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História A Little Crush II - Desabando.


Escrita por: natymoreira

Notas do Autor


Olá amores como estão? Eu juro que nunca sofri tantas ameaças como recebi no capítulo anterior KKKKKKKK eu sei que vocês tem razão em querer me esganar, mas lembre-se foi necessário >< Eu quero muuuuito agradecer por todos os comentários divos de vocês também pelos os novos favoritos. Eu nem tenho palavras para agradecer. Vocês já devem saber que com a postagem desse capítulo, faltam apenas cinco para o final da fic :\ Confesso que eu estou um pouco triste. Essa semana ainda eu fico de férias e a partir da semana que vem, irei postar mais vezes. Antes do dia 20 essa fanfic estará concluída :) Enfim, eu escrevi esse capítulo ouvindo My Immortal, então já sabem né? Chorei mesmo e não tô nem aí u.u KKKKKKK Acho que falei demais '.'
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Esse capítulo não ficou tão grande, porque eu já estou com a ideia de todos os próximos capítulos e tudo que tinha para acontecer nesse capítulo, aconteceu >< KKKK confuso, mas é!
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Amores, eu espero que gostem do capítulo e uma ótima leitura a todos <3

Capítulo 20 - Desabando.


Capítulo 20 – Desabando.

‘’
A angústia de ter perdido, não supera a alegria de ter um dia possuído. ’’

 


Tente imaginar a sua vida sem o sorriso da pessoa que você mais ama. Dói, não dói? Passar o resto de seus dias sem poder ouvir a voz dela ou sentir o calor do seu corpo junto ao dela. Eu não estava conseguindo parar de chorar. Balançava Zayn em meu colo como se fosse um bebê. Beijei o alto de sua testa enquanto ainda segurava em suas mãos. Minha barriga ainda doía muito e a falta de ar ainda se fazia presente. Mas nada se comparava a dor que estava instalava em meu peito. Eu sabia que tudo iria ficar bem com o meu filho, porém, infelizmente, eu não podia dizer o mesmo de Zayn. Isso só fez com as minhas lágrimas aumentassem. Se rezar me ajudaria naquele momento, então eu iria rezar, orar, pedir a Deus com todas as minhas forças para que não levasse o meu Zayn. Logo agora que nós iríamos nos casar, teríamos nosso primeiro filho. Com tantas pessoas ruins no mundo, porque tinha que ser logo ele? Porque Deus? Eu nunca iria ser feliz na minha vida. Será que esse era o meu destino, afinal?

Os céus fizeram um barulho estranho e eu senti a primeira gota d’água atingir o meu rosto. Em seguida várias começaram a cair. Olhei para cima e fechei os olhos. Porque tudo aquilo não poderia passar de um terrível pesadelo? Droga, eu queria acordar logo e encontrar os olhos castanhos de Zayn novamente. Fitei-o jogado em meus braços, olhando daquele jeito ele até parecia estar dormindo.

– Zayn...  –tentei mais uma vez.  – É hora de acordar, meu amor.

E outra vez eu não obtive resposta. Massageei sua mão com os meus dedos.

– Eu não sabia que isso iria acontecer.  –Jasmine falou.  – Me desculpe Emma.

– Cala a boca.  –gritei já sem paciência.  – Isso tudo é culpa sua e de Harry. Você e uma falsa. Acabou com a minha vida. Mas era isso o que você queria, não é? Meus parabéns Jasmine. Você conseguiu. Agora não me venha com a porcaria de que sente muito.

– Emma eu não...

– Eu nunca desejei mal a ninguém, mas eu espero do fundo do meu coração que vocês dois apodreçam e queimem juntos no inferno.

Ela arregalou os olhos e deu alguns passos para trás. Senti algo pousar sobre os meus ombros e notei ser um cobertor. Levantei a minha cabeça e desabei ao ver papai.

– Filha você precisa soltá-lo.  –ele se agachou ao meu lado.

– Não. Não. Zayn precisa de mim.  –falei em meio ao desespero.

– Querida, ele precisa ir para o hospital.  –papai me abraçou.  – Tudo vai ficar bem.

Vi uma roda de paramédicos se formarem a minha volta e os policiais irem à direção de Harry e Jasmine. Papai segurou em minha mão para que eu levantasse, mas ao tentar forçar os meus pés contra o chão, meu corpo caiu novamente. Foi somente naquele instante que eu percebi o meio das minhas pernas sujo de sangue, mas não era o de Zayn. Era o meu sangue.

– Emma o que aconteceu com você?  –papai perguntou assustado. Vendo que eu não conseguia responder, ele entendeu.  – Quem fez isso com você, minha filha?  –ao mesmo tempo em que sua voz era serena, carregava raiva.

– Harry.  –respondi olhando para o corpo branco já sendo despertado pelos policiais.

– Nós só temos uma ambulância.  –um dos paramédicos falou para nós.  – E ela precisa urgentemente de atendimento.

– Gerard, leve-a em meu carro.  –era a voz de Yaser.  – Eu vou com Zayn e nós nos vemos no hospital.

– Não. Eu quero ficar aqui. Deixem-me ficar. Eu quero ficar perto dele.  –me agarrei à mão de Zayn.

– Emma...  –Yaser segurou em meus ombros. Ele estava com lágrimas nos olhos, mas eu sabia que não as deixava cair por minha causa.  – Pense no que ele diria se estivesse em pé agora; você precisa ir e cuidar do filho de vocês. Faça isso por Zayn.

Olhei a ultima vez para o Zayn estirado ao chão, meus olhos transbordaram.

– Você tem que voltar pra mim, meu amor.  –beijei seus lábios suavemente.  – Eu amo você.

Nossos dedos se deslizaram e sua mão caiu sobre sua roupa suja. Papai me acolheu em seu colo e eu aconcheguei a cabeça em seu peito. Ouvi o barulho de sirenes vi o clarão delas. Alguém falou alguma coisa com papai, mas eu nem liguei.

Tudo ao meu redor parecia ter desmoronado. Perder Zayn e o meu filho? Eu não iria suportar isso. Meu mundo acabou. Foi como se alguém tivesse jogado uma bomba em cima de todos os sonhos que eu criei junto com Zayn. Não era justo. A vida não é justa.

Papai depositou meu corpo sobre o macio banco do carro e fechou a porta. Minha cabeça tombou para o lado e as minhas mãos massagearam a minha barriga. Uma pontada fina se formou em meu ventre e eu tive que gritar.

– Porque isso ‘tá acontecendo comigo?  –gritei em meio à agonia.  – Porque eu não posso ser feliz? Porque tudo tem que dar sempre errado?

– Tudo vai ficar bem, Emma.  –papai ligou o carro.

– Não. Não. Não.  –comecei a soluçar.  – Meu Zayn. Meu filho. Não está nada bem. Eu só quero dormir e nunca mais acordar.

– Você precisa ser forte, Emma. Aguente só mais um pouco.

– Eu não consigo papai. Eu não consigo ser forte sem Zayn. Ele é a minha força, o que me mantém viva.

– Eu sei de tudo o que passou e sei que você é forte. Olhe para mim.  –ele pediu segurando em minha mão suja de sangue.  – Vai ficar tudo bem. Logo todos iremos prestigiar vocês no casamento.

– Você promete?  

– Eu prometo Emma.  –ele sorriu.



Ao chegarmos ao hospital, eles me colocaram em uma cadeira de rodas e me levaram até o centro médico. O mesmo doutor que me deu a noticia da gravidez veio me atender. Logo senti meu corpo sendo posto em cima da cama e as enfermeiras vindo trocar a minha roupa e me limpar. Elas tiraram a minha calça com todo cuidado e depois passaram uma espécie de pano bem molhado no sangue que havia nelas. Meu choro já havia cessado, talvez eu não tivesse mais lágrimas. Passei as mãos por minha testa e percebi que estava soando frio. Após estar completamente despida, elas me colocaram aquela roupa verde de hospital. Dava-me até medo olhar e ver aquele troço me cobrindo.

– O médico vai falar com você.  –uma delas me avisou.

Bastou isso e eu o vi passar pela porta. Luvas nas mãos, mascara no rosto e avental.

– Emma nós precisamos fazer alguns exames para saber se está tudo bem com o seu bebê.  –ele suspirou.  – Mas antes eu quero saber o que aconteceu para ocorrer esse sangramento.

Só de lembrar o momento em que Harry atingiu a minha barriga com um soco, me subia uma raiva anormal.

– Foi uma pancada.  –respondi baixinho.

– Bateram em você?  –ele alterou o tom de voz. Apenas assenti. Torci para que ele não pensasse que tinha sido Zayn.  – Agora vou precisar que relaxe.

Papai ficou do lado de fora da sala e eu me senti insegura. Com tudo que havia acontecido, eu nunca mais queria ficar sozinha ou confiar em alguém novamente. Tudo o que eu queria era sair dali correndo e perguntar como estava o meu Zayn. Eu não iria perder as esperanças de ouvir sua voz outra vez. Nós somos inabaláveis. Esse é o nosso lema e nós ainda o viveríamos.

Pouco a pouco eu senti minhas pálpebras pesarem e o meu corpo todo relaxar. Não era sono. Eu estava tomando uma anestesia geral. Antes mesmo que eu me desesperasse, meus olhos se fecharam e a única coisa que eu disse foi o nome de Zayn.




Acordar após uma anestesia deixava-me com cara de estar em outra dimensão. A famosa expressão ‘’viajando na maionese’’ se encaixava bem no que eu estava sentindo. Minha cabeça girava mais do que um pião e eu movia os músculos com dificuldade. Alguém massageou a minha testa e eu me remexi. Encontrei papai ao abrir os olhos.

– Oi.  –falei em um fio.

– Fico feliz que acordou.  –era impressão minha ou ele havia chorado?  

– Papai...  –o chamei retomando a consciência.  – O que aconteceu com o meu filho? Ele está bem?

– Sim. O médico disse que você perdeu um pouco de sangue, mas por um milagre nada aconteceu ao bebe.   –ele deu um pequeno sorriso e eu suspirei aliviada.

– E Zayn? Como está Zayn?  –perguntei empolgada.  – Papai?  –perguntei estranhando o seu silêncio demorado.

– Emma...  –ele começou a dizer, mas parou.

– Papai, não...  –eu nem percebi quando as lágrimas começaram a correr.  – Eu tenho que vê-lo. Eu preciso ver o meu Zayn.  –puxei a minha mão que ficava presa a um dos aparelhos.  – Eu quero sair daqui.

– Emma calma.  –papai me ajudou a sentar.  – Zayn está na sala de cirurgia, faz mais de uma hora que não temos noticias dele.

– Eu não vou ficar em cima de uma cama enquanto o meu marido está sendo operado, papai.

– Você não pode se levantar ainda.

– Eu não posso é ficar aqui esperando. Eu estou desesperada.  –coloquei os pés para fora da cama.

– Tudo bem.  –deu-se por vencido.  – Doniya trouxe roupas limpas para você.

– Obrigada.  –fiquei de pé.  – Vou me trocar.

As roupas trazidas por Doniya não era nada mais que um jeans simples e um moletom de Zayn. Ao segurar a peça em minhas mãos, eu a apertei contra o meu corpo e jurei sentir o perfume dele ali.

– Você vai ficar bem, meu amor.  –chorei ainda mais.

Tomei coragem para vestir a blusa e sair logo daquela maldita sala de repouso. Mesmo ainda estando um pouco tonta e com dores, nada podia se comparar ao pânico que eu estava. Meu filho encontrava-se bem, e eu esperava o mesmo de Zayn. Papai me conduziu até a sala de espera. Ao olhar para o relógio preso a parede, eu notei que já se passavam das onze horas da noite. Nem parecia que quase doze horas atrás, eu estava com Zayn.

Encontrei Tricia aos prantos nos braços de Yaser, assim como as irmãs de Zayn. Ela levantou a cabeça quando me viu e correu para me abraçar. Foi uma cena de partir o coração, nós duas chorando uma no ombro da outra.

– Meu filho não.  –ela dizia em meio ao choro.

Em partes eu podia compreender a dor de uma mãe. Foi por pouco que eu não perdi o meu pequenino e mesmo não estando com dois meses completos de gravidez, eu já o amava.

– Ele vai superar tudo isso.  –massageei suas costas.  – Nosso Zayn é forte, Tricia.

Os braços de Safaa circularam nós duas.

– Alguém já tem novas noticias?  –perguntei quando nos separamos. Todos negaram com a cabeça.

– O que nos resta é esperar e não se desesperar.  –Yaser nos confortou.  – E não podemos nunca perder as esperanças.

– Yaser está certo. Não vamos deixar nos abater.  –Tricia secou as lágrimas.

– Mas é difícil. É difícil demais.  –passei as mãos pelo meu rosto.

Eu ainda conseguia ouvir o barulho do revolver sendo disparado e conseguia ver também, o ultimo sorriso de Zayn.

– Eu prometi a você que nada iria te machucar.  –repeti sua frase.  – Ele me disse isso antes de cair ao chão. Ele cumpriu sua promessa, mas não era pra ter acabado assim.

– Ainda não acabou, Emma. Pare de pensar assim.  –papai praticamente brigou comigo.

– Vamos fazer uma promessa ao Zayn também.  –Safaa interrompeu todos nós.  – Não iremos desistir dele e não importa o quão ruim esteja nós vamos pensar positivo.

Falando daquele jeito, ela parecia uma adulta, mas era apenas uma criança dando uma lição de moral nos que, na verdade, deveriam estar agindo como ela. Consegui esbanjar um sorriso verdadeiro. O primeiro daquele dia.

– Ser persistente e brava, está mesmo no sangue Malik.  –comentei cruzando os braços.

Todos nós sentamos no estofado branco que havia ali, ficando de pé apenas os homens. Ficamos em total silêncio, até um médico entrar na sala. Seu avental estava sujo de sangue e eu entrei em um estado de aflição e medo. Era o sangue de Zayn, e o médico deveria estar tão apressado que nem conseguiu tirá-lo.

– Eu tenho duas noticias para comunicar a vocês.  –ele desceu a mascara do rosto.  – Irei começar pela boa.

– Fale logo, doutor.  –Tricia pediu impaciente.

– Nós conseguimos tirar a bala. Ela estava alojada em seu peito e a dois centímetros do coração. Não querendo brincar com a situação, mas ele teve sorte, de contrário, teria sido fatal.  –ele balançou a cabeça.

– Qual a noticia ruim?  –eu não estava preparada para receber nenhum tipo de noticia.  

– Eu não posso enganar vocês e dizer que vai ficar tudo bem, então...  –ele pausou e o meu coração disparou.  – A pulsação de Zayn está muito fraca e ele está respirando com a ajuda de aparelhos. Eu não gosto de desanimar os familiares, mas para que Zayn sobreviva é somente com um milagre. Nós estamos fazendo tudo que podemos para mantê-lo conosco, mas infelizmente, não posso garantir nada a vocês.

Recuei alguns passos para trás encontrando o sofá e caí sobre ele.

– Emma.  –papai me chamou.

– Não. Eu não posso perdê-lo.  –gritei aos prantos.  – Tudo, menos ele.

Comecei a respirar com dificuldade, os pulmões se apertaram dentro do peito. Era melhor ter mil espadas cravadas em coração do passar por aquilo. Deus, porque eu fui amar alguém tanto assim?

Porque eu não poderia ser uma adolescente normal? Não podia apenas ter um namorado normal? Uma vida normal? Só ao me imaginar sem Zayn, minhas paredes desmoronavam. Minhas forças estavam indo embora e doía saber que Zayn estava indo junto com elas.




Eu ainda estava sentada em uma dos sofás da sala de espera, meus olhos deviam estar vermelhos, mas as lágrimas não paravam de cair. Papai estava cabisbaixo e resolveu ficar calado para não piorar o meu estado. Não era possível que tudo acabasse daquela maneira. Zayn não poderia partir. Nós teríamos um filho pra cuidar e uma vida toda pela frente. Nada parecia estar fazendo sentido naquele maldito dia. Era como um sonho distorcido. Eu estava mesmo em outro mundo, era apenas o meu corpo que permanecia sentando ali.

O que levava uma pessoa a fazer o mal para outra? Ela sentia-se bem em ver as lágrimas escorrendo pelo rosto de sua vitima? Poderia alguém sentir prazer com a de outro alguém? Eu queria mesmo saber essas respostas.

A minha ficha ainda não tinha caído. Zayn estava correndo de morte e eu não podia fazer nada. Meu corpo estava inquieto. Eu não soube dizer se era de nervosismo ou medo.

– Emma...  –ouvimos alguém dizer na porta. Levantamos a cabeça para ver quem era.

– Rachel?  –papai falou sem acreditar.  – O que está fazendo aqui?

– Eu soube do que aconteceu.  –ela apertou a alça da bolsa.

– Deve estar muito feliz por isso.  –revirei os olhos.  – Você também queria a mesma coisa que aqueles dois imundos.

– Não Emma...  –ela deu alguns passos.  – Gerard, posso conversar com a minha filha a sós?

– Não é uma boa hora para conversas, Rachel. 

– Eu sei disso, mas tem umas coisas que Emma precisa saber.  –ouvi um suspiro triste vindo dela.

– Isso não pode ser tão importante agora.  –papai se levantou. 

– Tudo bem papai.  –falei quase me engasgando nas próprias palavras.  – Nada mais pode me machucar tanto quanto eu já estou.

– Tem certeza?  –sua feição era de preocupação.

– Sim.  –assenti.

– Eu estarei lá fora, pode chamar quando quiser.  –ele beijou o alto da minha testa.

Papai saiu e nos deixou sozinha. Rachel sentou-se de frente para mim e colocou a bolsa ao seu lado. Suas mãos esfregaram-se uma na outra e então ela me encarou.

– Será que nem nesse momento você pode me respeitar?  –falei.

– Eu não vim para tirar proveito da situação, Emma. Muito pelo contrário.

– Então porque está aqui? Já não foi o suficiente tudo o que me fez passar? Todas as lágrimas que me fez derrubar?

– Foi por isso que eu vim até aqui.  –soltou mais um suspiro.  – Primeiramente, você precisa saber que Harry me chamou para participar de todo esse circo, mas desde o inicio eu sempre disse não.

– O que te fez mudar de opinião? Por acaso, estava agindo sozinha?

– Não Emma.  –ela negou com a cabeça.  – Não foi o ''que'' e sim ''quem''.

– Como?  –perguntei incrédula.  – Alguém fez você desistir de me deixar infeliz?

– Exatamente.  –era invejável seu tom calmo.

– E quem foi? Um anjo?

– Você já deve tê-lo chamado assim.  –o xingamento seguinte ficou preso em minha garganta. 

– Zayn?  –a pergunta quase nem saiu.  – Zayn fez você mudar seus pensamentos? O homem que você mais odeia na terra fez isso com você?

– Acredite ou não. Emma, houve alguns dias que ele bateu na porta da minha casa para conversar comigo. Da primeira vez, eu quase quebrei uma garrafa em sua cabeça, mas o garoto é esperto. Eu fechei a porta em sua cara e ele ficou gritando comigo do lado de fora.  –ela baixou o olhar parecendo se lembrar de tudo.

– Era por isso que ele saía às vezes sem me avisar para onde ia. Meu Deus, eu sou uma tola.  –não acredito que eu brigava com ele por causa daquilo. Enquanto eu o estava julgando, Zayn corria atrás de fazer aliança entre dois mundos. 

– Ele tentou me convencer de que não iria adiantar tentar tirar você dele, porque onde quer você fosse, ele iria atrás. Ele me disse que vocês dois eram como dois imãs, que se atraiam e não importam os obstáculos; vocês sempre iam acabam juntos no final.

Se antes eu já estava chorando, naquele instante uma cachoeira saía pelos meus olhos.

– Ele também me disse uma vez que, você era toda a parte boa que existia nele e sem você ele perderia o rumo das coisas. Uma das coisas que eu nunca vou esquecer foi quando ele me disse que a sua felicidade estava acima de qualquer coisa. Ele me falou com um sorriso nos lábios que faria tudo para te ver feliz. Mesmo que pra isso custasse sua vida.

– Zayn... Por quê?

– O que mais me tocou foi quando ele olhou em meus olhos e pediu para que desistisse de tudo e começasse novamente a minha vida com você. Ele disse que eu seria bem vinda.  –percebi quando ela enxugou uma lágrima.  – E é por esse motivo que eu estou aqui, Emma. Eu estou pedindo desculpas por tudo que eu te fiz passar, eu juro que se eu pudesse voltar no tempo e refazer tudo, eu voltaria sem pensar duas vezes. Eu entendo se não quiser voltar a me ver, mas eu preciso do seu perdão. Eu lamento que esse pedido tenha que acontecer em uma hora como essas, mas eu não podia mais esperar.

O esforço de Zayn não podia ser em vão. Eu não podia decepcioná-lo, porque ele nunca fez isso comigo. Ele conseguiu quebrar o coração de pedra de mamãe e fazer com que ela me pedisse desculpas. Era eu quem tinha que agradecer a Deus por ter posto Zayn em minha vida.

– Mamãe, vamos esquecer o passado, está bem? Viver apenas o presente e esperar o futuro.  –sorri chorando.

– Eu admiro você, Emma.  –ela também sorriu.  – Porque você tem uma coisa que eu não tive; coragem. Você arriscou tudo por esse garoto e hoje eu vejo que ele faria o mesmo por você. Eu tenho prazer de dizer com todas as palavras que vocês foram feitos um para o outro. Ele vai sair dessa e eu estou torcendo do fundo do meu coração por isso.

– Ele vai sair dessa, sim. Eu confio nisso.  –segurei em suas mãos.  – – E você tem o meu perdão.

– Seria muito se eu te pedisse um abraço?  –percebi seu constrangimento.

– Claro que não.  –levantamos ao mesmo tempo e vagarosamente nos abraçamos.

Como eu sentia falta daquele abraço, daquele calor. Do carinho de mãe. Repousei minha cabeça em seu peito e apertei-me em seus braços. Aquela era uma das melhores sensações da vida. Não mentem quando falam que o amor de mãe é diferente de todos. Você ser a pessoa mais idolatrada do mundo, mas não será nada se você não tiver o amor de sua mãe. Eu sentia falta da minha e depois de muito tempo receber aquele afeto, era quase indescritível. 

– Eu amo você.  –ela disse acariciando meus cabelos.

– Eu também te amo, mãe.  –realmente eu tinha saudades de dizer aquela palavra.

[...]

Um tempo depois, o médico veio nos avisar que Zayn já podia receber visitas, ele também nos avisou que sua pulsação continuava a mesma. Nem melhorou e nem piorou. Eu não sabia dizer se era bom ou ruim. A primeira a entrar no quarto que ele estava, fui eu. Segundo Yaser, seria bom para Tricia não ser a primeira a ver o filho. O medidor de batimentos cardíacos fazia um barulho quase nulo e o seu peito subia e descia vagarosamente com a ajuda do aparelho. Aguentei firme para não chorar.

Seus cabelos estavam caídos sobre a testa, e sua feição era serena. Segurei com cuidado em sua mão e dei um beijo entre seus dedos.

– Oi meu amor.  –comecei a falar.  – Seria bobagem dizer que já sinto a sua falta? Pois é, eu já sinto e muita. Eu queria pedir desculpa por te chamar de traíra algumas vezes, eu não tive a intenção. Se eu soubesse o que estava fazendo por trás, eu te beijaria sem parar.

Droga. Uma lágrima pingou do meu rosto.

– Gostaria que soubesse que graças a você, eu e mamãe fizemos as pazes. Você é um danadinho, me enganou. Zayn, você cumpriu a sua promessa e eu quero cumprir a minha; passar o resto da minha vida com você. Por isso, eu preciso que você acorde, meu amor.  –permiti-me chorar outra vez.  – Você vai ser papai. E se você estiver me escutando agora eu só quero que saiba que; eu amo você. Nós amamos você.

Curvei o meu corpo e depositei um beijo em sua testa.

– Volta pra mim o mais rápido possível.  –coloquei sua mão por cima da minha barriga.  – Nós precisamos de você.

Sorri ao imaginar a cena de um bebê nos braços de Zayn. E se fosse uma menina ele teria ciúmes em dobro. Imaginei o sorriso e os olhos do meu amor, nessa criança. Como é possível amar alguém que nós nunca vimos ou ouvimos? Era o sentimento mais belo do mundo.

– Emma?

Continua...


Notas Finais


Qualquer coisa falem comigo *-* http://ask.fm/NatyMooreira
Espero que tenham gostado e até terça ou antes (:


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