História A prometida - O comunicado

Os dois estavam sentados no chão, ela abraçando as pernas e apoiando o queixo nos joelhos. Maxon Parecia consola-la, pois ela estava chorando, no meu ponto de vista não era necessário abraça-la. Primeiro vejo ele de conversinha com ela, depois ele não fica nem um pouquinho comigo durante a recepção e agora isto, era demais. Respiro fundo e vou em direção a rainha.
- América, acho melhor você ir dormir, ali tem uma cama, perto da de Celeste. - Diz ela. Eu concordo com a cabeça, mas com certeza não iria conseguir dormir. Vou em direção a cama, dou uma olhada para onde Maxon e Kriss estavam, ele continuava abraçando-a. Chego na cama e sento.
- Ela está adorando tudo isso. - Diz Celeste virando para mim. - Aposto que está fazendo de propósito. - Não respondo, cruzo os braços e olho para o outro lado. Vejo pelo canto do olho Celeste sorrir. Olho para ela de novo e pergunto.
- Você jogou aquela bebida de propósito nela, não foi?
- Foi, ouvi ela e a mãe dela falando mal de mim, decidi então dar uma coisinha a mais naquele vestido sem graça dela. - Neste momento fiquei grata a Celeste pelo que ela fez mais cedo. - Na verdade eu queria jogar na mãe dela, mas achei melhor jogar nela, odiei aquele vestido. Você não? - Ela me pergunta, o que me faz rir. Antes de responder vejo Maxon se aproximando.
- Está tudo bem? - Ele me pergunta.
- Está tudo ótimo, é a Kriss que não está bem. - Digo séria.
- América, ela chegou aqui em estado de choque, então. - Decido interromper.
- Você decidiu consola-la. Ela está melhor agora? - Pergunto sendo sarcástica.
- Agora sim. - Diz ele.
- Também depois desse consolo, quem não ficaria bem. - Diz Celeste.
- Celeste, agora não. - Diz Maxon. - América. - Eu o interrompo de novo.
- Eu preciso dormir. - Digo me deitando e virando para a parede.
- Tudo bem. - Diz ele saindo.
- Subiu um ponto comigo. - Diz Celeste.
Não consigo dormir, fico só pensando em tudo que aconteceu. Vejo quando um guarda entra no abrigo dizendo que já podemos voltar para os quartos. Não falo com Maxon.
Nos corredores vejo muita destruição. Havia vidros das janela por toda parte. Quando chego no quarto, vejo que os rebeldes conseguiram entrar. O espelho estava quebrado, os travesseiros estavam rasgados. Minhas criadas estavam  arrumando, decido ajudar.
Pelo chão vejo pedaços das minhas fotos e de Maxon, pego o máximo que posso, mas não iria conseguir cola-la. Eu começo a odiar os rebeldes por isso.
Quando terminamos, vou tomar um banho e me arrumar. Tomo meu café no quarto e fico jogando até a hora que um guarda veio me avisar que eu poderia descer.
Decido ir para o salão das mulheres, com certeza a rainha estava lá. Quando viro o corredor para o salão vejo Maxon. Vou em direção a ele.
- Está com raiva de mim querida? - Diz ele quando me aproximo.
- Para de me chamar assim. - Digo cruzando os braços.
- Não respondeu minha pergunta.
- O que você acha? - Pergunto a ele.
- Eu acho que você está. Podemos conversar? - Não queria falar com ele agora.
- Não. - Digo a ele.
- Não. - Ele repete.
- Não, quero ficar no salão das mulheres.
- Então depois nos falamos. - Diz ele saindo. Talvez eu devesse chamá-lo, mas achei melhor não fazer isto.
Quando chego ao salão das mulheres, a rainha não estava. Celeste estava pintando a unha de vermelho e Kriss estava lendo um livro. Decido sentar e esperar a rainha.
Quando ela chega nos informa que a invasão ao palácio está sendo noticiada, ou seja, todos estão sabendo. Ela diz também que houve algumas mortes, tanto de rebeldes, como de guardas. Lembro-me então sobre o que Maxon disse no abrigo uma vez, sobre existir dois tipos de rebeldes e que precisava descobrir o que queriam. Talvez fosse isso, que todos descobrissem que eles invadiram o palácio. Decido então perguntar para Maxon sobre isso, talvez depois do jantar. Digo a mim mesma que será somente sobre os rebeldes.
Escrevo um bilhete dizendo para ele ir no meu quarto depois do jantar, peço para uma criada entregar.
Antes do jantar recebo um telefonema da minha mãe, ela estava muito preocupada com a história da invasão, ela me perguntou porque não contei nada. Digo que achei que fosse melhor não contar. Antes de desligar ela me faz prometer contar tudo para ela.
Durante o jantar o rei parecia nervoso, com certeza por causa da noticia da invasão ao palácio se espalhar. Maxon me acompanha até meu quarto, assim que entramos minhas criadas fazem uma reverência a ele e logo saem.
- Levaram alguma coisa sua? - Ele me pergunta assim que ficamos a sós.
- Não, mas destruíram muitas coisas, até nossa fotos. Digo a ele.
- Se quiser posso mandar que providenciem outras para você. Diz ele sentando na cama.
- Quero sim. - Ele sorri. - Pedi para nos encontrarmos para falar sobre os rebeldes. - Ele olha para mim confuso.
- O que quer saber? - Me pergunta.
- Você me disse que achava que se tratava de dois grupos. - Ele concorda com a cabeça. - Talvez um deles só quizesse que todos fiquem sabendo que eles invadiram o palácio.
- Não acho que se trate disso, bom, depois da sua entrevista, as coisas ficaram mais preocupantes. - Diz ele.
- É por isso que você andava tão ocupado.
- Era sim. O número de mortos subiu, o que me leva a pensar que talvez esse grupo, o mais violento, não quer nosso casamento. - Diz ele. Eu não entendia, pois seria bom para os reinos, uma aliança.
- Não entendo. - Isso realmente não fazia sentindo nenhum.
- América, sei que ficou chateada por ontem. - Diz ele, mas eu não queria falar sobre isso. - Se quiser podemos passar um tempo juntos amanhã.
- Não sei. - Digo.
- Então já vou indo. Nos vemos amanhã no café. Queri... América. - Ele pega minha mão e a beija. - Durma bem.
- Você também. - Digo, num tom rígido. Ele sai do meu quarto.
Decido não chamar minhas criadas, eu mesma me apronto para dormir. Fico pensando no que Marlee disse, sobre acha que Maxon gosta de mim, mas se é verdade por que ele estava daquele jeito com Kriss no abrigo. Por que não ficou comigo na receção. Decido dormir, não queria mais pensar sobre isso. Deito na cama e logo pego no sono.
Quando acordo, minhas criadas já estavam no quarto. Elas são rápidas e logo já estou pronta. Tento não pensar em nada, mas não funciona muito. Penso em aceitar o convite de Maxon.
Desço para o café. Maxon abre um sorriso quando me vê, eu apenas o comprimento com a cabeça. Faço uma reverência ao rei e a rainha. Kriss chega logo depois, Celeste já estava na mesa.
Fico um tempo no salão das mulheres. Enquanto estava lá a rainha comunica que o rei fará uma transmissão ao jornal, ao vivo, na segunda. Fico surpresa com a notícia.
Vou para o quarto e comunico minhas criadas, Lucy e Beth dizem que não dará tempo para fazer um vestido, então decidem que seria melhor eu usar um que trouxe da Inglaterra.
Decido não aceitar o convite de Maxon e fico o resto do dia no quarto lendo.
No outro dia, fico no quarto até a hora de ir para o estúdio. Quando chego vejo Celeste e Kriss no canto, mas elas não irão participar da transmissão. A rainha me chama e diz para mim sentar o lado de Maxon. Assim que sento, o rei começa a transmissão.
Ele começa falando sobre a invasão e pede para colocar as fotos dos guardas mortos pelos rebeldes. Eu reconheço um deles, foi o que me levou ao abrigo pela primeira vez. Ele diz sentir muito pelas famílias.
Então ele diz tem um último comunicado.
- Gostaria de comunicar que o casamento de meu filho, príncipe Maxon e da princesa América, será antecipado. - Eu olho para Maxon descrente do que acabara de ouvir. Ele parecia surpreso. Pelo que eu sabia as princesas vinham conhecer os príncipes, em seguida haveria o noivado e depois de alguns anos o casamento. Eu não podia acreditar que o rei iria antecipar o casamento.