História A lista de desejos por Hermione Granger - Dramione - Não aceite um convite de um colega de trabalho

— Você está louca? — Pansy perguntou assim que Hermione entrou no banheiro feminino. Seguiu ela até que sua prima colocasse em cima da pia a caixa de presente, para a sorte delas, Pansy viu que o banheiro estava vazio. — Não pode está falando sério sobre abrir esse presente, Hermione. — falou se aproximando dela, pegou na caixa rapidamente para evitar que ela a rasgasse o embrulho vermelho, contudo, no mesmo instante a unha de Hermione rasgou o papel. — HERMIONE! 

— Cala a boca, ninguém pode descobrir. — Hermione falou baixinho, puxou a causa novamente para si e terminou de rasgar o embrulho, observou o presente desacreditada. — Chocolates? Sério? Não tinha algo melhor para dar?

Pansy encarou a caixa com vários bombons. 

— Esse chocolate é caro. — observou. — Agora entrega para ele. 

Hermione encarou Pansy pensativa. 

— Por qual motivo eles terminaram? — questionou desviando sua atenção para a caixa. 

— Não faço a mínima ideia. Por que? — perguntou Pansy cruzando os braços. 

— Vai que a separação não foi fácil e ela quer matar o Draco. — Hermione expôs seu pensamento vendo a face confusa de Pansy. 

— O quê?

— Eu seria a culpada. — Hermione falou, abriu a caixa e cheirou os chocolates. — Alguém precisa provar esse chocolate antes de entregar a caixa para ele. — encarou a mão esticada de Pansy. 

— Deixa que eu provo. 

— Você não. — revirou os olhos, Hermione seguiu para fora do banheiro com Pansy atrás. Seguiram em direção ao elevador rapidamente. 

— Me dê, não vou morrer. — Pansy falou tombando em Hermione que parou no meio do caminho. — O que foi? 

— Minha linda. — Pansy olhou para o lado vendo Theo indo em sua direção. 

— Theo? 

— Oi amor. — ele beijou os lábios de Pansy, então olhou para Hermione e sua caixa de chocolate. — Ganhou de um admirador secreto, foi? — levantou a tampa e pegou um chocolate, jogou tudo dentro da boca. 

— Não! — Pansy exclamou. 

— O que foi? — Theo olhou desconfiado para Pansy. — Esse chocolate é seu mesmo? — perguntou olhando para Hermione. 

— Não é da sua conta. — agarrou o pulso de Pansy e a puxou para dentro do elevador. Como estava vazio Hermione conseguiu suspirar. 

— Você deixou ele comer. 

— Era melhor ele do que qualquer outra pessoa, se estivesse envenenado mesmo. — deu de ombros, Pansy revirou os olhos. 

— Agora quero saber o que vai fazer, vai entregar uma caixa de chocolates com um deles faltando? Ainda mais sem está na embalagem? — Pansy perguntou cruzando os braços. Analisou novamente a caixa. — Pelo menos ainda tem um bilhete grudado na caixa. 

Hermione pela primeira vez notou aquele papel, como poderia confiscar algo e não perceber os mínimos detalhes? Leu o papel. 

" Querido Draco, espero que aceite conversar comigo, vamos nos ver? Estou com saudades. 

Beijos da sua Luna."

— Oh, droga. Será que ela é minimalista que pergunta até sobre a embalagem? — Hermione perguntou para Pansy que soltou uma risada. 

— Você está ferrada. 

— Oh, droga! O que eu vou fazer? — perguntou para si mesma no exato momento que o elevador abriu. Observou o andar que trabalhava, tudo estava normal, sem muito alarde. Deu poucos passos para fora.

— É melhor você entregar assim mesmo e fingir que não sabe de nada. — Pansy aconselhou. 

— E se ele perguntar? — Hermione ainda estava na frente do elevador, suas pernas não conseguiam se movimentar, só imaginava o quanto estava ferrada por violar um presente que não era seu. Por que tinha que ser tão impulsiva? 

— Mente. — ela deu de ombros. — Não é nenhuma novidade. — ignorou Hermione que lhe metralhou com o olhar. 

— Você acha que eu tenho estruturas para isso? — perguntou ofendida. 

— Olá Hermione. — desviou sua atenção quando escutou seu nome, encarou seu colega de trabalho que estava com um sorriso na face, ele parecia animado em vê-la. 

— Oi Simas, como vai? — perguntou ela delicadamente. 

— Estou bem. — Simas suspirou, até imaginava o que ele queria. — Quero saber se quer sair comigo hoje à noite? 

— Eu… 

— Ela vai sim! — Pansy respondeu vendo Hermione lhe encarar mortificada. — Hermione só é tímida demais para aceitar um convite desses, mas acredito que ela vai adorar sair com você, não é Hermione? — Pansy com um sorriso falso na cara encarou sua prima que se pudesse pular em seu pescoço faria isso. 

— Claro. — Hermione fingiu uma sombra de um sorriso e encarou Simas que tinha recebido a melhor notícia do dia. O elevador atrás de si abriu e mesmo assim Hermione não percebeu, estava encarando Simas que tirou uma rosa do seu bolso da jaqueta e lhe ofereceu. — Oh, obrigada. — aceitou mesmo assim, ele parecia ser fofo. 

— Obrigada por ter aceitado sair comigo, Hermione. — Simas sorriu e se virou para voltar para o seu lugar. 

— Eu não acredito que eu vou sair com ele. — Hermione murmurou para si mesma encarando a rosa. Quando iria virar para brigar com sua prima, sentiu um calafrio percorrer seu corpo. 

— Eu não esperava essa conduta da senhorita. — Hermione pulou de susto se virando para trás e encarando Draco. — Sabe que não pode flertar no ambiente de trabalho, não é? — Hermione sentiu suas pernas tremerem enquanto encarava a expressão séria dele. Péssima hora para violar presentes. 

— Sim, claro. Desculpe por isso, não irá se repetir. — Hermione falou engolindo em seco. 

Draco apenas assentiu com a cabeça e passou por si, enquanto que Theo continuou de braços cruzados encarando as duas. 

— Você ainda não me disse de quem é esse presente. — Theo disse encarando Pansy seriamente. 

— Não faça tempestade em copo d'água. — Hermione disse revirando os olhos. — Ela está namorando. — se virou e saiu andando em direção da sua mesa ouvindo Theo exclamar um "O quê?" para Pansy e poderia dizer que sentiu a raiva dela contra suas costas. Mas agora estavam empatadas, queria ver Pansy sair daquele buraco agora. 

Se sentou na mesa encarando aquela caixa de chocolates, o que iria fazer? Decidiu que iria enfrentar sua morte, se levantou e pegou aquela caixa e seguiu em direção à sala de Draco. Bateu na porta de maneira hesitante e esperou que sua entrada fosse liberada. 

— Senhor Malfoy? — abriu a porta encarando Draco que estava mexendo em alguns papéis. Os olhos azuis dele foram em sua direção. 

— Pode entrar, senhorita Hermione. — Draco falou tranquilamente sem expressar a forma séria que estava há alguns segundos. 

 Hermione entrou e tentou parecer natural e não que tinha acabado de aprontar e que aquilo só iria para sua lista de "Motivos para ser demitida". 

— Senhor Malfoy me pediram para entregar essa caixa para o senhor. — Hermione falou se aproximando da mesa e esticando a caixa para Draco que a pegou. — Bom, agora vou indo. — se virou para fugir de lá não consegui dar nem alguns passos quando a voz dele a impediu de sair da sala. Secou as palmas da sua mão na sua saia social, céus, como estava nervosa. 

— Senhorita Hermione, quem lhe entregou essa caixa? — perguntou Draco lhe encarando, depois voltando para a caixa e encontrando o bilhete. 

— Foi uma mulher loira, chamada Luna. — respondeu metade da verdade. 

— Hum! — Draco puxou o bilhete e o leu. Nesse momento percebeu que o terno azul escuro que ele usava estava pendurado na cadeira e seus olhos captaram de longe o papel que estava no bolso, a lista que só estava lhe causando problemas. — Tudo bem, pode ir agora. — nisso, ele puxou o telefone do gancho, assim que ele liberou, Hermione saiu da sala e correu em direção da sua mesa puxando o próprio telefone. Abençoada é por sua linha ser ligada com a do seu chefe, ele nunca usava o telefone só o celular pessoal, o que estava fazendo Draco usá-lo naquele momento? 

" Bom dia, é o restaurante Luar? Certo, gostaria de reservar uma mesa para hoje à noite, 20:00 horas, para duas pessoas. Claro, tenha um bom dia."

Hermione desligou o telefone, duas coisas apitou na sua mente: A primeira que Draco Malfoy iria sair com a Luna e a segunda era que poderia pegar aquela lista de volta. Afinal, sem provas, Draco não poderá continuar com sua busca. Decidida entrou no seu e-mail e digitou o de Simas. 

" Se vamos sair, será hoje à noite. Conhece o restaurante Luar? 20:00 horas, a gente se encontra lá."

Não demorou para receber uma resposta dela. 

" Não, mas a gente vai sim. Tudo o que você quiser, querida Hermione. Vamos nos divertir muito."

Hermione só torcia que esse restaurante fosse único na cidade. Afinal,ela iria pegar essa lista de novo e nada iria lhe impedir de conseguir isso. 

[...]

— VOCÊ FEZ O QUÊ? 

Neville entrou pela porta no exato momento que Pansy estava gritando com Hermione. O que não era de se estranhar. 

— O que houve? — perguntou notando que Hermione estava linda num vestido vermelho e Pansy com seu pijama segurava uma colher de pau. — O que a Hermione aprontou? 

— Por que está dizendo que eu estou aprontando algo? — ignorou o olhar de irritação de Hermione.

— Você está sempre aprontando algo. — Neville revirou os olhos. 

— Ela ouviu a conversa particular do Draco, vai com o Simas no restaurante que ele vai com a ex-namorada. — Pansy respondeu furiosa. 

— Nossa Hermione, não pensei que você estivesse no nível obcecada por seu chefe. Eu vou ter que te internar, criatura. — Neville cruzou os braços. — Obsessão é coisa séria. 

— Eu não estou obcecada. — Hermione disse irritada. — Eu só estou indo pegar minha lista de volta. 

— Falando nisso, quem é Simas? Como descobriu quem é a ex-namorada do gostosão? — Neville perguntou para Pansy ignorando Hermione que bufou. 

— Simas é um carinha que está afim da Hermione. — explicou tentando se controlar. — E a ex-namorada é a Luna que ela descobriu quem é! — apontou para a prima. 

— Hermione está no nível stalker agora? — Neville perguntou.

— Sabe de uma coisa? Tô nem aí pra vocês, estou indo atrás da minha lista, tchau. — Hermione saiu correndo para fora do apartamento com Pansy com uma colher de pau atrás dela. Só conseguiu se livrar da prima quando chegou na rua e Pansy se recusou a sair de pijama. 

Hermione suspirou aliviada quando percebeu que estava sozinha, pegou um táxi e parou em frente ao restaurante. Através das janelas observava se Draco e Luna já estavam no restaurante e toda vez que avaliava o lugar percebia como o ambiente era chique demais para o seu bolso. 

— Droga! Deveria imaginar que ele não iria parar numa lanchonete da esquina. — sussurrou para si mesma, então virou para a entrada vendo um carro vermelho estacionar e o manobrista pegar a chave e Simas de dentro em um terno belíssimo. 

Será que Simas tinha dinheiro para pagar a conta daquele lugar ou teria que vender seu rim para poder sair dali?