1. Spirit Fanfics >
  2. A Little Secret (EM REVISÃO) >
  3. I am going crazy

História A Little Secret (EM REVISÃO) - I am going crazy


Escrita por: kruger

Notas do Autor


Meus amores, gostaria de agradecer imensamente aos comentários. Fiquei muito feliz ao ler cada um deles, e acreditem minha auto estima melhorou muito. Como disse para vocês, ultimamente não estou me sentindo muito bem, mas ao ler cada comentário lindo que vocês fizeram, me fez ficar imensamente alegre. Não canso de dizer, o quanto eu amo os elogios,criticas e sugestões de vocês. Uma coisa: Vocês são incríveis e eu acho que estou apaixonada HAHAHAH
Ok, vou parar de ser tão clichê. Mas ainda quero agradecer a pessoa que me mandou aquela montagem de " Zevery". Realmente, estou encantada. Uso ela em quase todas minhas redes sociais, inclusive coloquei na minha ask. Obrigada!
E por ultimo, acho que vou conseguir postar mais um capítulo essa semana. Pois, a tonta aqui, caiu das escadas na escola e conseguiu pegar um atestado. Bom para vocês e ruim para mim HAHAHAH
Enfim, tenham um boa leitura e espero que gostem. Beijão!

Capítulo 11 - I am going crazy



Capítulo 11 — I am going crazy

Insônia. Essa foi à palavra que definiu minha noite. A única coisa que estava em meus pensamentos era: "Eu e Zayn nos beijamos.". Essa frase rodou repetidas vezes em minha cabeça, o fato de lembrar dele me tocando novamente mandou meu sono para longe. Parece bobagem, mas eu ainda sentia os toques dele sobre meu corpo, os lábios dele sobre os meus.. Definitivamente, estava ficando louca ao sentir-me atraída por ele.
Lembro-me da última vez que olhei o horário em meu celular, marcava cinco horas e trinta minutos. O que era péssimo, pois sempre acordava seis horas. Nesse pequeno tempo consegui pegar no sono, mas logo o celular despertou fazendo-me ficar completamente irritada. 
A primeira coisa que fiz foi preparar um café bem forte para me manter acordada. E a segunda, obviamente foi tomar um banho. Demorei o máximo de minutos possíveis ali embaixo, queria tirar todos aqueles pensamentos da minha mente. 
Logo que sai, vesti um short preto acompanhado de uma camiseta branca com um laço preto no pescoço. Coloquei um cinto escuro, para destacar um pouco e para deixar a camiseta um pouco mais justa, nos pés optei por sapatilha. Passei rímel nos meus cílios e gloss rosa claro nos lábios. Peguei minha bolsa escura, espirrei perfume sobre meu pescoço.
Assim que desci do ônibus, avistei Jason e uma garota. Ela tinha os cabelos ruivos e usava roupas totalmente escuras. Os dois estavam sentados na grama do campus. Aproximei-me deles, cumprimentando-os. Logo, que cheguei, ela nos deixou a sós. 
— Senta aqui. — Jason estendeu as mãos para mim. Segurei-as e sentei próxima a ele. Observei o local, a maioria das pessoas estava ali. Inclusive meus colegas de classe. Tentava encontrar algum professor em volta, talvez fosse um estudo ao ar livre. 
— Por que todos estão aqui? 
— Esqueceu do que vamos fazer hoje? — Jason olhou-me. Dei de ombros e franzi o cenho.  — Hoje é o dia de irmos aos estúdios. 
— Ah! — suspirei e assenti. — Esqueci completamente disso. 
Há exatamente uma semana atrás, o professor de fotografia havia nos dito que iríamos até um estúdio para gravarmos um “jornal”. A turma foi divida em dois grupos, e os locais foram sorteados. 
O acontecimento de ontem acabou fazendo-me esquecer de tudo aquilo. 
— Algum problema? 
— Sim. — molhei os lábios. — Esqueci de avisar ao Harry. 
— É só ligar para ele. — deu de ombros.
— Eu sei, mas o problema é que eu tenho várias coisas para colocar em dia.
Jason riu provavelmente por causa do meu desespero. Não podia faltar um dia de serviço, afinal não havia completado duas semanas que eu trabalhava. Que tipo de funcionária faria aquilo? 
— E é por isso, que não trabalho. 
O empurrei levemente pelo ombro, devolvendo a expressão. 
— Não. — neguei com a cabeça. — Você não trabalha, porque seus pais te sustentam. 
Jason parou de rir no mesmo momento e desviou o olhar para um canto qualquer. Não o conhecia há tempos, mas qualquer pessoa notaria aquela mudança de humor. Tentei procurar por algum erro que havia cometido. Será que ele não fala com os pais? 
— O que foi? 
Ele apenas balançou a cabeça negativamente forçando um sorriso. Logo se virou novamente para o lado. 
— Jason! — toquei de leve em seu braço. — O que foi? Eu falei algo de errado? 
O garoto olhou-me por apenas um segundo, logo desviou novamente. Engoli em seco, afinal o que eu tinha falado de errado?
— É que meus pais faleceram há um ano. 
Prendi a respiração e minha boca se entreabriu aos poucos. Eu e minha bela mania de falar sem pensar. Quer dizer, como iria adivinhar aquilo? Eu e ele nos conhecíamos há poucos dias, não sabia nada além de seu nome. 
— Meu Deus! Desculpe-me. 
— Não, tudo bem. — soltou um riso nasal. — Só não gosto de falar sobre isso. 
— Desculpa mesmo. — molhei os lábios. — Eu juro que não sabia. 
Jason piscou desconfortável com a situação.  Senti a enorme necessidade de perguntar como os pais dele faleceram, mas resolvi ficar calada.  Não iria deixar minha curiosidade deixa-lo chateado ou magoado. 
— Que horas vamos ir? — tentei mudar de assunto ao analisar as pessoas em volta. 
— Parece que daqui uma hora. 
— Sério? — tombei minha cabeça para trás. — Estou morrendo de sono, vou acabar dormindo aqui. 
— Deita ai.
Olhei-o e observei-o apontando para a grama. Neguei com um aceno e ri irônica. 
— Nem pensar, lavei meus cabelos hoje cedo.
— Por favor. — revirou os olhos. 
Analisei meu amigo deitando-se calmamente para trás, logo esticou as mãos em minha direção. Sem delongas aceitei seu pedido. Não iria sujar meus cabelos com a grama.  Ajeitei-me melhor ficando de frente, passei a observar o céu. O dia estava lindo, as nuvens passeavam calmamente enquanto o sol era forte. 
Começamos a conversar sobre o jornal, em seguida nosso assunto se direcionou a festas. No meio da conversa perguntei-me mentalmente como havíamos parado naquele assunto. Jornal para festa? 
A claridade que o sol emanava foi coberta por escuridão, olhei rapidamente para a sombra avistando Kylie. Ela estava com as mãos na cintura com uma expressão engraçada exposta em seu rosto. 
— Que lindo casal. — sorriu debochada. 
Revirei os olhos e soltei um suspiro. 
— Idiota! — Eu e Jason falamos em um uníssono.
— Own, que fofos! Até ensaiaram as palavras. — colocou as mãos no rosto, em forma de admiração.
Apenas rimos.  Kylie sentou-se próxima a nós, na famosa posição de índio. Explicamos a ela, o motivo da maioria dos nossos colegas, estarem ali. Pelo menos, não era a única ali que não sabia o motivo daquela multidão.
Continuamos com o assunto de festas, a meu ver aquilo estava entediante. Pois, eles conheciam quase todos os locais, menos eu. Nunca havia gostado muito de ir a festas quando estava em Nova Iorque, quem dirá em Londres. O lugar onde eu não conhecia nem um clube, além do qual havia ido ao final de semana. 
Bocejei tombando minha cabeça para o lado. Passei a observar uma garotinha que caminhava ali juntamente com outra mulher, provavelmente sua mãe. A menina de cabelos escuros e olhos claros me lembraram a Safaa. Sorri ao vê-la pulando sobre as pedras que enfeitavam o local. Meus pensamentos rapidamente voltaram ao maldito elevador, e sinceramente eu já estava cansada de lembrar daquilo. Já não bastava ter perdido meu sono? Ter passado a noite inteirinha acordada? Ainda por cima, teria que lembrar daquele garoto, até no meu ambiente de estudo? 
— O que você acha Every? — Kylie me despertou.
Respirei fundo e tentei pelo menos lembrar o que eles estavam falando, mas isso foi inútil. 
— Sobre o quê? 
— Eu falei que ela não estava prestando atenção. — Jason olhou para Kylie, rindo. 
— Hum, estava pensando no que? — a garota aproximou-se de mim.
Revirei os olhos e soltei um riso nasal. Era óbvio que não iria falar o motivo. 
— Podem me dizer o assunto que estavam falando?
— Queremos ir amanhã ao clube que abriu. — Jason respondeu.
— Vocês não cansam de festas, não? 
Levantei-me aos poucos sentando. Espreguicei-me, logo ajeitei minha camisa amassada. 
— Não. — falaram juntos.
— Você quase nunca sai para festas, Every. — Kylie completou. 
— Porque eu não gosto. — dei de ombros.
— Que tipo de pessoa não gosta de festa? — Jason ficou na mesma posição que eu.
Apontei para mim mesma, sorrindo. A reação que recebi, foi ver meus amigos com expressão de tédio. 
— Mas e então vamos? — Kylie cutucou de leve meu braço. 
— Só vou ir, porque quero tirar algumas coisas da minha cabeça. 
Levantei-me rapidamente, limpando meu short. Os dois estavam me olhando confusos. Provavelmente, esperando eu completar sobre o que me incomodava. Balancei a cabeça negativamente, não querendo continuar com o assunto. Apanhei minha bolsa do chão. 
— Aonde você vai? — Kylie me observou.
— Vou à lanchonete, preciso comer alguma coisa. — olhei para eles. — Querem ir? 
Jason e ela negaram com a cabeça. Dei de ombros e virei-me para sair de dali.
— Não demore para voltar. — Jason gritou.  
— Não vou. 
Deixei os dois sozinhos, e caminhei por todo aquele pessoal. Realmente, a turma de jornalismo era grande. Todas as pessoas, de turnos diferentes estavam ali. 
Depois de caminhar por cinco minutos, adentrei o recinto. Fiz meu pedido, apenas um milk shake de chocolate e um salgado de frango. Não era uma boa combinação, mas eram as duas coisas que eu mais gostava.
Sentei-me em uma pequena mesa de canto, com apenas dois lugares. Coloquei minha bolsa sobre o outro banco. Comecei a mexer na minha rede social pelo celular. Não achei nada de interessante, a não serem fotos e mais fotos de alguns familiares. 
— Posso sentar aqui? 
Desviei meu olhar da tela do celular para a pessoa que estava em minha frente.  Engoli em seco e meu coração acelerou. Dylan. Por que diabos aquele garoto estava sempre em volta? Por acaso, estava me seguindo? 
— Não. — respondi irritada. 
— Por quê? — Dylan espalmou as duas mãos sobre a mesa ao me encarar.
— Não quero sua companhia, não está claro? 
Ele riu e puxou o banco, se acomodando. Colocou minha bolsa, no banco de trás. Revirei os olhos, ele definitivamente não sabia ouvir um não. 
A primeira reação que tive foi levantar do meu assento. Não queria mais confusões em minha vida. Não mesmo. 
Quando ajeitei a bolsa em meu ombro senti uma pressão maior em meu braço. Molhei os lábios e segui calmamente a direção de suas mãos segurando-me. 
— Faz favor. 
— Por que toda essa raiva? 
— Eu não gosto de você, Dylan. — olhei-o. — Agora, faz o favor e me solta. 
Puxei meu braço com força e soltei-me dele. Odiava quando alguém fazia aquilo comigo. 
— Every, você nem me conhece. 
Não conheço? Você simplesmente me agarra em uma festa e não me solta, e ainda por cima diz que não o conheço?
— Conheço o suficiente para não gostar. 
Arqueei a sobrancelha e dei de costas novamente. 
— Me dá dez minutos, para provar que você está errada a meu respeito. 
Parei e encarei o moço vindo em minha direção com meu pedido. Estava em uma luta constante, se eu ficasse com ele ali podia saber, pelo menos, saberia do que ele estava falando a respeito de Harry, Kylie e Zayn. 
— Eu prometo não fazer nada com você. 
A loira entregou a bandeja em minhas mãos, agradeci gentilmente.
  " Tome cuidado com seus amigos, Every. “
Respirei fundo e limpei a garganta. No fundo minha curiosidade falou mais alto, aliás, eu odiava ficar curiosa. 
— Seu tempo já começou. 
Sentei-me novamente e encarei apenas meu lanche. Retirei o plástico que envolvia o sanduíche, olhei-o apenas por um segundo com a sobrancelha arqueada. 
Vai ficar calado, seu idiota?
— Prazer, sou Dylan. 
Molhei os lábios e ignorei aquele ato. Sério?  
— Você faz jornalismo, certo? — afirmei com a cabeça. — Então, gosta de livros?
Fiz uma expressão óbvia.  Que tipo de pergunta era aquela? 
— Qual seu livro preferido? — colocou os braços sobre a mesa.
Conhecia muito bem aquele truque. Não era tola e muito menos burra. Já havia recebido aquela cantada muitas vezes. 
— E você, gosta de ler? 
— Já li alguns livros, não é meu passa tempo favorito, mas diria que gosto. — deu de ombros. — E então, seu preferido é? 
Bingo! 
— Fala você, qual o seu? — olhei-o. 
— Por quê? Eu perguntei primeiro. 
Sorri cínica e ajeitei-me na cadeira. 
— Se eu falar qual é o meu favorito, você vai dizer que é o seu também. — arqueei a sobrancelha. — Tente outra, essa está velha.
— Bem pensado, Every. — agradeci com um aceno de cabeça. — O festim dos corvos, George Martin. — respondeu apontando com o dedo indicador.
— Boa escolha. — afirmei. Já havia lido aquele livro, era um dos meus preferidos, mas era óbvio que não iria falar. Não queria deixa-lo achar que tinha créditos a mais, afinal quando fiz isso acabei me arrependendo.  
— E o seu? 
— Já li muitos livros, não sei se posso escolher um só. — dei de ombros. 
Olhei para Dylan, novamente, notei que ele estava com o olhar fixo na porta. Ele tinha um sorriso debochado nos lábios. Aquilo não era nada bom!
Virei-me para ver o que ele tanto olhava. Encontrei um moreno, totalmente irritado vindo em minha direção. Suspirei pesado. 
— De novo não. — resmunguei. 
Voltei a minha posição antiga, calmamente, fechei meus olhos e a única coisa que se ouvia eram os gritos dos dois. Não fiz nem questão de prestar atenção nas palavras que eram ditas. Já tinha problemas demais na cabeça, e aquele com certeza não entraria para minha coleção. Além do mais, não estava tão interessada a ponto de ouvir dois idiotas discutindo. 
Peguei o copo de milk shake sobre a bandeja e minha bolsa que estava na escora da cadeira. Levantei-me sem pressa notando algumas pessoas presentes olhando atenciosamente para a discussão. Não iria viver tudo aquilo novamente. 
Quando sai de dentro da cafeteria, não demorou muito para o barulho da porta de vidro soar novamente.  
— Eu sinceramente gostaria de saber qual o seu problema. — Zayn gritou. Coloquei meus óculos de sombra e passei a mecha de cabelo que insistia em cair para trás. — Ás vezes, eu tenho vontade de deixar você sair com aquele cara, porque eu acho que é isso que você quer.
Ok, estava sendo um ótimo reencontro, sem ironia alguma. O receio de encontrar Zayn novamente estava me deixando pirada. Afinal, tínhamos nos beijado e eu não sabia o que fazer. Era péssima naquilo definitivamente péssima. Sempre optei por ficar com garotos em festas, aqueles que nunca mais veria na vida. Fazia aquilo porque sentia vergonha de encarar o sujeito depois. 
— Não 'tá me ouvindo? 
Logo senti meu corpo virar para ele. Meu sangue começou a ferver ao olhar para sua mão segurando firmemente meu braço. Soltei-me tão depressa que minha pele chegou a doer com o ato. 
— O que você quer de mim garoto? — gritei com raiva. — Me deixa em paz. 
— Por que você estava com o Dylan? 
Soltei um riso nasal balançando a cabeça. 
— Porque eu quis, não está claro? 
— Every, você não o conhece. — segurou novamente meus braços, sacudindo-me.
Quem era ele para falar aquilo? Eu mal o conhecia também. 
— E você, Zayn? Eu conheço? — molhei os lábios e ele pareceu pensar. — Se esse é o problema, não deveria estar aqui com você. 
— Para de falar bobagem, garota. É diferente! 
— Sério? — ri. — Por quê? 
Zayn balançou a cabeça negativamente e riu. Soltou-me aos poucos, logo colocou as mãos no bolso da calça. 
— Algum dia por acaso, eu forcei algo com você? 
— Não. — balancei a cabeça cruzando os braços. — Mas Dylan também não fez isso. 
Observei sua expressão mudar de irônico para furioso. Mordi o lábio encarando-o sem desviar o olhar. 
— Eu odeio quando você faz isso. — falou pausadamente. Zayn aproximou-se mais de mim e segurou novamente meus braços me fazendo prestar atenção apenas em seus olhos.  — Você ainda não entendeu?
Engoli em seco com a aproximação que nos encontrávamos. De novo, conseguia sentir a respiração dele mesclando-se com a minha. Por alguns segundos pensei na possibilidade de ele fazer tudo aquilo apenas para me deixar sem palavras, como na última vez em que ele fez.
Vamos Every.  Reaja, sua idiota. 
Empurrei-o agilmente pelo peito tombando um pouco para trás. 
— E eu já falei repetidas vezes, para você não tocar em mim.  — falei com raiva. — Qual foi à parte que você ainda não entendeu? 
Zayn arqueou a sobrancelha e aproximou o rosto do meu. 
— Ontem você não pareceu se importar com isso. — sussurrou olhando para meus lábios.
Engoli em seco pelo menos três vezes. Droga, ele estava conseguindo me fazer ficar calada. 
— Me deixa em paz, Zayn. 
Retomei a postura e virei-me para sair daquele lugar. Tomei um pouco do meu milk shake, em seguida o joguei na lixeira. Zayn acompanhou-me caminhando atrás de mim. De certa forma ficava irritada com aquilo, ele não podia trocar de calçada? O por que dele estar me seguindo? 
— Só pode ser brincadeira. — resmunguei baixinho assim que vi Kylie e Jason escorados no carro de Zayn. Eu só podia estar louca ao ver aquela cena. Por que diabos ele estava ali? Ele nem ao menos era estudante. 
Tentei parecer firme ao caminhar, já que havia escutado sua risada debochada. Cruzei meus braços e aproximei-me mais dos meus amigos. 
— Posso saber o motivo dessa animação? — foi à primeira pergunta que fiz, assim que vi os dois rindo. 
— Jason é péssimo com piadas. — Kylie respondeu.
— Não sou tão ruim assim. 
Revirei os olhos ao sentir um corpo parado atrás de mim, muito próximo, aliás. 
— Podemos ir? — Zayn perguntou. 
— Claro, vamos. — Kylie assentiu. 
Espera, podemos ir? Podemos ir para onde? Não, aquilo só podia ser o mundo conspirando contra. 
— Para onde?  
— O ônibus que ia nos levar estragou. Então, cada um teve que ligar para um amigo para irmos até o estúdio. — Kylie respondeu. 
Não, não, não, não, não. Mil vezes, não. 
— Não sabia disso. 
Observei Zayn fazendo a volta com um sorriso idiota nos lábios. Tudo aquilo para me provocar. Aliás, por que ele gostava de me irritar tanto? Desde que nos conhecemos era a única coisa que ele fazia. Me provocar! 
— Onde você estava? — Jason perguntou. 
— Na lanchonete. — revirei os olhos irritada ao me lembrar do acontecimento no estabelecimento. 
— Ficamos preocupados com você. 
— Eu tenho dezenove anos, sei me cuidar muito bem sozinha. — alterei o tom de voz.
Realmente, já estava irritada com toda aquela “preocupação". Ou melhor, estava irritada pelo fato de Zayn ter ido estragar minha conversa com Dylan. Queria perguntar a ele sobre o que tanto falava a respeito dos "meus amigos". 
— Por que vocês falaram para o Zayn onde eu estava? — cruzei os braços.
— Porque nós já iriamos sair e precisávamos de você aqui. — Jason respondeu.
— E por que você não foi atrás de mim?  
— Só para avisar que estou ouvindo. — Zayn disse rindo. Virei para trás e analisei-o com vidro do carro baixo. Passei a mão no pescoço e desviei o olhar. — E também não tenho o dia todo. 
Jason e Kylie riram balançando a cabeça. Com certeza, não tinham a noção do quanto Zayn conseguia me tirar do sério. 
Respirei fundo tentando acalmar-me. Quando coloquei a mão no trinque da porta de trás, a voz do garoto fez-me parar. 
— Você é aqui na frente. 
Ri balançando a cabeça. Ele não havia entendido a parte: Deixa-me em paz?
— Eu não vou ao seu lado. 
— Algum problema? 
— Sim. — respondi rápido, recebendo o repreendimento de Kylie. 
— Every, por favor. — Jason molhou os lábios.


● ● ● 


Entramos no estúdio e infelizmente Zayn entrou junto com nós. Por mais que eu quase tivesse o forçado a voltar para a empresa, ele ignorou. Provavelmente, para me irritar. Jason passou o braço pelo meu pescoço e eu envolvi minha mão na cintura dele. Senti dois olhos me fuzilando, olhei de canto para Zayn. Suas mãos estavam no bolso da calça escura, enquanto o olhar estava sobre nós. Ri mentalmente com aquela expressão. 
Paramos em frente a uma enorme tela verde. Em seguida, dois professores revezaram as falas e chamaram o primeiro grupo que logo começou a gravar.  Quando o primeiro grupo de posicionou, Jason e Kylie foram chamados pelo sr. Petter , já que eram os líderes do grupo em que eu estava. 
— Não sabia que você e aquele cara eram tão próximos. — Zayn colocou-se atrás de mim. 
Cruzei os braços e respirei fundo. 
— Você não precisa saber da minha vida. 
— Não precisa ficar na defensiva. 
— Não estou apenas respondi sua pergunta. 
— Por que fica tão irritada com minha presença? — aproximou-se um pouco mais, senti o corpo dele em contato com o meu. —É algum tipo de defesa, senhorita Holdings?
Virei-me rapidamente com o ato. Ele realmente não havia entendido nada do que eu tinha falado. 
— Para de me tocar! — gritei olhando em seus olhos.
— Estamos interrompendo o casal? — uma voz masculina nos repreendeu. 
Senti meu rosto queimar de vergonha.  Malik sorriu mordendo o lábio. Virei-me calmamente para o professor. 
— Desculpe! 
O homem negou com a cabeça e apontou o dedo indicador para porta. 
— Vocês dois podem ir para o outro estúdio e esperar lá. 
— Ele não é aluno. — gesticulei em direção a Zayn. 
— Não, tudo bem. Eu vou, sem problemas. 
O homem cruzou os braços e assentiu. 
— Ótimo, podem ir. 
Droga! Por que ele tinha que ser tão filho da mãe? 
Acenei para Kylie e Jason que estavam em outra sala. Sai acompanhada de Zayn procurando pelo outro estúdio. A cada passo que dava minha raiva aumentava. O que ele estava querendo de mim? 
Perguntei a uma moça que passava pelo local onde ficava o estúdio, a resposta que recebi foi: ”Segundo andar. Tem um elevador a direita e a escada à esquerda." 
Não hesitei nenhum um pouco em ir em direção as escadas. 
— Algum problema com elevadores? — Zayn gargalhou. 
Minhas bochechas coraram, ao lembrar do que tinha acontecido em um cubículo daqueles. Não fiz questão de responder, apenas subi os degraus em silêncio. Lembrando-me de como fazia aquilo, pois com certeza Zayn sabia me deixar tão sem graça a ponto de me esquecer como se caminhava.
Parei no segundo andar e a primeira coisa que avistei foi um enorme corredor com pouca iluminação. Observei cada sala que estava naquele lugar lendo os nomes. 
Assim que achei a o professor havia indicado tentei abrir a porta, mas ela se encontra trancada. 
— Merda! — bufei e virei-me colocando as mãos para trás me escorando na madeira.
Zayn ficou na mesma posição que a minha, porém de frente. E o maldito sorriso, estava em seus lábios.  Não gostava nem de lembrar que eu e ele estávamos sozinhos novamente. Pois, minha mente estava conturbada. Realmente, sentir o perfume dele invadindo minhas narinas enquanto o olhar dele praticamente me hipnotizava não era nada bom.
— Quer parar de me olhar? — irritei-me.
— Não posso nem te olhar mais? — desencostou-se cruzando os braços.
— Não. 
— Não acha que está exigindo demais? — aproximou-se. 
Antes dele ficar com o corpo praticamente colado ao meu, coloquei minhas mãos em seu peitoral impedindo-o. 
— Nem pense em chegar perto de mim. 
Zayn riu e me olhou profundamente.
— Já disse que gosto de ver sua reação quando estou por perto?
— Para de ser idiota, garoto. — desviei meu olhar para o lado, tentando não o encarar.
Aquela sensação havia voltado. Suas mãos seguraram em minha cintura fortemente e logo foram deslizadas para o bolso do meu short. Não tive tempo de reagir com a rapidez que ele fez tudo aquilo. Zayn puxou-me com força sem tirar as mãos da minha "bunda". Escorou-se na parede que estava me fazendo ficar com uma das pernas no meio das dele. 
— Zayn, para! — tentei o empurrar, mas ele pressionou mais nossos corpos.
Havia uma parte em mim que estava adorando tudo aquilo. Zayn podia ser chato e irritante, mas lembrava-me perfeitamente de seu beijo e com certeza ele era muito bom naquilo. 
Malik olhou-me por um segundo, logo beijou minha bochecha descendo os lábios pela região do meu pescoço. Senti formigamentos por aquela região e involuntariamente encostei meu rosto no dele. 
— Calma Holdings. — riu contra minha pele. — É só um pouco de carinho. — Fechei meus olhos enquanto meu corpo se arrepiava por inteiro. A sensação dos lábios dele sobre minha pele era realmente muito boa. E o perfume dele estava me deixando louca. — Pelo jeito que você fica quando estou por perto. — aspirou meu perfume. — Tenho a certeza que você é virgem. 
Procurei por ar e naquele instante quis o afastar. Quem ele pensava que era? 
“Tenho a certeza que você é virgem." Filho da mãe, mil vezes filho da mãe.
— Continue pensando assim. — por um segundo quase gaguejei, mas precisava ser firme na minha mentira. 
— Não adianta negar, Every. — sussurrou próximo ao meu ouvido. — Eu conheço cada tipo de mulher.
Afastei meu rosto aos poucos com a boca entreaberta. Como ele sabia tudo aquilo? Zayn riu mordendo o lábio e aproximou-se aos poucos. Eu queria o beijar, mas não podia. Então, dei graças a Deus quando alguns gritos de animação surgiram pela escada. 
Dei longos passos para trás tropeçando em meus próprios pés. Quando Malik estava por perto eu realmente não sabia o que fazer, falar.. 
Zayn me encarou com um sorriso vitorioso. 
— Ainda quer que não te toque? — aproximou-se novamente e espalmou as mãos na porta, me deixando sem saída. 
— Zayn meus colegas estão vindo. — olhei para o lado por um segundo. — Por favor, sai! —pedi quase sem forças. 
Ele observou o corredor e desviou o olhar para o meu ao sorrir. Seus lábios aproximaram-se dos meus colando-os intensamente, mas foi um selinho rápido. 
— Até amanhã, senhorita Holdings. — piscou. 
Enquanto avistava-o caminhando no corredor minha mente mandava xingamentos.  Só queria saber o porquê de aquele garoto ser assim. Nunca nenhum garoto havia me deixado daquele jeito. Sem reações. 
— Desgraçado. — murmurei batendo na porta.
 


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...