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História A Seleção - SasuHina - O Beijo


Escrita por: Diamondgirl_bm

Notas do Autor


Saiu o beijo gente

Capítulo 23 - O Beijo


Às dez horas, ouvi as batidas. Abri a porta com um só movimento, e Sasuke fez cara feia


— Seria muito bom você ter uma criada aqui durante a noite.

— Sasuke! Sinto muito mesmo. Não queria chamar você pelo nome na frente de todos. Fui tão idiota.

— Você acha que estou bravo por isso? — ele perguntou enquanto fechava a porta e entrava no quarto. — Hinata, você me chama pelo nome o tempo todo. Uma hora ia escapar. Gostaria que tivesse sido em um ambiente mais reservado — ele ressaltou, com um sorriso malicioso —, mas não vou pegar no seu pé por isso.

— De verdade?

— Claro, de verdade.

— Ai, eu me senti tão idiota hoje à noite. Não acredito que você me fez contar aquela história! Completei minhas palavras com um tapinha em seu braço.

— Mas foi o melhor momento da noite! Minha mãe ficou muito impressionada. No tempo dela, as garotas eram mais reservadas que Tiny, e aí você vem e diz que me achava superficial... Ela não se conformava.

Ótimo. Agora a rainha também me achava inadequada. Cruzamos o quarto e acabamos na sacada. Batia uma brisa leve e morna, carregada com o aroma das flores no jardim. A lua cheia brilhava sobre nós intensificando as luzes do palácio e dotando o rosto de Sasuke de um brilho misterioso.

— Bem, fico feliz que você esteja tão impressionado — eu disse, correndo os dedos pelo parapeito.

Com um pulo, Sasuke se sentou no parapeito.

— Você é sempre impressionante. Acostume-se a isso.

Humm. Ele estava meio estranho.

— Então... o que você disse... — ele começou, meio sem jeito.

— Que parte? Quando chamei você pelo nome, quando disse que era teimosa como mei pai ou quando sugeri que a comida era minha motivação? — perguntei, com ar de desdém.

Ele soltou uma risada e continuou:

— A parte sobre eu ser uma boa pessoa...

— Ah, o que tem?

Essas poucas palavras logo pareceram mais vergonhosas do que qualquer coisa que eu pudesse dizer. Abaixei a cabeça e mexi no vestido.

— Admiro que você queira soar sincera, mas não precisava ir tão longe.

Ergui a cabeça. Como ele podia pensar isso?

— Sasuke, não fiz aquilo pelo programa. Se você tivesse perguntado um mês atrás qual era minha opinião sincera sobre a sua pessoa, minha resposta teria sido bem diferente. Mas agora conheço você de verdade. Você é tudo o que eu disse. E mais.

Ele ficou em silêncio, mas tinha um pequeno sorriso no rosto.

— Obrigado — disse por fim.

— Ao seu dispor.

Sasuke limpou a garganta.

— Ele também será um homem de sorte — o príncipe comentou, descendo de seu assento improvisado e andando para o meu lado da sacada.

— Hein?


— Seu namorado. Quando ele cair em si e implorar seu perdão.

Sasuke disse isso sem rodeios, e eu tive que rir. Isso nunca aconteceria no meu mundo.

— Ele não é mais meu namorado. E deixou bem claro que terminou comigo — até eu pude perceber uma pequena esperança em minha voz.

— Impossível. Ele deve ter visto você na TV e se apaixonado mais uma vez. Embora, na minha opinião, você continue a ser areia demais para o caminhãozinho dele.

Sasuke falava quase como se estivesse aborrecido, como se tivesse visto a cena um milhão de vezes.

— A propósito — ele prosseguiu, elevando um pouco a voz —, se você não quiser que eu me apaixone, não pode ficar assim tão linda. A primeira coisa que farei amanhã será mandar suas criadas costurarem uns sacos de batata para você usar.

Dei-lhe uma cotovelada no braço.

— Cale a boca, Sasuke.

— Não é brincadeira. Você é bonita demais para o seu próprio bem. Quando sair, vamos ter que mandar alguns guardas para acompanhá-la. Nunca sobreviverá sozinha, coitada — ele gracejou, fingindo pena.

— Não posso fazer nada — suspirei. — Não pedi para nascer perfeita — abanei-me com as mãos para mostrar que ser linda era muito cansativo.

— É, não acho que seja possível evitar.

Dei uma risada. Não notei que para Sasuke aquilo não era motivo de riso.

Comecei a contemplar o jardim e percebi pelo canto do olho que Sasuke tinha o olhar fixo em mim. Seu rosto estava pertíssimo do meu. Quando me virei para perguntar o que ele estava olhando, a surpresa: ele estava perto o suficiente para me beijar.

Fiquei ainda mais surpresa quando ele me beijou de fato.

Afastei-me rapidamente, dando um passo para trás. Sasuke se afastou também.

— Desculpe — ele murmurou, com o rosto vermelho.

— O que você está fazendo? — perguntei com a voz baixa e abalada.

— Desculpe.

Ele se virou para o lado, obviamente envergonhado.

— Por que você fez isso? — indaguei, levando a mão à boca.

— É que... o que você disse no programa... E ontem você me procurou... Seu modo de agir... Pensei que seus sentimentos tinham mudado. E eu gosto de você. Achei que já tivesse notado.

Ele se virou para mim e continuou:

— E... Ah, o que fiz foi terrível? Você não parece nem um pouco feliz.

Tentei limpar meu rosto de qualquer expressão. Sasuke parecia sofrer muito.

— Sinto muito, demais. Nunca beijei ninguém antes. Não sei o que estou fazendo. Eu só... desculpe, Hinata.

Ele respirou fundo e passou a mão no cabelo algumas vezes, apoiado no parapeito. Sem que eu esperasse, um calor me subiu pelo corpo. Ele queria que seu primeiro beijo fosse comigo.

Pensei no Sasuke que eu conhecia agora, um homem cheio de qualidades; capaz de me ceder o prêmio de uma aposta que eu perdera; de me perdoar depois de eu ter machucado seu corpo e seu coração. Descobri que não me importava de ser beijada por ele.


Sim, eu ainda sentia algo por Naruto. Não podia desfazer isso. Mas se não podia tê-lo, o que me impedia de ficar com Sasuke? Nada além de meus preconceitos, todos bem distantes da verdade. Aproximei-me dele e esfreguei a mão em sua testa.

— O que você está fazendo?

— Apagando essa lembrança. Acho que podemos fazer melhor.

Abaixei a mão e me aconcheguei ao seu lado. Seu olhar permanecia voltado para o quarto.

Ele não se moveu... Mas sorriu.

— Hinata, acho que não podemos mudar a história — apesar dessas palavras, seu rosto

deixava entrever uma esperança.

— Claro que podemos. Afinal, quem vai saber disso além de nós dois?

Sasuke me encarou por um momento. Estava claro que ele se perguntava se aquilo tudo fazia sentido. Vi uma confiança cuidadosa tomar conta de sua expressão aos poucos, enquanto ele mantinha seus olhos nos meus. Permanecemos assim por uns minutos até eu conseguir lembrar o que acabara de dizer:

— Ninguém pede para nascer perfeito — sussurrei.

Ele se aproximou, envolvendo minha cintura com seu braço e me puxando para si. Nossos narizes se tocaram. Ele começou a acariciar meu rosto com os dedos de uma forma tão delicada que parecia temer que eu quebrasse.

— É, não acho que seja possível evitar — ele sussurrou.

Com a mão aproximando levemente meu rosto do seu, Sasuke inclinou a cabeça e me deu o mais tímido dos beijos. Algo em sua hesitação fez com que eu me sentisse linda. Sem precisar de palavras, pude compreender como ele estava emocionado mas também assustado com o momento. E por trás de tudo isso via sua adoração por mim. Então era assim que uma dama se sentia. Depois de um tempo, ele se afastou e perguntou:

— Melhorou?

Consegui apenas concordar com a cabeça. Sasuke parecia a ponto de dar piruetas. Meu peito carregava um sentimento parecido. Tudo tão inesperado, tão rápido, tão estranho. Meu rosto deve ter denunciado minha confusão, pois Sasuke ficou sério.

— Posso dizer uma coisa?

Consenti.

— Não sou burro o bastante para crer que você esqueceu seu antigo namorado. Sei pelo que vocês passaram e que as circunstâncias aqui não são exatamente normais. Sei que você acha que há moças aqui mais adequadas para mim e para a vida no palácio. Não quero me apressar e tentar ser feliz com qualquer uma. Eu só... só quero saber se é possível...

Uma pergunta difícil de responder. Por acaso eu desejaria uma vida que nunca quis?

Estaria disposta a vê-lo em encontros alegres com as outras apenas para se certificar de que não estava errado? A assumir a responsabilidade de princesa? Eu queria amá-lo?

— Sim, Sasuke — sussurrei. — É possível.


Notas Finais


Amo vcs


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