"— O que está fazendo?
Hydra se ressaltou e deixoucair os livros que estavam em suas mãos
— Você quase me matou de susto!-exclamou Hydra se virando e dando de cara com com Tom.
Day desviou do homem e foi em direção ao sofá do escritório.
O homem arqueou as sobrancelhas e seguiu a esposa.
— O que houve?
— Não houve nada, marido.
Riddle caminhou até a escrivaninha e se acomodou em sua poltrona de couro, com um aceno de cabeça indicou a poltrona a sua frente.
Hydra suspirou.
Eles ficaram alguns minutos em silêncio, Tom tinha os olhos firmes em Hydra enquanto ela encarava um ponto fixo no chão.
Aquela foi a primeira vez que Hydra Black Riddle se sentiu desconfortável perto de Tom, seu marido.
— Olhe para mim, Hydra.- a voz dele era grossa e firme, Hydra engoliu seco e levantou a cabeça.- Não irei perguntar novamente.
— Quer que eu repita a resposta?
A porta do escritório bateu violentamente e Hydra serrou o punho.
— Quero que você me diga a verdade, esposa.
— Não é nada...-antes que Tom pudesse dizer algo Hydra continuou.- nada que tenha muita importância.
Se sua vó, Cordélia Greengrass, tivesse ouvido aquilo...
O Lord das Trevas tinha os seus, profundos, olhos vermelhos fixos em sua esposa.
— Quero que você me diga a verdade agora, Hydra.
Hydra sentiu um frio na espinha, ficou arrepiada e engoliu seco. Por impulso colocou a mão na barriga, péssima ideia... o gesto não passou despercebido pelo homem.
— Hydra...
— Tom?- Hydra tinha a voz embargada e um nó se formou em sua garganta.
O homem se levantou da poltrona e caminhou, vagarosamente, até a esposa, parou ao seu lado e colocou a sua mão na barriga de Hydra. Uma quentura começou local que o Sr.Riddle tinha posto a mão.
Hydra apertou os olhos e algumas lágrimas escorreram pelo seu rosto."
Dia 20 de fevereiro de 1979.
— Morsmordre!
A voz estridentede Bellatrix ecoou por todo o povoado, a pouco, destruído.
Três meses, a jovem Sra.Riddle estava apenas com três meses de gravidez, mas isso não a impedia de participar dos ataques ao lado do marido.
Hydra e Tom caminhavam por entre os destroços, ele observava tudo com satisfação, seus olhos de cor vermelho – sangue brilhavam com o que via.
Destruição era isto que eles causavam.
O Lord das Trevas sentiu um pequeno movimento a suas costas, pelo canto dos olhos observou uma silhueta tentando se levantar em meio a alguns destroços, ele apertou a varinha e em um movimento rápido se virou.
Ele ficou sem reação... aquilo que estava no chão não era humano, seus cabelos eram loiros, mas estavam sujos, sua pele era incrivelmente branca e grossa, tinha algumas manchas de sujeira e arroxeadas que lhe cobriam quase que todo o corpo, seu vestido estava sujo e com vários rasgos, mas o que lhe destacava eram os olhos, eles eram completamente negros.
Aquela coisa, curiosamente, lembrava uma garota de quinze anos.
— Ser desprezível.- murmurou o Lord.
— Senhor, po-por favor...- babuciou a criatura com os olhos marejados e a voz embargada.
O Lord das Trevas levantou a varinha em direção a criatura.
— Tom, não!
Hydra se colocou entre o marido e o ser desconhecido.
— Saia da frente, Hydra.- ordenou o homem entre os dentes.- Agora..
— Não.
— Hydra...
A bruxa olhou com para aquilo por cima do ombros e encarou o marido em seguida.
— Tom, por favor....
— O que você tem? Não sabe nem o que esse negócio é!- exclamou o homem, irritado, gesticulando com as mãos.
Hydra olhou para a criatura as suas costas e em seguida encarou o marido.
Ele tinha razão, ela não a conhecia, mas sabia sim o que ela era.
— Ela...- Day olhou para o chão procurando uma desculpa.- ela pode me ajudar, nós ajudar.- sugeriu Hydra.-por favor, marido.
Tom não respondeu, ele abaixou a varinha e desaparatou
Hydra sorrio e se virou para o ser.
— Deixe-me te ajudar.- disse Hydra, andando até ela.-
O ser caído no chão tentou se esquivar, um gesto inútil visto que alguns destroços a impediam de se mexer.
— Não precisa ter medo, eu só quero te ajudar...
Hydra se agachou ao lado da criatura e afastou alguns destroços.
— Posso saber o seu nome?- perguntou Hydra sorrindo.
A criatura tinha os seus enormes olhos fixos em Hydra m
— Kiara....
— Kiara...?
— Só Kiara, senhora.
Hyra segurou as suas mãos e a ajudou a se levantar.
— Você vem comigo, Kiara.
Dia 22 de Março de 1979.
— Kiara é a minha dama de companhia, Ciça.- disse Hydra sorrindo.
— Dama de companhia?- a mulher de cabelos bicolor olhava incrédula para a irmã.- E ela ainda se chama Kiara?
Depois daquela noite Kiara, a curiosa menina, se tornou a "dama de companhia" e governanta da mansão Riddle, mas isso não deixou Tom feliz.
Depois conversar um pouco com Kiara, Hydra confirmou as suas suspeitas: Kiara era um caso raríssimo, a menina foi fruto de um estranho relacionamento de uma elfa – doméstica e do seu senhor.
Mesmo sendo filha de um bruxo puro – sangue, Kiara não tinha uma varinha, seu sangue de elfo falou mais alto quanto a isso e a menina herdou a magia de elfo de sua mãe. Uma coisa curiosa sobre estes raros mestiços era a sua lealdade, estas espécies obedeciam a apenas um bruxo durante toda a sua existência, e para isto acontecer ele precisava apenas ter receber um ato de bondade.
O laço de leadade que eles criavam com os seus senhores eram tão fortes que a única forma de conseguirem a sua liberdade de volta era com a morte, sua ou de seu senhor.
Hydra revirou os olhos com as perguntas da irmã.
— Você realmente quer passar a tarde falando de Kiara?- perguntou Hydra levando a sua xícara de chá até a boca.
Narcisa suspirou.
— Soube o que aconteceu com a família de Alphard?- perguntou a Sra.Malfoy enquanto o elfo doméstico Dobby lhe servia.
— Sim, eu troquei cartas com Tessa por um tempo.- respondeu Hydra dando um suspiro.- Uma verdadeira tragédia, não acha? Alphard, Tessa e Puppis formavam uma família linda...
— Varíola Dragonina é uma doença terrível, Tessa a contraiu e contaminou Alphard e Puppis.- comentou Narcisa dando um gole no seu chá em seguida.- Conversei com alguns empregados humanos deles, eles me disseram que Puppis foi o que mais sofreu...
Hydra sentiu um aperto no peito quando lembrou do pequeno primo.
— Tia Walburga realmente queimou Alphard da nossa tapeçaria?- perguntou Hydra.
— Sim, ela ficou possessa quando descobriu que Alphard e Tessa deixaram toda a herança deles para Sirius.
— Sirius era o seu afilhado de Alphard, Narcisa.
— Isso não anula o fato dele ser um traidor.
Hydra torceu o nariz.
— Mas então, me conte, como está a minha irmãzinha grávida favorita?- perguntou Ciça mudando de assunto e sorrindo para Hydra.
A porta da mansão Riddle foi aberta.
Kiara pediu licença a sua senhora e foi em direção a cozinha, Hydra suspirou e caminhou em direção ao marido, que estava sentado em uma poltrona de cora para a porta e de frente para a lareira, e lhe depositando um beijo no pescoço.
— Já jantou, Tom?- perguntou Hydra se sentando no sofá.
— Estou com fome.- respondeu o homem dando um gole na bebida que estava em sua mão.
Tom Riddle tinha os olhos fixos no fogo.
— Onde você estava?
— Na mansão Malfoy, fui ver Narcisa
O silêncio se instalou entre os dois, Tom se levantou e Hydra o acompanhou com os olhos. Ele caminhou até o aparador de vidro no canto da sala e pegou um envelope.
— Chegou uma carta para você,- disse o homem andando em direção a esposa.- e como o remetente não era de meu agrado, tomei o direito de abri-la.
— Quem a mandou?- perguntou Hydra se levantando do sofá.
— O Ministério da Magia, foi escrita pela própria ministra.
"Cara Sra. Riddle,
Em motivos de seu, talvez, interesse o Ministério da Magia convoca Vsra. para uma reunião a portas fechadas com a ministra da magia, Millicent Bagnold.
A aguardamos amanhã às 09:00 Hrs.
Atenciosamente: O ministério.
Dia 23 de Março de 1979.
Hydra andava pelo grande saguão do Ministério da Magia e sua presença chama atenção. O Átrio tinho teto azul-pavão, chão de madeira escuro e com paredes forradas de painéis de madeira escura engastados com lareiras douradas, e no centro do saguão estava Fonte dos Irmãos Mágicos, adornada por um grupo de estátuas de ouro, de tamanho maior que o natural, a maior delas era de um bruxo com a varinha apontada para o ar e em volta dele estão uma bruxa, um centauro, um duende e um elfo doméstico, os três últimos olhavam o casal de bruxos com expressão de adoração.
Hydra passou reto pela fonte e seguiu em direção ao átrio parando em frente a um funcionário.
— Bom dia, senhora, posso ajuda-la em algo?- perguntou o homem fechando o seu exemplar do profeta diário e encarando Hydra.
— Fui chamada pela ministra.
— Posso ver a sua varinha?
Hydra puxou a manga direita de seu vestido, tirou a varinha e a entregou para o homem.
— Disse que foi chamada pela ministra, certo?- perguntou o homem analisando a varinha de Day.
— Exato.
— A senhora precisa apenas pegar aquele elevador e ir para o nível um.-explicou o homem indicando o elevador com a cabeça.- Mas a sua varinha...
— Isso não será necessário, Phill.
Hydra olhou para trás e viu uma mulher de mais ou menos 35 anos, pele clara e olhos castanhos, seus cabelos eram loiros e curtos e suas vestes impecáveis.
— Desculpe, Sra.Russell, mas são ordens do ministério.- argumentou o homem.
— Phill, isto que eu acabei de dizer foi uma ordem da própria ministra.-respondeu a loira dando alguns passos para frente.- Agora, por favor, devolva a varinha da Sra.Riddle.
Phill encarou as duas mulheres e em seguida entregou a varinha para a jovem bruxa.
— Obrigada, Phill.- agradeceu Hydra forçando um sorriso.
— Sra.Riddle? A ministra me pediu para acompanha-la.
Hydra acenou positivamente com a cabeça e as duas caminharam até o elevador, que curiosamente estava vaziu, a mulher loira apertou o botão do nível um e logo o elevador começou a se mover.
— Desculpe, ainda não me apresentei. Eu sou Marge Russell, secretaria sênior da ministra da magia, Millicent Bagnold.- se apresentou a mulher estendendo a mão para Hydra.
— Eu sou Hydra Riddle, mas provavelmente já me conhece pelos boatos.- Day apertou a mão da mulher.
— Creio que nem tudo seja apenas boato, não é mesmo?
Marge deu um sorriso e as duas ficaram em silêncio até chegarem no nível um, o elevador parou as duas desceram e Russell guiou Hydra por alguns corredores.
— A ministra já lhe aguarda, Sra.Riddle.- disse Marge quando as duas pararam em frente a uma porta.
— Obrigada, Sra.Russell.- agradeu Hydra forçando, mais um, sorriso.
Marge sorrio e abriu a porta dando espaço para Hydra passar.
— Hydra Judieth Greengrass Black Riddle.- disse a ministra, lendo alguns papeis que estavam em suas mãos, assim que Hydra entrou na sala.- Sente-se, por favor, querida.
Hydra caminhou até a cadeira que tinha rm frente da mesa da ministra e se sentou na mesma.
— Seu nome é recheado de história, Hydra, posso lhe chamar assim?
— Claro, ministra.
Millicent sorriu encarando Hydra.
— Tão bela, tão jove... sabe por que lhe chamei aqui?- a ministra tinha os olhos presos na bruxa que estava ali com ela.
— Sendo bem sincera, nenhum motivo se passa na minha cabeça.- repondeu Hydra, com um tom sínico disfarçado, encarando a autoridade a sua frente.
— Pobre menina...
Millicent segurou as duas mãos de Hydra fazendo com que ela juntasse as sobrancelhas.
— Lhe chamei aqui para mostrar apoio, não só meu como de todo ministério.
— Desculpe, senhora, mas eu ainda não entendi.- Hydra tinha uma expressão confusa no rosto.- "Apoio"?
— Por Deus! Tão ingênua...- comentou a ministra balançando a cabeça negativamente.
Hydra tombou a sua cabeça para o lado em sinal de desentendimento.
"Ingênua?"
— O ministério nunca abandona um bruxo, Sra. Riddle, especialmente se ele for especial como a senhora!- a ministra soltou as mãos de Hydra e abriu uma gaveta de sua mesa e tirou alguns papeis, um envelope pardo e um pasta.- Acho que já é do seu conhecimento, Hydra, que você é a única bruxa elementar viva.
A ministra abriu a pasta que tinha pego.
— Tenho conhecimento disso desde pequena, ministra.
"Ingênua? Eu não sou ingênua... ou sou?"
— Bom, então deve saber também que o que o ministério mais preza é o seu bem estar e a sua saúde, não sabe?
— Sim..
A Srta. Bagnold colocou a pasta em cima da mesa, pegou o envelope e o entregou para Hydra.
O rosto da Sra. Riddle tomou uma coloração avermelhada.
— Hydra, que quero que saiba que o ministério está do seu lado, nós acreditamos e confiamos em você.
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