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História A proposta - Xl


Escrita por: limei_chan

Notas do Autor


Oiii minhas vidas!!!
Primeiramente: queria pedir desculpas por demorar tanto tempo sem postar o capitulo 11, a minha saúde não anda muito boa ultimamente e eu tive que parar de escrever.
Mas bom, agora estou aqui.
Obrigado por tudo e pelo carinho de vocês, levo tudo pro core <3
Depois que vocês lerem as 4.000 e poucas palavras, sinto que vão me matar, bem, o Mattew na verdade. (eu acho)
Decidi fazer algo diferente neste capitulo...
Uma ótima leiitura ^^

Capítulo 11 - Xl


                                                                             ____________________

                                                                                        MATTEW

-Sabe, eu não quero que tudo termine simplesmente desse jeito –diz Emma, desligando o  fogão e tirando o avental.

Simplesmente não entendi o que ela quis dizer. “Terminar”? Terminar de que jeito?

-Não entendi –digo.

-Ahn, eu só estava pensando que a gente poderia aproveitar um pouco mais a noite... antes de...  você sabe...

Ela encolhe o corpo.

-Claro, tudo bem por mim...

Mentira! Só aceitei porque estou na casa dela, na verdade, não sei nem como estou tão tranquilo assim...

-Vamos fazer um joguinho... –ela se aproxima de mim, “andando” com seus dedos até o meu peito –Quem implorar mais, perde!

Emma encara o meu rosto com um sorriso. Eu ri.

-Perde o que?

-Bom –ela se afasta de mim, sorrindo e ainda dando voltinhas -,Vamos supor que você não aguente muito tempo sem me dar um beijo, ou outras coisinhas a mais. –alevanto uma das sobrancelhas, não tirando os olhos dela –Isso significará que você perdeu, e que vai ser “meu” à noite inteira...

Eu ri, balançando a cabeça.

-Um jogo de provocação, é isso?-perguntei, com um sorriso.

-Isso mesmo –responde ela –E então, aceita?

-Tá, mas o que EU ganho se você perder?

-Ai eu serei sua –diz, demonstrando nenhum pouco de vergonha.

-Quer dizer que, se eu ganhar, posso fazer o que eu quiser com você?

-Não abusa... Mas, sim...

-Okay –apertei com força a mão dela.

 

(...)

 

Estávamos sentados à mesa, olhando os livros novamente –Sem que eu soubesse bem como que fomos parar ali novamente, depois daquela conversa –Olhando o relógio a cada segundo, vendo os minutos passarem. Emma já havia vestido a sua blusa novamente e estava sentada na minha frente. Os únicos sons que fazia naquele momento era da batida quando eu batia o meu pé no chão, e da chuva.

Alevantei os olhos e a encarei. Era tão estranho vê-la daquele jeito; sem aquele seu coque; uniforme; óculos. O que estávamos fazendo era estranho.

-Você entendeu a pergunta? –falo, para quebrar aquele silêncio.

-Que pergunta?

-Da página cento e trinta e nove? -Ela olha o livro, depois para mim e balança a cabeça –Você não está conseguindo enxergar, não é?

-Sim... –diz ela, tampando o seu rosto com as mãos –É que eu pensei que você gostasse mais de mim sem aquele óculos!

-E eu gosto –respondi, fazendo-a olhar para mim –Mas isso não é motivo para...

Parei de falar ao ver a luz se apagar, mas voltar novamente.

-Err... isso acontece em dias de chuva...

Estranhei, mas a olhei novamente. Ela ficou um pouco constrangida, parece que eu não consigo tirar os olhos dela; parece que eu não consigo parar de pensar nela.

Parecia que os minutos não estavam do meu lado, eles passavam tão devagar. Olhei para Emma e percebi que ela empurrou a sua caneta com o braço para cair no chão

-Oh –diz ela, tentando demonstrar que aquilo foi um acidente –A minha caneta caiu... Pode ajuntar para mim?

Respirei fundo e, por educação, me abaixei para pegar a caneta. A droga da caneta caiu do meu lado, quando fui pegá-la vi Emma pelo vidro da mesa. Ela estava olhando-se, arrumando o cabelo. Eu ri e quando me sentei direito na cadeira, ela fingiu como se não fez nada; como se não estivesse subindo pelas paredes também.

Quando devolvi para ela a caneta, os nossos dedos se tocaram. Ela está sempre com aquela mão gelada.

-Você têm sempre as mãos quentinhas –diz ela, com um sorriso.

-Emma, você não tá com frio? –pergunto encarando-a.

-Eu sou gelada assim... –responde, de cabeça baixa.

Eu sorri.

-Eu... eu vou tomar um banho!

Emma se alevanta rapidamente da cadeira. Me deixando confuso.

-Mas agora? –pergunto, me alevantando.

-Sim –responde, de costas para mim e sem olhar pro meu rosto –Você pode me esperar no meu quarto, pode ser?

Não soube o que responder. Mas ela saiu e foi ao banheiro. Fui ao quarto dela e me sentei na cama. Estou tão confuso, com dor de cabeça. Fiquei alguns segundos de cabeça baixa, olhando para os meus pés, olhando para o nada.

Alevantei a cabeça e vi uma luz vinda do quarto da frente. Andei até lá, fazendo nenhum barulho. A porta estava um pouco aberta e consegui ver Emma tirando a roupa. Senti falta de ar, de repente.

Concentre-se. Concentre-se! Isso faz parte do joguinho dela!

Sai rápido de lá, não sei como mas sai. Andei até a janela para ver como estava o tempo, e na verdade estava realmente dando um temporal. E de repente, a luz do quarto se apagou. Olhei em volta um pouco assustado e percebi que havia faltado luz, mas não só na casa de Emma, em todo o bairro. Peguei o meu celular que estava no bolso e clareei um pouco o quarto para mim ir no banheiro ver se Emma está bem. E ela estava, só que um pouco assustada. Pediu para mim buscar um algumas velas, eu as acendi e coloquei-as em algumas partes da casa.

-Sorte sua que não ligou o chuveiro –digo, tentando confortá-la –senão iria tomar banho com água gelada!

 Ela sorriu olhando para o chão, mas o seu sorriso desapareceu quando os seus olhos encontraram os meus.

-Desculpa fazer você passar por isso... –diz ela, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. Eu ri, timidamente.

-Não se preocupe comigo –falei. –Isso não é a pior coisa do mundo.

-Bom... eu vou... eu vou me trocar –ela se vira para sair, mas consegui segurar na mão dela antes que ela pudesse andar.

-Ei –digo sem pensar –Eu sei que você queria alongar esta noite, mas... tá complicado!

Ainda mais te ver de toalha!

E ficamos alguns segundos daquele jeito; eu segurando a mão dela e ela de costas para mim.

-Droga, Mattew –ela encolhe o corpo, na minha frente –Era pra você ter ido me espiar...

A soltei, bem, bem surpreso.

 

                                                                          ____________________

                                                                                        EMMA

Eu não sabia como olhar para Mattew. Que brincadeira idiota. Eu pensei que eu iria vencer essa droga de jogo, mas não. Estou mais desesperada que ele!

Quando ele soltou a mina mão, um arrepio atravessou o meu corpo. Eu me virei, morrendo de medo, de frente para ele e vi uma risada fofa estampada no seu rosto.

-Vamos dizer que deu empate, então? –diz ele, em meio aos risos.

-Mas eu perdi... –digo sem pensar.

-Não –Mattew balançou a cabeça, me fazendo sorrir.

Mattew me abraçou de repente, mas com carinho, Então apenas descansei a cabeça em seu ombro.

-Eu senti sua falta, Emma –ele sussurrou. Eu sorri.

-Eu também senti a sua –falei.

O abracei, feliz, beijando-o. Ele parou de me beijar e me observou, corado.

-Você... ainda está afim?

Sorri.

-Você só pensa nisso –falei, revirando os olhos, mas deixando a minha mão pelo peito dele antes de beijá-lo mais uma vez.

Mattew tirou as roupas que vestia em poucos segundos, em meio aos beijos. A minha toalha já havia caído.

Logo estávamos sobre a cama, sem que eu soubesse muito bem como. Assim que estávamos confortáveis ele começou a encher a minha pele de beijos. Me aconcheguei nele, sentindo como a pele dele queimava na minha, de um jeito confortável, familiar. Sem o nervosismo que havia da primeira vez, eu podia apreciar bem mais o contato do corpo dele com o meu.

Passei os dedos entre seus cabelos enquanto Mattew beijava meu pescoço, me dando calafrios. Sem que eu pensasse muito, murmurei em seu ouvido:

-Eu amo você.

Ele parou de me beijar e me encarou. Com aqueles olhos azuis e seu cabelo bagunçado, nunca tinha o visto tão perfeito. E então sorriu, abraçando-me com força.

-Eu sei –murmurou.

O abracei com força, sorrindo. As mãos dele deslizaram pelo meu quadril e pelas minhas coxas, e então ele puxou-as de repente, fazendo com que as minhas pernas o envolvessem. Sem pensar no assunto, impulsionei o corpo e o joguei para o lado, ficando em cima dele.

Ficamos algum tempo naquela posição, aos beijos, as mãos explorando o corpo um do outro. Era mais confortável para mim, sem dúvida, embora eu gostasse do peso do corpo dele sobre o meu. Mattew começou a mordiscar e chupar o meu pescoço e eu me apertei contra ele, respirando fundo, inspirando o cheiro da pele e dos cabelos dele. As pontas dos meus dedos correram de leve pelo pescoço dele e senti seu corpo tremer. Ele me olhou nos olhos.

-Eu... eu quero você, Emma...

O jeito que ele me beijava, me acariciava... algo estava diferente nele. Mas eu também sabia que algo estava diferente em mim, em meu coração; eu nunca quis tanto um garoto, como eu quero ele.

Um sorriso fofo apareceu em seu rosto.

-Eu prometo que dessa vez vai ser mais fácil. Ok? –ele segurou o meu rosto, acariciando a minha bochecha com o dedo. –Por que a gente não faz de um jeito diferente?

Logo entendi a ideia dele, e senti falta de ar. Eu já estava sentada de frente para ele, então Mattew não me penetrou de imediato, vendo que estava nervosa, apenas voltou a me beijar, acariciando os meus seios devagar, o polegar deslizando sobre as aureolas. Apenas quando eu gemi e relaxei o corpo com a onda de calor que aquilo causou, ele se mexeu, entrando devagar dentro de mim, com cuidado. Deixando que eu me ajeitasse naquela posição também. Dessa vez não doeu quase nada, e eu pude apreciar bem mais. Ainda havia, como na primeira vez, um desespero pelo clímax, mas dessa vez não havia o nervosismo nem dor para atrapalhar. Eu estava eufórica.

-Sabe o que fazer? –perguntou, com a voz fraca. Eu apenas assenti. Era instintivo, e eu sabia que naquela posição eu tinha que fazer a maior parte do trabalho, mas gostava de controlar a situação, para variar.

Comecei a mexer o quadril devagar, cavalgando, observando o seu rosto. Mattew parecia tentar me encarar, mas parecia um pouco desorientado também. Acariciei o seu rosto, aumento o ritmo dos movimentos devagar, sentindo as mãos dele apertarem a minha cintura, me puxando mais para ele. Mattew gemeu.

-Não pare, por favor...

Me abracei a ele com força, me movendo cada vez mais rápido. Meu corpo não precisava mais ser comandado, era como se continuasse sozinho. Só o que eu queria é que fossemos mais rápidos, porque eu estava queimando por dentro, e sentia que podia morrer ali mesmo de tanto prazer. Meu coração parecia pular as batidas, e eu continuava, mais rápido do que achava que era possível, cada movimento me aproximando mais dele, me deixando mais tonta e desesperada.

-Prende o cabelo –falou ele ofegante, roçando os seus lábios nos meus e colocando o meu cabelo para trás da orelha. –Eu quero ver o seu rosto...

Seus lábios saíram dos meus e ele afundou a cabeça no meu pescoço, passando a língua de leve ao longo da curvatura entre o pescoço e o ombro, me causando um arrepio. Sem pensar, aumentei os movimentos do quadril o máximo que podia, sentindo o calor aumentar, de dentro para fora, como se meu sangue tivesse em ponto de fervura, cada vez mais perto de explodir.

Então a onda de prazer que eu esperava veio, com tanta força, e eu gemi alto, apertando Mattew contra mim com toda a força, sentindo ele me apertar também, ofegando. Meu quadril ainda se movia sem meu comando, e as ondas continuavam vindo, cada vez mais fortes, mais desesperadas, me cegando, me deixando tonta, me fazendo tremer, até que eu quase esquecesse meu nome ou quem eu era, e só sabia que estava ali, com Mattew, e aquilo era a melhor coisa do mundo.

As ondas diminuíram aos poucos, até parar. Amoleci, descansando o corpo contra ele, completamente desorientada. Meu coração ainda batia tão forte que parecia que ia rasgar o meu peito, e eu sentia o meu cabelo úmido de suor, caindo contra o rosto. As mãos dele acariciaram o topo da minha cabeça, e eu estava tão trêmula quanto ele.

Ficamos um tempo naquela posição, em silêncio, até que as minhas forças voltassem o suficiente para que eu saísse de cima dele. Me deixei cair de costas no colchão, exausta.

O encarei de canto de olho, percebendo o seu rosto vermelho, olhando para o nada. Ele percebeu que eu estava o olhando e me encarou também. Nos aproximamos um do outro e nos beijamos.

-Sabe –sussurra ele –eu queria que isso nunca acabasse. Mas se não descansarmos, vamos morrer de exaustão!

-Eu sei –falei, com um riso cansado.

A minha testa estava colada na dele. Eu acariciava de leve o cabelo dele. Nos beijamos novamente e eu me aconcheguei em seu peito assim que deitamos, puxando o edredom para cima de nos.

-Boa noite, meu amor –sussurrou ele. Fazendo um sorriso parecer no meu rosto. Fechei os olhos, cansada.

(...)

Quando acordei, o sol atravessava as cortinas de meu quarto, mas só me acordei por causa dos pássaros que cantavam. Estava muito fria esta manhã, tanto é que quando coloquei o braço para fora das cobertas, senti como se ele fosse congelar. Virei o resto e vi Mattew dormindo. Me alevantei com as pernas bambas da cama. Ajuntei as roupas do chão, as dobrei e logo procurei outras para vestir.

Fui até a cozinha.

-Mattew deve estar com fome –digo a mim mesma, com um sorriso. Mas coloquei a mão no meu rosto –Coitadinho, eu disse que ia fazer o macarrão, mas não fiz...

-Emma –diz Mattew, esfregando os olhos –Malditos pássaros!

-Bom dia –eu ri.

-Bom dia!

Ele andou até mim, me encarando. Só então percebi que ele está só de boxer. A falta de ar voltou e eu tive que encarar a pia.

-Mattew, não ande pelado pela casa –falei, sentindo as minhas bochechas queimarem.

-Não estou pelado –fala ele, com um sorriso. Ele me abraçou e sussurrou no meu ouvido: –Você quer que eu fique?

Um arrepio atravessou o meu corpo, me fazendo tremer. E eu sei que Mattew percebeu isso, ele riu.

-Matt –gemi. –Não... é isso...

Nós dois rimos e então ele me encarou.

-O que aconteceu? –perguntou.

-Nada... –balancei os ombros.

-Eu fiz algo errado?

-Não...

-Então o que houve?

Suspirei, o encarando.

-Eu estou um pouco preocupada –falei, em meio a um soluço abafado.

-Com o que? –ele me encarou, pensativo.

-Não é nada –disse, balançando os ombros –Tá com fome?

-Não muda de assunto –falou rapidamente, me deixando tímida. –O que aconteceu? O que eu fiz? –Ele ficou pálido, de repente, andando um pouco para trás.

-Não é você –falei. Ele colocou a mão no peito, parecendo estar aliviado

-Então o que é?

O jeito que ele me olhava, fitando os meus olhos, segurando a minha mão. Eu sei que posso contar com ele.

-A minha mãe... e a minha irmã...

-O que tem elas?

-Não voltaram pra casa, ontem...

-Calma –ele suspirou –A sua irmã já é grandinha e... ela se sabe se cuidar.

-E a minha mãe? Ela nunca foi de sair e não voltar para casa sem avisar...

-Talvez ela... ela pode ter ido na casa de uma amiga dela... ou de um parente... Emma, vai ficar tudo bem!

Suspirei. Sentindo uma dor no peito. Algo aconteceu... Não, não, chega de pensamentos assim!

-Ta bom –falei.

-Eu vou me vestir. Não se preocupa, Ta? Eu vou tentar ligar para a Emily depois... Okay?

Assenti. Mattew foi para o quarto se vestir e eu fiquei na cozinha, pensando na minha mãe e Emily, segurando-me para não chorar. Fiz o café da manhã, e quando estava pronto fui chamá-lo para tomar comigo.

Quando entrei no quarto, vi Mattew já vestido e sentado na cama, olhando para o chão, mas depois me encarou.

-Senta aqui! –falou ele, batendo duas vezes com a mão na cama, ao seu lado.

Andei até ele e me sentei ao seu lado. Nos abraçamos, selando os nossos lábios devagar. Com as testas coladas uma na outra ele sussurrou no meu ouvido:

-Vamos fazer uma brincadeira, só para descontrair esse clima feio...

-Que brincadeira? –perguntei, pensativa.

-Uma brincadeira –ele sorriu –você vai ver, mas antes, eu preciso que você feche os olhos...

Estranhei, encarando-o. Mas fechei os olhos.

-Não vale espiar –disse ele.

Mordi o lábio inferior com força, ao sentir ele tirar o meu cardigan devagar. O meu coração pulava as batidas, as minhas pernas tremiam e eu sentia falta de ar.

-Eu não quero –falei com a voz roca. Ele beijou o meu pescoço, me fazendo arrepiar.

-Calma –murmurou, no tom mais baixo que o escutei falar –É só um simples jogo...

-Eu ainda sei tirar a minha roupa, sabia?

-Mas eu faço isso muito melhor... –falou, fazendo o meu corpo tremer e o meu rosto esquentar.

Os meus lábios tremeram, parecia que o ar não chegava aos meus pulmões e eu tinha que passar várias vezes as minhas mãos sobre a calça, elas não paravam de suar.

-Mattew, temos que parar de querer tirar a roupa um do outro assim... –falei, com a voz fraca, o escutei rir.

-Se você conseguir afastar as minhas mãos de você...

-Que brincadeira é essa? –perguntei, querendo abrir os olhos.

-Calma –ele falou –É uma brincadeira onde eu amarro você devagar...

-“Amarrar”? –perguntei assustada. Ele puxou os meus pulsos para trás. Os meus olhos pareciam queimar enquanto eu tentava me soltar, mas é um pouco difícil quando os seus braços estão nas suas costas.

-Eu preciso que você fique quieta, Emma! –Mattew falou, segurando-me –Por favor...

Senti o meu corpo amolecer, e, antes que eu percebesse, eu estava me segurando para não soluçar. Eu odeio chorar. Odeio! Odeio! Mas sou a pessoa mais fraca desse mundo...

Quando ele percebeu que eu estava chorando, me soltou e eu me alevantei rapidamente da cama. As minhas mãos tremiam, e eu percebi que havia uma correntinha de prata presa no meu pulso.

-Você é uma chorona, sabia? –fala ele. Simplesmente fiquei sem fala, procurando entender o que estava acontecendo.

-O que... o que? –as palavras pularam da minha boca.

-Eu queria te dar essa pulseira –falou ele, com o rosto corado –Não foi a maneira mais romântica, mas... – o encarei, ele suspirou –Me desculpe por te assustar...

-Ela muito linda –falei com um sorriso.

Ele deu um riso fofo, alevantando-se da cama e andando até mim. Mattew segurou a minha mão e sussurrou acariciando o meu rosto.

-Ei, eu queria que você fosse a minha namorada –falou.

Tá legal, agora posso ter o meu ataque cardíaco?

-Na-namorada?

-É. Eu vou entender se você não quiser, até pelas coisas horríveis que eu fiz contigo no primeiro ano... mas agora é diferente, e eu sinto... de verdade, que a melhor coisa que aconteceu na minha vida foi ter você!

-Você sabe que eu quero –falei, sem pensar, sentindo-me corar.

Ele sorriu e nos beijamos.

Por um instante eu esqueci dos problemas, de tudo o que havia feito e acontecido entre nós. Eu esqueci que era a garota mais desastrada do mundo, mas quando estou com ele, sinto que sou a garota mais sortuda que há neste universo. Mas por que eu?

(...)

As horas passaram e Mattew teve que ir para casa. Voltei para a escola no domingo de manhã. Subi para o meu quarto e me encontrei com Sarah, que estava lendo os seus gibis.

-Oii –falei.

-Hey! –falou ela, eufórica. –Você chegou cedo...

-Sim –digo com um sorriso –Tudo bem?

-Tudo –ela se alevantou, andando até mim –Entrou um garoto novo na escola!

-Sério? –a encarei –Ele é da nossa turma?

-Não –responde ela, fazendo uma careta de triste. –Ele é do terceiro ano...

-É por isso que a escola está um deserto? –perguntei rindo. Ela confirmou com a cabeça.

-Sabe como é, todos estão rodeando ele... como sempre!

-Eu sei –revirei os olhos –Vai comigo no refeitório? Estou cheia de fome.

-Claro –respondeu ela, animada.

Fomos ao refeitório, que realmente estava vazio. Nos sentamos à mesa e eu peguei uma maça.

-Que pulseira bonita –diz Sarah, olhando para o meu pulso. Suspirei.

-Sarah, quem me deu essa pulseira foi o...

-Vocês estão ai! –o grito de Alyssa me interrompeu, ela veio correndo até nós.

-O que foi? –perguntamos Sarah e eu em coro.

-Por que estão aqui?

-Estou com fome –respondi de boca cheia, segurando-me para não rir.

-Aaaah, você está perdendo o maior gostosão do universo –grita Alyssa.

-Quem? –me engasguei com a própria risada.

-Uriah –ela gritou. –O aluno novo!

-Não grita! –Sarah gritou. Eu ri. –Aonde ele está?

-Estão todos procurando ele! –Alyssa deu um gritinho agudo.

-Nossa –falei –Qual é o motivo de “todos” estarem procurando ele?

-Como “qual é o motivo”? –Sarah perguntou me encarando, revirei os olhos –Não faz cara de bunda, Emma. Ele é o garoto mais cobiçado do momento!

Tão cobiçado que eu nem o conheço!

-Uriah é modelo! –Alyssa me olhou com um sorriso. –Emma, o que você anda fazendo que não lê revistas?

As duas me encaram feio.

-Ahn, nada. Só não me interesso!

-Bom, já que você não se interessa, Sarah e eu vamos procura-lo também... –Alyssa disse, provavelmente brava. Sarah alevantou-se da cadeira e as duas saíram correndo pela porta do refeitório.

-Não acredito que elas vão me deixar sozinha! –resmunguei.

Após ter comido a minha maça, sozinha, fui até o banheiro feminino do ginásio. Realmente a escola está procurando aquele tal garoto. Eu me encarei no espelho. Escutei um barulho vindo de uma das divisórias do banheiro. Será que estou escutando coisas?

-Oi? –perguntei. –Tem alguém ai?

-Por favor, não conte a ninguém que estou aqui! –uma voz grossa respondeu.

-Quem é?

Um garoto me encarou com a porta entreaberta da divisória.

-Você não me conhece? –pergunta ele, ainda me encarando. Balancei a cabeça.

-É o aluno novo? –perguntei o encarando –Não se preocupa, não vou contar a ninguém que está aqui!

-Tem mais alguém ai?

-Não!

Escutei ele suspirar e então saiu da cabine. É um garoto alto, de cabelo loiro e olhos verdes; usava uma calça jeans, um tênis e uma camiseta onde nas mangas era de cor diferente. Ele era bonito.

-Não é muito óbvio estar escondido no banheiro? –perguntei.

-No banheiro feminino? –perguntou com um sorriso –Quem procuraria um homem no banheiro feminino? –Balancei os ombros -Quem é você?

-Sou do segundo ano... Emma!

-Uriah, do terceiro!

        

                                                                  __________________

                                                                            MATTTEW

Liguei para Emily e Combinei de me encontrar com ela. Eu estava a esperando na cafeteria Hard Rock, que era na cidade. As coisas estavam estranhas, e eu queria conversar com ela. Quando chegou, me cumprimentou e já entrou dentro da cafeteria. Estava calor, e ela estava de calça e casaco comprido.

-E então –ela fala na maior tranquilidade –O que você queria conversar comigo?

-Senta –falei com um sorriso –De querida...

-Okay –ela sentou-se, o mesmo eu, e revirou os olhos –Abre o bico, agora!

-Eu não sei... –falei, de cabeça baixa –Eu não sei como te dizer isso, mas...

-Desembucha, Mattew! –falou alto. Fazendo todos olharem para nós.

-Tá –dei de ombros, pegando a minha carteira que estava no bolso da minha calça –Eu não sei se... se eu quero continuar enganando a Emma...

Ela me encarou, unindo as sobrancelhas.

-Mattew –ela riu –O que você está tramando?

-Eu? –perguntei –Nada.

-É mesmo? –Emily segurou a gola da minha camiseta, fazendo o meu rosto ficar próximo do dela. –Será que você não percebe que ela está feliz ao seu lado? Tá difícil de entender isso?

-Emily...

-Fazer essa proposta com você foi a melhor ideia que eu já tive –me interrompeu –Pode até não parecer, mas eu quero ver a minha irmã feliz. Okay?

-É que não é você que olha pra cara dela todo o santo dia –disse bravo -, sabendo que tá mentindo pra ela. Emily, você tem que ter mais noção das coisas que estão acontecendo ao seu redor!

-O que está acontecendo ao meu redor? –ela grita, me interrompendo novamente.

-A Emma tá descobrindo tudo, Emily –gritei de volta –Aos poucos ela vai descobrir, e quando isso acontecer, pode ter certeza, ela não vai olhar pra nós!

-Tá com medinho? –ela riu.

-Estou! –respondi rapidamente

-Não, Mattew –ela falou, balançando a cabeça várias vezes –Eu não posso deixar que você deixe ela!

Eu não quero deixar ela, idiota!

Suspirei, encolhendo os ombros. Peguei a minha carteira e tirei todo o dinheiro dela, colocando logo em seguida na mão de Emily, que me olhou confusa.

-Eu gastei um pouco do dinheiro, mas eu te pago quando eu tiver... Eu prometo.

-O que? –ela pergunta, indignada –Eu dei esse dinheiro pra você Mattew... guarde! Pense bem... você vai deixar ela; ela vai ficar triste e eu juro, que se isso acontecer, eu corto o seu...

-OKAY! –falei, olhando para os lados para ver se tinha alguém olhando.  Mas não deixei de rir, o mesmo ela, que sorriu.

-Licença! –Disse Emily, quando o seu celular começou a tocar. –Alo?

Fiquei a encarando e pude escutar uma voz grossa gritando com Emily: “O que você pensa que esta fazendo? Ele é um dos clientes mais ricos que conseguimos!”

Ela me olhou rapidamente, assustada. Mas eu escutei, é escutei. Ela se alevantou e saiu para fora sussurrando:

-Ele estava me batendo...

Encarei Emily andando pelo estacionamento do café, segurando o celular no ouvido. Eu pensei por alguns minutos, vendo-a falar no telefone, mesmo que eu não estive a ouvindo e tudo fez sentindo por um instante. Guardei o dinheiro novamente na minha carteira e fui para fora, no estacionamento.

-Um amigo –ela disse, disfarçando. Assim que cheguei perto dela, ela guardou o celular no bolso do casaco.

-Já terminou o seu papinho? –perguntei bravo.

-Já –ela me olhou, mordendo o lábio.

-Ótimo! –disse. Segurei nos seus dois pulsos e só ai que percebi que ela estava tremendo e sentindo falta de ar.

-Você tá me machucando! –diz ela, olhando nos meus olhos.

-De todas as carreiras que tem para seguir nessa merda de mundo, você escolheu justamente ser acompanhante, Emily? –gritei, soltando-a. O seu rosto ficou vermelho, e ela começou a andar para trás. Mas tropeçou e caiu sentada no chão.

-Você não tem mais o direito de falar assim comigo! –ela gritou, com os olhos marejados. –Cuide da sua vida!

-“Cuidar da minha vida”? –perguntei rindo –Enquanto todos estavam preocupados contigo, você estava dan...

-Cale a sua boca! –ela gritou, me interrompendo

Eu fiquei calado por um instante, procurando me acalmar, me aproximando dela.

-Você não é a Emily que eu conheço –falei, com a voz fraca.

-Então você não me conhece! –ela soluçou.

-É, eu não te conheço... A Emily que eu conheço nunca se rebaixaria a prostituição!

 


Notas Finais


E então, gostaram?
Me desculpem se estiver algo errado, não consegui reler o que escrevi.
Até o proximo capitulo!


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