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História A Realeza - Take me away


Escrita por: carolineripardo

Notas do Autor


Olá! Me perdoem pela capitulo pequeno gente só que agora estou fazendo curso militar e fica muito difícil ter tempo para escrever sempre. Quero agradecer pelos comentários e pelos favoritos <3 Muito obrigada !

Capítulo 5 - Take me away


Fanfic / Fanfiction A Realeza - Take me away

As janelas do quarto se encontravam abertas e o vento gelado soprava diretamente sobre a cama, Toni agarrava-se a Edita que mantinha seu rosto apoiado nos ombros largos do mesmo. Já era por volta das 5: 00 da manha quando os belos Magpies assobiavam perto às árvores e os sinos das bicicletas ressoavam pelas ruas, já as recentes fábricas trabalhavam fervorosamente e pesavam o céu limpo de Londres.

Reus abria seus olhos lentamente, ainda colados devido os resíduos da noite, Charlotte a velha cortesã ainda estava esparramada apenas com um fina camisola - que não lhe tampava nada, parecia dormir feito uma pedra sobre o colchão, ele analisava cada pedaço da pobre mulher. Os cachinhos oxigenados revelaram suas raízes melânicas; a penugem transformou-se em espinhos nas pernas raspadas; a boca úmida e melíflua passou a exibir uma ignominiosa semelhança a de um surrado objeto. Talvez o vinho não lhe fizera muito bem, pensou Marco.

                                                                    (......)

O vento norte sopra com violência, inclinando os abetos e espinheiros raquíticos detrás da casa. Felizmente, é uma casa bastante forte, com janelas estreitas cravadas nas partes e cantos protegidos com pedras largas e salientes.
Ali no cimo da colina, o vento enregelava mas o corpo de jovem adulto de Edita parecia não se importar, trajava uma blusa de mangas avantajadas e uma gola ainda mais, e uma saia drapeada nas pontas. Ela corria morro a baixo sem receios, estampava um lindo sorriso em seu rosto afinando ainda mais suas maçãs, por um súbito momento ela parou e teve que levar suas mãos até sua testa para mirar meu corpo perto da casa.

- Você não vem, Toni?

- Não acho que seja certo fazer isso, precisamos de algum adulto para supervisionar-mos!
Eu forçava ainda mais minha garganta para que ela me ouvisse.

- Largue de ser bobão Toni! Não precisamos de ninguém, apenas nós mesmos.
Se aquilo tivesse sido proferido dentro do palácio, provavelmente Edita estaria sendo enviada para julgamento imediatamente, porém era apenas eu e ela. Não haviam meio termos, não havia interrupções, só eu e ela.

- Acho que você tem razão.
Deixei de lados as luvas bordadas por Marienn e desci de encontro a Edita. As lufadas do ar gélido batiam contra meu rosto e como se fôssemos filhos da revolução, o momento de liberdade nos alcançava simultaneamente.
Quanto mais próximo eu corria para ela, Edita se refugiava mais contra as raízes tortas das grandes árvores, pulando aqueles troncos que por vezes nos pregava peças e nos faziam deslisar pelo chão.

- Eu vou pegá-la quando menos esperar.

- Oh não, baby Toni.
Essa última frase dita com a maior vivacidade, um toque cativante na voz. Suas pernas de bailarina eram ágeis o suficiente para que conseguisse se desviar das folhas que caíam pelo caminho, enquanto eu penava atrás dela.
Por um momento ela desaparecera, seus risos agora não podiam ser mais ouvidos e meu coração gelou.

- Edita?! Edita ?!
Vasculhei entre os carvalhos e pinheiros, e ali a encontrei. Ajoelhada sobre as folhas, os mesmos ombros frágeis cor de mel, as mesmas costas flexíveis - agora cobertas; O lenço preto com bolinhas brancas que cingia seu torso, balançava alegremente ao vento.

- Não é lindo?
A paisagem parecia ter saído diretamente de um quadro de Buckingham, as árvores secas faziam um caminho perpetuado e no horizonte um rio de água límpidas faziam curvas sobre as terras.

- Posso comparar a você, minha dama.
Os cílios agora tilintavam sem parar, aquele brilho pálido e sedoso acima de suas têmporas, esbatendo-se no reflexo dourado dos cabelos. Ela estendeu um sorriso brando ao me olhar novamente, suas bochechas vermelhas entregavam seu jeito tímido. Aquela não era a cortesã que se deitava com milhares de homens, era apenas Edita em sua forma mais pura

- Isso não há comparação, Toni..

- Realmente.
Ela não falou nada, deitou sobre as folhas e pediu para que eu a acompanhasse.

- Nunca havia saído do Moulin Rouge para tão distante assim.

- E como foi parar lá? - Me virei para que ficasse mais perto de seu corpo, apoiei meus cotovelos sobre o solo e deixei a cabeça repousada sobre a palma da mão.

- Nasci e cresci no Moulin Rouge, Toni. Amo o que faço, amo ser a estrela do show e ter minha própria plateia. Ganho joias e luxuosos adereços, mas a melhor coisa de todas é ver os olhos do público brilhando. - ela dizia com a voz mais orgulhosa possível, não havia resquícios de dúvidas nas palavras.

- Depois da morte de minha mãe, eu fui sua sucessora ao ser o diamante suíço. - Um suspiro em silêncio foi proferido e agora ela já não me encarava mais.

- O dia está lindo, não está? - tentava formar frases sem muita dificuldade já que geralmente me enrolava junto à Edita.

- Você é sempre tão gentil, Toni? - Ela levantou-se rapidamente e se juntou em minha posição, só que agora o espaço era cada vez menor.

- Gosto de passar meu dia com você.

- Eu também Toni, eu também! - os lábios carmesins abertos, se aproximando dos meus sem pressa alguma.

1...2....3.
A palpitação do coração, as reviravoltas do estômago e finalmente os olhos cerrando. Nossas bocas se encaixavam perfeitamente, o ritmo perfeito. Suas mãos passeavam por minhas costas enquanto eu enrijecia sem ação, ao primeiro beijo.
A língua explorava cada mínimo centímetro, e os lábios esbarravam por entre os dentes. Alguns minutos depois a separação fora abrupta, mas novamente aquele brilho em seu olhar não me fez hesitar por mais um contato.

 

                                                                    (.......)

O corpo de Toni se levantou, os braços se apoiaram na cama que rangeu um pouco, seus olhos caíram diretamente sobre o corpo de Edita. Ainda conseguia ouvir sua voz falando sua história, o riso engraçado que ela proferia durante o sonho, mas principalmente o primeiro beijo, mas agora ela dormia serenamente agarrada a uma manta branca.
Ele se levantou ainda relutante e foi até o minúsculo banheiro do cômodo, seu reflexo no espelho mostrava o resultado de sua noite bem dormida. Já com a higiene feita arrumou o paletó e colocou suas luvas, Edita ainda dormia só que agora se remexia sem parar sobre a cama como num sonho ruim.
Ainda apoiado sobre as janelas ele fechou as cortinas e caminhou até ela, sentou na ponta e deixou que os dedos deslizassem sobre as madeixas da garota, aos poucos ela acordava entretanto ousava abrir os olhos para encará-lo, deixou que seus dedos brincassem sobre a palma da mão de Kroos alisando sem muita pressa.

Reus já estava a caminho da Bomboniere, passeava sobre a frente do cabaré de origem francesa e se lembrou das tantas lembranças do local, talvez as alemãs não se comparavam com boas inglesas. Sua mente pode viajar na noite que Toni passara, oh sim ele abrira mão de seu diamante suíço que nunca fora seu apenas para dá-la ao seu primo-irmão. Assim que chegou na porta da velha residência, lia vagarosamente o letreiro já despedaçado e pode rir das pessoas que acreditavam que eram apenas uma Bomboniere.
Entrou, e o sino acima da porta deu o sinal, entre as cortinas Toni apareceu e continha um brando sorriso no rosto.

- Pelo visto a noite foi estupenda como diria meu amigo Ramos! - Toni riu e apertou a mão de Marco.

- Meu sonho foi maravilhoso! Isso sim, mas a noite com sua companhia foi de qualquer forma, indescritível.
Ele adentravam a carruagem mas assim que Toni entrou, Reus ficou parado ainda repensando nas palavras do príncipe.

- Oh doce Toni, não fora apenas um sonho. Edita é real.

Kroos riu abafado da constatação enganosa de Reus.

- Talvez você esteja certo, Marco.
Passavam pela última rua que dava para o castelo de Buckingham, quando Marco se pôs a cochichar ao ouvido de Toni.

- Disse à Nicole que fomos visitar o duque de Westminster, se lhe perguntar algo diga que os cavalos são viris e que o rio estava perfeito para pescar. - Ele maneou com a cabeça e lhe devolveu um ok quase inaudível.
O cocheiro com sua habilidade correu para a porta da carruagem e os dois membros da realeza saíram apressados.

- Vossa Alteza.
Dessa vez fora Taylor que se pronunciou, uma das cozinheiras do palácio.

- A senhora sabe onde mamãe está?
Ele roubou um dos doces que estava em seu alcance e correu para as escadas sem esperar pela resposta.

- Em seu quarto principal, vossa alteza!

Reus já estava imerso em sua escrivaninha, precisava tratar de acordos com os italianos e com algumas colônias britânicas na África. E Toni com passos largos logo chegara em seu destino.

- Mamãe. Você sabe onde papai se encontra? Tenho assuntos a tratar....
Nicole se encontrava com suas novas aquisições, dois chapéus bordados a mão por uma das costureiras dinamarquesas mais famosas.

- O que você acha Toni? O branco com penachos ou o vermelho simples?
Ele adentrou o quarto e deixou seu corpo relaxado sobre a cama.

- O simples é o suficiente, sabes que o vermelho dá um contraste com seu tom.

- Como sempre... possuidor da razão! - E pela primeira vez Nicole se virou para encarar o filho.

- Querido.. Lukas esta embarcado no Egito novamente. Pensei que sua avó havia o contatado.
A garganta de Toni se apertou e seus olhos se banharam pelas lágrimas porém não seria tão fraco como das outras vezes. E tomou a decisão que seus filhos não herdassem o costume do avô e que teriam toda a atenção necessária.

- Vamos descer Toni, Tea Time!

Como um último retoque, Nicole colocou as luvas brancas rendadas e puxou Toni pelas mãos a caminho da varanda. Onde Reus estava sentado com seu livro preferido nas mãos.

- Querido Marco! Meu coração enche de alegria ao vê-lo, por favor volte a nos visitar periodicamente. - Rédea frouxa e riso nos lábios, e foi assim que Reus a saudou. Os motivos ainda eram obscuros para o resto da família, mas Lukas não o queria por perto e isso estava claro.

- Diga-me como foi a viagem de vocês?

- A viagem não foi longa, mas produziu efeito salutar no ânimo de Kroos. A sensação da primeira vez é inesquecível....
Os biscoitos de Emily não desceram e Toni esbugalhou seus belos olhos azuis para seu amigo.

- Ah sim, logo Toni assumirá o trono e ele poderá seguir livremente seu caminho. - A fala de Nicole não levava nenhuma amargura e desconfiança.

- Tenho certeza que sim!


Notas Finais


Genteee, esqueci de comentar uma coisa. Quem viu que nosso Marco estendeu o contrato com o BVB ^~^ estou super felizzzzzz


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