História A Mestiça! - O Sequestro de Sirius Black.

  Sophi despertou logo que os primeiros raios de Sol passaram pelas frestas da caverna, a noite havia sido terrível e quando acordou ela era humana, se o Lobisomem tivesse a visto assim, teria lhe matado inconscientemente.

  Por sorte, ela estava com suas roupas e sua varinha. Colocou o osso da costela no lugar com magia, conjurou uma faixa e a enrolou de modo que ficasse bem firme em sua cintura, não queria que Lupin visse o estrago que fez, agora ela teria uma cicatriz a mais, e essa também nunca sairia de suas costas, nem com a poção de cura mais forte que existisse.

  Ela entrou na caverna onde Lupin estava dormindo, se é que dava para chamar aquilo de dormir, ele parecia estar com febre e delirava, gritava alto e se debatia, nada que ele dizia parecia fazer sentido.

  — Professor? Professor Lupin? Acorde.

  “Água“ essa foi a única coisa que ela conseguiu distinguir de todos os ganidos que ele fez. Tratou logo de conjurar água para o homem, ele bebeu como se fosse a melhor coisa do mundo, e parecia que sua sede jamais cessava. Durante todo o dia, Lupin não abriu os olhos e somente bebeu água.

  Sophi, como cadela, conseguiu pescar alguns peixes e foi aquilo que ela comeu, nem de longe era tão bom quando a comida de Darry, mas era o que tinha.

  Mais uma noite chegou, e Sophi passou todos os momentos ao lado da fera, consolando seu choro e a impedindo de sair por ai caçando vítimas todas as vezes que ele tentava fazer isso.

  Ao fim da sétima noite de Lua Cheia, tanto Lupin quanto Sophi estavam sem forças. O caminho até o Chalé da Lua foi difícil e exaustivo, mas eles finalmente chegaram.

  — Papai, papai — gritava Ted, correndo na direção de Lupin quando os dois apontaram próximo as rochas do lago. — Você esta bem?

  Fraco e com olheiras, Lupin se jogou de joelhos no chão e abraçou seu filho com todo o resto de força que ele ainda tinha.

  Mas, algo estava errado, de todos os lugares da floresta e de dentro do pequeno Chalé de Lupin e Tonks saíam Membros da Ordem.

  — O que houve? Sirius, onde esta Sirius? — Sophi perguntou.

  Ninguém ousou dizer nem uma única palavra, todos baixaram os olhos para as folhas secas.

  — ... ei, parem com isso. Que brincadeira sem graça — Ela olhou para Tonks. — me diga, Tonks, onde esta Sirius? — a mulher não respondeu.

  Sophi não queria tomar decisões precipitadas, se desesperar sem razão, afinal de contas o que poderia ter acontecido com Sirius?

  Ela correu macando por conta da costela, até o interior do Chalé.

  — SIRIUS, SIRIUS?

  Abriu cada porta, cada armário, cada cortina que viu em sua frente, mas nada encontrou, então voltou correndo até onde estavam os Membros da Ordem.

  — Fred, Jorge? Onde esta Sirius?

  — Desculpe, Sophi. Nos perdoe. — disse o Sr. Weasley.

  Ela foi até ele e o pegou pelo colarinho do casaco.

  — O que quer dizer com isso, os perdoar de que?

  Lupin veio até onde estava Sophi e Arthur.

  — O que houve aqui, Arthur, onde esta Sirius? — ele perguntou.

  Mas, foi Harry quem deu um passo a frente e respondeu.

  — Eles o levaram — Harry estava chorando. — Levaram meu padrinho há três dias, os traidores o tiraram do Largo — Harry tirou uma caixinha do bolso do casaco e a entregou a Sophi.

Era a varinha de Sirius, estava ali, inteira, que chances ele teria sem a sua varinha?
Sophi caiu de joelhos abraçando a varinha de Sirius contra o peito, com uma dor e uma tristeza que não havia sentido nem mesmo quando ela viu os olhos de seu pai se esquecerem dela. Onde Sirius estaria? Estaria ele vivo?
Sophi se sentia culpada, ela havia deixado Sirius sozinho para fazer algo que ele não queria que ela fizesse, talvez ela pudesse te-lo ajudado, até mesmo ter sido levada no lugar dela, afinal, era a ela que queriam, toda aquela droga de situação estava acontecendo por que Voldemort queria a ela.

  Lupin se ajoelhou ao seu lado, abraçou a garota e lhe pediu desculpas por te-la afastado de Sirius, a garota nada disse, só o abraçou forte e chorou em seu ombro.