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História A missão mais difícil - O irmão, o museu e o namoro


Escrita por: vaudeville

Notas do Autor


eu voltei na volta mais rápida da minha história (sério, duvido isso acontecer de novo)

(talvez aconteça de novo caso o @PandaDasLoucura decidir fazer aniversário e me cobrar att como presente um dia antes! mas não tô botando culpa porque eu que ofereci um presente né...)

então tá aí! parabéns, neném <3 não vou fazer textão de aniversário porque não sei fazer. só espero que goste desse capítulo final e desculpa se não, sou péssima com finais

boa leitura! <3

Capítulo 3 - O irmão, o museu e o namoro


Tudo bem, Steve pensou. Não é como se tivesse que enfrentar nazistas novamente... ou um deus... ou traidores infiltrados... ou um alienígena roxo pela terceira vez. É só o seu filho de cinco anos.

Um garotinho de cinco anos e um metro que botou dois supersoldados centenários de quase dois metros contra a parede.

“Eu me lembrei...”, ele começou, se afastando lentamente de Gabe, como se assim a criança não fosse notar, “... que cheguei da... do trabalho e não tomei banho. Que péssimo exemplo, né, Buck? Então eu vou lá, e você vai preparando o jantar!”, e saiu do quarto o mais rápido que conseguiu.

Bucky assistiu toda a cena com indignação, não tendo tempo de reagir até a porta se fechar novamente. Virou-se em direção a Gabe e o abraçou.

“Saudades do meu garotão”, falou, querendo o abraçar ainda mais forte, mas não o fazendo para não acabar machucando o pequeno Rogers-Barnes.

“Papa”, Gabe chamou, sufocado no aperto, “eu gosto dos seus abraços”, Bucky afastou-se para encará-lo, “mais do que gosto dos abraços do papai”, sorriu, “mas não conta pra ele!”

“Segredo nosso!”, piscou para ele, “Agora vou fazer o que o papai mandou e arrumar o jantar, daqui a pouco chamo você, ok?”

Gabe assentiu.

“O papai é o Capitão América?”, voltou a perguntar antes que Bucky conseguisse sair por completo do cômodo.

Mas o Barnes preferiu fingir não escutar e continuar o seu caminho.

•••

Bucky estava pegando os pratos no armário quando sentiu braços o envolverem.

“Difícil encontrar o equilíbrio entre querer voltar logo pra casa e querer voltar bem pra casa.”

“Prefiro que volte bem, não importa o tempo que leve. Gabe e eu nos viramos bem enquanto te esperamos, mas a gente não ia conseguir sabendo que você não vai voltar”, se virou para o Rogers, “Stevie, de todas as possibilidades que eu já imaginei pra contarmos pra ele sobre nós, nenhuma foi tão adulta quanto está sendo.”

“Você é péssimo sendo irônico”, o abraçou melhor, encostando a cabeça em seu ombro, “Gabe é realmente muito esperto, né? Mas não podíamos esperar outra coisa de alguém que carrega o seu gene.”

“Você não passa de um punk”, revirou os olhos, sorrindo, “Ele pode se parecer comigo nos cabelos escuros, os olhos azuis-”

“Meio verdes, meio cinzas”, Steve interrompeu.

“É”, revirou os olhos novamente, continuou, “mas Gabe tem mais de você. Essa inteligência toda veio de você. A teimosia também.”

Steve sorriu, sua mente divagando sobre ter mais uma criança correndo pelo apartamento; dessa vez loirinha dos olhos – unicamente – azuis.

“Sei o que está pensando.”

“Eu sei. E também sei a sua resposta.”

Bucky soltou-se, indo até a mesa.

“É isso que décadas de convivência fazem? Não vamos mais precisar conversar em voz alta?”

Steve riu, o ajudando a arrumar tudo para jantarem.

“Gabe!”, chamou, e logo o garotinho os fez companhia.

•••

“Papa”, Gabe chamou quando já estava terminando a sua comida, “o seu braço... como foi mesmo?”

“Você tinha que ligar todos os pontos tão rápido assim mesmo, filho?”, Bucky comentou baixo.

“Quê?”

“Nesse ponto ele até que foi devagar, Buck”, Steve disse, sendo repreendido pelo olhar do outro.

“Quê?”, Gabe insistiu.

“Papai e eu estávamos falando sobre irmos no Smithsonian, o que acha?”, viu os olhinhos do garoto duplicarem de tamanho.

“Sério? Lá onde tá o Capitão América?”

“A exposição dele, sim”, Steve corrigiu, achando divertido, “Topa?”

“Vamos agora?”, perguntou animado, ficando em pé sobre a cadeira.

“Desça daí ou não vamos mais”, Bucky ameaçou, “Vamos amanhã.”

“Isso”, fez uma dancinha da vitória antes de voltar a se sentar.

“Mas o que-”

“Ele aprendeu isso com você”, Steve se pronunciou, “Jerk.”

•••

Estavam os três na entrada do Smithsonian com seus casacos de golas levantadas e seus bonés. Gabe já estava habituado a sair assim com seus pais, como o uniforme de uma equipe.

“Filho”, Steve abaixou-se, “não vai ficar chateado com a gente, certo?”, perguntou receoso.

O garoto olhou de Steve para Bucky, com sua melhor carinha confusa, não entendendo o porquê se chatearia com eles. Será que seu papa estava realmente com o Capitão América?

E o papai com o Soldado Invernal?

“Vamos, Stevie”, Bucky disse, notando a apreensão tomar conta do garotinho.

“Bem-vindos ao Museu Smithsonian”, ecoava pelo local enquanto eles se encaminhavam para a parte reservada à exposição do herói.

Gabe tinha sua mão esquerda segurada por Bucky, e a direita, por Steve. Olhava para o alto atentamente, fascinado.

“Um símbolo para a nação, um herói para o mundo. O Capitão América tem uma história de honra, bravura e sacrifício”, a voz saía dos projetores.

Gabe observava tudo o que pudesse, os textos expostos, as fotos... Era a primeira vez que via o Capitão – ou só as fotos dele – sem o capacete. A expressão confusa voltando, porque aquele Capitão pré-soro era tão familiar...

“Com o alistamento negado devido à saúde ruim, Steve Rogers foi escolhido para um programa único nos anais¹ das guerras americanas, um que o transformaria no primeiro supersoldado do mundo.”

O garotinho olhou para Steve, recebendo o mesmo olhar receoso de antes e um aperto na mão que Bucky segurava.

“Testados em batalha, o Capitão América e seu Comando Selvagem rapidamente provaram o seu valor, a missão deles era derrotar a HYDRA, a Divisão de Ciência Independente Nazista.”

Gabe soltou-se dos pais e foi até os paineis que exibiam um Steve Rogers franzino.

“Papai?”, chamou sem tirar os olhos da tela.

Steve apareceu ao seu lado, o oferecendo um sorriso pequeno.

“Sim, Gabe.”

“Melhores amigos desde a infância, Bucky Barnes e Steve Rogers eram inseparáveis, tanto no colégio quanto no campo de batalha.”

A atenção da criança foi levada até o outro painel conforme a voz continuava sua apresentação. Seus olhinhos encontraram seu papa já parado observando a foto exibida.

“Barnes foi o único do Comando Selvagem que perdeu a vida em serviço pelo país.”

Os dois adultos olhavam com expectativa para o filho, enquanto a apresentação se seguia para falar da criação da SHIELD. Tinham medo que o garoto decidisse se trancar em seu quarto e não mais dirigir-lhes a palavra – Bucky estava traumatizado com a experiência –, ou pior, saísse correndo dali no meio de tanta gente, indo em direção à rua movimentada.

“Papa... morreu?”, sussurrou ainda confuso, mas claramente prendendo o choro.

Seus pais sorriram um para o outro, era um bom sinal, não era?

“Eles tinham que atualizar isso aqui”, Steve comentou.

“Vão deixar isso pra uma outra exposição, Stevie. Explicar o Soldado Invernal não é nada fácil pra esses babacas.”

“Bucky!”

Ouviram um soluço baixinho e viram Gabe com as mãozinhas coçando os olhos.

“Eu entendo, filho, também fiquei desse jeitinho quando pensei que o seu papa tinha morrido”, enxugou as lágrimas que corriam nas bochechas fofinhas, “mas olha ele aqui com a gente, Gabe. Ele voltou pra gente.”

Por vocês”, Bucky corrigiu-o, se abaixando e juntando-se aos dois.

“Papa, papai... quero ir pra casa.”

•••

“Filme de novo, Stevie?”

“A gente poderia estar, sabe... brincando com o nosso filho se você aceitasse a minha proposta.”

“Não, não mesmo. Não vamos ter outro filho enquanto você ainda sair durante a madrugada de um domingo pra uma missão.”

Steve revirou os olhos, esticando seu braço esquerdo para acomodar melhor o Barnes. Eles ainda discutiriam muito o assunto até Bucky ceder ou Steve aceitar que precisava de umas férias.

A porta da frente foi fechada vagarosamente, e passos cautelosos foram ouvidos pelos adultos graças à superaudição. Viram uma figura pequena andando devagar para não ser notada por eles.

“Gabriel Rogers-Barnes, onde pensa que está indo, mocinho?”, Steve intimou-o.

O garotinho girou nos calcanhares, sorrindo amarelo.

“Oi papai. Oi papa.”

“Vem cá”, Bucky chamou.

Gabe foi até eles, sentando-se entre os dois.

“Tudo bem?”

“Tudo.”

“Vai falar ou vamos ter que repetir a mesma situação das últimas duas semanas?”

Ele bufou e se jogou contra o encosto do sofá, logo depois abriu um sorriso.

“Foi legal, todo mundo queria saber mais sobre o Capitão América e o Soldado Invernal, e só eu sei”, falou orgulhoso.

“Criamos um monstrinho, Stevie.”

“É a vingança dos Rogers, Buck, deixa ele.”

Bucky riu, só Steve mesmo para ver aquilo como uma vingança por ter sido rejeitado quando jovem.

“Foi engraçado também”, Gabe continuou, alheio à conversa dos outros dois, balançando as perninhas, “muita gente queria ser o namorado do Capitão América.”

“O quê? Que namorado?”, Bucky aumentou a voz a cada nova palavra, “Eu fui resumido a namorado do Capitão América? Fale pros seus amiguinhos que eu não sou namorado do Capitão América, como sou marido! Seu papai e eu somos casados, tá me escutando, Gabe?”

A sala foi tomada pelas risadas da criança e de Steve.

“Buck...”, o Rogers o fez um carinho nos cabelos, mas foi recebido com um tapa.

“Sai”, olhou para o filho, “Quer dizer que o senhor está namorando?”

Gabe desviou o olhar dos dois, encarou seus pezinhos.

“Espera aí”, a risada do loiro cessou repentinamente, “Como assim namorando?”

“Namorando namorando, Stevie. Vai me dizer que não sabe como é?”, Bucky perguntou, provocando.

O garotinho aproveitou para sair correndo em direção ao seu quarto.

“Buck, ele tem cinco anos! GABE, VOCÊ TEM CINCO ANOS!”, foi atrás do filho, “Você tem que apresentar esse audacioso pra mim! Já contou pra ele que o seu papa...”

A porta foi aberta.

“Papa, me dá um irmãozinho!”, e então voltou a fechá-la.

Steve alternou o olhar entre a porta recém-fechada e Bucky, que estava pálido.

“Buck, você o escutou...”

O Barnes o encarou, logo mudando a palidez para uma vermelhidão.

“EU VOU TE COLOCAR DE CASTIGO, GAROTO!”


Notas Finais


AHUAHAUH eu fiquei "não... não vou colocar esse diálogo" mas aí pensei melhor e "por que não?"
galera, Gabe tem cinco anos, nem sabe o que namoro realmente significa. é uma coisa de criança e foi só pra brincar com o Bucky hahaha <3

¹ anais - "obra que relata os acontecimentos de cada ano"

até a próxima!


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