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História À Procura de Adeline Legrand - A busca que deu em almoço


Escrita por: Biaxe

Notas do Autor


Oi, xuxus! Olha eu aqui ~yay

Considerem esse capítulo como um bônus, porque não é sempre que vou conseguir postar dois capítulos na semana.

Hoje aparecerá mais um personagem que o povo ama (ou odeia)

Boa leitura!

Capítulo 3 - A busca que deu em almoço


Rosalya me indicou o banheiro, que ficava perto da entrada da sala que ela havia saído logo que chegamos, que era uma sala de arquivos, com estantes, livros e gaveteiros.

Dobrei minhas roupas e as guardei na mochila, e vesti as roupas da época. O vestido até que lembrava o que Rosa usava, porém, o meu era azul marinho e não havia botões na frente, somente atrás. Era liso e tinha uma fita para amarrar na cintura. Prendi o cabelo com grampos e calcei os sapatos.

Voltei a sala da recepção, onde Nathaniel e Rosalya estavam esperando, e ambos ficaram surpresos com a mudança.

— Está muito melhor assim. — Rosalya sorriu, colocando as mãos no rosto delicado.

Senti as bochechas quentes. — Obrigada. — Rosa deu uma leve cotovelada no braço do chefe, que pareceu despertar.

— Sim, sim, está muito melhor. Está muito bonita.

— Obrigada... Será que posso deixar minha bolsa aqui? — Indiquei ela no ombro.

— Claro, claro. Rosa?

— Vou guardá-la para você. — Entreguei a ela. — Nossa, leva o mundo aqui? Que peso! — Riu, indo para a sala ao lado.

— Logo voltaremos. — Nathaniel avisou.

— Tudo bem! — disse lá de dentro.

— Vamos. — Foi na frente abriu a porta.

Fomos para a rua, não tão movimentada como antes, e começamos a andar. Por mais que eu estivesse “na moda”, as mulheres continuavam me olhando estranho.

— Por que estão me encarando tanto? Não estou mais com roupas estranhas.

— Talvez seja por que não tenha um chapéu? — Prestei atenção, e realmente, não havia uma única mulher que não tivesse um.

— É, provavelmente é isso. Que continuem olhando feio. Eu não tenho um chapéu.

— Não se incomoda pelos olhares?

— Não. Eu deixei de me importar sobre o que os outros acham de mim há muito tempo.

Nathaniel analisou meu rosto. — Estou vendo. É realmente raro.

— As mulheres dessa época se importam demais com a aparência — debochei, mas o sorriso saiu da minha cara rapidinho.

Dessa época, Heloise!

— Dessa época? — Nathaniel estranhou.

— Foi modo de falar. — Tentei consertar. — Tenho mania de falar coisas sem sentido, não se preocupe.

Chegamos na rua principal, onde eu pretendia ir e seguimos para a esquerda, reto. Percebi que muitas pessoas estavam com a cara enfiada em jornais. Devia ter alguma notícia bombástica.

— Por que tem tantas pessoas lendo o jornal? Isso é normal?

— Não exatamente, mas... saiu uma notícia bem chocante hoje.

— Qual?

— Um navio afundou... — disse com pesar.

— Titanic — sussurrei, lembrando que tinha pesquisado sobre isso antes de vir.

— Então já estava sabendo? — Me olhou.

— Ah... É, sim. — Desviei o olhar para o outro lado da rua. — Esqueci desse detalhe.

— Por que desviou o olhar? Sabe de algo que não colocaram no jornal?

Se você soubesse de tudo o que eu sei... — Não, não. — O olhei para passar segurança. — Só que esse navio afundou, apenas isso.

Ele afirmou e voltou a olhar para a rua. — Um acidente muito triste.

Apenas balancei a cabeça e fiquei em silêncio.

Toma cuidado com o que você fala, Heloise. Vai estragar tudo se continuar assim.

Continuamos andando, até que vi a tal padaria que tinha marcado no mapa. Viramos a esquina e atravessamos a rua. Então, vi uma vitrine grande, com uma placa escrito “Loja de Roupas Legrand”. Era ali. Entramos na loja, que não estava muito cheia, e logo uma mulher veio nos atender.

— Bom dia, senhores, em que posso ajudá-los? — Ela indagou, simpática.

Nathaniel me lançou um olhar, talvez querendo saber se devia tomar a iniciativa.

— Bom dia, senhora — falei. — Eu estou procurando por Filinto Legrand.

— Meu marido está viajando no momento. — Deu um sorrisinho, apesar de ter estranhado a pergunta. — Será que posso ajudar no lugar dele?

— Hm... Então a senhora poderia me dizer se conhece uma moça chamada Adeline?

— Claro, é minha filha. Ela foi com o pai para fora, para procurar novos tecidos.

Puts... — Ah... E sabe quando eles vão voltar?

— Não sei exatamente quando, está previsto para chegarem no começo da próxima semana, mas pode acontecer deles ficarem mais tempo fora.

— Hm, obrigada, então. — Me virei para sair.

— Espere, posso saber por que procura por eles?

— É... — A olhei, pensando no que dizer. — Eu... estou de passagem, mas há uns anos morei aqui e tive contato com sua filha. Queria revê-la — inventei na hora.

— É uma pena. Quanto tempo ficará aqui?

— Ainda não sei, estou aproveitando um pouco a cidade. Mas quem sabe eu ainda não esteja por aqui quando eles retornarem. — Dei um sorrisinho.

— Espero que sim.

— Obrigada pela ajuda. — Acenei e sai da loja. Parei na calçada, tentando raciocinar sobre aquela notícia.

— É mesmo por esse motivo que a senhorita quer ver Adeline? — Nathaniel ficou a minha frente.

Se eu mentisse, ele saberia, e só ficaria ruim para mim... — Não. — Olhei para o céu, vendo o sol quase completamente acima de nós. Devia ser quase meio dia, e meu estômago já estava reclamando de fome.

Pelo menos eu tenho um sanduíche na mochila.

— Podemos voltar para o seu escritório? Estou ficando com fome, preciso...

— Se quiser podemos almoçar por aqui. Eu pago.

Pensei naquela proposta tentadora. Como se a fome não fosse o suficiente, o cheiro que vinha da padaria da esquina tomou conta do meu nariz. Olhei ao redor, tentando achar um restaurante, mas não vi nenhum.

— Onde pretende comer?

— Ali. — Apontou para a padaria. — Eles também têm almoço.

A frente da padaria haviam diversas mesas redondas, e apesar do horário, a maioria ainda estava vazia

— Tudo bem, vamos lá.

Nathaniel foi na frente e pegou uma das primeiras mesas. Afastou a cadeira para que eu me sentasse, e quando o fiz, a empurrou e sentou-se na minha frente depois. Logo, um garçom veio nos entregar um cardápio, mas o que me chocou não foram os pratos. Encarei aquele garçom sem perceber. Por um momento achei que fosse...

— Senhorita Dumas? — Nathaniel chamou minha atenção. — Já sabe o que vai querer?

Passei os olhos rapidamente pelas opções. — Pode pedir o que quiser, eu como qualquer coisa. — O garçom segurou o riso, pelo que vi de canto de olho, e Nathaniel me observou uns segundos.

— Tudo bem. Queremos a primeira opção — pediu ao garçom, devolvendo seu menu.

— Certo, já trago o vinho. — Recolheu também o meu e entrou no restaurante, enquanto eu o observava.

É claro que não era ele. E ainda assim, ele tinha traços um pouco diferentes, não poderia ser, de qualquer forma.

— O que foi? Conhece aquele rapaz?

— Hm, não. Mas ele parece muito um amigo meu.

— De onde mora?

— Sim.

Outro garçom veio encher nossas taças com água, e logo voltou para dentro. Segundos depois aquele outro voltou com uma bandeja. Colocou uma pequena cesta com fatias de pão na mesa e começou a encher as outras duas taças com vinho.

— Qual seu nome? — Não me aguentei e tive que perguntar.

— Castiel — respondeu sem tirar os olhos do que estava fazendo. Provavelmente fiz uma cara chocada, já que os dois me encararam. — Por que essa surpresa? Por acaso nos conhecemos? — Pareceu achar graça.

Sim e não. — Ah... Não, claro que não. É que você se parece muito com um amigo meu. O nome é o mesmo, inclusive.

— Então ele tem sorte — falou, se achando. — Com licença. — Se afastou.

Não é possível que eles não sejam parentes. Até no jeito se parecem.

— Ele a ofendeu de alguma forma? — Nathaniel me olhou. — Posso ir até lá para reclamar, se quiser.

— Não, não. Só estou... surpresa. — Dei um riso. — É engraçado como algumas pessoas se parecem tanto.

Dei um gole da água, que tinha um gosto esquisito, e peguei uma das fatias de pão, começando a comer. Tomei um gole do vinho, que até que era bom. Logo Castiel voltou e colocou dois pratos fundos na nossa frente e saiu rapidamente.

— O que é? — questionei pegando a colher que estava ao lado.

— Sopa de cebola. — Nathaniel respondeu, dando a primeira colherada.

Fiz o mesmo. Era uma sopa bem cremosa e gostosa, mas faltava um pouco de sal para o meu gosto. Peguei mais pão e fui comendo os dois, intercalando. Para finalizar, tomei o resto do vinho. Ainda estava com fome.

— Essa foi a entrada, certo?

— Sim. Já está cheia?

— Não, ainda estou com fome.

Uma sobrancelha dele se ergueu. — Vai demorar um pouco até servirem o prato principal.

— Tudo bem. — Dei de ombros. — Para variar um pouco, por que não me conta algo sobre vo... o senhor?

— O que gostaria de saber?

— Qualquer coisa. Me conte sobre sua família.


Notas Finais


Castiel na áreaaaaaa. Ele ainda vai encher muito o saco da Heloise, então só aguardem xD

Aos poucos vamos construindo a trama. Queria muito que vocês já soubessem de tudo, é difícil me segurar kkk

O vestido que a Heloise está usando é tipo esse da senhorita da direita, só que com os botões apenas atrás, como ela mesma explicou.
https://i.pinimg.com/564x/30/4c/db/304cdb77df4c66abc4df2f226f473b55.jpg

Espero que estejam gostando! Nos vemos no próximo capítulo o/

Ps: Eu achei a modelo ideal para representar a Heloise, gente! Aaaa é tão fofinha!
Deem uma olhada na pasta no Pinterest que eu fiz, com imagens que me inspirei para a história.
https://br.pinterest.com/biahmastrocollo/%C3%A0-procura-de-adeline-legrand/

A foto dela é preto e branco, mas como descrevi na imagem, ela tem cabelos castanhos avermelhados e olhos castanhos, quase da mesma cor do cabelo.


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