História A prometida - O diário

O rei encerra a transmissão e sai acompanhado da rainha.
- América, eu não sabia disso. - Diz Maxon, eu ainda não podia acreditar. - Vou falar com ele. - Ele levanta e sai do estúdio.
Vou para o quarto e vejo minhas criadas me aguardando.
- Pelo visto a senhorita não estava sabendo de nada. - Diz Marlee.
- Não, ele não pode fazer isto ou será que pode, ele pode antecipar o casamento? - Pergunto confusa.
- Ele é o rei. - Diz Beth.
Ficamos mais um tempo discutindo até que ouvimos batidas na porta. Era Maxon, minhas criadas fazem uma reverência a ele e logo saem.
- Eu conversei com ele. Diz Maxon, sentando na cama eu sento ao seu lado. - Ele disse que não vai voltar atrás.
- Quer dizer que vamos nos casar. - Digo num tom alto . - Achei que primeiro iríamos nos conhecer, quer dizer, esse é o costume.
- América, sei que é precipitado, mas você concordou em ficar, o que significa que você acha que pode dar certo.
- Eu sei, mas não esperava que seu pai já fosse antecipar o casamento. - Me levanto e vou para a janela, ele me segue.
- Ele disse que não vai voltar atrás, mas concordou em esperar mais um tempo. Gostaria de saber uma coisa? - Diz ele. Eu me viro para olha-lo. - Quero saber se sente alguma coisa por mim?
- Eu estou muito confusa Maxon, não sei como responder. - Era verdade.
- Quero que use esse tempo para ver se está apaixonada por mim. Se durante esse tempo ver que não, vou fazer com que volte para a Inglaterra, e assim não nos casamos. - Concordo com a cabeça. Ele se aproxima de mim e beija minha bochecha.
- Vou deixa-la sozinha. - Eu o acompanho até a porta.
Disse que estava com enxaqueca, por isso meu jantar foi servido no quarto. Eu estava sem fome, nem toquei na comida. E outra vez tenho uma noite mal dormida. Fiquei pensando se eu conseguiria me apaixonar por Maxon, nessas condições. Minhas criadas chegam e são rápidas. Vou para o café, a rainha diz para mim que durante essa semana terei aulas com a Sílvia. Ela diz que terei que aprender um pouco sobre Illéia, pois teria outra entrevista com Gavril, na segunda. O que me leva a pensar que não terei muito tempo com Maxon.
Eu e Sílvia ficamos em um canto no salão das mulheres. A rainha, Kriss e Celeste estavam do outro lado conversando.
Como eu havia pensado, não tive muito tempo com Maxon durante a semana. Nos encontramos duas vezes e foi bem rápido.
Quando chega a entrevista Gavril me pergunta muitas coisas referente a Illéia, como por exemplo: Quem batizou o país de Illéia? Quem foi Gregory Illéia? Em que ano Gregory assumiu o poder? Dentre outras.
A grande parte das perguntas havia estudado com Sílvia. Quando não sabia Gavril me ajudava.
Quando a entrevista acaba decido ir para o jardim, um guarda tenta me barrar, mas Maxon aparece e ele permite sairmos. Vamos em direção ao banco.
- Espero ter me saído bem na entrevista. - Digo e nós dois sentamos no banco.
- Tenho certeza que sim. - Diz ele. - Gostaria que me contasse um pouco de sua família, nunca falamos dela. Sei que tem uma irmã e um irmão.
- Bom eu e minha irmã May somos muito parecidas. Meu irmão, o Gered será coroado rei logo. Meu pai infelizmente faleceu alguns anos atrás, você deve saber disso. - Ele concorda com a cabeça. - Sinto muita falta dele. - Digo mexendo no vestido. - E minha mãe, eu a admiro tanto por ter assumido o reino sozinha.
- Ela foi muito corajosa por isto. - Ele pega minha mão. - As coisas daqui para a frente não serão nada fácies.
- Eu sei. - Digo a ele.
- Quero muito que fique, mas eu a respeitarei se não quiser.
- Eu sei. - Digo, neste momento começamos a nos aproximar e acabamos nos beijando. Porém desta vez foi diferente.
Um guarda aparece e nos pede para entrarmos. Maxon me acompanha até o quarto. Quando chegamos na porta ele me beija de novo.
Entro no quarto sorrindo, minhas criadas me aguardavam.
- Viram o sorriso da princesa. - Diz Lucy toda empolgada.
- É mesmo. - Diz Beth sorrindo.
- Com certeza estava com o príncipe. - Diz Marlee.
Eu vou até a cama pego um travesseiro e jogo na direção das três.
- Eu ainda posso te mandar de volta para a Inglaterra Lucy e posso também mandar mudar minhas criadas. - Digo rindo. Vejo que há uma caixa e cartas no meu criado mudo.
- O príncipe trouxe, depois que a senhorita saiu para fazer a entrevista. - Diz Lucy, se referindo a caixa e as cartas.
- Vamos deixá-la sozinha, se precisar, estamos as ordens. - Diz Marlee.
E as três saem. Pego primeiro a caixa e vejo as fotos. Eu fico feliz por isso, e penso em agradecer Maxon amanhã quando o ver. Decido guarda-lá no fundo do armário. Para não ter perigo de rebeldes rasgarem de novo.
Vou então ler as cartas. Pego primeiro a de May. Ela dizia estar muito contente por mim, por anteciparem meu casamento. Eu ainda não conseguia acreditar nisso. Ela falou que está começando a aprender outro idioma, o irlandês. Eu a respondo dizendo que estou feliz por ela e quando a ver, quero ouvi-lá falando irlandês. Pego a de Gered, decido deixar a de minha mãe por último. Ele disse também que ficou impressionado com a história do meu casamento. Me pergunta se eu quero isso realmente. Respondo que não sei, escrevo também que ele será um ótimo rei assim como nosso pai. Falo também sobre a última conversa que tive com Maxon.
Pego por último a da minha mãe, ela diz estar feliz por mim, mas preocupada ao mesmo tempo. Ela me pergunta se houve outra invasão. Eu respondo contando sobre a semana que passei estudando para outra entrevista que acabei de fazer. Me despeço dizendo que a amo muito.
Fico feliz por receber cartas de minha família.
Acordo com minhas criadas. Visto um vestido roxo, com uma sandália da mesma cor.
Vou para o café, vejo que Maxon e o rei não estavam. Depois que terminamos fomos para o salão das mulheres. Celeste pega uma revista e senta longe de nós.
Começamos a conversar sobre a entrevista que seria transmitida hoje, antes do jantar. A rainha começa a falar mais um pouco sobre a história de Illéia, o que me deixa mais interessada. Ela nos deixa sozinha depois do almoço.
- Deve estar uma pilha, pois seu casamento foi antecipado. - Diz Kriss. Eu não queria falar sobre isso com ela.
- É. - Digo me levantando. - Se me der licença, vou para a biblioteca. - Talvez lá eu achasse algum livro sobre a história de Illéia. Kriss concorda com a cabeça.
Vou para s biblioteca, mas só encontro os livros que já li quando estava estudando com Sílvia. Penso em perguntar a Maxon. Decido escrever um bilhete perguntando se ele podia me ver agora. Vejo uma criada e lhe entrego o bilhete. Fico no corredor esperando.
Quando o vejo vou em sua direção.
- Você está bem? - Diz ele, parecendo preocupado.
- Estou sim.
- Pensei que tivesse acontecido alguma coisa com você. - Diz ele.
- Primeiro queria agradecer pelas fotos e também queria saber mais sobre Illéia, e na biblioteca não tem nada de diferente.
- De nada e acho que posso te ajudar. - Diz ele pegando minha mão e me arrastando para a escada.
Ele me leva numa sala com muitas estantes de livros, que ficava no quarto andar do palácio.
Ele me mostra um livro e diz que eu poderia ficar com ele, mas eu não deveria contar a ninguém.
Nos despedimos, ele volta para o escritório e eu vou para o quarto. Começo a ler, e vejo que não se tratava bem de um livro e sim de um diário.