1. Spirit Fanfics >
  2. A Nova Influência >
  3. Risco real

História A Nova Influência - Risco real


Escrita por: britishross

Capítulo 16 - Risco real


Após o namoro completar um mês, Sarada se convenceu de que havia chegado a hora de Shinki conhecer Sasuke. Ela já havia avisado ao namorado inúmeras vezes que o pai não era a pessoa mais fácil de lidar no mundo, mas Shinki estava confiante.

— Você acha que todos são capazes de te amar. – Comentou Sarada.

— E não são? – Gabou-se e Sarada revirou os olhos.

— Meu pai não gosta de ninguém facilmente. Você vai ter que se esforçar um bocado, caso queira que algum dia na sua insignificante existência ele olhe para você com admiração. – Afirmou Sarada.

— Não acredito que seu pai seja tão difícil assim. Ele já sabe que eu sou de uma família nobre?

— Meu pai tá pouco se fodendo pra sua família. Desculpe pelo palavrão, mas só ele explicita o quanto ele não está nem aí para qualquer título. – Avisou Sarada.

— Já vi que você puxou muito mais a ele do que a sua adorável mãe.

— Shinki, eu tenho características dos dois.

— Bem, só me resta rezar para que seu pai vá com a minha cara.

— Mas ele já não foi.

— Como assim?

— Você acha que ele pode gostar de algum garoto que tenha segundas intenções com a princesinha dele? – Disse Sarada.

— Seu pai é tão ciumento assim? – Disse Shinki desanimado.

— Diga a ele, Obito. – Pediu Sarada ao primo, já que Shinki não acreditava no que ela estava falando.

— O tio Sasuke é o pai mais chato da face da terra. Ele pega no pé de QUALQUER cara que se envolva com a Sarada. Isso é algo que ele não supera. – Explicou Obito.

— Eu só quis te deixar avisado pro seu bem sabe? – Disse Sarada.

— Tudo bem, Sarada. Eu to pronto pra conhecer seu pai. – Sorriu.

 

[...]

 

Ainda em Konoha, Sasuke olhou para Sakura terminando de arrumar a mala e começou a lhe fazer perguntas sobre o novo genro. Ainda era estranho para Sasuke aceitar que a sua menininha havia se transformado em uma mulher adulta. O Uchiha ainda pensava em Sarada como uma criança indefesa que precisava de seus cuidados. Foi um golpe duro vê-la com o primeiro namorado aos 12 anos. Sasuke ainda lembra dela lhe contando que estava namorando Inojin.

Por sinal, esse garoto havia feito um belo estrago em Sarada. Não que o Yamanaka tivesse alguma culpa, mas Sasuke não gostava de pensar como um relacionamento poderia fragilizar tanto uma pessoa, ainda mais quando a pessoa em questão era a sua filha. Demorou um tempo até Sarada aceitar que Inojin não voltaria, que talvez nunca fossem conhecer o que havia sido feito dele e isso causou muitas dores de cabeça em Sasuke.

O segundo namorado da menina, seu afilhado Boruto, foi algo mais aceitável. Desde que os dois eram muito pequenininhos, Naruto brincava que Sarada algum dia seria sua nora. Embora aquilo tudo irritasse Sasuke, a ideia de ter Boruto como genro foi assimilada e bem digerida no decorrer dos anos. Quando se tornou um fato real, ele soube lidar. Ainda era estranho ver sua filha beijando Boruto, mas conseguia observar a cena sem querer vomitar. E, para sua sanidade mental ficar intacta, ele preferia acreditar que as coisas tinham parado nos beijos.

O diferencial desse terceiro namorado de Sarada era que Sasuke não o conhecia. Os dois anteriores tinham crescido junto com a menina. Sasuke sabia como eram, quais intenções tinham e de que famílias vinham. Era mais seguro. No entanto, o tal Shinki Sabaku no Akasuna era uma completa interrogação para ele. O que o rapaz teria com sua filha? Será que estaria enganando-a? Será que havia ultrapassado o sinal? Sasuke ainda morria de medo de que Sarada fosse mãe muito cedo como Sakura. Achava um perigo deixara  menina solta, mas Sakura pedia calma ao marido e confiança para que ele não pirasse.

Segundo Sakura, Sarada sabia muito bem como se faziam bebês e de que formas evitá-los. Não que essa frase tenha deixado Sasuke menos nervoso, pois isso só lhe confirmava aquela velha suspeita de que Boruto tinha sido afoito o suficiente para tirar a virgindade de sua garotinha. O que fez Sasuke anotar mentalmente que teria uma séria conversa com Shinki. Sasuke diria quais seriam suas regras para aquele namoro. Sempre controlador.

— Espero que esse Shinki seja um bom garoto. – Disse Sasuke para Sakura.

— Ele é, querido! Eu entendo que você esteja com um pé atrás e que prefira o Boruto por já conhecê-lo e ser filho do seu melhor amigo, mas Sarada está tentando recomeçar a vida. Pegue leve com o namorado dela, por favor! – Rogou Sakura por já conhecer a personalidade do marido.

— Eu não entendo a Sarada! Ela não amava o Boruto? Por que tinha que inventar de estudar em Nova York e largar tudo? – Questionou Sasuke.

— Querido, sei que você não queria que ela fosse também. Mas Sarada já tem idade para tomar suas próprias decisões. Ela sempre quis estudar em Nova York e Julliard abrirá portas para ela.

— Sakura, a nossa filha já passou por muitas coisas não acha? Eu só queria mantê-la debaixo da minha asa por algum tempo a mais. – Confessou Sasuke.

— Mantê-la aqui não impede que coisas ruins aconteçam, Sasuke. Não temos como prever o futuro. Tudo que nós podemos fazer é instruí-la e apoiá-la.

— Se eu não gostar desse garoto, não vou aprovar esse namoro.

— Querido, vá sem pré-conceitos ok?

— Se ele tá achando que só porque é de uma família nobre vai me dobrar, ele está muito enganado.

— Claro que ele sabe, Sasuke. Você acha que Sarada não ia treiná-lo para interagir com você? Sua filha te conhece como a palma da mão. – Afirmou Sakura.

— Veremos.

 

[...]

 

Quando Sasuke e Sakura chegaram a Nova York, Sarada foi buscá-los no aeroporto. Embora sempre se falassem, era bem melhor tê-los por perto e alcance de um abraço. Sarada os abraçou com força e disse o quanto sentia falta de ter sua família reunida. Obviamente, Sasuke não demorou a dizer que isso podia ser corrigido facilmente e que bastava ela voltar a Konoha. A menina riu e fingiu que não sentiu a leve pressão que o pai fazia.

— Pai, eu te adoro muito e sinto falta desse seu incrível mau humor, mas é por aqui que eu vou ficar pelos próximos anos ok? – Sorriu Sarada.

— Pelo menos, eu tentei te convencer do contrário. – Disse Sasuke entrando no carro da filha.

— Eu já falei pra ele, Sarada. Mas seu pai é muito cabeça dura. – Disse Sakura.

— To acostumada, mãe. Enfim, to muito ansiosa pro papai conhecer o Shinki. Você vai ver como ele é legal. – Disse animada enquanto tamborilava os dedos no volante.

— Defina legal. – Pediu Sasuke, enquanto Sakura e Sarada só riram.

— Shinki é bonito, estudioso, trabalhador e ele vem de uma boa família. – Resumiu Sarada.

— Trabalha com o que o moleque? – Perguntou interessado.

— Ele é ator. – Sasuke revirou os olhos e Sarada continuou – Pai, ele não precisa de dinheiro, pois a família dele tem o bastante até a última geração imaginável daquela família. Ele trabalhar só quer dizer que Shinki gosta de conquistar as coisas por seu próprio esforço. Admiro isso nele.

— Esse namoro não vai durar nada. – Comentou Sasuke.

— Não seja tão pessimista, querido. Shinki gosta de Sarada. – Disse Sakura.

— Vocês duas não disseram que ele tem que casar com uma nobre? Sarada não é nobre. Isso não tem futuro. – Disse Sasuke.

— Pode até não ter um futuro, mas é o meu presente. Quero que respeite Shinki e a minha história com ele. – Pediu Sarada.

— Um mês de namoro e já está apaixonada desse jeito? Temo que se magoe, filha. – Avisou Sasuke.

— Isso eu também temo. – Concordou Sakura.

— Eu sei que vocês dois se preocupam, mas está tudo sobre controle. Sobrevivi a coisas piores não? No dia que terminar esse relacionamento, eu ficarei feliz de pelo menos ter vivido essa história. Além disso, se o Shinki continuar vivo depois, eu não terei do que reclamar. – Concluiu Sarada.

A verdade é que o namoro com Inojin havia transformado a vida de Sarada de um jeito irreversível. Ela só conseguia olhar o relacionamento com Shinki daquela forma, porque havia passado por um trauma terrível que ainda era doloroso. Sasuke então percebeu que estava sendo duro demais ao julgar o rapaz só porque aquele relacionamento não tinha um futuro. Que relacionamento adolescente tinha, não é mesmo? Sarada não era a primeira jovem a se apaixonar sem medir muito as consequências e não seria a última. A ficha do Uchiha caiu naquele momento.

No dia seguinte, quando Shinki foi convidado para jantar com os sogros, Sarada quis deixar o clima leve. Chouchou e Obito também participariam da pequena reunião familiar. Era bom para Shinki, pois a pressão seria menor com mais algumas pessoas ali.

— É um prazer conhecê-lo, senhor Uchiha. – Disse Shinki assim que apertou a mão do sogro ao chegar na cobertura.

— Espero dizer o mesmo no fim deste jantar. – Falou Sasuke seriamente. Sim, Sasuke ainda avaliaria aquele garoto dos pés à cabeça.

— Não seja malvado, papai. – Repreendeu Sarada.

— Sarada falou bem de você e minha esposa também. – Disse Sasuke.

— Não confia no julgamento delas sobre mim, senhor Uchiha? – Perguntou Shinki.

— Sabe, garoto, eu sou homem. Seu meio sorriso não vai colar em mim como deve ter colado nas duas. – Proferiu Sasuke com um certo ar de superioridade e Shinki tremeu.

— Eu te avisei. – Sussurrou Sarada no ouvido do namorado.

— Eu sei. – Respondeu Shinki para Sarada.

O jantar foi servido com tranquilidade. Chouchou e Obito mantiveram a conversa com temas agradáveis como o próprio namoro. Para Sasuke, falar de um relacionamento que não fosse o da filha já era bom. Se fosse de seu sobrinho, então era melhor ainda. Obito contou que ele e namorada estavam indo bem e que Sarada tinha bancado a cupida para os dois, o que Sakura achou formidável. Quando o assunto voltou para Shinki e sua família é que as coisas voltaram a ficar tensas.

— Fale-me de sua família, garoto. Como são? – Perguntou Sasuke após a sobremesa, que por sinal era mousse de morango.

— Tradicional como qualquer família real. Meu pai é um homem rígido, que pede obediência às suas regras e, é claro, às do país também. – Informou Shinki.

— E a sua mãe? – Perguntou Sasuke.

— Minha mãe já faleceu, senhor. Ela morreu há cinco anos. – Respondeu.

— Sinto muito. – Sasuke disse percebendo que aquela era uma ferida ainda mal cicatrizada.

— Tudo bem. – Disse Shinki.

— E o seu tio, Shinki? – Perguntou Sakura.

— Ser sobrinho do Rei deve ser uma honra, não é mesmo? – Disse Obito.

— Eu acho o máximo! – Comentou Chouchou.

— O meu tio é bastante reservado e ficou viúvo há pouco tempo. Eu tenho dois primos. O mais velho, Nagato, herdará a coroa. O mais novo, Yahiko, herdará outro título, além do de príncipe, após o casamento. Mas eles ainda são bem jovens.

— Quantos anos eles têm? – Perguntou Sarada.

— Nagato tem 15 anos e Yahiko tem 13 anos.

— Seu pai se casou de novo após ficar viúvo, Shinki? – Perguntou Sakura.

— Casou, Sakura. No entanto, não gostaria de falar sobre minha madrasta. Não a considero parte da família. – Disse Shinki.

— Já percebi que detesta a madrasta. – Comentou Sasuke.

— Não aceito outra mulher no lugar de minha mãe. – Disse Shinki.

— Gente, vamos falar de coisas boas, coisas que não deixem Shinki triste, por favor! – Pediu Sarada.

— Como, obviamente, a sua intenção não é de se casar com a minha filha. Quais são as suas intenções com ela, garoto? – Sasuke foi direto.

— Papai! – Recriminou Sarada.

— Eu amo a sua filha, senhor Uchiha. Somos muito novos para pensar em casamento, mas asseguro que farei o meu melhor para Sarada ser feliz. – Respondeu Shinki.

— Se você fizer a minha filha sofrer, eu acabo com você. Não importa se você é nobre, entendeu? – Ameaçou Sasuke.

— Entendido, senhor. – Respondeu Shinki.

— Não liga pro meu pai! Ele fala tudo isso da boca pra fora. Ele é incapaz de fazer mal a uma mosca. – Sorriu Sarada.

Na hora de ir embora, Sarada levou Shinki até o carro. Ela queria ter alguns instantes a sós com o namorado até mesmo para saber qual tinha sido o impacto de Sasuke nele.

— O que achou? – Perguntou curiosa, já pendurada no pescoço de Shinki que suspirou.

— Seu pai não é nada fácil. – Confirmou Shinki.

— Dá pra sobreviver ou você já tá considerando a possibilidade de acabar com nosso namoro? – Perguntou Sarada.

— Não foi mentira quando disse na cara do seu pai que eu te amo, Sarada. Eu vou continuar ao seu lado não importa o que aconteça. E já vou avisando que o meu pai também é complicado. – Disse Shinki.

— Gosto de desafios. – Sorriu Sarada.

— E eu gosto de você. – Disse Shinki antes de colar os lábios nos da namorada. O beijou foi aprofundado por ele, enquanto a mão dela subia para o cabelo do rapaz e o bagunçava levemente. As línguas estavam entrelaçadas, quando o beijo foi interrompido pelo som da buzina de Kankuro.

— Droga! Vamos ter que continuar isso depois... – Reclamou Shinki antes de roubar um selinho de Sarada.

— Vai lá! O Kankuro parece com pressa. – Disse Sarada se afastando de Shinki.

— A gente se vê amanhã, Sarada. – Disse Shinki.

— Claro. Dorme bem viu?

— Se eu sonhar com você, não restam dúvidas. – Sorriu e Sarada lhe jogou um beijo no ar antes do garoto entrar no carro e acenar.

— Como foi com o pai da Sarada? – Perguntou Kankuro assim que Shinki entrou no carro.

— Ele é um pai bem protetor. Disse que acaba comigo se eu magoar a filha dele. – Respondeu.

— Natural, mas você conseguiu cativá-lo?

— Não sei, mas tentei. O importante é que Sarada me ama. Eu tenho certeza disso. – Disse Shinki.

— Agora é a vez dela enfrentar o seu pai. – Disse Kankuro.

— Papai ficará encantado com Sarada. Ela é maravilhosa. Ele não poderia pedir nora melhor.

— Ele precisa de uma nora nobre.

— Isso é um detalhe que ele nem vai se dar conta quando conhecer Sarada.

— É engraçado te ver de quatro por essa garota. Nem com a sua ex você era desse jeito.

— É verdade. É o amor.


Notas Finais


O que acharam do encontro do Sasuke com Shinki? Bjs e até o próximo capítulo! ♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...