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História A Maldição Herdada - O Encontro


Escrita por: SkyWhiteSoul

Notas do Autor


Bem....
Tentei ao máximo seguir com o comportamento natural dos personagens, além do mais, gosto do modo e estilo de comportamento deles durante todo o mangá. Ainda assim, é bem complicado.
Espero conseguir manter no mesmo nível até o fim.
Aproveitem.

Capítulo 2 - O Encontro


- Do que está falando, Kagome? – Inuyasha retrucou, irritado por ela ter sequer mencionado aquilo. Desde que eles haviam destruído a Joia de Quatro Almas, já haviam se passado anos. Porém, ainda assim ele se lembrava exatamente de suas palavras. Ela havia feito seu pedido, no qual consistia no desaparecimento da Joia de Quatro Almas para sempre. – É impossível que a Joia de Quatro Almas ainda possa ressurgir como aconteceu quando você veio pelo poço.

- Eu sei... – Confirmou ela. Suas sobrancelhas uniram-se em preocupação. – Mas é que....

- Olha. – Ele fixou o olhar nos olhos azuis dela. – De uma coisa, eu tenho certeza. Nós dois vimos a Joia de Quatro Almas desaparecer da face da terra, e a maior prova disso é que: Não somente todos os youkais imersos na joia tiveram, por fim, um descanso, como, da mesma forma, você retornou a sua era de origem e ficou lá por longos três anos, provando que cumpriu com seu papel nesta era. Agora, pare de pensar em baboseiras e vamos logo ver o que aconteceu.

- Inuyasha...- Sussurrou ela. Em seguida, encheu-se de coragem e ergueu a cabeça, determinada.- Tem razão. Já passamos por tanta coisa... Com certeza, conseguiremos passar por este novo desafio.

- É assim que se fala. – Falou Inuyasha, soltando um sorriso ameaçador.

-Kaede, vamos avançar para a clareira. – Disse Kagome com uma expressão séria.

- Será que podemos também estar presentes?

            Kagome virou-se repentinamente e viu seus melhores amigos, Sango e Miroku, um pouco mais atrás. Ambos pareciam estar preparados para a batalha. Apesar de valorizar muito a companhia de ambos nessa nova possível aventura, a primeira coisa que lhe veio à mente foi a segurança dos pequenos da vila.

- Acho que é melhor vocês ficarem na vila tomando conta dos seus pequenos. Quem sabe o que enfrentaremos? Não é que eu duvide de vossa força, mas não sabemos o que poderá acontecer com a vila.... – Falou Kagome com um sorriso acalentador.

- Está brincando comigo? É a primeira vez, em três anos, que recebemos problemas dessa magnitude. Eu não irei perder isso por nada. – Disse Sango, parecendo muito animada em voltar ao campo de batalha, semelhante aos velhos tempos.

- Pois é. Além disso, não se preocupe com os pequenos. Deixamos eles sobre a vista de Rin, que, caso não tenha percebido, já tem 15 anos. – Completou Miroku. – Nós iremos enfrentar isso juntos.

          Kagome, em algum lugar dentro de si, notou um sentimento aconchegante tomar seu coração. Talvez tenha sido a nostalgia dos velhos tempos, ou, até mesmo, o sentimento reconfortante de ter tantos amigos ao seu lado quando precisasse. Um sorriso veio aos seus lábios enquanto ela lembra-se do quanto eles passaram a seis anos atrás.

         - Kaede, você terá que ficar na vila, assim poderá proteger os aldeões caso algo dê errado. – Disse Kagome, virando-se para Kaede e vendo ela consentir. – Proteja-os com sua vida.

         - Farei isso. – Disse a sábia velha.

- Vamos, pessoal. Vamos ver o que aconteceu na clareira.

 

 

           Enquanto todos se preparam para o que virão, Rin caminha até a cabana de Miroku e Sango, pois um dos aldeões avisa-a de que ambos a chamavam. Ao chegar na entrada, ela chama-os para que permitissem sua entrada. Quando não recebe uma resposta, ela adentra preocupada no que poderia ter ocorrido. Subitamente, deparou-se com uma bagunça. O mais novo e único dos filhos estava completamente sujo da papinha e arroz que alguém provavelmente tentou servir a ele, enquanto as gêmeas riscavam as paredes da cabana com os lápis que encontraram. O pobre irmãozinho já estava desenhado da cabeça aos pés, incluindo um bigode e óculos na sua cara riscada de grafite.

       Sobre uma mesa próxima, estava um bilhete de papel:

“ Rin,

       Fomos ajudar Kagome na luta com a mulher-centopeia, talvez voltaremos um pouco mais tarde. Por favor, cuide das crianças”.

       - Você poderia, pelo menos, avisar mais cedo que iriam tirar uma folga das crianças.... – Disse ela, triste por ter que resolver toda a confusão dos gêmeos. – Ah! Não, não, não, não! Não pega isso não!

 

 

        Ela sentia todo o seu corpo queimar de dor. Aos poucos, abriu os olhos e encarou o céu noturno sem nenhum objetivo em mente. Ainda se recuperava dos acontecimentos repentinos, e tentava ao máximo pôr os pensamentos em ordem.

        De súbito, veio tudo à sua mente como um raio. O selo havia sido desfeito, e, assim sendo, a mesma garota que veio pelo poço não era a mesma de agora. Enquanto levantava-se lentamente na terra suja, que antes era cheia de grama verde, ela conseguia ver o que deveria fazer. Ela precisava consertar isso. Teria que refazer o selo e tornar-se novamente a mesma garota que era antes: a simples e única Karen.

         Ela observou friamente à frente, onde seguia-se o caminho de terra suja provocado pela explosão, que a levava a seu destino.

 

 

         Kagome avançou a clareira junto de seus amigos. Ao chegar lá, viu que a bela grama havia sido trocada pela terra crua e suja. Isso a assustou, pois, apesar de ter visto a explosão, não imaginou que poderia ter levado a tamanho estrago.

- Isso tem cara de Sesshoumaru – Disse Inuyasha, ciente da quantidade de poder que o irmão possuía. – Até sinto seu cheiro, mas foram tantos cheiros que senti hoje, que é bem possível que eu esteja enganado e ele apenas esteja passando para outra visita.

- É. É bem possível – Falou Kagome, concordando com o fato de Inuyasha estar enganado. – Sesshoumaru não iria batalhar em um local tão próximo da vila que Rin está.

- Hmmm... Eu consigo sentir algo estranho no ar daqui. – Disse Miroku. – Sabe do que estou falando, Kagome-sama?

        Kagome elevou seus sentidos ao máximo, e sentiu algo.

- Você tem razão. – Disse Kagome enquanto fechava os olhos para sentir com mais precisão. – Essa pressão, essa densidade na atmosfera... Isso parece...

- Um selo. – Completou Miroku. – Alguém deve ter quebrado algum selo ou formado algum. Mas, por que alguém iria...

- Olhem – Apontou Sango para algum ponto distante do lado esquerdo da floresta, onde a destruição seguia sem notar-se seu fim. Naquela direção, vinha uma garota cambaleante. Ela tinha o uniforme da escola, uma simples blusinha de marinheiro branca com um lenço verde no pescoço e uma saia pregueada da mesma cor, totalmente esfarrapado e sujo. Suas meias estavam em alturas desiguais e somente utilizava um sapato. Seu rosto afilado de pele clara parecia ter uma expressão desoladora. Além do cabelo curto repicado preto estar totalmente bagunçado, completando uma imagem impiedosa.

        Miroku e Sango foram os primeiros a avançarem para a garota, seguidos por Kagome e Inuyasha.

- O que aconteceu aqui, pequena? – Perguntou Sango, notando que a garota tinha a mesma idade de Rin.

- O selo foi quebrado. Eu preciso refazê-lo. – Sussurrou a garota em desespero.

- Que selo? – Perguntou Kagome, rapidamente direcionando um olhar acalentador para a garota. À fim de que ela se acalmasse. – Poderia explicar?

          Enquanto a garota levantava o olhar para as duas mulheres, elas ajudavam-na a sentar-se próxima a uma árvore. Lentamente, ela assentiu.

 

 

          Nas proximidades da vila, Sesshoumaru voava junto de seu servo, Jaken. Ambos se direcionavam à vila para surpreender novamente Rin com alguma novidade que trouxera das Terras do Oeste. Até a explosão ocorrer, tornava-se inútil chegar mais depressa que o normal. Porém, não demorou muito até que Sesshoumaru sentisse um cheiro diferente no ar, e logo depois a explosão, fazendo com que Sesshoumaru apressasse o voo.

          Felizmente, a explosão não foi tão perto da vila, e, sabendo disso, Jaken suspirou em alívio. Logo depois, o velho sapo olhou para baixo e notou um brilho prateado. Apertou os olhos para que pudesse ver com clareza, presenciando o que parecia ser uma daiyoukai abaixo deles.

-EEEEEEEEEHHHH??? – Gritou o sapo velho.

- Cale a boca, Jaken – Disse Sesshoumaru, no mesmo tom frio que possuía.

- M-Mass, Sssenhor Sssesshoumaru... Há uma daiyoukai lá embaixo.- Sibilou o sapo velho.

- Hm? – Sesshoumaru baixou o olhar sem mover o rosto, vendo a daiyoukai levantar lentamente. – Inuyasha está por perto, então deixe que ele cuide disso. – Prosseguiu ele, sem parar para ajuda-los. Ele seguiu para a vila, onde poderia tomar conta de Rin, caso algo acontecesse.

 

 

           Enquanto ela abria os olhos dourados, pôde ver algo parecido com uma nuvem passar por ela e um monstrinho, que mais parecia um sapo, gritar em sua direção em espanto. Ela pôde ouvir toda a conversa do sapo com alguém lá em cima, enquanto ela tentava se levantar. Levantou seu olhar para o céu mais uma vez, observando o belo estrelado acima de si. Ouviu com calma o som dos seres noturnos e das árvores balançando ao vento. Sentiu seu cabelo movimentar-se com o forte vento que corria.

             Era verdade. Ela havia retornado. Depois de 10 anos, estava livre novamente. Tentou pôr-se de pé, o que parecia ser mais difícil do que antes. Tropeçou inúmeras vezes sobre os próprios pés, que não estavam mais acostumados a sustentar o seu peso. Arrastou-se para um lago que estava próximo.

             Sob o lago, pôde ver seu reflexo. A bela jovem de 15 anos com uma pele da cor da neve. Seu longo cabelo prateado escorria abaixo de seus ombros, algumas mechas debruçando-se sobre as águas, e chegava a altura de sua cintura. Sua franja reta, cortada um pouco abaixo das sobrancelhas, complicavam a pequena de ver o próprio reflexo. Ela pôde ver escorrer por baixo dos olhos as lágrimas de felicidade, pois estava novamente aqui. No mundo real.

          Aos poucos, lembrou-se também do motivo de ter sido aprisionada. Com muito esforço, levantou-se com uma determinação a qual nunca vira antes em si mesma. Ao ficar totalmente de pé, seus pés formigavam, no entanto, ela seguiu ao outro lado da explosão, onde encontraria seu objetivo. Estava determinada a acabar com tudo aquilo.

 

 

- O selo, que, agora a pouco, fora quebrado, é um selo de aprisionamento. Este selo aprisiona qualquer tipo de youkai, mas, para isso, é necessário alguém para se sacrificar como o corpo que manterá o youkai preso. Eu fui uma das escolhidas, e, por conta disso, os monges tiveram todo o cuidado para que me mantivessem longe de qualquer tipo de youkai que ainda pudesse existir em minha era. Mas, parece que não foi o suficiente. Agora, ela virá atrás de mim. Ela virá me matar. Por favor, eu lhes peço que me deixem ir para que eu possa refazer o selo. – Disse ela, enquanto as lágrimas começavam a ressurgir sob seus olhos e escorriam pelas maçãs do rosto.

- Sozinha? Você não terá chance alguma, pirralha. – Disse Inuyasha. – Estará indo se suicidar.

-Eh? – Exclamou ela, os olhos arregalando em puro horror.

- Inuyasha – Falou Kagome, quase sussurrando.

- O que foi, Kagome? – Respondeu Inuyasha.

- Osuwari [Senta] – Sussurrou ela.

          Inuyasha solta uma exclamação de horror, enquanto seu corpo direciona-se involuntariamente para o chão. Desse modo, ele bateu, com uma força descomunal, sua cara no chão. Ele gemeu de dor.

- .... Por que? O que foi que eu fiz dessa vez? – Gemeu ele, com seu corpo espremido no chão.

- Olha... Eu sei que você deve refazer o selo, mas ainda não sabemos que nível é esse youkai. Então, infelizmente, não pode simplesmente ir na direção dele sem ter total certeza de que irá voltar com o selo refeito, e sã e salva. – Kagome, ignorando os gemidos de Inuyasha, falou lentamente à garota para que ela pudesse entender claramente o que ela tinha a dizer. – Você me entende?

          Lentamente, a garota assente. Em seguida, ela limpa as lágrimas secas em seu rosto.

- Então... Por que não vai para a vila enquanto nós damos um jeito nesse youkai? Lá, estará mais segura e poderá refazer o selo, quando trouxermos o youkai conosco. – Pediu Kagome.

          A garota olhou fundo nos olhos de Kagome, como se analisasse sua alma profundamente. Aos poucos, foi abrindo a boca para dizer:

- Já é tarde demais. Ela está aqui. – Com isso, Kagome girou o olhar para a direção que a garota observava.

           À passos lentos, vinha uma bela youkai de mesma idade da menina. Utilizava apenas uma blusa simples branca, junto a uma calça longa de mesma cor. Ela possuía belos cabelos prateados que esvoaçavam com o vento. Nas maçãs do rosto, pareciam projetar-se duas garras de tom azulado, o mesmo desenho que Sesshoumaru possuía no rosto. Os olhos dourados pareciam queimar com uma intenção assassina em direção a jovem trêmula encostada na árvore.

- Olá...- Sussurrou a garota enquanto um sorriso subia a seus lábios.


Notas Finais


Para quem estiver se perguntando o por quê de Kagome ter olhos azuis na fanfic, saiba que, no mangá, a cor dos seus olhos são azuis, ao contrário do anime, que os mostra castanhos.
É isso, até a próxima.


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