tinha o fato de que como esse imprinting aconteceu? Eu era o imprinting dele. E um imprinting simplesmente não acaba do nada. Pelo que já me contaram, isso é algo para a vida toda. Então como e por quê? Será que ele realmente teve um imprinting por mim? Será que ele não mentiu? Será que ele não estava mentindo agora sobre esse imprinting pela Renesmee? E como ele poderia ter um imprinting por um bebê? 

Nada estava fazendo sentido na minha cabeça. 

Ah, mas eu não ligava para isso antes. Não gostava disso, achava que era furada, que ele só estava comigo por causa do imprinting e tudo mais. 

Sim, isso realmente é verdade. Já falei milhões de vezes o quanto acho o imprinting uma coisa um tanto bizarra demais para a minha compreensão. Em um momento você conhece aquela pessoa e são apenas amigos ou então ela nunca reparou em você, e no outro a pessoa se apaixona perdidamente por você e isso as obrigas a ficarem juntas. É bizarro demais. Mas achei que isso só acontecia uma vez na vida do lobo, apenas uma única vez. E eu era o imprinting de Jacob. Mas parece que algo aconteceu e agora não sou mais: 

— Sunny? — Escuto Bree me chamar um pouco mais alto para chamar minha atenção enquanto se aproximava de mim. 

Levo meus olhos para a baixinha ao meu lado e olho para as chamas que me cercavam. Definitivamente esse é outro assunto que eu ainda estou sem entender como aconteceu e o que devo fazer. Olho para Carlisle em busca de ajuda: 

— Tente se acalmar e se concentrar para fazer o fogo voltar para dentro de você. 

— Mas… — O que ele havia falado fazia sentido, até porque em filmes e séries, ficar calmo sempre resolvia esse tipo de situação. Mas, ainda, sim, tento argumentar com o patriarca Cullen. Não conseguia ficar calma em uma situação dessas. 

 Fecho os olhos e respiro fundo, tentando controlar minha respiração e me concentrar nela para me acalmar e fazer o fogo sumir. Porém, apenas o contrário acontecia. Sinto minhas mãos tremerem de nervosismo e minha respiração ficar cada vez mais acelerada. Nenhum dos meus esforços estava dando efeito, só me faziam ficar mais angustiada. Até sentir uma enorme sensação de calma e tranquilidade tomar conta do meu corpo.  

Jasper. 

Logo me sinto completamente calma e quando abro os olhos novamente, não vejo mais nenhum fogo. Nem em minhas mãos, nem em meu corpo e nem ao meu redor. Está bem, ficar calmo realmente resolve esse tipo de coisa: 

— Eu… — Começo a falar olhando para minhas mãos e logo levanto o olhar para todos os outros. — Acho que depois disso aqui, acredito que está na hora. — Digo para os Cullen, completamente decidida. — Pode não ser a melhor hora, mas sinto que… precisa ser agora. Não sei o que aconteceu aqui, mas preciso controlar isso. 

Assim que fico quieta novamente, percebo que todos parecem entendem do eu que estava falando. Eu queria ser transformada agora. Precisava ser agora. Afinal, isso que acabou de acontecer comigo provavelmente só será resolvido e explicado quando eu me tornar vampira. Fora que tem o fato de que preciso entender o que é isso e como controlar, imagina o desastre que isso pode acabar causando se eu não aprender a controlar: 

— Você tem razão, querida. Venha comigo! Eu farei isso, eu vi. — Diz Alice enquanto se aproximava de mim e estendia a mão, olhando para os outros. — Vocês todos cuidem de Bella e podem deixar que eu transformo Sunny. 

— Você tem mesmo certeza de que quer isso, Sunny? — Pergunta Carlisle se aproximando de mim com uma expressão séria e cautelosa. 

— Sim, tenho certeza absoluta. E eu gostaria muito que fosse a Rosalie que fizesse isso. — Digo olhando para Alice e logo volto a olhar Carlisle. — É minha melhor amiga, quero que seja ela. Por favor! 

— Claro, tudo bem. O que achar melhor. — Ele dá um sorriso de lado e olha para Alice. — Alice, minha filha, chame Rosalie e fique com o bebê. 

Com isso, vejo Alice olhando para mim por uns segundos e soltando um suspiro. Assim, ela entra na casa com sua super velocidade e logo quem sai de dentro da casa é Rosalie. A loira me olhava confusa, tentando entender o que estava acontecendo: 

— Rose, a Sunny quer que você a transforme. Você consegue fazer isso? — Ela arregala seus belos olhos dourados para mim e logo em seguida volta a olhar para Carlisle, se recompondo e concordando com ele. — Certo! Qualquer coisa me chame, Rosalie. Se não conseguir, me chame. Mas não tenha medo, sei que consegue. 

Assim que termina de escutar aquilo, Rose pega minha mão e a segura com carinha enquanto eu olhava para todos os Cullen. Com isso, ela começa a me arrastar para dentro da casa, passo os olhos nos três lobos antes de entrar, parando o olhar em Jacob, que me olhava nervoso. Eu sabia o motivo do nervosismo, mas iríamos conversar depois sobre. 

A loira foi me levando para o quarto dela, enquanto os Cullen entravam em casa e iam cuidar de Isabella. Limpá-la, colocar uma roupa bonita nela, passar uma maquiar e essas coisas.  

Enfim, assim que entro no quarto da minha melhor amiga, me sento em sua cama ansiosamente enquanto Rosalie se colocava em minha frente e ficava me olhando por alguns minutos antes de começar a falar: 

— Sunny, você tem certeza mesmo de que quer isso, né? — Ela me pergunta séria enquanto pegava minhas mãos. — Depois de feito, não pode voltar atrás e eu não quero uma vampira revoltadinha fazendo uma rebelião porque quer voltar a ser humana. Então pense bem. Você tem a oportunidade de escolher, coisa que nenhum de nós tivemos, então não faça essa escolha em prol de outras pessoas, faça por você. 

— Não se preocupe, Sweet. Eu quero isso. Não faço isso por outra pessoa além de mim mesma. — Digo com um sorriso, tentando acalmá-la. — E não vou fazer uma rebelião ou coisa do tipo. Pode ficar tranquila. 

— Espero mesmo. — Ela solta um suspiro e faz carinho em meu cabelo. — Alice viu como você vai ser como vampira. Ela me contou e devo lhe dizer que, pelo que ela disse, será maravilhosa. A imortalidade vai lhe cair muito bem, Sunny. 

— Obrigada! — Agradeço dando um sorriso e rindo levemente. 

— Mas vou sentir falta desses belos e apaixonantes olhinhos verdes. 

— Lentes de contato servem para quê? — Pisco para ela divertidamente. — Bem, vamos logo com isso, Rosalie! Não é como se eu fosse morrer. — Assim que digo isso, ela me olha com uma sobrancelha arqueada e eu reviro os olhos, dando uma risada. — Bem, não totalmente. 

— Enfim… Tudo bem! — Ela balança a cabeça enquanto ria de mim. — Antes de tudo, devo lhe falar que vai ser uma dor horrível e incrivelmente insuportável. Você provavelmente vai desmaiar depois disso. 

— Eu sei da dor. Já senti antes. 

— Certo! Melhor se deitar para ficar mais confortável. — Faço o que ela me pede e me deito na cama. — Vou separar uma roupa para você para quando acordar. — Ela continua falando, me fazendo reparar a quão nervosa ela estava. 

— Ei, Sweet, eu vou ficar bem. Não fique nervosa, confio em você. 

— Certo, perdão. Já fiz isso antes com você, então não tem por que eu estar nervosa. 

— Exatamente! 

— Então, quer que seja no mesmo lugar de onde foi mordida pela primeira vez? 

— Isso pode? 

— Sim, claro que sim. 

— Então quero sim! Quero ter uma nova e melhor lembrança de como ganhei essa mordida e tenho certeza de que esta será bem melhor. 

— Com certeza. Tudo bem! Preparada? 

— Sim! 

— Sinto muito pela dor. 

Rose diz enquanto beijava minha testa e logo pegava meu pulso, mordido por James. Ela leva meu pulso até a sua boca e logo acaba mordendo em cima da mordida que eu já tinha. Em apenas segundos, começo a sentir uma dor agonizante, sinto todo o meu corpo queimar de dentro para fora, me fazendo arrepiar. Isso com certeza era algo que eu não sentia falta alguma. Com isso, começo a gritar de agonia e desespero, bem semelhante à primeira vez que fui mordida. Sinto a boca de Rosalie se afastando do meu pulso e, apesar de a minha visão estar ficando turva, consigo ver ela me olhando com um olhar de arrependimento por me fazer sofrer. 

Fecho fortemente os olhos e jogo a cabeça para trás enquanto sentia a dor invadir meu corpo. Outro grito, dessa vez mais alto e mais aterrorizante, escapa de minha boca. Acho que deu para ouvir na casa inteira, talvez até lá fora. 

Começo a sentir que tudo estava girando. Meu corpo suava, doía demais, minha respiração estava ofegante e minha única vontade era de morrer para parar de sentir essa dor. Logo, sinto um pano em minha testa e imagino que seja Rosalie secando meu suor. Minha visão ficava cada vez mais turva e eu já não conseguia mais reconhecer nada ao meu redor. Logo começo a sentir meu corpo ficar pesado e, em seguida, tudo fica preto. 

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Horas depois 

Noite de segunda-feira 

11 de setembro de 2006 

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Assim que recupero a consciência, acordo sentindo tudo diferente e me sentindo diferente. Eu conseguia escutar tudo ao meu redor, até mesmo sons que eu nunca imaginei escutar. Abro os olhos e reparo o quão bem conseguia enxergar, conseguia ver tudo ao meu redor nos mínimos detalhes.  

Era tudo tão incrível. 

Me sento na cama calmamente e olho para minhas mãos, passando o olhar pelo quarto e parando justamente na muda de roupa que Rosalie havia falado que iria deixar para mim. Com isso, me levanto da cama e vou indo devagar até o espelho do quarto dela para me olhar: 

— Nossa! — Sussurro para mim mesma, ficando espantada com a nova cor dos meus olhos. Vermelho intenso, brilhante, perigoso, selvagem e elegante. 

Nunca achei que gostaria tanto de me ver de olhos vermelhos. 

Pena que para mantê-los assim seja preciso me alimentar de sangue humano. E por falar em me alimentar, assim que penso nisso acabo sentindo minha garganta seca. Eu preciso de alguma coisa para beber. 

Sangue. 

Era o que eu precisava. Respiro fundo e tento ao máximo me controlar, primeiro eu precisava de um banho… afinal, quanto tempo fiquei desacordada? Não faço ideia! 

Me direciono ao banheiro de Rosalie para tomar um bom banho. Não demoro muito, estava ansiosa demais para ver todos novamente, por isso logo termino o banho e me olho no espelho apenas de toalha, sorrindo para mim mesma, conseguindo ver minhas presas: 

— Que foda! 

Com isso, começo a colocar a roupa que Rosalie havia separado para mim. Era nada mais, nada menos do que um vestido curto azul royal, colado no corpo e com um belo decote para valorizar meus seios, junto dele havia também um salto alto da mesma cor e com brilho. É óbvio que o vestido era para uma festa, mas pelo visto Rose achou que seria incrível eu usá-lo aqui, como um marco para minha nova vida. Era óbvio que ela queria que eu começasse essa nova vida incrivelmente maravilhosa. E devo concordar com ela. 

Assim que termino de me vestir, me olho no espelho. Começo a ajeitar meu cabelo, colocando um brinco de argola e passando uma leve maquiagem que consistia em um batom vermelho, um delineador preto e um pouco de rímel para deixar meus olhos mais destacados. Assim que termino de me arrumar, respiro fundo ao me olhar no espelho e sorri com o resultado.  

Ainda não conseguia acreditar que eu tinha me transformado em uma vampira. É tudo tão surreal e incrível que parecia um sonho. 

Eu estava pronta, agora só resta encontrar todos. 

Com isso, saio do quarto de Rose e vou caminhando calmamente até a escada. Escuto os passos e as vozes de todos ali embaixo, todos preocupados comigo e com Bella. Solto um sorriso de canto e me aproximo do topo da escada, olhando para todos ali embaixo, apoiando meu cotovelo no corrimão da escada, fazendo uma pose e solto um belo sorriso: 

— Sentiram a minha falta?